O ensino das Testemunhas de Jeová diz que a
transfusão de sangue, das veias ou artérias, de uma pessoa para outra, é
equivalente a alimentar-se ou comer sangue e isso é anti-bíblico, causando a
perda da vida eterna. Assim, se uma pessoa recebe uma transfusão de sangue, ela
não obterá lugar no reino de Deus:
“É uma transfusão realmente o mesmo que comer
sangue? Num hospital, quando um paciente não consegue alimentar-se pela
boca, ele é alimentado endovenosamente. Ora, será que alguém que jamais poria
sangue em sua boca, mas que aceitasse sangue por meio de transfusão, estaria
realmente obedecendo à ordem de ‘persistir em abster-se de sangue’? (Atos
15:29). No caso de um paciente que recusa sangue, há tratamentos
alternativos? Com frequência, uma simples solução salina, a solução de
Ringer e o dextrano podem ser usados como expansores do volume do plasma, e
estes estão disponíveis em quase todos os hospitais modernos. Na verdade, os
riscos acompanhantes do uso de transfusões de sangue são evitados pelo uso
dessas substâncias. As Testemunhas de Jeová não têm objeção religiosa ao uso de
expansores do plasma que não contenham sangue. Na verdade, as Testemunhas de Jeová se beneficiam de tratamento médico melhor
devido a não aceitarem sangue. Todo tipo de cirurgia pode ser realizado com
sucesso sem transfusão de sangue. Isto inclui cirurgias cardíacas a céu aberto,
cirurgias cerebrais, amputação de membros e a extirpação total de órgãos
cancerosos. “Cirurgias cardíacas ‘sem sangue’, a céu aberto, originalmente
desenvolvidas para membros adultos da seita das Testemunhas de Jeová, porque a
sua religião proíbe transfusões de sangue, foram agora adaptadas com segurança
para serem utilizadas em procedimentos cardiológicos delicados, em bebês e
crianças.” — Cardiovascular News, de fevereiro de 1984, p. 5” (Raciocínios
à Base das Escrituras, p. 343-348).
O que a Bíblia diz acerca do sangue:
1) O sangue de
Cristo tem uma importância especial e grande lugar nas Escrituras:
- a) Somente o sangue de Cristo é suficiente
para obter a vida eterna – não o nosso (Hb. 9.13-14);
- b) Com um só sacrifício, Jesus pagou por todos
os pecados dos homens (Hb. 9.24-28);
- c) O sangue de Cristo traz vida eterna a todos
os que creem (Jo.6.53-56).
2) Concernente
ao consumo de sangue humano, nada vindo fora do homem pode torná-lo impuro,
logo não há o perigo de perder a vida eterna (Mt. 15.11; Mc. 7.15);
3) Concernente
a alguma penalidade por consumir sangue de animal:
- a) Violação das leis de saúde não implica em
perder a vida eterna (At. 15.20,28-30);
- b) O sacrifício pessoal de Jesus tornou a
observância das leis cerimoniais inúteis (Lv. 17.14; Gl. 5.14);
- c) A vida eterna não é baseada na observância
das leis cerimoniais (Rm. 6.14);
- d) Cristo promoveu os meios de pagamento para
todos que quebraram a lei, o que representa que todos obterão a segurança
da vida eterna (Rm. 10.4).
Existem três importantes fontes que o estudante
deste assunto precisa considerar, quando busca entender o significado das
Escrituras relacionado com a santificação do sangue:
1. a) A prática do povo nos dias apostólicos envolvia o consumo de sangue
como parte do culto a várias divindades. Para alguns povos era um meio de obter
poder sobrenatural, que eles entendiam estar no sangue. Foi essa prática
idólatra que certamente motivou Deus a proibir o consumo de sangue em primeiro
lugar.
2. b) É cientificamente provado que o sangue não pode ser completamente
removido de um animal usado para alimento. Toda pessoa que se alimenta de carne
ingere certa porção de sangue. Isso significa que todos os associados da
Sociedade Torre de Vigia, a menos que sejam vegetarianos, têm consumido
considerável quantidade de sangue.
3. c) Em terceiro lugar, as transfusões de sangue envolvem o uso do sangue
com a mesma finalidade que Deus pretendia que ele seja usado: dar vida. O
destinatário de uma transfusão de sangue não “come” o sangue. Exemplos
semelhantes são enxertos de pele e transplante de órgãos. Um litro de sangue
doado por uma pessoa saudável é um dom de vida, da mesma forma que um
transplante de um órgão vital. Não há violação de qualquer lei de santidade.
Fonte: CACP
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