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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O Cristo revelado nas Escrituras

Ao nos depararmos com a Palavra de Deus, vemos como o Senhor teve o cuidado de priorizar o mais importante assunto: A Revelação de Cristo. Ao longo do relato bíblico, podemos constatar que em toda sua história, o Cristo de Deus nos é revelado, página por página, gradativa e progressivamente. Desde seu início em Gênesis, Deus mostra logo nos primeiros capítulos que Cristo, a semente da mulher, derrotaria Satanás de uma vez por todas. Vemos ali a primeira promessa da revelação messiânica, quando lemos: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). A história da Bíblia é uma história de redenção, isso em todo seu contexto, quer seja histórico ou teológico. Do jardim até a cruz, o Senhor nos conduz em graça pelo Seu Espírito, à revelação da Sua eterna salvação.

Esta semana, ao acessar uma das minhas redes sociais, pude contemplar uma cena de um vídeo que mexeu muito comigo, enquanto servo de Deus. Creio que era um povo da Ásia (os traços denunciavam), um grupo de cristãos que, extasiados e visivelmente alegres, recebiam caixas contendo bíblias cuidadosamente embaladas. Ao abrirem e se depararem com as Sagradas Escrituras, os irmãos avançavam nas caixas, como o leão faminto ante a sua presa. Estavam ávidos e maravilhados por terem em suas mãos seu exemplar da Palavra de Deus. Possivelmente, isso deve ter acontecido numa das nações perseguidas, daí podemos explicar o porquê de tanta emoção. Imagino o quão difícil foi para que aquelas bíblias chegassem até eles. Mas o mais interessante que vi foram suas reações: rasgando o fino plástico que as envolviam, eles cheiravam, abraçavam, choravam… por um instante, tive a sensação de que eles estariam ali sentindo a própria presença de Jesus. Lindo. Mas atrelado a isso, me veio uma súbita preocupação.

Preocupação porque fiquei receoso de demonstrar em minha caminhada o mesmo relaxamento que os discípulos (mais tarde, apóstolos) apresentaram quando o Senhor Jesus estava presente entre eles. Ao se revelar para os discípulos, pelas Escrituras, ao dizer que era “necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia” (Lucas 9:22), os mesmos negavam o que já estava escrito e decretado por Deus quando Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mateus 16:22b). Só que eles se esqueceram de um importante detalhe: ESTAVA ESCRITO! Ou seja, era algo que era inevitável, iria acontecer. Pensei: Porque no nosso dia-a-dia, não temos a mesma reação que a dos nossos irmãos asiáticos (do comentário anterior), quando estamos diante das nossas bíblias? Como dizem, é o único livro em que o Autor nos acompanha na leitura.

Me fiz essa pergunta. E isso me deixou inquieto por dias. Mas graças a Deus que me senti assim. Já pensou se não nos importássemos? Isso é sério, muito sério. Afinal, a Bíblia é Jesus, Seu ser, Sua vida, Seus ensinamentos, Sua história… tudo. A Palavra de Deus “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). Há vida em suas palavras, em cada linha, cada letra, cada história… pode-se desprezar tamanha riqueza? De certo que não. Queremos estar com Jesus. Amá-lo, abraçá-lo, sentir Seu perfume, assim como fizeram os nossos irmãos. Precisamos experimentá-lo, para que a cada dia, Ele se revele a nós.

Os discípulos que caminhavam pela estrada de Emaús viveram a experiência do Cristo revelando-se pela Palavra de Deus (Lucas 24:13,14). Caminhando com eles pela estrada, Jesus não mostrou nada além da revelação na Escritura Sagrada a Seu respeito, sobre tudo que Deus Pai havia estabelecido como decreto, para Si próprio, quando lhes disse: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:25-27).

Quando lemos a Bíblia, com o desejo sincero de conhecê-Lo ainda mais, o Espírito Santo nos concede a mesma sensação que tiveram os discípulos ao receberem a revelação de Cristo: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? (Lucas 24:32). Nossos corações ardem em amor quando o nosso Salvador se revela a nós. Aconteceu com os discípulos em Emaús, aconteceu com os irmãos asiáticos e, com certeza, acontecerá conosco também.
Pelo Espírito, oremos para que essa expectativa do Cristo Revelado esteja sempre a incendiar nosso coração. Abra e leia a Bíblia hoje, agora. Jesus Cristo certamente se revela aos seus servos.


FONTE: www.napec.org

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