Grupos religiosos como os Muçulmanos, Judeus,
Testemunhas de Jeová, Tabernáculo da Fé, Voz da Verdade, Adventistas e seus
pioneiros, Espíritas, entre outros, assumem uma postura muito rude contra a
doutrina trinitariana clássica. Há em especial em algumas seitas uma
ferocidade em atacar essa doutrina de Deus que foge o normal; 'Pagã, diabólica,
contraditória, não bíblica, inventada por Constantino', etc, são termos que
lemos e ouvimos quando tais pessoas se manifestam contra a doutrina da
Trindade. Nessa postagem tratarei de alguns reflexões tendo em vista um grupo
específico – As Testemunhas de Jeová.
Sabe-se que a rejeição da doutrina trinitariana
entre as Testemunhas de Jeová nasceu logo no início quando Charles
Russel recebeu influencias de adventistas antitrinitarianos, e de outros, lá
pelos idos de 1870 em diante. George W. Stetson, George Storrs, são nomes que
não devem ser dispensados na reconstrução das causas de Russel negar a trindade
e a ‘mortalidade’ da alma [Nelson Barbour foi o grande mentor das doutrinas
cronológicas de Russel, o que deu início a doutrina de 1914] – Testemunhas
de Jeová - Proclamadores do Reino, pp 44-49. Russel já havia em anos antes
fracassado na fé. Nasceu presbiteriano e depois se tronou congregacional, ao
debater com um ateu sobre o inferno se viu em apuros. Com essa incapacidade se
viu aberto qualquer tipo de crença não bíblica, tanto que anunciou o fim do
mundo para uma data calculada, a despeito da advertência de Jesus em Mateus
24.36.
Percebemos o que é comum entre as Testemunhas de
Jeová, e como era de se esperar, na abordagem crítica, imprecisões do que é
realmente a doutrina, são embrulhadas em meio a afirmações não compartilhadas
pelos trinitarianos, surgindo mais uma caricatura do que uma exposição honesta.
Russel disse que os trinitarianos formaram “a doutrina dos três
Deuses” (ibidem, p. 125). O que o é severamente negado por qualquer
trinitariano – tanto em seus Credos bem como em seus manuais doutrinários. A
Bíblia diz que há UM só Deus verdadeiro. Se as Testemunhas incluem a conclusão
delas na critica, deveriam deixar isso bem claro.
Por que a
doutrina da Trindade foi formulada nos termos que aparecem nos Credos?
Em primeiro lugar, deve ser dito que os Credos não
conceberam a doutrina da Trindade, eles formularam as definições que
estão distribuídas e pressupostas na Bíblia, isto é, ela veio de bases
Escriturísticas, explicitas e implícitas. A Bíblia coloca as três pessoas – Pai,
Filho e Espírito Santo - constantemente em unidade de trabalho, propósito,
nome, divindade e honra, ainda que em certas pessoas divinas essas
características na Bíblia foram mais, ou menos, expostas.
Os trinitários ao se depararem com uma Bíblia que
diz que há um só Deus verdadeiro que deve ser honrado e
adorado, e percebendo que isso é dito de outras pessoas divinas (o Filho e o
Espírito), não poderiam sobrepor uma porção da Escritura sobre outras, antes
unir tais afirmações reveladas e confessar o que tem diante de si. Ainda
que ao confessar não tenham condições plenas de explicar isso de forma
que satisfizesse todas as nossas indagações racionalistas, não por que a
Trindade é irracional, mas por falta de analogia plena em nossa experiência e
natureza, ainda assim mantiveram o que em alguns momentos é confessado como
mistério.
Se considerarmos que nossa humanidade tende a expor
aquilo que lhe é peculiar, aquilo que forma sua percepção, e levando em
consideração que não há nada na experiência humana que se assemelhe plenamente
com a Divindade, nessa perspectiva, a doutrina trinitariana é um resultado
irresistível de um testemunho externo aos homens, não algo vindo deles. E como
disse o Teólogo Louis Berkhof, “a doutrina da Trindade depende decisivamente
da revelação.” (Teologia Sistemática, p. 81). Diante do desafio ‘lógico’, e
falta de analogia satisfatória - (embora existam algumas úteis), e ainda manter
tal doutrina, somente a revelação especial manteria a força necessária na
Igreja, ao promover e defender uma doutrina que sobrepõe nossa capacidade.
Quais
argumentos, portanto, que sustentam a defesa da doutrina trinitariana?
Como já foi mencionado, decorre de três linhas de
evidencias bíblicas.
1. Da
asseveração bíblica do ÚNICO DEUS.
2. Da
asseveração bíblica de atribuir distintamente àquilo que pertence a Deus
às outras pessoas além de Deus Pai – a saber, o Filho e o Espírito.
3. Da
asseveração bíblica de colocar eles em um mesmo patamar, muitas vezes
ontologicamente e economicamente (em funções diferentes, porém igualmente
necessárias).
Unidas essas realidades bíblicas, temos por fim –
inevitavelmente, a doutrina da divindade, chamada de Trindade. Se você, porém,
se orientar pelo motivo 2, apenas, e subjugar os pressupostos 1 e 3, você
chegará ao triteísmo. Se você partir do 1, condicionar o 2 e o 3, será o
henoísmo. Vai crer em um Deus maior e vários deuses menores. Começar do 3 e
sobrepor ao 1 e 2, será um modalista. O monoteísmo bíblico não é o mesmo do
monoteísmo islã nem judaico, pois ambos negam a divindade do
Filho. E não há Deus sem o Verbo, assim como não há sem o Espírito.
O que as
Testemunhas de Jeová fazem?
Primeiro que nem
mesmo o único deus que eles creem existir, é um Deus verdadeiro. Segundo a
Torre de Vigia, Deus não é nem onisciente (constantemente) nem onipresente.
Esse, portanto não é Deus, mas um falso e fraco deus. A influência
Sociana é notória na teologia da Torre de Vigia. Bem possível que o falso
e fraco Jeová do Corpo Governante nem saiba que eu esteja falando mal
dele aqui... a não ser que ele ‘conecte-se’, ou nos dizeres do livro
Raciocínios, “sintonize”. Segundo, o Corpo Governante acaba fazendo
desse fraco deus, o único Deus Verdadeiro, e Jesus um deus menor, menor ainda
que aquele fraco deus. As Testemunhas de Jeová se encaixariam em um tipo de
henoismo, embora teriam algo a se justificar, já que afirmam adorar apenas o
deus maior. Mesmo que digam dar adoração relativa a Jesus, o que é
melhor chamar de “prestar homenagens”, como fazem.
Portanto, a liderança das Testemunhas de Jeová fez
o seguinte: Desnudou Deus Pai de seus atributos, despiu Cristo de sua Divindade
e arrancou do Espírito Santo a sua personalidade – o que sobrou? Um falso deus
não bíblico. E insiste em dizer que o Deus Cristão, em sua definição
trinitariana, não é bíblica.
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