Pergunta-se: “Por que crentes de várias
denominações tradicionais, às vezes com dezenas de anos ligados às suas
Igrejas, ao assistir apenas um culto na CCB, abandonam de vez sua denominação e
se unem à CCB, aceitando o rebatismo nas águas, alegando ainda tais crentes
“agora possuir toda a verdade”.
O que se deu de tão excepcional, que os levou a
agir assim tão drasticamente, depois de vários anos em suas igrejas? Qual o
segredo que existe na CCB que leva pessoas que pareciam tão firmes mudarem
assim repentinamente de igreja? Qual a força de atração da CCB? Uma coisa é
certa: não foi a descoberta de alguma doutrina genuinamente bíblica que os
levou a agir assim. Isto afirmamos porque é notório que os anciãos da CCB não
conhecem a Bíblia. Proíbem mesmo seu estudo, sob a evasiva de que “a letra
mata” (2Co.3:6). Então o que houve?
1. O TIPO DE CULTO
Sim. O tipo de culto que se realiza nos templos da
CCB é caracteristicamente diferente de todos os tipos de cultos realizados em
outras denominações evangélicas. O culto que lá se realiza desenvolve-se da seguinte
maneira:
O ancião lê a história de uma das curas milagrosas
relatadas na Bíblia e procura aplicá-la às necessidades da congregação: “Tem
irmão aqui hoje que acha que não tem mais esperança, não tem mais jeito. Chegou
aqui abatido e triste, ‘tem ânimo porque vou fazer uma obra na tua casa’. Os
vizinhos podem achar isso impossível, os parentes podem estar rindo de você, o
médico pode já ter desenganado, mas quando Deus promete, ele cumpre. Fique em
comunhão que o irmão vai ver a poderosa mão de Deus”.
Outro exemplo: “Aqui tem uma irmã que discutiu
com seu esposo por causa da arrumação da sua casa, preocupada com cortinas,
vasos de flores da sua nova moradia. ‘O Senhor diz que não faça isso’. Não deve
permitir que as coisas materiais venham perturbar a harmonia do lar”.
Outro exemplo: “Você irmão, que tem trabalhado
nesse ramo de negócio e que não está indo bem, não se desespere. O Senhor vai
dar um jeito. Vai arranjar um outro tipo de negócio mais rendoso”.
E assim, sucessivamente, o membro da CCB sai do
templo com a convicção que “O Senhor falou comigo esta noite”. De modo que,
quando se dirige ao templo na CCB o crente não vai escutar uma pregação ou
ensino baseado na Bíblia, porque a Bíblia é apenas usada como pretexto para uma
série de adivinhações. O certo seria ir buscar orientação da Bíblia, conforme
Jo.17:17, Sl.119:105 e 130.
E como se prepara o ambiente para essas
“revelações”, como se fossem dadas pelo Espírito Santo? Ao entrarem no templo,
os crentes comunicam seus pedidos de oração ao porteiro, que anota o número de
pedidos de tipos diversos num cartão próprio, posteriormente entregue ao ancião
que dirige o culto. Os pedidos são classificados em poucas categorias que
correspondem a temas básicos da vida do crente e refletem os dilemas da classe
pobre do brasileiro. As categorias são as seguintes: tribulações e suas causas,
enfermidades, viagens e testemunhos. Ainda existe a categoria de acidentes. As
viagens são de grande importância na CCB e são objeto de constante interesse
por parte dos membros. Antes de empreender uma viagem, o membro pede direção
divina de que determinada viagem deve ser feita, e pode ser realizada com
segurança. Essa confirmação vem através de algum ponto da pregação “tem
irmão aqui que pretende empreender uma viagem à sua família em outro Estado. O
Senhor diz ao seu servo que não faça essa viagem já, espere mais um tempo”.
Depois de recebidos pelos porteiros, os pedidos de
oração são entregues ao ancião, que apresenta as várias categorias dos pedidos
à congregação a fim de serem lembrados na oração. No cartão que o porteiro
entrega ao ancião consta o número de pedidos de cada tipo, mas este dado não é
relatado à congregação.
Resultado: O
fundamental para o sucesso da reunião é o papel do ancião que funciona como
adivinho ou oráculo. E assim, o membro vai à casa de oração procurando
iluminação sobre determinada decisão, e na hora da palavra o pregador, embora
não conhecendo individualmente cada caso de dúvida do crente, dá uma palavra
que ele julga ser a resposta à sua ansiedade e o crente retira-se com a
convicção que expressa, ao demais, ‘o Senhor falou comigo nesta noite’.
Nada pode ser planejado. Tudo deve funcionar
improvisadamente. A tal ponto que, os membros da CCB costumam se dirigir a
crentes de outras igrejas, dizendo: “na CCB a nossa comida espiritual é
quentinha. Sai na hora. Enquanto sua comida é amanhecida”.
Tal situação é decorrente da falsa interpretação de
Mt.10:19-20: “não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque naquela
hora vos será concedido o que haveis de falar; visto que não sois vós os que
falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós”. Como disse um
pregador: “possuir o Espírito Santo e não ter conhecimento bíblico, conduz ao
fanatismo”. E é isso que acontece na CCB. A falta de conhecimento bíblico leva
os crentes a buscar outras fontes de inspiração, como a adivinhação, condenada
pela própria Bíblia em Dt.18:9-12, Jr.14:14, Ez.13:1-10. O Espírito Santo que
inspirou a Bíblia (2Pe.1:20-21) também nos faria lembrar das palavras de Jesus
(Jo.14:26, 15:26 e 16:26). Não seria horoscopia evangélica? Da mesma forma que
as pessoas buscam direção através de horóscopos, os crentes da CCB buscam
direção em ‘mensagens proféticas’ espúrias, dadas por homens que de antemão
tomam conhecimento da situação do auditório para ‘profetizar’. “Os profetas
profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes
falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e engano do seu íntimo é o que eles
vos profetizam” (Jr.14:14). Tal convicção de que ‘o Senhor falou’ ou ‘o
Senhor não falou’ é tão impressionante entre os crentes da CCB que obedecem com
mais prontidão a palavra ‘profética’ do que a Bíblia (Jo.5:39-40; 2Tm.3:16-17).
2. DADOS HISTÓRICOS
Em março de 1910 vem ao Brasil Luiz Francescon, nascido
em 20 de março de 1866 em Cavasso Nueno – Província de Udine – Itália, dando
início ao trabalho na cidade de Santo Antonio de Platina, Estado do Paraná. Em
fins de junho do mesmo ano vem a São Paulo e, poucos dias depois, batiza 20
pessoas provenientes de igrejas como Presbiteriana, Batista, Metodista e um
católico apena. Com isso se vê a tendência proselitista da igreja recém
formada. Uma das práticas mais comuns dos crentes da CCB é visitar os novos
crentes de outras igrejas. Qual o assunto logo de início nessa visita? O
combate à forma de contribuição, o sistema do dízimo, inoculando na mente do
crente recém convertido que terá de desembolsar 10% de seus ganhos para a
igreja da qual se tornará futuramente membro e que na CCB não há tal exigência.
Afirma mais, que tal contribuição irá para os bolsos do pastor, que não
trabalha e vive como um parasita às custas da igreja.
3. PECULIARIDADES PRÓPRIAS DA CCB
1. Não tem mecanismos formais para comunicação, exceto uma circular
bimensal que anuncia as datas e locais dos próximos batismos, não distribuem
folhetos, revistas, jornais.
2. Tem um único manual de procedimentos intitulado “Reuniões e
Ensinamentos”, datado de 25, 26, 27 de março de 1948 e “Pontos de Doutrina e da
Fé que uma Vez Foi Dada aos Santos” (VII edição).
3. Nega possuir hierarquia.
4. Não possui registros de membros.
5. Não faz coleta pública nas reuniões.
6. O membro da CCB vai ao templo em média três vezes por semana.
7. A Ceia do Senhor é celebrada anualmente com um só
pão, partido com a mão, e também um só cálice.
8. Orações só de joelhos.
9. Proibição taxativa de assistir cultos de outras
igrejas.
10. Batismo em nome de uma quaternidade e como
sacramento.
11. Ósculo ‘santo’ só é dado na despedida do culto ou
em caso de viagem, sempre entre irmãos e imãs entre si.
12. Cerimônias de casamento não se realizam no templo.
O crente da CCB deve também abster-se de participar de festas de casamentos de
pessoas não pertencentes à CCB, sob a alegação de participar de coisas
sacrificadas aos ídolos.
13. Cerimônias fúnebres são proibidas nos templos.
14. Proibidos os cultos de vigília de fim de ano.
15. Pedidos de oração por estranhos só são atendidos se
o Espírito Santo determinar.
16. Uso imoderado de bebidas alcóolicas.
17. Negação do cargo de pastor e respectivo salário.
18. Negação do dízimo como contribuição cristã.
19. Proibidos trabalhos de evangelização nas ruas,
praças etc.
20. Blasfêmia contra o Espírito Santo é a prática do
adultério.
21. Proibição de os próprios crentes fotografarem
durante os cultos. Só permitido por estranhos.
4. DÍZIMOS E OFERTAS
Segundo o ensino do “Manual de Procedimentos ou
Pontos de Doutrina e da Fé…”, págs. 17 e 18, a lei dada por Deus a Moisés está
dividida em três partes ou três leis: civil, moral e cerimonial. “A lei
cerimonial com suas ordenanças foi cumprida…” como consequência o dízimo,
como parte dessa lei cerimonial, foi abolido. Não mais pertence às exigências
que devem ser atendidas pelos cristãos.
Refutação bíblica: Não há base bíblica para a divisão da lei em três partes. É apenas
artificial tal divisão. A lei dada por Deus a Moisés é um todo, uma unidade
(Gl.3:10-11). Essa lei findou na cruz (Cl.2:14-17). Entretanto, para as pessoas
afeitas ao estudo da Bíblia, é fácil descobrir que o dízimo foi dado antes. O
dízimo se prova dentro do Novo Testamento, ou melhor dizendo, dentro da nova aliança
(Hb.8:6-13). Vejamos:
a) O dízimo de Abraão é relatado em Gn.14:18-20 e
repetido em Hb.7:4-6. É a primeira vez que aparece a palavra dízimo na Bíblia.
A lei só foi dada 430 anos depois de Abraão (Gl.3:6-9). Não havia mandamento
para o dízimo. O dízimo nasceu da espontaneidade de Abraão. Se nasceu da
voluntariedade de Abraão, 430 anos antes da lei, certamente que o dízimo não é
criação da lei. Um paralelo entre Abraão e o cristão, e Melquisedeque e Jesus,
nos ajudam a entender melhor a questão do dízimo.
Abraão é chamado o pai da fé (Rm.4:16, Gl.3:7-9)
logo, os cristãos de todo o mundo são filhos de Abraão.
Melquisedeque, por sua vez, é um tipo de Jesus
Cristo (Hb.7:1-3). O sacerdócio de Cristo tem a ver com o sacerdócio de
Melquisedeque (Hb.7:17-21) e é um sacerdócio eterno.
Logo, Abraão reconhece a superioridade de
Melquisedeque e dá-lhe o dízimo de tudo (Gn.14:20). Melquisedeque não recusa.
Aceita e dá sua bênção. Assim, o crente (filho de Abraão) recebe a bênção de
Cristo (Melquisedeque). A lei já passou (Rm. 6:14, 10:4 e Ef.2:11-14).
b) Uma segunda razão para o pagamento do dízimo está
no parecer de Jesus em Mt.23:23. O Senhor Jesus ensina que o mais importante da
lei – o juízo, a misericórdia e a fé – essas coisas devem ser praticadas, sem a
omissão do dízimo da hortelã, endro e cominho. É certo que Jesus não era contra
o dízimo, mas a favor dele. Alega-se que Jesus estava se dirigindo aos fariseus
hipócritas e não aos discípulos. É verdade, mas perguntamos: qual o crente que
pode dispensar a prática da justiça, da misericórdia e da fé? Pode existir
cristão sem fé? (Hb.11:6, Rm.10:17, Ef.2:8-10).
Mas, se por um lado a CCB condena acremente o
sistema de contribuição – o dízimo – e a coleta pública, estabelece vários
tipos de contribuição que vão pesar mais do que o dízimo bíblico. Publicamente
não se fazem coletas, de modo que a pessoa que lá adentra pela primeira vez tem
a impressão de que na CCB não se fala em dinheiro. Funciona tudo como com as
Testemunhas de Jeová, que fazem convites ao povo em geral e imprimem nos seus
folhetos “não se faz coleta”. O certo é que já a fizeram de porta em porta,
quando venderam suas revistas.
Assim, também na CCB há as seguintes ofertas:
- OFERTA DA PIEDADE: é uma contribuição para os
pobres da CCB.
- OFERTA PARA COMPRA DE TERRENOS: aquisição de
propriedades.
- OFERTAS PARA FINS DE VIAGEM: destina-se ao
custo das viagens dos anciãos.
- OFERTA PARA CONSERVAÇÃO DE PRÉDIOS: trata-se
de contribuição para reformas de prédios e afins.
- OFERTA DE VOTOS: quando alguém testemunha o
resultado de uma bênção recebida, dá a sua contribuição, como o católico
quando faz promessa aos santos. Como se recolhem todas essas ofertas, se
não são feitas publicamente? Tudo é colocado na mão do porteiro, logo na
entrada da casa de oração, onde os envelopes indicam o destino que se deve
dar ao dinheiro. É assim que, hipocritamente, fazem-se contribuições mais
numerosas e mais pesadas do que o dízimo, mas de modo oculto para os de
fora. O que é coleta? Coleta é o ato de coletar dízimos e ofertas (1Co.16:1-3).
Deve ser feita de modo claro como se lê em Lc.21:1-3 e não às escondidas.
5. BATISMO COMO SACRAMENTO E EM NOME DE UMA QUATERNIDADE
O Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e
Fé), já mencionado, pág.7, estabelece “este sacramento se exerce por
imersão… em nome de Jesus Cristo… e de acordo ao Santo Mandamento: em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Refutação bíblica: Em
primeiro lugar, analisemos a declaração de que o batismo é um sacramento.
Pergunta-se, o que significa a palavra sacramento? Entende-se sacramento como
um sinal exterior que concede a graça de Deus à alma. Atribui-se-lhe um valor “ex
opere operato” ou por natureza, como atos de magia infalível. A palavra
‘sacramento’ não é bíblica.
A Bíblia só se refere a ordenanças de Jesus, aliás,
duas, sendo uma delas o batismo e a segunda a Ceia do Senhor. São ordenanças
simbólicas, sem qualquer poder sobrenatural de comunicar qualquer graça
especial (At.2:41-42 e 8:37, Rm.6:3-4, 1Co.11:23-26. O batismo não muda a
natureza do pecador. Quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se
arrepende dos pecados e crê em Jesus (Tg.3:5-7, 1Pe.1:18-19). Ainda mais, o
batismo não lava o pecado, mas sim o sangue de Cristo (1Jo.1:7), Ap.1:5 e
5:9-10). A salvação é pela fé (Mac. 16:15-16, Jo.3:16, At.16:30-31). Segundo
lugar, a fórmula batismal “em nome de Jesus Cristo e de acordo com o santo
mandamento, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, traz em seu
bojo duas fórmulas: uma, “em nome de Jesus Cristo” e outra “em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. A fórmula adotada pela CCB é uma
fórmula quaternária, onde aparece “Jesus Cristo” e “o Filho”, que se trata da
mesma pessoa, mas repetida duas vezes. Em At.2:38 não se está referindo à
fórmula batismal, mas Pedro está citando que a ordem que ele dava para os novos
crentes se batizarem tinha partido de Jesus, na hora da sua despedida em
retorno ao Pai (At.1:7-9). Como podia Pedro, dez dias depois da ordem de Jesus
em Mt.28:19, agir de modo tão diferente, alterando a fórmula batismal?
Entende-se, pois, que a fórmula batismal é a de Mt.28:19, mas a autoridade para
realizar-se o batismo, dentro dessa fórmula, partiu de Jesus (At.2:38).
Qual a razão por que a CCB não tem registro de
membros?
Porque seria impossível tê-lo regularmente.
Imagine-se uma pessoa convidada para participar de um culto de batismo, que
entra pela primeira vez num templo da CCB, ignorando por completo o Evangelho,
e ainda preso aos seus vícios e mazelas. Naquela noite, ‘se o Senhor mandar’,
esta pessoa entra nas águas batismais, não sabendo o que está fazendo, e como
não entendeu o passo que deu, nunca mais volta, como alguém que tivesse tomado
um banho numa piscina.
E por que isso? Por causa da crença de que o
batismo é um sacramento, o que significa que tem efeito salvífico, nos mesmos
moldes da Igreja Católica, que afirma ‘o batismo faz o cristão’, levando
crianças recém-nascidas à pia batismal, dado que se morrer sem o batismo irá
para o limbo, morrendo como pagã. A CCB adota o mesmo ensino da Igreja Católica,
de ser o batismo necessário para a salvação, interpretando Jo.3:3-5 “nascer
da água” como sendo o batismo nas águas. A palavra ‘água’ de Jo.3:5 é
simbolicamente comparada à Palavra de Deus (Ef. 5:26, Tg.1:18 1Pe.1:23). O
ladrão da cruz salvou-se sem o batismo (Lc.23:43).
6. O CARGO DE PASTOR E O SEU SUSTENTO
Os membros da CCB costumam desafiar os crentes de
outras igrejas evangélicas, afirmando com empáfia: “na minha igreja não há
pastor, o nosso único pastor é Jesus Cristo. Os pastores são usurpadores”.
Refutação bíblica: O que tem a Bíblia a dizer a respeito do cargo de pastor? O que tem a
dizer sobre o assunto pastoral? Em primeiro lugar, não podemos deixar de
reconhecer o Senhor Jesus como o SUMO PASTOR (1Pe.5:4). Ora, se há o Sumo
Pastor, há também os subpastores, ou apenas pastores. E estes foram indicados
pelo próprio Jesus, ao dirigir-se a Pedro ordenando-lhe “apascenta os meus
cordeiros” e “apascenta as minhas ovelhas”. Usou Jesus uma vez a
primeira sentença e duas vezes a segunda (Jo.21:15-17). Quem apascenta,
porventura, não é o pastor? Aliás, Paulo afirma que o próprio Jesus ordenou tal
ministério em Ef.4:11-12.
Não deixamos de reconhecer que há duas classes de
pastores. Os pastores honestos (Jr.3:15) e os pastores mercenários (Ez.34:4-6).
Mas, porque existe o pastor mercenário, desprezar-se-á o bom pastor, o pastor
correto? Certamente que não. É preciso saber distinguir entre um e outro.
Hb.13:7-17 recomenda obediência aos pastores honestos, porque estes velam pelas
almas daqueles a quem apascentam e hão de dar conta delas ao Sumo Pastor.
Por outro lado, a Bíblia ensina que o obreiro é
digno do seu salário (1Tm.5:18, 1Co.9:4-14). Paulo ainda recomenda que o
obreiro não se envolva com negócios estranhos ao seu ministério pastoral
(2Tm.2:4). O mesmo decidiu a novel Igreja de Jerusalém (At.6:4). O mesmo pode
ser dito do ministério público de Jesus (Mc.1:18, Jo.12:6 e 13:29). Paulo mesmo
não recusou o seu sustento (2Co.11:8, Gl.6:6). Viver do Evangelho em 1Co.9:14
significa tirar o seu sustento do ministério que exerce como pastor.
7. ORAÇÃO SOMENTE DE JOELHOS
Como atender ao conselho de Paulo em 1Ts.5:17 “orai
sem cessar”? Se a oração deve ser necessariamente de joelhos, ter-se-ia que
passar o dia de joelhos! Dizem os membros da CCb que somos fariseus porque
oramos de pé.
Refutação bíblica: É verdade que o texto de Lc.18:11 declara que o fariseu, estando em pé,
orava e sua oração não foi ouvida. Mas o v.13 declara que o publicano achava-se
em pé também, e sua oração foi ouvida, v.14. Logo, não foi a posição do corpo
que influiu na resposta à oração, mas a situação do coração (Is.1:15-16,
59:1-2).
A Bíblia aponta várias posições para oração:
1. a) Oração com olhos abertos e em pé (Gn.18:22, Jo.11:41-42);
2. b) Oração estando sentados (At.2:1-4);
3. c) Oração de cócoras (1Rs.18:42);
4. d) Oração no ventre do peixe (Jn.2:1-3);
5. e) Oração deitado na cama (Is.38:2-3).
Assim, não há posição exata para a oração. Podemos
orar sempre e em todo lugar (Ef.6:18, 1Ts.5:17, 1Tm.2:8).
8. O USO DO BEIJO COMO ÓSCULO SANTO
O Manual de Procedimentos (ou Pontos de Doutrina e
Fé…) pág.7, estabelece “o ósculo santo deve ser dado de coração, na despedida
do serviço ou em caso de viagem, todavia sempre entre irmãos ou entre irmãs de
per si”.
Refutação Bíblica: Com tal saudação, pensam os membros da CCB possuir mais amor do que
outras igrejas que se cumprimentam com uma saudação diferente, “a paz do
Senhor”, “graça e paz”, ou simplesmente “boa noite” ou “bom dia” etc. Afirmam,
porém, que o ósculo (o beijo) deve se dado entre irmãos e irmãs de persi, o que
significa que homem beija homem e mulher beija mulher. E, se perguntarmos, por
que essa distinção? A resposta é óbvia, por causa da malícia. Logo, admitimos
que ósculo ou beijo pode ser, mas não ósculo ou beijo santo. Se fosse realmente
santo, não poderia haver distinção de sexo. Paulo declara em Gl.3:27-28 “porque
todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo. Nisto
não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho nem fêmea…”
Se somos um em Cristo e se não há diferença de sexo – “nem macho nem fêmea” –
então o ósculo ou beijo para ser santo deveria ser liberado entre irmãos de
ambos os sexos, indistintamente. Mas, o que ocorre? Os homens beijam os homens
e as mulheres beijam as mulheres. Ademais, embora o beijo seja o símbolo do
amor, pode servir para encobrir a maldade do coração. O exemplo temos em
2Sm.20:9-10 e Lc.22:47. Por isso, o escritor em Hb.13:1 admoesta: “permaneça
o amor fraternal”. Pode existir o amor fraternal? A resposta sempre será
sim. Entre possuir o ósculo sem o amor fraternal, e o amor fraternal sem o
ósculo, é preferível ficar com o amor fraternal sem o ósculo. De modo que, na
CCB, existe sim o ósculo, mas não o ósculo santo como lá se apregoa.
9. PREGAÇÃO DO EVANGELHO NAS RUAS
Os membros da CCB não admitem o método bíblico do
evangelismo ao ar livre, isto é, em ruas e praças ou outros logradouros
públicos. Frequentemente citam Mt.6:6, afirmando que vamos a tais locais a fim
de sermos vistos pelos homens, agindo como fariseus para serem vistos pelos
homens (Mt.6:5).
Refutação bíblica: Não vamos aos logradouros públicos para sermos vistos pelos homens, mas
para pregar o evangelho de Jesus Cristo a toda criatura (Mc.16:15-16). O ensino
de Jesus relativo à pregação é bem claro:
1. a) Mandou sair pelas ruas e vielas, a fim de buscar os sedentos e
famintos (Lc.14:21-23), tendo o mesmo Jesus pregado o sermão de Mt.5 a 7,
conhecido como O Sermão do Monte, em tal local;
2. b) Enfatizou Jesus o método de pregar pelas ruas (Mt.8:1, Mc. 1:15-20,
Lc.13:26);
3. c) Paulo pregava nas praças e lugares públicos (At.16:13 e 17:17) ;
4. d) Várias pessoas se converteram por pregações fora dos templos
(Mt.4:18-22 e 9:9, At.16:13-15 e 17:34).
5. e) Salomão recomendou gritar nas praças (Pv.1:20-21).
Agora, o que é condenável por parte dos membros da
CCB, é que enquanto declaram não ser correto dar pérolas aos cães, assim
considerados os descrentes, depois que os descrentes se convertem pela pregação
ao ar livre, os membros da CCB correm para suas casas, quando os conhecem, no
propósito de levá-los para a Congregação. É fácil pescar em ‘aquário alheio’.
Jesus condenou tal proselitismo (Mt.23:15).
10. O USO DO VÉU PELAS MULHERES
Diz o Manual de Procedimentos (ou Pontos de
Doutrina e Fé…) pág.16, “sempre que a mulher orar ou profetizar deve estar com
a cabeça coberta”.
Refutação bíblica: Assim, as mulheres da CCB usam dois véus: o natural, que é o cabelo
(1Co.11:15) e o véu artificial, um pedaço de pano posto na cabeça. O véu
bíblico, porém, não cobria só a cabeça, mas quase todo o rosto feminino. Basta
ler Gn.38:14-15. Quando Maria, irmã de Lázaro, ungiu a Jesus, isto é, seus pés
e depois os enxugou, não o fez com o véu da cabeça, mas com seus cabelos
(Jo.12:1-3). Pedro recomendou às irmãs que deviam cobrir, não a cabeça: “mas
o homem encoberto no coração; no trajo incorruptível de um espírito manso e
quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe.3:3-4). E Paulo declara: “…o
véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, alguma delas se converte
ao Senhor, o véu lhe é tirado” (2Co.3:15-16).
11. O USO IMODERADO DE BEBIDA ALCÓOLICA
O que não se lê no Manual de Procedimentos
(ou Pontos de Doutrina e Fé…) é algo sobre o uso imoderado da bebida alcóolica
de todo o tipo: vinho, cerveja, chope ou caninha. E os membros da CCB são tão
desregrados nesse particular, que já se tornaram conhecidos no Paraná como
membros da ‘congregação cristã do barril’. Isto pelos descrentes,
escandalizados com as atitudes incoerentes dessa igreja (Mt.18:8). Pode parecer
cômico, mas é uma realidade. Enquanto falam dos demais crentes como ‘estarem à
beira do caminho da salvação’, e eles estarem ‘no caminho da salvação';
enquanto nos chamam pejorativamente como ‘primos’ e não irmãos, por não sermos
da sua grei – que é o único caminho – pouco se importam com o vexame dos seus
escândalos frequentes, mormente nas festinhas de casamento ou em outras
reuniões sociais. Não querem profanar a sua casa de oração, mas profanam o
templo de Deus, que é o seu corpo (1Co.6:19-20). O uso da bebida alcóolica em
demasia leva à embriaguez e a embriaguez ao vício, e os viciados estão
excluídos do reino de Deus (1Co.6:9-11). Com isso o nome de Cristo é blasfemado
(Pv.20:1, 23:20-21, 23:29-35 e 31:4-5, Is.5:11 e 28:7, Mt.18:7, Gl.5:21 e
Ef.5:18).
Como dar ouvidos a uma organização religiosa que
baseia seus ensinos em doutrinas de homens (Mt.15:7-9), tirando e diminuindo da
Bíblia (Ap.22:18-19) e se desvia das verdades puras do evangelho (Gl.1:8-9).
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
PEDIDOS DE ORAÇÃO POR
ENFERMIDADES(S)
□
TRIBULAÇÃO(ÕES)
□
CAUSA(S)
□
VIAGEM(S)
□
ACIDENTADO(S)
□
FAMÍLIA(S)
□
TESTEMUNHADO(S)
□
DATA _____/_____/_____
Fonte: CACP Ministério Apologético
Revisão: O Peregrino
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