Perguntas sobre o Juízo Investigativo! - O Peregrino

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sábado, 16 de março de 2019

Perguntas sobre o Juízo Investigativo!

Pergunta 1- Se não existe o serviço diário e anual, no santuário celestial, por que o autor de hebreus cita um santuário e um sacerdote? Se não existe serviço neste santuário?

Fundamentação: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” (Hebreus 8:1:2

RESPOSTA:
Logo de cara percebe-se o quanto a pergunta é simplória e superficial. Como o autor da mesma se gabou de tê-la formulado em apenas “dez minutos”, é claro que não teve a pachorra de refletir que o teor da sua pergunta não leva necessariamente às suas pressuposições doutrinárias, pelo contrário, passa longe delas! O fato de a Bíblia fazer menção de linguagem metafórica ao mencionar santuário e sacerdote nos impede de levar essas expressões ao extremo literalismo ao ponto de transformar o céu, numa tenda tripartida aos moldes do AT. Levando-se em consideração a “lógica” da pergunta, é justo valermo-nos do mesmo raciocínio e aplica-lo aos “cavalos” no céu (Apo 19:11-15). Pelo simples fato de a Bíblia mencionar “cavalos” no céu, só um neófito (ou doido varrido mesmo) procuraria por “serviços” de estábulos no céu ou até uma metalúrgica seria necessária para explicar as espadas, trombetas, cálices e serviços de gráficas para produzir livros. Se você acha tudo isso ridículo, o mesmíssimo raciocínio pode ser aplicado ao ridículo questionamento formulado acima. Ademais disso, a simples menção de um santuário e sacerdote não pressupõe que o céu contenha dois compartimentos e muito menos que Jesus ficou sentadinho esperando por 1800 anos no primeiro para só depois poder entrar em 1844 (sic) no segundo. Também não pressupõe de modo algum que este “serviço” seja de um tal juízo investigativo, tipo Sherlock Holmes, ou que parte dessa limpeza seja transferir pecados nas costas do tinhoso. Então, há um abismo enorme no que a Bíblia apresenta e o que nosso jornalista investigativo pressupõe. E mais: em que sentido o autor toma esse texto: metafórico, espiritual ou literal? Se literal, em quais aspectos são literais? Em tudo? Ele não diz. O tabernáculo celestial seria uma miniatura em todos os aspectos do terreno? Então o sangue seria literal? Jesus teria apresentado grandes quantidades de plasma como fazia o antigo sumo sacerdote? Há uma mesa com pães da proposição para serem comidos no céu por Jesus? Há um véu em cada compartimento deste tabernáculo celestial?Será que todos os detalhes que compunham o ritual terrestre devam ser aplicados no celestial? O templo de Salomão foi uma réplica também do celestial, mas em escalas muito maiores do que a tenda. Agora, qual destes representava o verdadeiro antítipo: a tenda ou o templo? O que foi mostrado a Moisés foi literalmente o que havia no céu? Claro que não. O sentido que se encaixa em nossos textos é o de um padrão, uma espécie de projeto ou modelo de acordo com o qual algum trabalho é realizado, mas não necessariamente um protótipo ou arquétipo completo. Seria interessante lembrar-lhe que a lei era apenas “sombra dos bens futuros, e NÃO a IMAGEM EXATA DAS COISAS” (Hb 10.1)

Pergunta 2- se não há serviço diário e nem anual/ qual a razão de Jesus se apresentar a João em apocalipse 1:13 com roupa de sacerdote e no meio do castiçal ( móvel do primeiro compartimento do santuário. uma vez que não existe serviço. Nem anula e nem diário?

Fundamentação: “E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.” (Apocalipse 1:13)

RESPOSTA: Jura! Quer dizer então que além do serviço anual, Jesus trabalhava no céu TODOS OS DIAS? Então você há de concordar comigo que Jesus quebrantava o sábado no céu também. Sim, porque os sacerdotes daqui da terra também quebravam o sábado por CAUSA DO SERVIÇO DO TEMPLO (Mt 12.5-7). E já que a “exegese”  adventista pressupõe que o serviço daqui é uma réplica in toto do de lá, o raciocínio é válido. Agora, o fato de Jesus se apresentar em Apocalipse com roupa de sacerdote não diz absolutamente nada. Os adventistas acreditam que este episódio é uma das provas de que Jesus está no  primeiro compartimento do tabernáculo, simplesmente porque a cena mostra castiçais, mas “esquecem” de mostrar o verso 20 que explica o que são os castiçais, não peças literais do tabernáculo, antes é uma simbologia que aponta para as igrejas (Ap. 1.20; Conf. 2.5). Minha pergunta é: existiam estrelas no primeiro compartimento também? Além do que, no Apocalipse não há véu…portanto, não há de se falar em dois compartimentos do santuário de modo algum. Demais disso, a representação de Cristo parece não fazer alusão a Lv16 ou Hebreus 9,10, mas sim a Dn 7.9-14; 10. 5-7, que não possui nenhuma relação com o sacerdócio. Senhor Muniz, me explique: se Jesus se apresenta neste verso como sacerdote, qual era o serviço que ele estava realizando? Intercessor não é, pois o ofício de intercessão só começaria quando ele entrasse no santíssimo…e já que ele não entrou (segundo os adventistas) até 1844, o que ele estaria fazendo ai?

Pergunta 3- por qual razão era necessário que se purificasse as coisas celestiais: figuras das terrenas. Uma vez que não há serviço no santuário celestial. Hebreus 9:23

Fundamentação: “De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.” (Hebreus 9:23)

RESPOSTA: A resposta pertinente a essa pergunta pressupõe algumas outras perguntas ao nosso amigo, tais como:
  • O que contaminou o céu para que ele fosse purificado?
  • Outra, quando o céu foi contaminado?
  • E, finalmente, o que significa a palavra purificar nesse texto?
  • Será que o próprio livro fala o que foi purificado?
Observe o que diz o escritor aos Hebreus em 1.3 sobre a época da purificação “…Depois de fazer a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”. Para sermos leais ao texto há de se admitir que a  purificação foi feita antes de Jesus entrar no santuário. Tudo é descrito no passado, cumpridas antes mesmo que o autor escrevesse este livro, no primeiro século, não em 1844.
A palavra traduzida “purificado” ou “purificação” é “katharismon”, da qual derivamos catártico. Portanto, é dito do Senhor Jesus e de seu sacrifício que sozinho, “por si mesmo”, deu à nossa natureza espiritual pecaminosa o completo catártico de perdão e purificação na cruz. Também é dito que nossa consciência foi purificada neste sacrifício (10.22).

Os adventistas esquecem que a redenção em Cristo ultrapassa a escala meramente antropológica e atinge a cosmológica (Cf. Rm 8.21) com seu mundo celestial, por isso Paulo afirma em Colossenses 1.20 que “havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.” (Cf. Ef 1.10 – de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.)

Essa purificação tanto na esfera antropológica, quanto cosmológica (Cf. Hb 12.26), foi feita na cruz. Nada no texto aponta para uma suposta purificação sacerdotal em 1844, a menos que você queira fazer violência ao texto.

Pergunta 4 – como entender hebreus 9:8 se Jesus inaugurou o santíssimo logo após sua ascensão ao céu. ? Porque o caminho do santo lugar não fora descoberto ao tempo que hebreus foi escrito?

Fundamentação: “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (hebreus 9:8)

RESPOSTA: A resposta não é nem questão de exegese mais sofisticada é questão de pura leitura do texto mesmo. Será que o escritor aos Hebreus estava dizendo que Jesus não entrou no santíssimo, logo após sua ascensão (mas ficou esperando por 1800 anos) pelo fato deste verso dizer que o caminho do santo lugar não fora descoberto? Claro que não.

Uma análise mais cuidadosa do contexto mostrará que os capítulos 9 e 10 de Hebreus trabalha com o ritual do Yom Kippur de Lv 16. O autor começa a descrever desde o verso 1 o que era feito dentro do tabernáculo na antiga dispensação. Afirma no verso 8 que enquanto aquelas coisas ainda estavam em pé, isto é, os rituais, o caminho ao Santíssimo ainda não estava aberto:

“Dessa forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Lugar Santíssimo enquanto permanecia o primeiro tabernáculo.” (NVI)

Mas agora que Cristo veio, o caminho foi aberto. Aberto quando, depois de 1800 anos? Obvio que não. Aberto quando Cristo entrou, imediatamente, em sua ascensão no santíssimo. Ele explica isso no verso 12, observe como a versão na Linguagem de Hoje deixa claro:
“Quando Cristo veio e entrou, uma vez por todas, no Lugar Santíssimo, ele não levou consigo sangue de bodes ou de bezerros para oferecer como sacrifício. Pelo contrário, ele ofereceu o seu próprio sangue e conseguiu para nós a salvação eterna.” (BNTLH).

Ele contrasta o verso 7 com o verso 12, sobre o serviço dentro do santíssimo. Enquanto o sumo sacerdote ainda ministrava uma vez por ano, com sangue de animais em favor dele e do povo, o lugar santíssimo ainda estava fechado para nós, mas Cristo agora entrou nesse lugar após sua ascensão. O verso 24 repete a sentença do verso 12, afirmando que Cristo já havia entrado no santíssimo.

“Cristo não entrou num Lugar Santo feito por seres humanos, que é a cópia do verdadeiro Lugar. Ele entrou no próprio céu, onde agora aparece na presença de Deus para pedir em nosso favor”.

Todos tem acesso ao santíssimo agora, já que Cristo entrou lá como nosso precursor. Onde Jesus entrou? No santo lugar ou no santíssimo? Observe o que diz o escritor:

“a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu; aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” (6.19,20). Compare o “caminho” de 9.8 com o “caminho” de 10.20.

Portanto, longe de dizer que Jesus não entrou no santíssimo, o capítulo trata justamente de afirmar o contrário do que a IASD erroneamente apregoa, isto é, que Jesus entrou de fato no santíssimo, uma vez por todas e abriu caminho para nós entrarmos também. O problema com o senhor Muniz é que ele está sendo mais fiel as pressuposições teológicas da sua igreja do que à Bíblia. Leva para dentro do texto os pressupostos adventistas forçando o texto a dizer o que ele não diz absolutamente. Isto senhor Muniz, chama-se eisegese.

Pergunta 5- porque o ensino do santuário (era uma parábola ) para o 
tempo presente uma vez, que não era necessário um ensino para uma compreensão futura. Sendo que segundo se crê os evangélicos não há purificação do santuário e nem juízo investigativo.? Hebreus 9: 8

Fundamentação: “Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (hebreus 9:8)

Resposta: Qual o sentido de parábola nesse texto?
  • Um “Símbolo para o tempo de agora” – “há nisso um símbolo para o tempo de agora: o tempo de agora não é meramente uma indicação cronológica. Significa o mesmo que era presente, em contraposição à era vindoura. Mesmo agora esta última está presente, de uma forma antecipatória.” (Novo Comentário Bíblico São Jeronimo: Novo Testamento e artigos sistemáticos. Santo André-SP: Academia Cristã; São Paulo: Paulus, 2011, p. 719)
  • Uma “Figura” – “As palavras Ê isto uma parábola para a época presente dão alguma ideia da abordagem do escritor à totalidade do sistema levítico. Era uma figura (parabolé). Era, portanto, sugestiva de verdades mais profundas do que ela mesma conseguiu cumprir. Além disto, seu propósito simbólico parece ser limitado à era presente, e com isto parece que o escritor o contrasta com a era futura (cf. 6.5). No contexto de pensamento nesta passagem a era “presente” foi aquela que preparou o caminho para o aparecimento de Cristo (veja w. 11-12), depois de que o símbolo foi cumprido e, portanto, cessou de ter qualquer função.” (Hebreus: Introdução e Comentário, p. 173)
  • “O autor continua nos v. 6-10 a ressaltar a natureza simbólica do antigo tabernáculo, 
cuja simples construção foi a forma em que o Espírito Santo anunciou que o livre acesso a Deus era impossível sob a antiga aliança (v.8).” (Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamentos. F.F. Bruce,  São Paulo: Ed. Vida. 2008, p. 2115)

Poderia continuar citando inúmeros comentaristas de renome afim de explicar o que a expressão quer verdadeiramente dizer, isto é, que o antigo sistema levítico era uma lição (literalmente, “colocar ao lado”; Conf. Dic. Vine, p. 848 e denota figura, tipo, símbolo) para algo muito mais sublime que viria mais tarde com Cristo (no NT). Só isso. Para quê insistir em procurar pelo em ovos? O senhor não irá encontrar… Pensando bem, há mais probabilidade de encontrar pelo em ovos do que achar algo que aponte para 1844 nesse verso…

Pergunta 6- como entender Daniel 7:10 livros abertos para o juízo. Antes do reino ser entregue aos santos? Daniel 7:22. Se não há juízo porque Daniel cita esse? Inclusive fala de tribunal.

Fundamentação: “Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.”  (Dn 7.10)

RESPOSTA: Uma regra básica de interpretação bíblica senhor Muniz, é ler todo o contexto. Cabe bem o ditado que diz: “texto fora do contexto é pretexto”. E eu acrescentaria: pretexto para uma heresia.
Observe atentamente que o foco deste capítulo é a guerra do “chifre” do quarto animal CONTRA os santos do altíssimo vs 8, 21. No meio desta guerra é que aparece o ANCIÃO com seu Juízo,  “Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos”. Minha pergunta ao senhor é a seguinte: quem é o autor e executor do Juízo aqui: o Pai ou o filho? Antes, porém, vamos deixar claro que o ANCIÃO, não pode jamais ser o mesmo “filho do homem” do v. 13, pois este toma o reino das mãos do ANCIÃO v.14. Portanto, aqui quem senta para fazer esse julgamento é o Pai e não o Filho. Portanto, está na contramão da teologia do juízo investigativo, onde o filho é que faz o juízo e não o Pai.

Resta-nos conhecer agora o objetivo e o caráter desse “juízo”. Porventura, seria um suposto juízo investigativo? E os livros, seriam livros contendo a vida dos santos para investigação de pecados? Obvio que não! O próprio contexto aponta o caráter do Juízo: “Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, ATÉ QUE VEIO O ANCIÃO DE DIAS, e foi executado o juízo A FAVOR DOS SANTOS do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.” (vv 21,22). Senhor Muniz, em nome da honestidade o senhor há de convir que não há nada aqui sobre os santos sendo examinados em um tribunal. Nenhum dos seus pecados é indicado, e não há nada que indique que estes livros contêm um registro de suas vidas, antes, pelo teor do contexto, são as ações do chifre que constam nesses livros.   A imagem é bastante clara: os “santos” foram atacados pelo poder do chifre, mas são vindicados em juízo. Algo bem diferente do que a teologia adventista ensina.
Perguntas para sua reflexão:
  • Quem executa o juízo em Dn 7.10 é o Pai ou o filho?
  • O juízo é contra ou a favor dos santos?
  • O juízo é investigativo ou vindicativo?
  • Há menção aqui de algum santuário celestial em relação ao Juízo?
  • O texto dá alguma evidencia de que os “livros” continham a vida dos santos para investigação?
Pergunta 7- como entender o tempo em apocalipse 11:18 de julgar os mortos e porque se faz menção da arca no santuário celestial uma vez que não existe o serviço anual ou inauguração do santíssimo. Porque a arca e o santíssimo aparece justamente após a menção de juízo dos mortos?  Apocalipse 11:18:19

Fundamentação: “Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.” (v. 18,19)

RESPOSTA: Este texto faz parte da sétima trombeta, o terceiro ai que acompanha a tomada de Cristo sobre os reinos do mundo. O terceiro ai é o mesmo que as sete últimas pragas. “Tua ira chegou ”tem a ver com a ira em 14.9-11 e descrita nos capítulos 15 e 16. Este tempo está bem além de 1844 e o versículo não pode ser aplicado ao juízo investigativo.
O tema do capítulo 11 inteiro de Apocalipse reflete em parte Daniel 7. Aqui novamente os ímpios atacam v.2, mas o juízo vem novamente sobre os ímpios v. 13,14. Veja a expressão “Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos” (Cf. Sl 2.1). Observe que a ira está associada ao julgamento, mas julgamento de quem, dos justos? Novamente não. Julgamento dos ímpios, alvo da ira de Deus, mas, por outro lado, seus servos são recompensados, assim como em Dn 7. Isso nem de longe parece esse suposto juízo investigativo que acreditam os adventistas.
Agora, por que a arca aparece nesse local após o julgamento dos mortos?  A arca neste contexto está associada ao julgamento de Deus…a arca não era apenas um simples móvel do tabernáculo, pois além de representar a presença divina ela julgava seus inimigos também I Sm 5.7; 6.19-21, o que é muito apropriado esse objeto aparecer neste contexto de julgamento e ira divina. Além do mais é para lembrar que Deus cumpriria suas promessas de acordo com sua aliança.

É interessante observar a expressão “julgamento dos mortos”. O julgamento é julgamento DOS MORTOS; bem diferente do que ensina a teologia adventista, que afirma que o juízo investigativo é um julgamento de vivos e mortos e não apenas de mortos. Outra, percebeu senhor Muniz que aqui a tomada do reino vem antes do julgamento (vv. 15,16)? É o inverso de Daniel 7. Portanto, a sua pergunta anterior “como entender Daniel 7:10 livros abertos para o juízo. Antes do reino ser entregue aos santos?” (sic), não tem sentido algum.

Pergunta 8- por qual razão homens como Joseph Bates, e Tiago White e outros. Teriam aceitado um ensino baseado em uma mulher que se dizia profetiza uma vez que tal ensino não telinha base nas escrituras sagradas ?

RESPOSTA: Boa pergunta, mas complicada! Com isso você está afirmando que foi EGW quem inventou a doutrina do juízo investigativo? É isso? Parece que sim. As razões do porquê eles aceitaram essa doutrina herética é a mesma razão do porquê homens como Rutherford e Brigham Young aceitaram as doutrinas de Russel e Joseph Smith respectivamente. A razão está em II Tm 4.3,4. Outra, os chamados pioneiros adventistas, não queriam dar o braço a torcer sobre o vergonhoso fracasso de 1843-1844, aceitar o fracasso seria o mesmo que admitir o erro completo, era demais para o orgulho deles, portanto, foram procurar alguma “justificativa” para seus cálculos proféticos fracassados. E como dizem por ai: quem procura acha! Mais tarde outra seita oriunda da mesma confusão milerita faria o mesmo caminho, daria uma justificativa para 1914 do porquê Jesus não veio. Ainda bem que Miller, depois dos fiascos de 43 e 44 caiu fora desse balaio de gatos e muitos também o fazem hoje.

Por volta de 1850, parece que nem mesmo Tiago White estava convencido desta doutrina: “Não é necessário que a sentença final seja dada antes da primeira ressurreição como alguns creem, para que os nomes dos santos sejam escritos no Céu, e Jesus, e os anjos certamente saberão como junta-los e leva-los para a nova Jerusalém. (A Word to the Little Flock, 1847, p. 24).

O senhor sabe me explicar por que o primeiro a encontrar falhas no ensino do santuário adventista foi o seu próprio criador – O.R.L Crosier? É estranho que o seu principal proponente seja o primeiro a abandona-la. Não é atoa que vários líderes adventistas, ao longo dos anos, que procuraram honestamente fazer um estudo independente dessa doutrina, acabaram por fim rejeitando-a como um erro grosseiro.

Pergunta 9- se não há juízo investigativo a que juízo Pedro fala.  1- Pedro 4:17.

RESPOSTA:
Deve-se observar que o tópico central da última metade de 1 Pedro 4 é o julgamento impetuoso inevitável para os crentes. Tal como acontece com 3.14, a perseguição parece ter aumentado nos dias de Pedro. Mais uma vez, olhamos para uma exposição típica do significado desta passagem: O conceito de que o julgamento começa na casa de Deus deriva de passagens como Am 3.2; Jer 7.8-15; 25.29; Ez 9.6 Isso implica que as perseguições e aflições dos cristãos são parte do desagrado de Deus no pecado, mas eles vêm sobre eles, em vez de refinar o mal do que condenar (cf. 1: 6f). Ensinamentos semelhantes são encontrados em João 15. 2; 1 Co. 11.31; 2 Tss 1.3-8 Por causa desses atos disciplinares de Deus, o justo é salvo com dificuldade … ou seja, o caminho para a vida é árduo. … 4 Não há maneira possível de legitimamente usar 1 Pedro 4.17 como base para a adventista doutrina do juízo investigativo. Pedro estava falando de um tempo que JÁ HAVIA CHEGADO, não um que viria quase dois mil anos depois.

Pergunta 10 – porque as setenta semanas de Daniel 9 são dias/anos e as 2300 tardes não são. Uma vez que a visão das 2300 tardes foram a base para a explicação das 70 semanas.?  Daniel – 9:23 ( entende a visão ) hebraico ( marher) Daniel 8:26.

RESPOSTA:
1º – De fato as 2300 tardes e manhãs não correspondem a dias proféticos, mas a holocaustos. Segundo a Lei de Moisés, os sacrifícios eram oferecidos diariamente, um pela manhã e o outro pela tarde: “Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol” (Ex 29.39); “[…] ofereceram sobre ele [o altar] holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde” (Esd 3.3). Ver também Ex 29.41 e Nm 28.2-4.8.

O que o anjo Gabriel quis dizer a Daniel é que nos últimos tempos de Israel, 2300 holocaustos deixariam de ser oferecidos no Templo de Jerusalém, instaurando-se no seu lugar a “desolação da iniquidade” (Cf. Dn 8.13).

A palavra hebraica para dias [traduzida erroneamente em algumas versões] de Daniel 8.14 não é a palavra hebraica de costume, yom, para “dia”. Em vez disso, são as palavras em hebraico, ‘ereb-boqer, que significa “tardes e manhãs”, que são corretamente traduzidos em Daniel 8.26.

Uma vez que a palavra hebraica comum para “dia”, yom, não aparece em 8.14, esta é provavelmente uma falha fundamental nos cálculos adventistas. Por quê? Porque quando o santuário está sendo discutido, o dístico, ‘ereb-boqer se refere aos dois sacrifícios diários da noite e da manhã e a contagem total de dias pode ser muito facilmente calculado como metade dos 2300, ou 1150 dias reais.

2º – Quem disse que as 2300 tardes e manhãs tem a ver com as setenta semanas? Os contextos e objetivos causais são completamente diferentes. A perícope de 8.14 termina no verso 27. Portanto, longe de uma ter dado origem a outra como deseja o senhor Muniz.
3º – Quanto às “setenta semanas”, a palavra hebraica sha-bu-Yim shi-bi-Yim, pode significar “70 semanas de anos”, “semana de 70 anos”, “70 setes” ou “490 anos” sem exigir dias transformando-se em anos! Em outras palavras, não há nenhum principio padrão de dia-ano sobre um período de tempo para outro intervalo de tempo encontrado em Daniel 9.24. No capítulo 9, Daniel, estava tentando se conectar a desolação do cap. 8.10-12 sobre a profecia de Jeremias – não toca em nenhum momento sobre o santuário celestial.

Porque as setenta semanas é mais do que dias literais? Simples, além da questão gramatical já explicada acima, o contexto aponta que o cumprimento teria uma duração além de meras semanas normais. Ele aponta para a era do Messias (príncipe), no futuro que seria morto (cortado). Por Outro lado, nada no contexto indica que 2300 tarde e manhãs (não dias) seria 2300 anos. Não existe este tal “padrão” de princípio dias-anos como querem nos fazer acreditar adventistas e Testemunhas de Jeová em abono de seus malogros proféticos.
Pronto, está ai suas 10 perguntas respondidas. Simples e fácil!

Fonte: CACP

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