Texto base: Lucas 9.51-56
INTRODUÇÃO
Este é um daqueles textos que revelam muito da humanidade dos discípulos. No caso aqui em questão, de João e seu irmão Tiago. O texto nos fala que uma aldeia samaritana não quis receber Jesus e seus discípulos, e isso causou um certo “zelo” excessivo em João e Tiago que, creio, era o sentimento dos outros discípulos também. Devido a essa recusa em recebe-los os irmãos Boanerges (Mc 3.17) perguntaram a Jesus se Ele queria que eles orassem para que fogo do céu os consumisse, assim como fez Elias com os soldados que foram enviados pelo rei Acazias para prendê-lo (2Rs 1.9-12). Como se diz por aí: “eles estavam com sague nos olhos!”.
É bem provável que neles ainda aflorasse as lembranças do Monte da Transfiguração quando viram a glória de Deus e os dois personagens principais de Israel, Moisés e Elias conversando com Jesus. O orgulho e o exclusivismo ainda estavam muito latentes em seus corações. No entanto, o Senhor acalmou os ânimos exaltados dos discípulos.
ENTENDENDO A RECUSA DOS SAMARITANOS.
Para entendermos porque os samaritanos rejeitaram Jesus e seus discípulos temos que entender um pouco da história deles.
Com a divisão do reino, após a morte de Salomão, no reinado de seu filho Roboão, os moradores do Reino Sul ficaram conhecidos como judeus, tendo como capital Jerusalém. Os moradores do Reino Norte ficaram conhecidos como Samaritanos, tendo como capital Samaria (1Rs 16.24).
O reino norte foi conquistado e quase totalmente destruído pelos assírios em 721 a.C. Durante a reabilitação da região, os assírios repovoaram-no com pessoas de muitas áreas de seu reino. Isso gerou uma religião sincretista naquela localidade. Ela tem vestígios de adoração ao Senhor, mas também de muitas práticas de adoração pagã. Veja 2Rs17.24-41 para uma descrição dessa região na perspectiva judaica (i.e., do sul). Havia também persistentes animosidades entre judeus da antiga oposição samaritana quanto à reconstrução do templo de Jerusalém, após o retorno da Babilônia (Ed 4.2-24; Ne 2.19; 4.2-9) [1].
Outro problema que surgiu era que os samaritanos eram impedidos de adorar em Jerusalém, devido a isso, os samaritanos construíram seu próprio templo no Monte Gerizim (400 a.C.). No tempo dos Macabeus João Hircano (128 a.C.) destruiu este templo o que piorou ainda mais as relações entre os dois grupos. Eles aceitavam apenas o Pentateuco como Escritura canônica, e mesmo com o templo deles destruído, eles continuavam adorando a Deus no Monte Gerizim. Este é o pano de fundo do encontro de nosso Senhor com a mulher samaritana, registrada em Jo 4.7-42.
Por isso que apesar da disposição pacífica de Jesus em relação aos samaritanos, eles não o receberam porque se notava em seu semblante que ele se dirigia para Jerusalém (v. 53). A animosidade cruzava-se em ambas as direções, entre os samaritanos e os judeus [2]. Todavia, Lucas é o único dentre os Evangelhos que descreve a rejeição específica a Jesus por um povoado samaritano.
Quais as lições que podemos tirara desse texto?
1 – JESUS TINHA UM PROPÓSITO DETERMINADO EM IR PARA JERUSALÉM (Lc 9.51).
A agenda de Moisés e Elias com Jesus no monte da Transfiguração foi sua “partida” (exodus) para Jerusalém. A cruz estava no centro daquela conversa no monte tocado pela glória de Deus. Ao descer do monte, Jesus está absolutamente comprometido com a obediência a essa agenda estabelecida na eternidade. A prontidão para obedecer, mesmo que tal obediência passasse pela horrenda cruz, estava escrita em seu semblante (9.51,53) [3]. Como disse William Hendriksen: “Toda a vida de Jesus, inclusive essa viagem a Jerusalém, se desenrolava de acordo com o plano divino” [4].
Charles C. Ryle nos diz que Ele sabia perfeitamente o que estava para acontecer-lhe. A traição, o julgamento injusto, a zombaria, os açoites, a coroa de espinhos, o cuspe no rosto, os cravos, a lança e a agonia na cruz – todas essas coisas, sem dúvida, estavam diante dele como uma fotografia. No entanto, em momento algum, Ele retrocedeu da obra com a qual havia comprometido. Ele estava dedicado a pagar o preço da redenção e mesmo a ser levado à sepultura como nossa Garantia [5].
Isso nos ensina três lições:
1º - Jesus nos dá o exemplo de obediência ao Pai. Como já falamos, Jesus tinha plena consciência do que estava para lhe acontecer, mas mesmo assim não recuou ante ao sofrimento iminente. Em Filipenses 2.8 lemos: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”.
Nós cristãos devemos entender que no momento em que abraçamos a fé devemos andar em obediência ao Pai. Tendo consciência que a jornada com Cristo muitas vezes é dolorosa, mas o seu fim será glorioso. Como disse o apóstolo Paulo: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4.17,18).
Jesus foi o nosso grande exemplo de obediência, mas temos também o exemplo que o apóstolo Paulo nos deixou. Veja o que ele nos fala em Atos 20.22-24: “E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”.
2º - Jesus nos dá o exemplo de perseverança (Lc 9.51). Há pessoas que até começam bem a caminhada com Cristo, mas não são perseverantes. Jesus nos mostra isso na parábola do semeador quando nos fala da semente que caiu entre espinhos, “esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição” (Lc 8.14).
Jesus não se desvia do plano que Pai tem para Ele. Ele segue firmemente para Jerusalém consciente do que lhe está proposto. Assim deve ser a nossa caminhada também. Como disse Tiago em sua carta: “O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.8). No entanto, não era assim com Jesus, ele tinha os passos firmes para o propósito que o esperava.
A frase “manifestou o firme propósito” implica uma fixação concentrada e centralizada de sua atenção em seu próprio sacrifício, que era o propósito central de sua Encarnação. Deste ponto até o Calvário, Ele foi reconhecido como aquele cujo “rosto apontava para uma direção” e um propósito definido. Até os samaritanos notaram isso (cf. v. 53) [6].
3º - Jesus nos mostra que a glória do Pai é o fim que lhe está proposto (Lc 9.51a). Observe que o texto não diz não diz “antes de sua morte”, mas “antes de sua ascensão”. Ele compreendia que a cruz era um degrau para a coroa, como nos fala o autor de Hebreus 12.2: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Quando lemos estes versículos devemos nos alegrar, pois assim como o Senhor suportou a cruz, pois sabia do gozo que lhe estava proposto, devemos entender que por mais que soframos nesta vida, esse sofrimento não se compara ao que o Senhor tem para nós.
2 – NESSA CAMINHADA PARA JERUSALÉM, JESUS ESBARRA EM DOIS OBSTÁCULOS (Lc 9.52-54).
A caminhada de Jesus nunca foi fácil, aliás, sempre foi uma caminhada cheia de percalços. Aqui não foi diferente. Indo para Jerusalém Jesus enfrentou nesse episódio dois problemas, ou dois obstáculos: primeiro a rejeição de uma aldeia samaritana e segundo, a ira de João e Tiago. Mas mesmo diante desses obstáculos o Senhor nos dá lições preciosas para nossas vidas hoje.
1º - O primeiro obstáculo foi a rejeição dos samaritanos (Lc 9.52,53). Assim como João Batista foi enviado para preparar o caminho de Jesus, agora o Senhor envia alguns de seus discípulos para preparar-lhe pousada entre os samaritanos. Um grupo de uma dúzia ou mais seria um fardo para os recursos de uma aldeia pequena se chegassem inesperadamente; e, naturalmente, pode ter havido mais pessoas. Mas os aldeões samaritanos, vendo que decisivamente ia para Jerusalém, não queriam ter nada a ver com Jesus [7].
Aquela aldeia samaritana não percebeu o tempo da visitação de Deus em suas vidas. Devido a animosidade que havia entre judeus e samaritanos, eles deixaram se levar pelo ódio e rejeitaram o Senhor entre eles. O preconceito antigo suplantou a oportunidade presente. O ódio racial impediu-lhes de receber o Salvador do mundo. Eles dentaram de acolher aquele que veio para dar sua vida por eles [8].
Muitas vezes quando estamos pregando o evangelho muitas pessoas também irão rejeitar o Salvador. A cegueira espiritual impede as pessoas de verem a alegria da salvação que nos foi preparada. Outras vezes é o preconceito que muitas pessoas têm com o cristianismo. Aliás, isso tem se tornado algo muito comum nos dias de hoje. Pelo menos ao evangelho bíblico, pois ao evangelho sincrético estamos vendo muita adesão.
2º - O segundo obstáculo foi a falta de amor dos discípulos (Lc 9.54). Os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, sentiram que a rejeição de Jesus era uma atitude que merecia o juízo de aniquilamento por Deus. A pergunta a Jesus, que manifestou sua ira, é compreensível em vista da instrução do Senhor em Lc 9.5 acerca de seu comportamento diante de casas e cidades em que lhes era negada uma acolhida hospitaleira [9]. Mas o Senhor nunca disse que os que rejeitassem a Sua mensagem fossem incinerados.
Mas Jesus corrige essa atitude desses dois apóstolos mostrando que Ele não veio para destruir as almas dos homens, mas Ele veio para salva-las.
A atitude de João e Tiago revela muitas vezes o que está em nossos corações. Nós é que, em nosso pecado, queremos fazer descer fogo do céu, a fim de destruir os que rejeitam o Salvador. Quando a religião fala mais alto que o verdadeiro cristianismo tal pensamento pode realmente nos consumir a alma. Por isso que Jesus falou tanto em amar os inimigos e orar por eles. O cristianismo é o inverso do que o mundo sem Deus ensina. Devemos ser guiados pelo Espirito Santo e não pelas nossas emoções.
Veja os que nos fala Pedro em sua segunda carta: “Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pe 2.20-24).
3 – OS SAMARITANOS REJEITAM JESUS, MAS JESUS NÃO REJEITA OS SAMARITANOS (Lc 9.54-56).
Se existe um evangelho inclusivo este é o evangelho de Lucas. Em contraste com Mateus, cujo foco principal é sobre o ministério de Jesus para o povo judeu, Lucas é muito mais amplo. Ele descreveu o alcance universal da redenção e enfatizou que a salvação estava disponível para todos, não apenas os judeus, mas também os gentios (cf. At 10.34-48; 14.24-27; 15.12-19). Ele próprio era um gentio, e ele escreveu a Teófilo, (Lc 1.3), que também era um gentio. Lucas vê o evangelho como sendo para todos os grupos étnicos, incluindo judeus, samaritanos e gentios, mas também para todos os tipos de pessoas dentro desses grupos, incluindo as mulheres (mesmo prostitutas), excluídos (incluindo os leprosos), os endemoninhados, coletores de impostos, mesmo desprezados (cf. Lc 7.36-50; 10.25-37; 15.11-32; 16.19-31; 8.2,27-38; 17.11-19; 19.1-10). A ênfase de Lucas sobre o apelo universal do evangelho também é evidente em sua genealogia de Jesus. Mateus começou sua genealogia com Abraão, o pai do povo judeu, mas Lucas traçou a genealogia de Cristo por todo o caminho de volta para Adão, o pai de toda a raça humana. Devido a isso, nós podemos ver a perseverança e a misericórdia de Jesus com os samaritanos.
Com isso em mente, podemos destacar algumas lições importantes.
1º - Primeiro, Jesus mostra que não podemos ser guiados por nossas emoções (Lc 9.54). Diante da rejeição dos samaritanos, os dois irmãos, a quem Jesus deu o nome de “Boanerges”, que significa “filhos do trovão” (Mc 3.17) por causa de sua natureza volátil, queria incinerar a aldeia samaritana. Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os por sua atitude impiedosa. Querer destruir aqueles que rejeitam a verdade não é o caminho que devemos percorrer. A rejeição à verdade sempre irá acontecer. Nossas emoções podem até aflorar, mas não podem nos dominar. O apóstolo Paulo nos ensina que podemos até irar, mas não podemos pecar (Ef 4.26), ou seja, as nossas emoções e reações nos foram dadas por Deus, e precisamos compreender esse fato. O grande problema é quando as pessoas não sabem cuidar das suas emoções, quando são guiados por elas.
2º - Jesus mostra que veio para salvar o homem perdido, não para destruir suas almas (Lc 9.56). Ao contrário de seus discípulos excessivamente zelosos, o Senhor concede misericórdia para com os pecadores hostis e ignorantes, assim como o apóstolo Paulo tinha sido antes de sua conversão (1Tm 1.13). Misericórdia, apesar da sua rejeição, foi a atitude de Jesus. Ao invés de julgamento Jesus dá a misericórdia sobre aqueles que expressam sua hostilidade para com a verdade.
Quem age com misericórdia imita a Deus (Ef 5.1.), pois Deus é misericordioso. Davi chamou de “um Deus misericordioso e piedoso” (Sl 86.15). Zacarias, o pai de João Batista, falou sobre “a misericórdia do nosso Deus” (Lc 1.78). Paulo descreveu Deus como “o Pai das misericórdias” (2Co 1.3), que é “rico em misericórdia” (Ef 2.4), enquanto o escritor de Hebreus descreveu o Senhor Jesus Cristo como “misericordioso e fiel sumo sacerdote” (Hb 2.17).
Os cristãos são ordenados a mostrar misericórdia. Em Lucas 6.36 Jesus instruiu os crentes, “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”, enquanto Tiago advertiu que aqueles que não conseguem mostrar misericórdia vai enfrentar o julgamento de Deus, uma vez que “o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13).
E num momento de grande desgraça que se abateu sobre Judá, o profeta Jeremias falou: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22,23).
3º - Jesus nos ensina a não alimentarmos contendas (Lc 9.56c). O texto nos diz que eles partiram para outra aldeia. Se alimentarmos o ódio, nós é que seremos envenenados. No entanto, a História nos conta que em nome de Cristo muitas guerras foram deflagradas, muitas pessoas foram perseguidas e mortas. Aqueles que deveriam demonstrar amor foram instrumento de destruição.
J. C. Ryle nos diz que milhares e milhares de pessoas foram mortas por causa de perseguições religiosas em todo o mundo. Muitos foram queimados, enforcados, decapitados ou afogados em nome do evangelho; e aqueles que os assassinavam realmente acreditavam estar prestando um serviço a Deus. Infelizmente, apenas demonstram sua própria ignorância quanto ao espírito do evangelho e à maneira de pensar de Cristo [10].
Se formos guiados pelas nossas emoções iremos repetir a História, mas se formos guiados pelos Espírito Santo iremos praticar o amor de Cristo pelos perdidos, até por aqueles que nos perseguem.
CONCLUSÃO
Embora a Igreja nunca deva comprometer a verdade ou tolerar o pecado, no entanto, nós devemos mostrar a mesma misericórdia para os perdidos, como fez Jesus por nós no tempo da nossa ignorância. Sempre que as pessoas que afirmam representar Jesus Cristo têm exercido o direito de pronunciar julgamento temporal, os resultados foram desastrosos. A Igreja deve confrontar o pecado e chamar os pecadores ao arrependimento, mas deixar o julgamento final por conta de Deus. Nós, no entanto, devemos agir com misericórdia, pois este é o cerne do ministério redentor de Cristo, e essa misericórdia deve ser estendida a todos, sem distinção de raça, sexo, idade, ou o fundo cultural. O Deus que se deleita na misericórdia se delicia com os cristãos misericordiosos (2Co 4.1).
Pense nisso!
Por Pr. Silas Figueira
Bibliografia:
1 – Neale, David A. Lucas, 9 – 24, Novo Comentário Beacon, Ed. Central Gospel, Rio de Janeiro, RJ, 2015, p. 67.
2 – Ibidem, p. 66,67
3 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 324.
4 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, São Paulo, SP, Ed. Cultura Cristã, 2003, p. 45.
5 – Ryle, J. C. Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.159.
6 – Childers Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 408.
7 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 167.
8 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 324.
9 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 148.
10 – Ryle, J. C. Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.161. Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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