Não podemos cultivar a
esperança ilusória de que este mundo melhorará, embora seja natural que
assim desejemos e para isso nos esforcemos, pois “todo o mundo está no
maligno” (1 João 5:19) e reservado para o juízo. Tanto o que está fora
dos templos quanto o que está dentro deles tem experimentado a
corrupção. Aliás, entre o mundo e as denominações religiosas, incluindo
as evangélicas, de modo quase generalizado, já não há mais fronteiras. A
globalização não está apenas na economia, na política, mas também nas
religiões. O ecumenismo tornou os divergentes em parceiros de “fé
comum”, gerou “comunidades”, e com discursos de amor, tolerância e
justiça contribuiu para o surgimento de uma “onda inclusiva” abarcada
por uma nova teologia firmada numa “hermenêutica popular”. Daí, para
justificarem tais transformações, textos bíblicos foram ressignificados,
passaram a fazer a “leitura popular da Bíblia”, e mesmo versões de
“bíblias inclusivas” (prefiro com minúsculas!) foram lançadas no
mercado, bem como literaturas de apoio. Hoje cantor gospel se apresenta e
colabora com terreiro de candomblé, líderes espirituais pregam o
universalismo, desprezam o casamento e o modelo bíblico de família,
discursam em favor do aborto e outras “causas”, igrejas evangélicas
colocam bloco no carnaval, aceitam membros LGBTs, e os pilares da fé
cristã são substituídos por apenas uma doutrina: a do “amor”. “Amor” sem
compromisso com a Verdade, que se presta para encher templos de pessoas
que não suportam a sã doutrina, mas têm prazer nos afagos dos falsos
mestres. Porém, o “amor” que alarga o caminho para o Céu é heresia; é
estratégia do diabo para encher o inferno. Este falso amor tem se
consolidado como o principal tema religioso destes “tempos trabalhosos”.
Mas, o que este “amor” esconde, a sua verdadeira motivação, é
denunciado aqui pelo apóstolo: “Porque haverá homens amantes de si
mesmos...” O que sucede é uma lista de atitudes pecaminosas que derivam
deste sentimento egoísta, e que culmina no que alguns chamam de
“eulatria”. Quando o ego toma o lugar da divindade, todas as motivações e
ações tornam-se adequadas para elevar o “homem mau” ao status de deus e
satisfazer todos os seus interesses.
Você já pensou que o
caos que enfrentamos na sociedade tem origem no amor próprio? Pessoas
sem o temor de Deus, que cultuam a si mesmas, estão dispostas a qualquer
coisa para fazerem prosperar os seus intentos. Tudo o que fazem é em
função do seu prazer, da sua vaidade, da sua avareza, do seu orgulho….
Quanto aos falsos mestres, até o “evangelho” que pregam, ainda que
regado de “amor”, é para a sua própria glória: “amantes de si mesmos”
não podem amar e honrar a Deus.
Pense nisso!
Pr. Cleber Montes Moreira
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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