“Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna… Quem crê nele não é
condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome
do unigênito Filho de Deus” (João 3:16,18)
A Palavra de Deus pode
ser relativizada ou ressignificada? As doutrinas cristãs podem se
adequar ao tempo, às tradições e culturas? A Bíblia deve ser lida e
interpretada de acordo com as necessidades, anseios, culturas e lutas
dos povos ou de certas minorias? A igreja precisa ser ‘reimaginada’ para
se conformar ao contexto social? Temas como pecado e arrependimento
podem ser relativizados? Deus muda? Os valores do evangelho mudam? O
diabo e seus operários tentam nos convencer destas possibilidades,
porém, conservando um espírito bereano, devemos a cada dia examinar as
Escrituras para não sermos enganados por falsários da Palavra (Atos
17:11), e colocarmos tudo à prova (1 João 4:1). É o que faremos em
relação ao tema deste estudo.
A heresia do universalismo e a ressignificação das Escrituras:
Conforme matéria
publicada no site JM Notícias, em 29 de abril de 2019, intitulada
“Igreja Anglicana do DF celebra primeiro casamento gay”, o líder daquela
igreja, o bispo Maurício Andrade, teria dito: “A revelação da Bíblia
foi em um contexto, uma realidade que a gente precisa atualizar.”1
O pastor David Wilkerson certa vez disse: “Deus nos ajude a nunca
suavizar o seu evangelho”, entretanto, é exatamente isso que os adeptos
da Teologia Inclusiva, propagadores do universalismo, têm feito: eles
apresentam uma interpretação bíblica baseada numa “nova hermenêutica”,
em que textos são ressignificados para dar suporte às suas heresias.
Quando não conseguem ressignificar alguma passagem bíblica, argumentam
que foi escrita para certa época, ou que é fruto de uma cultura
machista, patriarcal, opressora etc. Alguns textos, principalmente
dentre os escritos por Paulo, são chamados de “textos de interdição”
porque, segundo eles, interditam mulheres e LGBTIs. Se não concordam com
a Palavra de Deus, a ressignificam, ou simplesmente ignoram certos
textos. Este esforço resulta em sermões ‘adocicados’, literaturas
heréticas, e até mesmo Bíblias Inclusivas dedicadas ao público LGBTI2, em que o termo pecado é reinterpretado.
O Universalismo ensina
que, em virtude do amor de Deus, todos acabarão sendo salvos e estarão
para sempre no Lar Eterno. O pastor e escritor Ciro Sanches Zibordi
chega a dizer que “o universalismo extremado prevê a salvação até do
Diabo!”3.
Um pregador muito conhecido, grande influenciador, mas herege, ao falar
da justiça de Cristo afirmou que o pecado não é mais um critério entre
Deus e os homens, e que Hitler e Herodes estão à mesa com Jesus, e ainda
que arrependimento e confissão de pecados não são critérios para se
assentar à mesa de Deus no reino celestial.4 Este mesmo pastor já negou a existência do inferno.
“Deus odeia o pecado”, e odiará sempre:
Teólogos liberais,
universalistas e inclusivos se esforçam para negar as consequências do
pecado sobre a vida humana, apresentando um discurso em que o critério
único para a salvação é amar. Quem ama, tendo tido ou não uma
experiência com Cristo, independente de suas convicções religiosas, de
seus valores e do curso moral de sua vida, está salvo. Dizem que “Deus
odeia o pecado, mas ama o pecador”. Embora esta afirmação seja
verdadeira, ela tem sido usada pelo diabo para suavizar o conceito de
pecado e do rigor do juízo divino. Trata-se de uma artimanha diabólica
para enganar incautos, aplacar consciências, e gerar uma atmosfera
favorável para quem deseja estar bem com Deus e, ao mesmo tempo, com o
mundo (Tiago 4:4). Assim é que uma atriz pornô certa feita disse que
havia se convertido ao evangelho, mas continuava exercendo sua
“profissão”, e que havia escolhido ser membro de uma igreja evangélica
que não lhe exigia nada. Estas igrejas liberais e inclusivas estão se
proliferando como praga e, infelizmente, lançando raízes de suas
heresias até mesmo nas denominações conservadoras.
Em toda a Bíblia, desde o
Éden, vemos as consequências trágicas do pecado sobre a humanidade.
Hoje não é diferente. Por isso “Deus odeia o pecado”, e odiará sempre. O
pecador sem arrependimento, sem o novo nascimento, sem o fruto da nova
vida, jamais poderá entrar nos céus. Relativizar esta verdade é servir
ao Pai da Mentira, ao diabo, é praticar a sua obra (João 8:44). Assim
como Seu autor, a Bíblia não muda, e nem o que nela está escrito sobre o
pecado e o que ele produz na vida humana (Malaquias 3:6; Tiago 1:17;
Provérbios 8:36; Mateus 24:35; João 8:34; Hebreus 13:8; João 8:24;
Romanos 5:12; Romanos 6:23).
“Deus ama o pecador”, mas ele precisa se arrepender para ser salvo:
O insondável amor de
Deus, ainda que derramado por todos na cruz pela entrega de Jesus para
morrer em nosso lugar, não dispensa a necessidade de arrependimento e do
novo nascimento para a entrada no reino. Ao religioso, que dizia
guardar os mandamentos desde sua meninice, Jesus amou, mas não pode
salvar porque seu coração estava neste mundo: “E Jesus, olhando para
ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto
tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e
segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque
possuía muitas propriedades.” (Marcos 10:21,22 – grifos do autor). Ao
virtuoso Nicodemos, um mestre religioso, o Senhor informou: “Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus” (João 3:3).
Deus ama a todos,
independente de seus pecados, sejam maus ou bons perante a opinião
pública, fiéis ou infiéis, bons ou maus cônjuges, e pais, e filhos,
religiosos ou não, homicidas, adúlteros, mentirosos, egoístas… Mas, este
amor não desencadeia o perdão sobre quem não crê, não se arrepende e
não se submete ao senhorio de Cristo. A exigência para a salvação é
esta, e não há alternativas: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos,
para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do
refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19 – grifo do autor).
Ao malfeitor
quebrantado, da cruz ao lado, a despeito de seus pecados, o Salvador
assegurou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”
(Lucas 23:43). Deus amou aquele homem, porém a salvação se deu mediante
seu arrependimento e reconhecimento de Cristo como seu Senhor e
Salvador, atitude sem a qual nenhum pecador, não obstante o amor de
Deus, entrará nos céus.
Reflita:
A mensagem inclusiva é
uma negação da Sã Doutrina que apresenta o arrependimento e o novo
nascimento como condição exclusiva e irrevogável para a entrada no
reino. Que “Deus amou o mundo de tal maneira” é fato inegável. Que Ele
“deu o seu Filho unigênito” para morrer na cruz em nosso lugar também.
Porém, a salvação é para “todo aquele que nele crê”, e este crer implica
reconhecimento do pecado, arrependimento, novo nascimento e vida no
Espírito. Assim é que “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê
já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”
(João 3:16,18).
O amor divino não é
complacente; Ele nunca salvará do inferno aquele que não crê: “Por isso
vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu
sou, morrereis em vossos pecados” (João 8:24). O Eterno é santo e justo,
e continua odiando o pecado, como sempre odiou e odiará. Os valores de
Sua Palavra são imutáveis, inabaláveis e inegociáveis. A mensagem
inclusiva e o universalismo é falácia do diabo. Pense nisso!
Pr. Cleber Montes Moreira
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1 https://www.jmnoticia.com.br/2019/04/29/igreja-anglicana-do-df-celebra-primeiro-casamento-gay/?fbclid=IwAR0aIXYHb91wO-oUzmnC2sTLaSu2SD_-_azgQ3v-P8VIjXYlkOu87dlF0ZA (acessado em 30 de abril de 2019)
2 https://www.oasiseditora.com.br/ (Editora Inclusiva)
3 http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apolog%C3%83%C2%A9tica-crist%C3%83%C2%A3/152/o-perigoso-universalismo-pregado-pelo-irmao-ed-rene-kivitz.html (acessado em 29 de abril de 2019)
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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