INTRODUÃO
Quando lemos a história
de Jó nós deparamos com algo muito maior que uma questão de alguém bom passando
por uma crise; nós nos deparamos com uma guerra cósmica. Nós nos deparamos com
Satanás questionando o próprio Deus. A acusação feita por Satanás de que Jó ama
a Deus só porque ele tem tudo e nada lhe falta é uma forma de ferir o caráter e
integridade de Deus:
“Acaso
não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele
possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que todos os seus
rebanhos estão espalhados por toda a terra. Mas estende a tua mão e fere tudo o
que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face”
(Jó 1:10,11 NVI).
Com isso Satanás, sem
nenhum escrúpulo, ataca o caráter divino. Satanás está dizendo que o Senhor não
é digno de ser amado em si mesmo, que as pessoas o seguem somente porque ganham
algo com isso ou estão sendo “subornadas” para agir assim.
Por
isso, quando lemos o livro de Jó devemos entender que o livro não fala de
sofrimento, mas de fé. É a história de um homem que foi
escolhido por Deus para passar por uma experiência penosa e estarrecedora
através da tribulação. Sua reação apresenta uma mensagem que se aplica não
somente a pessoas em sofrimento, mas a toda pessoa que vive na terra. É a
história de todos nós. É a nossa fidelidade colocada à prova, seja na
tribulação ou na bonança. Pois fidelidade a Deus independe de termos algo ou
não, de estarmos com saúde ou doente. Fidelidade a Deus é na verdade um
casamento, onde fazemos um juramento ao nosso cônjuge no altar diante do juiz e
das testemunhas. É servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e
faz. Essa é a mensagem de Jó.
Quando lemos esses dois
primeiros capítulos de Jó aprendemos algumas lições preciosas para as nossas
vidas.
A
PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE A FÉ NÃO É POR CONTRATO: FAÇA O BEM E SERÁ
ABENÇOADO; FAÇA O MAL E SERÁ PUNIDO (Jó 1.1-5,8,2.3).
Quem dá testemunho de
Jó é o próprio Deus diante dos santos anjos e de Satanás. O Senhor fala de Jó
como um homem íntegro em sua fé. O Senhor o abençoava por ele ser um homem
fiel, mas a fidelidade de Jó independia de ter ou não o que possuía e de ser ou
não abençoado por Deus. Jó não havia feito um contrato com Deus: se me abençoar
eu te sirvo, se não me abençoar eu lhe abandono. Jó não agia assim, embora
muitas pessoas ajam assim com Deus nos dias hoje.
1º - Em primeiro, lugar
Jó era um homem que temia ao Senhor (Jó 1.1).
Temer ao Senhor significa respeitá-lo por seu caráter, seus atos e suas
palavras. Esse temor não é medo que faz o escravo encolher-se diante de seu
senhor, mas sim a reverência amorosa de um filho diante do pai, um respeito que
conduz à obediência [1]. Temor é o amor posto em prática através da reverência.
Jó temia a Deus por O amava.
2º - Em segundo lugar,
Jó era um homem de caráter (Jó 1.1). O texto nos diz que
Jó era um homem integro e reto. Isso não quer dizer que ele não tinha pecado,
mas que procurava andar de forma a glorificar a Deus diante da sua família e da
sociedade em que vivia. A palavra “íntegro”
quer dizer completo, pleno, sem hipocrisia ou duplicidade. Como nos diz Tiago
1.7,8:
“Não
suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre,
inconstante em todos os seus caminhos” (ARA).
Jó era um homem em quem
se podia confiar. Nele não havia maldade, ele era um homem sincero. Etimologicamente, a
palavra sincero vem de sincera, que é
a junção de duas outras palavras do latim, “sine
cera” e foi inicialmente utilizada pelos romanos. Isso porque os artesãos
ao fabricarem vasos de barro, muitos se rachavam e para esconder tais defeitos,
era usando para tal uma cera especial. “Sine cera” queria dizer “sem cera”, que
era a qualidade esperada de um vaso perfeito, muito fino, que deixava ver
através de suas paredes aquilo que guardava dentro de si. O vocábulo sincero
evoluiu e passou a ter um significado muito elevado. Sincero, é aquele que é
franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou
dissimulações. Aquele que é sincero, como acontecia com o vaso, deixa ver
através de suas palavras aquilo que está guardado em seu coração, sem nada
temer nem ocultar. Jó era assim.
3º - Em terceiro lugar,
Jó era rico, mas seu coração não estava na riqueza (Jó 1.3,21).
Jesus já nos alertou que nós não podemos servir a dois senhores: “A Deus e as
riquezas” ou “mamom” (Mt 6.24). A riqueza tem sido buscada muito hoje em muitas
igrejas. As pessoas vão ao culto buscar uma bênção e não adorar a Deus. O lugar
onde mamom tem sido mais adorado tem sido nas igrejas onde se prega o Evangelho
da Prosperidade. Lá não existe mensagem de salvação, mas mensagem de
enriquecimento, cura e libertação. As pessoas não saem com seus nomes escritos
no Livro da Vida, mas com a certeza de que serão ricas e bem sucedidas nesta
vida. Para estes pregadores a vida no provir não existe. Para eles o céu é aqui
e agora.
Jó temia a Deus
independentemente de ser rico ou não.
4º - Em quarto lugar,
Jó ensinava o temor ao Senhor aos seus filhos (Jó 1.5,6).
Jó era exemplo fora e dentro de casa. Ele não era crente somente diante dos
homens, mas também diante da sua família. Jó não era como Naamã que era herói
na sociedade, mas dentro de casa todos sabiam que ele era leproso. A integridade
de Jó era vista por seus familiares. Jó levantava altares dentro de seu lar. Ele
intercedia pelos seus filhos e os fazia se voltar para Deus em todo tempo. Ele orava
pelos filhos e com os filhos.
A
SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE NINGUÉM ESTÁ LIVRE DAS ADVERSIDADES E CALAMIDADES
DA VIDA (Jó 1.13-21; 2.4-7).
Jó, da noite para o dia
perdeu todos os seus bens, todos os seus filhos e, algum tempo depois, a sua
saúde. Jó ficou falido, desprovido da companhia dos filhos e por fim, ficou
extremamente doente. E para piorar sua esposa desejou a sua morte e seus amigos
o acusavam de pecado.
Quando as calamidades e
adversidades vêm sobre uma pessoa boa sempre surge àquela velha pergunta: “Por
que coisas ruins acontecem com pessoas boas?”
1º - Em primeiro lugar,
é bom deixar claro que a única pessoa boa que esteve nessa terra foi o Senhor
Jesus e, mesmo assim, sofreu mais que todos nós juntos.
Ele morreu pelos nossos pecados, levou sobre si as nossas culpas, se tornou
maldito em nosso lugar para que hoje nós fôssemos benditos do Senhor. Como nos
diz Isaías:
“Foi
desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o
sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e
nós não o tínhamos em estima” (Isaías 53.3 – NVI).
2º - Em segundo lugar,
coisas ruins acontecem com todas as pessoas, independente de serem boas ou não.
O mundo é um lugar extremamente perigoso, basta lermos o Salmo 91 que veremos
isso. Devido ao pecado, o homem mostrou a sua carranca maldosa e tem gerado o
mal uns aos outros. Somos maus por natureza. Uns de forma mais intensa, outros
menos, mas ninguém é bom, ninguém merece o Céu. Como disse o apóstolo Paulo: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há
ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus” (Romanos 3.10,11).
O mundo é um lugar
perigosíssimo para se viver. Veja os noticiários de quantos assaltos, balas
perdidas, sequestros, mortes e torturas. Isso sem contar com os nossos
governantes que nos roubam e os juízes que julgam por causas próprias.
3º - E em terceiro
lugar, nós temos um terrível adversário que é o diabo.
Este tem como único objetivo trazer destruição ao ser humano. Ele só sabe fazer
três coisas: “matar, roubar e destruir”; não há nele bondade alguma. Ele é um
ser totalmente destituído de luz. Totalmente destituído de graça, mas se mostra
como portador de luz e graça. Quem lhe dá ouvidos acaba com a vida destruída e
está caminhando a passos largos para o inferno.
Ele é mentiroso desde o
princípio, seduziu um terço dos anjos e enganou nossos primeiros pais e
continua fazendo isso até hoje. Tentou o próprio Senhor Jesus no deserto, mas
louvado seja o Senhor que o venceu, tanto no deserto quanto na cruz.
Observe o texto que
quem tocou em Jó foi Satanás e não o Senhor. Foi o diabo que colocou em dúvida
a integridade de Jó e não o Senhor.
A
TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE SATANÁS SÓ PODE NOS TOCAR COM A PERMISSÃO
DIVINA (Jó 1.12; 2.6).
Nas palavras de
Martinho Lutero, “Satanás é um cachorro
na coleira de Deus”.
Por mais estranho que
pareça, Deus permite que o diabo nos toque. Muitas vezes nós não sabemos por
que o Senhor permite isso, mas para tudo a um propósito divino nisso. No caso
de Jó era para mostrar para o próprio diabo que é possível sim servir a Deus em
meio às adversidades e calamidades da vida. Mas a pergunta insiste: “Por que
Deus permite que Satanás nos toque?” Nós não temos todas as respostas, mas
podemos enumerar algumas.
1º - Deus permite que
Satanás nos toque para o nosso crescimento espiritual.
As adversidades provocadas por Satanás em nossas vidas servem como um
purificador da nossa fé. Assim como o ouro precisa passar pelo fogo para tirar
as impurezas do mesmo modo, o Senhor deixa o diabo nos tocar para purificar a
nossa fé. Para termos uma fé sadia, bem firmada e não uma fé trôpega.
Uma fé sadia é uma fé
firmada em valores esternos e não em coisas passageiras. O apóstolo Paulo
escrevendo aos Filipenses 4.10-13 diz assim:
“Alegrei-me,
sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o
vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.
Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e
qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e
em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de
fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece”.
A fé nos leva crescer e
deixar a meninices espirituais. A fé madura nos faz aprender e por em prática o
aprendizado. É essa fé que o Senhor quer de cada um de nós.
2º - Deus permite que Satanás
nos toque para não nos esquecermos que estamos em guerra.
O Reverendo Hernandes Dias Lopes diz que a vida não é colônia de férias. Paulo
escrevendo aos Efésios 6.10-18 nos diz que devemos estar revestidos de toda
armadura de Deus para podermos ficar atentos contra as ciladas do diabo. Porque
a qualquer momento pode vir o dia mal.
O diabo arma ciladas. Esta
palavra no grego é metodeia de onde
vem a palavra método. Para cada pessoa, ele usa uma estratégia diferente. Ele ousa
mudar os métodos.
Por isso que o Senhor
nos leva para o campo de batalha espiritual para nos treinar para vencermos o
diabo e seus ardis. Para aprendermos a usar o escudo da fé, e entendermos que a
vida espiritual está acima da nossa compreensão. Se há uma guerra aqui na
terra, saiba que também há uma peleja também no céu.
Em segunda Coríntios
2.11 Paulo nos diz: “para que Satanás não
alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”.
Há dois erros que
muitos cristãos cometem quando se trata de batalha espiritual. Um é superestimar
Satanás, o outro é subestimar Satanás. Com o diabo não se brinca, mas não
devemos temê-lo, pois ele já foi vencido na cruz do calvário por nosso Senhor
Jesus Cristo. Veja o que Tiago 4.7 nos fala:
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós”.
A nossa vitória está na
nossa sujeição a Deus e não na nossa própria força.
3º - Deus permite que
Satanás nos toque para firmar a nossa fé. Satanás
insinuou que Jó só servia a Deus porque tinha tudo de bom e de melhor, que se
tudo lhe fosse tirado ele blasfemaria diante de sua face (Jó 1.11). Essa mesma
insinuação continua hoje. Para o diabo Jó amava mais o dinheiro que a Deus,
mais a sua família que a Deus, mais a sua saúde que a Deus, mais a sua
reputação que a Deus. E nós? Quem nós amamos mais? Não que Deus não saiba, mas
nós precisamos saber quem nós amamos mais.
Em que e em quem a
nossa fé está firmada? Jesus nos deixou um sério alerta em Mateus 10.34-38:
“Não
penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim
causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora
e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama
seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou
sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e
vem após mim não é digno de mim” (ARA).
A nossa fé está no
Senhor e só a Ele devemos amar mais que todas as coisas.
4º - Deus permite que
satanás nos toque porque Ele quer nos mostrar quem são os nossos verdadeiros
amigos na hora da prova. Amigo não é aquele que concorda
com a gente em tudo, mas é aquele que ousa discordar de nós também. Amigo é
aquele que, por amor, nos aconselha, nos mostra onde estamos errando e está do
nosso lado nos tempos bons e nos tempos maus.
Amigos de Jó há muitos
por aí. Gente que está ao nosso lado nos dias bons, mas nos dias maus são
verdadeiros acusadores de pecados que não cometemos. É na adversidade que
conhecemos os nossos verdadeiros amigos.
5º - Deus permite que Satanás
nos toque porque Ele quer que o conheçamos não na teoria, mas na prática (Jó
42.5,6). Há muitas pessoas que foram criadas
desde a infância na igreja, mas nunca tiveram uma experiência real com o
Senhor. A vida cristã é mais que guardar a Lei do Senhor, é uma vida de
intimidade com Deus.
Em nossas igrejas hoje
há muitas pessoas piedosas, mas que não conhece a Deus como Ele é. E é através
de uma experiência muitas vezes amarga que descobrimos quem é o Senhor. Como
disse Timothy Keller:
“Na
teoria, eu sempre soube que Jesus é tudo que alguém precisa para seguir
adiante. Mas ninguém sabe de verdade que Jesus é tudo do que a pessoa precisa
até que Jesus seja a única coisa que lhe resta”.
6º - Deus permite que
Satanás nos toque por causa do pecado. Como dizem os
neopentecostais: tem gente que dá legalidade ao diabo. Há muitas pessoas
brincando com o pecado e depois sofrem as suas consequências. O Senhor permite
que o diabo venha e toque porque tal pessoa está em desobediência.
Não brinque com o
pecado. Não brinque com as coisas de Deus. Não brinque com o sagrado. Não
profane o templo do Espírito Santo que é você.
QUARTA
LIÇÃO QUE APRENDO É QUE PODEMOS PASSAR POR VÁRIAS PROVAÇÕES, MAS SEM PECAR (Jó 1.22;
2.10c).
O pecado é uma opção. Diante
das provas da vida nós temos dois caminhos: o da fidelidade ou o da infidelidade
a Deus. Em Apocalipse 16.8-11 nos diz que diante do sofrimento que está por vir
os homens blasfemarão o nome do Senhor:
“O
quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens
com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram
o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram
para lhe darem glória. Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta,
cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor
que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras
que sofriam; e não se arrependeram de suas obras”.
Jó andou totalmente na
contramão de tudo isso. Diante da dor e da calamidade ele não pecou, mas se
arrependeu no pó e na cinza (Jó 42.6).
Timothy Keller diz que às
vezes, o objetivo do sofrimento é disciplinar e corrigir padrões errados (como
no caso de Jonas, castigado pela tempestade); às vezes, seu objetivo é não é
corrigir erros passados, mas prevenir erros futuros (como no caso de José
vendido como escravo); outras vezes, o único propósito é nos levar a amar Deus
com mais fervor simplesmente por quem Ele é, e, assim, encontrarmos paz e liberdade
absolutas [2].
Quando se tem essa maturidade
espiritual nós não caímos na tentação do pecado. Podemos não entender o que
está acontecendo, mas não nos deixamos levar pela situação. Por isso eu quero
deixar três conselhos quando você estiver diante de uma situação como a de Jó
ou semelhante a esta.
1º - Cale a boca.
É isso mesmo, cale a sua boca. Pensar você até pode, mas não abra a sua boca
para falar contra Deus. Isso é muito comum, mas não faça tal coisa. você pode
minar a fé de alguém com essa atitude (Sl 73.13,14).
Uma vez eu fui a um
velório de um senhor. A filha do falecido alisava o rosto do pai morto e dizia
assim: “Que pecado Deus cometeu contigo!”. “Ele não podia ter feito isso”. Ao ver
isso eu lhe disse que Deus não peca e que se Ele o levou é porque Ele tem toda
autoridade sobre tudo. Ela podia até chorar pela perda do pai, mas não tinha o
direito de pecar contra o Senhor.
2º - Busque ao Senhor
em oração (Sl 73.16,17). Meu irmão, na hora da adversidade
vá orar. Vá buscar a face do Senhor, pode ser que Ele lhe revele o porquê de
tudo isso. Mas independentemente dele lhe revelar ou não, através da oração o
Senhor acalma o nosso coração e ameniza a dor.
3º - Repreenda a voz do
diabo em seu ouvido. O diabo é como o vírus do herpes
que ataca quando a imunidade do corpo está baixa, da mesma forma o diabo é
oportunista diante da nossa baixa imunidade espiritual. Por isso repreenda a
sua voz tentando nos desestabilizar diante da crise.
A voz do diabo na vida
de Jó foi a sua mulher e os seus amigos, mas ele não se deixou levar por eles
em momento algum. Por isso vigie e lute contra isso.
CONCLUSÃO
O que Jó passou só nos
mostra que a vida é muito dura e estamos sujeitos a tudo nesta vida. Quando
lemos o livro de Jó devemos entender que o livro não fala de sofrimento, mas de
fé. É a história de um homem que foi escolhido por Deus para passar por uma
experiência penosa e estarrecedora através da tribulação. Sua reação apresenta
uma mensagem que se aplica não somente a pessoas em sofrimento, mas a toda
pessoa que vive na terra. É a história de todos nós. É a nossa fidelidade
colocada à prova, seja na tribulação ou na bonança. Pois fidelidade a Deus
independe de termos algo ou não, de estarmos com saúde ou doente. Fidelidade a
Deus é na verdade um casamento, onde fazemos um juramento ao nosso cônjuge no
altar diante do juiz e das testemunhas. É servir a Deus pelo o que Ele é e não
pelo o que Ele dá e faz. Essa é a mensagem de Jó.
Pense nisso!
Por Pr. Silas Figueira
1 – Wiersbe, Warren W.
Comentário Bíblico Expositivo – Volume III, Poéticos. Editora Geográfica, Santo
André, SP, 2012: p. 8.
2 – Keller, Timothy. Caminhando
Com Deus em Meio à Dor e ao Sofrimento. Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 2016:
p.62.
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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