A aflição é inevitável.
Chega para todos, sem exceção. A vida não se desenrola num parque de
diversões. Aqui navegamos por mares revoltos e atravessamos desertos
inóspitos. Pessoas e circunstâncias tiram nossa alegria. Preocupações e
ansiedade roubam nossas forças. Pecados e transgressões estrangulam a
nossa paz. Enfermidades e limitações financeiras roubam nosso sono.
Muitas são as causas de nossas aflições. Variadas são as consequências
delas. O texto em apreço apresenta-nos quatro lições oportunas:
Uma confissão.
“Estou aflitíssimo…”. O Salmista coloca sua aflição em grau superlativo.
Sua aflição chegou ao nível máximo. Essa aflição vaza por todos os seus
poros. Sua mente é açoitada pelo chicote dessa dor indescritível. Seu
corpo é surrado pelos efeitos dessa angústia. Sua alma é atormentada,
sem pausa, por essa tristeza que o encurrala por todos os lados. Temores
internos e ameaças externas agravam sua crise. As dores do passado e o
medo do futuro lançam sombras sobre sua vida. O presente o deixa
atordoado. Não encontra nos recursos dos homens nenhum lenitivo. Saúde,
dinheiro e prazeres não podem aplacar a sua dor emocional. Aventuras e
conquistas não podem serenar os vendavais de sua alma. Está muito
aflito, aflitíssimo!
Uma súplica. “…
vivifica-me…”. Em face de sua extrema aflição, o salmista clama por
vivificação. A tristeza nos abate a ponto de secar nossa alma. A aflição
profunda transforma os cenários verdejantes do nosso coração num
deserto cheio de cactos. Onde havia júbilo, a aflição traz a sinfonia
dos gemidos. Onde havia brados de vitória, a aflição chega com sua
bagagem cheia de derrotas amargas. Onde havia os raios fúlgidos da
esperança, a aflição traz as nuvens escuras do desespero. Nessas horas,
precisamos clamar aos céus para que nossa sorte seja restaurada.
Precisamos de renovo, de restauração, de vivificação.
Um consolador. “…
Senhor….”. A aflição pode vir de diversas fontes, mas nossa vivificação
só pode vir do Senhor. Só ele tem poder para enxugar nossas lágrimas,
terapeutizar nosso coração e curar as feridas da nossa alma. Só ele tem
poder para perdoar nossos pecados, quebrar os grilhões que nos oprimem e
arrancar da nossa alma a dor que nos aflige. Só o Senhor pode curar o
enfermo, dar paz ao aflito e salvar o perdido. Quando descemos às
profundezas da nossa aflição, somente Deus pode estender-nos a mão e
tirar-nos desse poço escuro. Ele é poderoso para transformar nossos
desertos secos em mananciais, nossos vales escuros em horizontes
ensolarados, nossos dramas pessoais e familiares em motivos sobejos de
louvor. O Senhor é o nosso consolador. Para ele não tem causa perdida
nem problema insolúvel. Dele vem a nossa cura. De suas mãos procedem a
nossa restauração.
Um instrumento.
“… segundo a tua palavra”. Deus opera maravilhas em nossa vida segundo a
sua palavra. Ele chama-nos ao arrependimento pela voz poderosa da sua
palavra. Ele transforma-nos pelo poder de sua palavra. Ele instrui-nos
na verdade, segundo a sua palavra. Ele guia-nos pelas veredas da
justiça, pela luz da sua palavra. É pela palavra que nascemos. É pela
palavra que crescemos. É pela palavra que atingimos a maturidade. Pela
palavra Deus nos salva e nos reveste de poder. Pela palavra Deus nos
consola e faz de nós instrumentos de consolação. Pela palavra Deus enche
nossa alma de gozo e vivifica o nosso coração.
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário