Já em
1948 o médico austríaco Hermann Moedder mostrou que se uma pessoa é empalada
com as mãos pregadas diretamente acima da cabeça, ela morre por asfixia em
aproximadamente 6 minutos. Isto foi confirmado depois por outros pesquisadores,
tais como o professor do Departamento de Patologia na Universidade de Colúmbia,
EUA, Frederick T. Zugibe. Com a ajuda de experimentos muito precisos, descritos
na revista Bible Review de abril de 1989 (“Duas Questões Sobre a
Crucificação”), ele mostrou que se alguém for pregado com os braços estendidos
formando um ângulo entre 60 e 70 graus, essa pessoa não fica asfixiada e pode
permanecer viva por várias horas.
A
conclusão óbvia derivada disso é que Jesus não pode ter sido empalado com os
braços estendidos para cima, como a Torre de Vigia vem dizendo desde 1936, mas
ele deve ter sido crucificado com os braços esticados para os lados. O Dr.
Zugibe mostrou também que os pregos não precisam ter passado através dos
pulsos, como alguns disseram, porque também há áreas nas palmas das mãos onde
os pregos foram cravados que podem suportar centenas de quilos.
A questão de saber se
Jesus morreu numa estaca, com ou sem uma barra transversal é, naturalmente,
irrelevante para um cristão. A salvação não depende duma barra transversal.
Mas, já que a Torre de Vigia criou uma questão em torno disso e se apega a este
ensino desde 1936[1]
(fazendo uso de declarações de eruditos do século 19 para este fim),
apresentamos a seguir uma consideração de alguns dos argumentos mais
importantes desta organização religiosa sobre esse assunto.
Cruz ou Estaca?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7SeJzsZoOs7iNUAsn3ae5jrXM3kLSWLxsnOvSxgcR-vnIvQubLN-0mtDSV0tRDDO7OREgfZQKzK5RZmWVyN4QSGDivC4J9VQPX4d-jPYqAoM0hLXRrEi8bWoA-tUa_DY6JD7XtaDHScM/s1600/jesusnaestaca.jpg)
[Figura: Jesus pendurado numa estaca. Livro Conhecimento
Que Conduz à Vida Eterna, página 67 - Associação Torre de Vigia, 1995]
Staurós e xýlon
Mas o assunto não é tão
simples assim. Para começar, é errado sugerir que as palavras staurós e xýlon,
em si mesmas, provam alguma coisa. Ambas as palavras se enquadram tanto no caso
da estaca “simples” de execução como no caso da que tem uma viga transversal. A
Torre de Vigia reconhece há muito tempo que os romanos executavam pessoas não
só em postes simples, como também em postes com barra transversal. (Despertai!
de 8 de abril de 1963, pág. 27).
O fato de a barra
transversal ter sido acrescentada ao poste vertical não significa que ele
deixou de ser chamado de staurós ou xýlon. De fato, sobre as
palavras staurós e crux, a Torre de Vigia admite que “vez por
outra, estes termos foram usados para referir-se também a objetos em forma de
cruz.” (Despertai! de 22 de maio de 1977 pág. 27) Porém, esse
reconhecimento não ocorre no caso da palavra xýlon:
E ao passo que a palavra staurós, a única
utilizada pelos escritores dos Evangelhos em referência àquilo em que Jesus foi
pendurado, pode significar tanto um poste simples, uma estaca ou uma cruz, o
fato de ela ser em todos os outros lugares na Bíblia referida como um xylon,
que significa simplesmente um pedaço de madeira e não admite qualquer
significado duplo desse tipo, indica que o tipo de staurós no qual
Jesus morreu não era uma cruz, uma crux compacta ou crux immissa,
mas simplesmente um poste, uma crux simplex. (Despertai! de 8 de
abril de 1963 [em inglês], pág. 28)
A Torre de Vigia está
errada nisso. Há dicionários bíblicos que informam que xýlon poderia representar
“qualquer coisa feita de madeira.” (Friedrich-Bromiley, Dicionário Teológico
de Palavras do Novo Testamento, Vol. 5, 1967, pág. 1176), poderia
significar “forca” (Um Léxico Greco-Inglês do Novo Testamento, de Walter
Bauer, pág. 549) e foi usada até mesmo para designar estruturas complexas de
madeira, tais como bancos e mesas. (Friedrich-Bromiley, pág. 1176) A Versão
Septuaginta (LXX) usa a palavra xýlon até mesmo no caso de
árvores vivas, com galhos e tudo o mais! Veja, por exemplo, Isaías 7:2 e Jeremias.
2:20 na LXX. Portanto, não há absolutamente nada que impeça que a
palavra xýlon seja usada para se referir a um poste de execução com
barra transversal.
Assim
é com a palavra latina crux, que corresponde à nossa palavra “cruz”.
Essa palavra significava originalmente um poste único, mas quando os romanos
acrescentaram uma barra transversal no poste, o instrumento de execução
continuou sendo chamado de crux.
Isso é facilmente
compreensível se pensarmos em nossos postes telefônicos do mundo moderno.
Ninguém chamaria um poste de telefone de outra coisa a não ser de poste
telefônico, embora muitas vezes ele inclua uma barra transversal cruzada,
contendo os equipamentos.
Indicações
no Novo Testamento
Por razões linguísticas,
não se pode determinar qual era a forma exata do instrumento usado na execução
de Jesus. Mas, alguns dados no NT dão indicações sobre como ele era. João 20:25
mostra que as mãos de Jesus foram perfuradas por pelo menos dois pregos.
Assim, as ilustrações nas publicações da Torre de Vigia mostrando as mãos de
Jesus fixas por um único prego devem ser rejeitadas. Esse texto de Atos 20:25
dá uma boa indicação que aponta para a idéia duma crucificação tradicional.
Além disso, Mateus 27:37 diz que os romanos colocaram um letreiro ou sinal
acima da cabeça de Jesus. Que Jesus estaria com as mãos estendidas para a
lateral é a melhor explicação para este fato. Se ele estivesse com as mãos
pregadas acima da cabeça, como mostram as ilustrações da Torre de Vigia, o
registro diria que a placa foi colocada acima das mãos, não acima de sua
cabeça.
A
revista A Sentinela de 15 de agosto de 1987 diz na página 23 (citando o
livro The Non-Christian Cross):
“Não existe uma única sentença em qualquer
dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original,
forneça sequer evidência indireta no sentido de que o stauros usado no
caso de Jesus fosse diferente do stauros [poste ou estaca] comum; muito menos
no sentido que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços
pregados juntos em forma de uma cruz.” (grifos acrescentados)
Isso
está errado. Como vimos acima, existem circunstâncias no NT que sugerem
exatamente isso!
O
Testemunho Primitivo
Os fatos simples apontam
numa direção contrária ao que disse a citação acima: não existe uma única
indicação de que Jesus teria morrido num poste único. Porém, há evidências
primitivas, e fortes, de que ele morreu num poste com uma barra transversal.
Essa percepção não surgiu de maneira alguma só na época do imperador
Constantino. Justino, o Mártir, que viveu na Palestina, descreveu o tipo
de cruz na qual Jesus morreu. Em seu Diálogo Com o Judeu Trífon, ele
escreveu por volta de 160 AD:
“Pois
uma barra é colocada ereta, da qual a extremidade mais alta é erguida num
chifre, quando a outra barra é ajustada nela, e as pontas parecem em ambos os
lados como chifres ligados ao chifre único. E a parte que é fixada no centro,
na qual são suspendidos os que serão crucificados, também fica como um chifre; e
ela também se parece com um chifre juntado e fixado com os outros chifres.” (Os
Pais Antenicenos, Vol. I, Eerdmans, 1977, página 245.)
Poucas décadas depois, o
escritor cristão Irineu declarou:
“O
próprio formato da cruz, também, tem cinco pontas, duas em comprimento, duas em
largura, e uma no meio, na qual [a última] fica a pessoa que é fixa pelos
pregos.” (Ibid., pág. 395)
No ano 197 AD o
prolífico escritor cristão Tertuliano escreveu em Ad Nationes (Volume
III, pág. 122):
“Todo pedaço de viga de madeira que é fixo no solo
em uma posição ereta é uma parte de uma cruz, e realmente a maior parte de seu
conjunto. Mas uma cruz inteira é atribuída a nós, com sua viga transversal, é
claro, e seu assento se projetando.”
A Torre
de Vigia se dispõe a citar estes três autores cristãos primitivos quando eles
apoiam suas opiniões. (Veja, por exemplo, A Sentinela de 15 de outubro
de 1981, pág. 10) No entanto, quando eles fazem suas descrições da cruz, já não
têm nenhuma utilidade para a organização. Sobre Justino, o Mártir, por exemplo,
eles dizem:
“Isto indica que o próprio Justino cria que Jesus
morrera numa cruz. No entanto, Justino não foi inspirado por Deus, como o foram
os escritores da Bíblia. Nasceu mais de oitenta anos depois da morte de Jesus,
e não foi testemunha ocular daquele evento.”[2] (Despertai!
de 22 de maio de 1977, pág. 27)
Entretanto,
não se pode simplesmente ignorar esse testemunho inicial consistente. Justino,
Irineu e Tertuliano estão em posição muito melhor do que a nossa para saber
como se parecia o instrumento usado para executar Jesus. Além disso, eles
viveram numa época em que a crucificação era amplamente praticada. Tanto
Justino como Tertuliano informam que os cristãos sofreram regularmente esse
castigo cruel da crucificação. (Os Pais Antenicenos, Vol. I, pág. 254;
Vol. III, pág. 28)
Conexão
com a Letra T
O Evangelho de Barnabé,
que foi escrito antes de 138 DC (segundo alguns eruditos, por volta de 75 DC),
associou a cruz à letra T. (Com referência à datação deste evangelho, veja John
A. T. Robinson, Redatando o Novo Testamento, Londres, 1976, págs.
312-319).
Mas
isso não era apenas uma ideia cristã. O escritor grego Lukianos, que viveu
aproximadamente no período de 120-180 DC, escreveu que a letra T recebeu seu
“significado maligno” por causa do “instrumento do mal que os tiranos erigiam
para pendurar pessoas neles.” (Lukianos, "Iudicium Vocalium 12", em A
Crucificação, de Martin Hengel, Editora Fortress, 1982, págs. 8,9)
O Testemunho dos
Manuscritos Bíblicos
Estas descrições foram
confirmadas no século 20, por manuscritos bíblicos que foram encontrados. No
“P75”, um manuscrito de papiro do NT que foi datado em aproximadamente 200 DC,
a palavra escrita staurós aparece em três lugares no texto sendo que as
letras T e R juntas formam uma cruz com o corpo nela! Apresentamos aqui uma
reprodução da versão bíblica americana de W. F. Becks (1976) que mostra claramente
isso. O famoso manuscrito “P66”, que é aproximadamente da mesma época faz o
mesmo com uma palavra staurós. (Veja Jack Finegan, Encontrando
Manuscritos do Novo Testamento, Eerdmans, 1980, pág. 33.)
Estes
manuscritos notáveis podem
ser bem mais antigos do que se pensava anteriormente. Um estudo paleográfico da década
de 1980 apresenta razões para o manuscrito
relacionado com o "P46" ser datado na última
parte do primeiro século. (Bíblica,
vol. 69:2, 1988, págs. 248-257, veja Informationer de junho de
1988, Vol. 1:3, pág. 3) O Professor George Howard, dos EUA, escreveu que o P66
e o P75 “não são muito posteriores ao P46, em termos de datação.” (Carta de
Howard ao autor deste artigo, de 8 de julho de 1988.) Portanto, estes
manuscritos atestam fortemente que os cristãos sabiam desde o início que Jesus
morreu numa estaca com barra transversal, uma cruz composta.
Um
Símbolo Fálico Pagão?
A Tradução
Interlinear do Reino das Escrituras Gregas da Torre de Vigia, do ano de
1985 disse na página 1151: "Não queremos acrescentar nada à Palavra
escrita de Deus por inserir o conceito da cruz pagã dentro das Escrituras
inspiradas." Ela diz também lá que "estaca de tortura" é a
tradução “mais simples” de staurós. A Sentinela de 1º novembro de
1950, pág. 427, disse que “os cristãos hoje têm sólida base nos fatos prováveis
quando declaram enfaticamente que Cristo nunca foi pendurado numa cruz pagã de
origem fálica.” A revista Despertai! de 22 de julho de 1964 disse que o
uso da cruz no cristianismo “é um resquício da antiga adoração fálica.” (Página
10) Mas, será verdade que “estaca” é a tradução “mais simples” e um poste, como
instrumento de execução, representa menos o falo do que uma cruz? De modo
algum! Observe o que A Sentinela de 1º de fevereiro de 1975 disse na
página 93:
Em
todo o Canaã podiam ser encontrados santuários em honra de Baal, onde serviam
homens e mulheres quais prostitutas e oficiavam sacerdotes. Perto dos altares
fora dos santuários havia colunas de pedra, postes sagrados (representando a
deusa Aserá) e pedestais-incensários. Tanto as colunas sagradas como os postes
sagrados eram símbolos sexuais.
Veja também o verbete
“Poste Sagrado” nas enciclopédias Ajuda ao Entendimento da Bíblia,
Volume IV (1983), pág. 1.333 e Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol. III
(1992), pág. 298.
Vejamos também o que a
revista Despertai! de 22 de julho de 1964 (em inglês) disse na pág. 8
sobre colunas e postes no Império Romano:
"No Império Romano, assim como em outras
partes do mundo antigo, a adoração fálica era popular. O órgão sexual masculino
era reproduzido realisticamente por adoradores fálicos em estátuas em locais
públicos e em paredes e pisos de casas romanas. Ele era também representado por
colunas retas, rochas e postes, tais como os que eram adorados pelos povos do
Oriente."
No
mesmo artigo a Torre de Vigia afirma que tais objetos ainda são usados como
símbolos fálicos na Índia: “Objetos eretos, tais como colunas, pilares, torres,
pedras, montes, postes, e assim por diante, representam a linga para os
adoradores fálicos.” (Página 11)
Portanto,
neste particular, não faz diferença alguma substituir a palavra
"cruz" pela palavra "madeiro" em uma versão da Bíblia. O
poste ereto era um símbolo fálico tanto quanto a cruz. Quando os romanos
executavam pessoas sobre cruzes, isso não tinha nada que ver com quaisquer
rituais religiosos usando símbolos fálicos. O que estava em questão eram
inteiramente considerações de natureza prática. Isso tem também ocorrido no
caso de vários objetos e estruturas que na aparência poderiam lembrar coisas
associadas com a adoração ao sexo. Se a lógica da liderança das Testemunhas de
Jeová fosse aplicada de forma consistente, até mesmo o seu próprio símbolo, a
torre de vigia, poderia ser classificado como um símbolo fálico! Mas isso seria
tão absurdo quanto afirmar que o instrumento de execução romano era um símbolo
fálico.
O
próprio Jesus não escolheu a forma do instrumento de execução no qual ele
morreu. Essa responsabilidade foi dos romanos. O cristão não precisa ter
vergonha da cruz de Jesus. “Todas as coisas são puras para os puros. Mas, para
os aviltados e os sem fé nada é puro...” (Tito 1:15, Tradução do Novo Mundo)
A
Necessidade de Ser Diferente dos Demais
Como já dissemos, para o
cristão é, obviamente, irrelevante se Jesus morreu numa cruz ou uma estaca. É o
sacrifício expiatório dele que é importante. É a organização Torre de Vigia que
cria caso em torno desta questão. Como vimos, há um forte apoio para a ideia de
que Jesus morreu numa cruz. Se é assim, então por que toda essa insistência da
Torre de Vigia em dizer que “Jesus mui provavelmente foi executado numa estaca
ereta, sem nenhuma viga transversal”? (A Sentinela de 15 de agosto de
1987, página 29.)
Isso
certamente atende à necessidade de distanciar-se das demais igrejas e de
encontrar motivos para falar mal delas. Faz parte da campanha da Torre de Vigia
de fomentar antipatia pelas outras igrejas com o fim de vindicar sua própria
organização, de maneira que seus seguidores possam bater no peito e dizer: ‘A
cristandade é composta de adoradores de símbolos fálicos. Só nós rejeitamos a
cruz pagã. Por isso, só nós temos a verdade.’[3]
A Torre de Vigia está
tão fortemente obcecada por essa ideia que perdeu sua objetividade. Neste caso
e em outros, eles desejam enxergar as coisas de um único modo possível. A
maneira como um preconceito pode obscurecer a visão foi descrita aptamente por
Nicholas Kip, um dos apologistas da Torre de Vigia, na Despertai! de 22
de março de 1987, página 13:
“Tais
ideias preconcebidas podem realmente fazer com que a pessoa tenha olhos que não
veem, e ouvidos que não ouvem, porque se, à medida que faz suas pesquisas, ela
procura algo que confirme aquilo em que já crê, isso é tudo que seus olhos veem
e seus ouvidos ouvem. Em vez de examinar as coisas para ver: ‘Bem, então tudo
se resume nisso?’, tais pessoas só veem o que pode ser utilizado, ou
distorcido, para apoiar suas ideias preconcebidas.”
Quão verdadeiro é isso
em relação à atitude da Torre de Vigia para com a cruz!
Numa crucificação convencional, o
próprio criminoso recebia e carregava a viga, chamada de patibulum,
até o local da execução. O infrator era então pregado nessa viga e ela era
erguida e unida transversalmente no alto do poste. Hermann Fulda, a principal
fonte da Torre de Vigia, estava a par disso. A imagem acima é de seu livro Das
Kreuz und die Kreuzigung (A Cruz e a
Crucificação, Breslau, 1878), Tab. 4.
________________
[Artigo original em sueco de Rud Persson. As notas
de rodapé foram acrescentadas pelo tradutor do Mentes Bereanas.]
Notas:
[1] “Alguns anos depois,
o povo de Jeová aprendeu pela primeira vez que Jesus Cristo não morreu numa
cruz em forma de T. Em 31 de janeiro de 1936, o irmão Rutherford lançou para a
família de Betel de Brooklyn o novo livro Riquezas. De acordo com a
Bíblia, dizia, em parte, na página 27 (26 em português): “Jesus foi crucificado
ou afligido, porém não exatamente numa cruz lavrada, como está representado nas
imagens que os homens fabricam; a crucificação de Jesus consistiu em ser o seu
corpo cravado ou pregado no madeiro.” (Anuário das Testemunhas de Jeová de
1976, pág. 148)
[2] O mesmo poderia ser
dito sobre J. F. Rutherford, o homem que introduziu a ideia de que Cristo
morreu num “madeiro” (ou "estaca de tortura") entre as Testemunhas de
Jeová. Além de Rutherford também não ter sido inspirado por Deus, não foi
testemunha ocular da morte de Cristo, pois nasceu mais de 1.800 anos depois
dela, e uns 1.700 anos depois da época de Justino.
[3] Que ideias assim são
motivo de orgulho para alguns foi provado no caso dum leitor que contatou o Mentes
Bereanas. Apresentando-se como Testemunha de Jeová, enviou uma longa lista
de itens (à qual chamou de “conjunto de verdades básicas”) que, no entender
dele, colocam sua religião numa posição superior à de qualquer outra religião
do mundo. Um dos itens dessa lista era: “Minha religião não carrega pingentes
de cruz, imagens dela, em certa forma idólatra.”
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