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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Ervas daninhas e desvios doutrinários, uma relação perigosa!

Eu e minha família morávamos numa casa onde tínhamos um lindo jardim, com belas plantas. Lembro-me que há alguns anos, nós compramos uma planta chamada Pingo de Ouro. Com o tempo e o cuidado necessário, ela começou a se desenvolver tornando-se então um pequeno arbusto muito bonito. Mas, sem que percebêssemos, uma destruidora erva daninha alojou-se ao seu lado, começando vagarosamente a sufocá-la. O processo de destruição foi tão forte que a planta quase não resistiu. Na verdade, se o nosso jardineiro não tivesse arrancado a erva daninha e tratado da planta com remédio específico, certamente ela teria morrido. No entanto, agimos rapidamente, na hora certa exterminando a praga. Sem a erva que a sufocava, a planta pôde desenvolver-se com saúde, tornando-se assim uma grande e bonita árvore.

Caro leitor, a luz desta pequena história fico a pensar nas inúmeras ervas daninhas que nos últimos anos têm sufocado a Igreja de Cristo. Do Oiapoque ao Chuí, vemos a multiplicação de inúmeras heresias, que paulatinamente tem feito com que experimentemos um evangelho absolutamente diferente do cristianismo bíblico.

Infelizmente as doutrinas espúrias dos defensores da teologia da prosperidade tem levado um número impressionante de pessoas a vivenciarem decepções, frustrações e desilusões. A consequência direta disto é a quantidade de ex-adeptos do neo-pentecostalismo que apostataram da fé.

Estima-se que no Brasil, existam aproximadamente trinta milhões de pessoas que um dia frequentaram ativamente alguma igreja evangélica. Todavia, esta enorme multidão que até pouco tempo engrossava nossas fileiras, cantando nossos louvores, hoje, encontram-se fora de nossos arraiais vivendo dissolutamente distante da casa do Pai.

A quantidade de indivíduos decepcionados com Deus, com a igreja, seus líderes e membros é extremamente alarmante. Pessoas de classes sociais diferentes, cor, idade e escolaridade encontram-se nessa preocupante estatística.

Dos que no momento estão fora, boa parte, frequentaram os cultos das denominadas igrejas neopentecostais, as quais, como sabemos tem pregado em todo país um evangelho triunfalista, onde o cerne da mensagem é a prosperidade e a bênção de Deus. Também somos conhecedores que uma significativa parcela destes que se relacionam com este tipo de “evangelho”, fazem de Deus um “deus” utilitário, o qual é descartado no momento em que suas petições não são atendidas. Em virtude disto, é absolutamente perceptível a migração de alguns destes para outras religiões. O número de indivíduos que antes se denominavam evangélicos e que foram para outras concepções doutrinárias é relevante. Conheço pessoas que frequentaram igrejas e que agora, consideram-se adeptas de outro tipo de fé. No entanto, ainda que isto seja um fato a se considerar, a esmagadora maioria dos que frequentaram nossos cultos, encontra-se no mundo, distante de Deus.

Dos que voltaram para o “Egito”, percebe-se, um considerável número de pessoas que adotaram como filosofia de vida o agnosticismo.

Confesso que assusta-me o fato de saber que inúmeras pessoas que outrora professaram sua fé num Deus cognoscível, agora, vivam a mercê de e achismos impressões estereotipadas de quem seja o Senhor.

Isto posto, chego a conclusão de que mais do que nunca necessitamos combater de forma veemente as nefastas doutrinas ensinadas pelos adeptos da teologia da prosperidade e confissão positiva, extirpando do nosso meio conceitos e doutrinas anti-biblicas e pagãs.

Pense nisso!

 

Por Renato Vargens

 

Fonte: https://bereianos.blogspot.com

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