Quando visitam uma pessoa pobre, apresentam sua mensagem de que no “paraíso prometido” haverá comida farta, casa e trabalho para todos. Se a pessoa é doente ou perdeu um ente querido na morte, a palavra da vez é a vida sem doenças e velhice no “novo mundo de Deus”, um paraíso aqui mesmo na terra reservado apenas para poucos (elas é claro). Com o tempo começam a apresentar uma visão negativa e apocalíptica do mundo e oferecem a “esperança de salvação” de um cataclismo mundial que apenas pode ser encontrada no seio da única “religião verdadeira” (a delas é claro).
À medida que o estudo vai prosseguindo, dependendo do grau de aceitação do “estudante”, elas passam a apresentar também seu ponto de vista distorcido sobre a sociedade, os vizinhos, família e colegas, governos, política e religião. Geralmente, a maioria das pessoas anda muito decepcionada com o sistema e pode ser facilmente sugestionada, o que facilita a lavagem cerebral contínua aplicada pelas Testemunhas de Jeová em cada uma de suas visitas. Aos poucos, o estudante se afasta de seus anteriores amigos e mesmo de seus próprios familiares. A seita está conseguindo um objetivo vital: Isolar o iniciante de pessoas que poderiam alertá-lo do perigo.
Quando um simpatizante, ou estudante novato visita o Salão do Reino (local de reunião das Testemunhas de Jeová) pela primeira vez, ele é bombardeado com muitas expressões de amizade, afeto e amor, todos querem conhecê-lo mais e tornarem-se seus amigos. Daí para a assiduidade nas reuniões, a aceitação das suas doutrinas e o engajamento na obra promovida pela seita, é questão de poucos meses! Afinal, a primeira coisa que um estudante aprende, é que o Armagedon está às portas e ele precisa se apressar ou poderá perder a salvação para sempre, já que os que morrerem durante a “guerra apocalíptica de Deus” jamais serão ressuscitados.
Neste estágio, quando a pessoa já está totalmente envolvida, algumas coisas começam a vir à tona. Nota-se o controle e a intromissão dos líderes nas vidas pessoais de seus fiéis, a imposição de normas, as regras insólitas e o legalismo de mandamentos que não se baseiam nas escrituras como imaginava.
As exigências de fidelidade cega aos líderes da seita, o isolamento, as proibições, e finalmente as ameaças de exposição pública e de expulsão com a perda de privilégios, posição, e a própria dignidade, se torna um despertar trágico e desanimador. Muitas vezes, o estudante já é um membro batizado com deveres e obrigações, inclusive casado e totalmente inserido no contexto sectário, e deixar a organização traria consequências penosas não apenas para ele, mas também para os demais amigos e familiares que estão também seriamente envolvidos com o grupo. Como se sabe, as Testemunhas de Jeová são proibidas por sua liderança de dizer mesmo um simples “oi” a seus ex-membros, mesmo que este seja um amigo de infância ou parente próximo.
O medo de perder todos os amigos da noite para o dia, ser encarado como um herege ou apóstata pela família e co-adoradores e de enfrentar o desprezo e o ostracismo em solidão e abandono, faz com que muitos prefiram continuar na religião apesar da freada brusca e dura da realidade. O objetivo final da seita foi alcançado: O domínio sobrepujante sobre o indivíduo em todos os aspectos de sua vida é agora uma realidade amarga e escravizante.
Felizmente, cada vez mais as práticas discriminatórias das Testemunhas de Jeová contra ex-membros estão sendo divulgadas. Isso tem dificultado o trabalho de proselitismo desta seita que enfrenta sérias baixas em suas fileiras a cada ano.
A informação é o caminho.
Extraído do site http://www.extj.com.br/ em 21/06/2014
Assista o filme To Vedner (Mundos separados)
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