Precisamos ajudar os
Adventistas a se libertarem, pela graça de Deus, do engano de 1844. Para isso,
é necessário explicar como esse capítulo bíblico não oferece base para sua
principal doutrina, o Juízo Investigativo*. Então, olhemos mais de perto ao
texto de Daniel 8.
Lembrando que muitas
interpretações passadas, foram sepultadas no grande desapontamento. Visto que
desconsiderava flagrantemente o que Jesus disse em Mateus 24.36. Também, quero
destacar que essa postagem tem por objetivo mostrar que apenas a leitura desse
capítulo, sem as construções adventistas formuladas engenhosamente, pode fazer
com que o Juízo Investigativo de 1844 seja classificado como ‘mito’.
Depois de ler o texto
e o contexto de Daniel 8 com a devida autoridade do anjo que deu a explicação,
entenderá que Ellen White se equivocou e muito ao dizer que Miller chegou a
essa conclusão ‘usando apenas a Bíblia’, e que a posterior formatação
Adventista, malha em erro semelhante.
DANIEL
8
Dn 8.1,2:
No terceiro ano do reinado de Belsazar, ele teve uma visão depois da anterior,
isto é, da do capítulo 7. Alguns elementos das visões diferentes, como
perceberemos. Trata-se, portanto, de outro evento.
Dn 8.3:
Ele vê um animal, um carneiro, com um chifre maior que o outro. Como que um
tendo nascido após o outro.
Dn 8.4:
O carneiro, em posição Leste, atacava todo e em todos os lados. Representava
perigo e ameaça para quem quer que passasse. Com o tempo ficava mais poderoso.
Dn 8.5,6,7:
De repente, um bode como que voando, com um grande chifre, atacou o primeiro
animal, o carneiro. Tal a violência com que o Bode atacou o Carneiro, que este
não tinha como se defender, chegou a perder os seus dois chifres. O carneiro
foi como que esmagado pelo bode.
Dn 8.8:
No auge de seu poder, foi quebrado o chifre poderoso do Bode. Partiu-se em
quatro, para os quatro pontos cardeais – Norte, Sul, Leste e Oeste. Os quatro
ventos.
Dn 8.9,10,11:
De um desses ventos, onde evidentemente estava um dos quatro chifres,
saiu outro chifre pequeno que também cresceu e ficou poderoso e atacou estrelas
e pisou o príncipe do exercito dos céus e afrontou o santuário
do príncipe, lançou por terra os serviços do santuário.
Dn 8.12:
Tal foi o êxito do ataque desse chifre, que é dito que o exercito foi
entreguem, ou seja, se rendeu a ele. Ele ainda cometeu outras barbaridades.
Dn 8.13,14:
Na visão, os anjos são apresentados como ‘santo’. E Daniel diz que um desses,
pergunta a outro santo até quando duraria aquele enfrentamento do chifre
pequeno contra o Príncipe, e subsequente interrupção do sacrifício diário. Um
outro diz que duraria 2.300 dias, até que tudo fosse novamente restaurado.
Dn 8.15-19:
Daniel tem desejo de entender a visão, e tenta compreendê-la. Para isso, é
enviado um anjo para conduzir seu entendimento, dar a interpretação correta. O
anjo Gabriel diz a Daniel que o cumprimento não seria para aqueles dias, mas ao
tempo do fim, a um tempo determinado e marcado distantes de seus dias.
Dn 8.20:
a explicação inspirada é simples, sem rodeios, de modo objetivo o anjo diz que
o carneiro de dois chifres é o reino da Média e da Pérsia, o bode é o reino
Grego, sob Alexandre o grande em sua veloz conquista mundial, e os chifres são
reinos que saem dele depois do fim de seu reinado.
No capítulo 7 o império
Medo-Pérsia é retratado como Urso, e o Grego como um Leopardo com
asas. Percebemos que o enfoque é diferente desses capítulos, assim como o é o
símbolo usado.
Dn 8.21-23:
Nesses versículos o anjo explica o significado da visão. Leia o texto e a
explicação:
E levantei os meus
olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois
chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o
mais alto subiu por último. Vi que o carneiro
dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos
animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele
fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. E, estando eu considerando, eis
que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e
aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos. E dirigiu-se ao carneiro
que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu
contra ele no ímpeto da sua força. E vi-o
chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os
dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o
lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro
da sua mão. E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua
maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros
quatro também insignes, para os quatro ventos do céu. E de um deles saiu um
chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para
a terra formosa. Daniel 8:3-9
Note agora a
explicação angélica
... Eis que te
farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao
tempo determinado do fim. Aquele
carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, Mas o
bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o
primeiro rei; O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele,
significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força
dele. Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se
levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria
força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e
destruirá os poderosos e o povo santo. E pelo seu entendimento também fará
prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a
muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes,
mas sem mão será quebrado. E a visão da tarde e da manhã que foi falada,
é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias muito
distantes. Daniel 8:19-26
Mesmo que você não
tenha conhecimento da história dos Macabeus ou de Antíoco IV, pode entender claramente
o que foi relatado e explicado e quando aproximadamente tal visão
profética teve seu cumprimento; após algum tempo no fim do reinado Grego e que
um reino proveniente deste, atacaria o povo de Deus, impedindo o sacrifício
diário, e depois seria destruído. Essa é a leitura natural do texto, e a
explicação do anjo, nada mais, nada menos.
Diante disso, desses
fatos, pergunto: O que isso tem com Jesus entrar
no santíssimo celestial em 22 de outubro de 1844, e prosseguir
um segundo estágio de sua obra? Nada, absolutamente, nada.
Mas
por que o Adventismo se agarra a uma explicação tão complexa e decepcionada?
O império profético
deles depende disso, Ellen White depende disso, a existência da Igreja
Adventista depende disso. Essa é a justificativa para o por quê colocam Jesus
no santíssimo apenas em 1844.
* A doutrina do santuário é assim
definida: “24. O Ministério de Cristo no Santuário
Celestial Há um santuário no Céu, o
verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Nele Cristo ministra
em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de Seu sacrifício
expiatório oferecido uma vez por todas, na cruz. Ele foi empossado como nosso
grande Sumo Sacerdote e começou Seu ministério intercessor por ocasião de Sua
ascensão. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou a
segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo
investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada
pela purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse
serviço típico, o santuário era purificado com o sangue de sacrifícios de
animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o perfeito sacrifício do
sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres celestiais quem dentre
os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de ter
parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto quem, dentre os vivos,
permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, estando,
portanto, nEle, preparado para a trasladação ao Seu reino eterno. Este
julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que crêem em Jesus. Declara
que os que permaneceram leais a Deus receberão o reino. A terminação desse
ministério de Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos,
antes do Segundo Advento. (Heb. 8:1-5; 4:14-16; 9:11-28; 10:19-22; 1:3; 2:16 e
17; Dan. 7:9-27; 8:13 e 14; 9:24-27; Núm. 14:34; Ezeq. 4:6; Lev. 16; Apoc. 14:6
e 7; 20:12; 14:12; 22:12.).”
Fonte:
http://centrowhite.org.br/iasd/crencas-fundamentais-dos-adventistas-do-setimo-dia/
No
capítulo 5 do livro A Conspiração Adventista, faço uma análise dessa
doutrina mostrando a fragilidade da interpretação Adventista diante da opinião
Cristã a respeito de Daniel 8.14.
Fonte: Luciano Sena do MCA
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