Ecumenismo e Sincretismo na Igreja - O Peregrino

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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Ecumenismo e Sincretismo na Igreja

Este estudo nasce da preocupação de que, isoladas umas das outras, nossas igrejas possam entrar na corrente geral, influenciadas por agentes deste grande mal que é o Ecumenismo. Ele não é uma novidade, mas vem sendo introduzido lentamente e suas estratégias adaptadas às novas situações encontradas através dos anos. Isto pode fazer com que não o reconheçamos. É como um menino, que cresceu longe de nós, e por isso não o reconhecemos ao vê-lo tempos depois, por sua aparência mudada.


O significado do termo “Ecumênico” é curioso e importante para que saibamos com o que estamos lidando. Segundo os dicionários ecumênico é “mundial, geral ou universal”, tendo sua raiz etimológica no grego oikoumene – termo este que é traduzido na Bíblia (ARC) por “mundo”, expressando todo o “universo de pessoas conhecido” ou o “conjunto de todas as coisas existentes” (veja Mt. 24.14; Lc. 4.5 e At. 17.31).

 

SUA ORIGEM E SEU PROMOTOR

 

Sem dúvida, espiritualmente falando, a origem e a promoção do ecumenismo reside em Satanás, o “pai da mentira”, pois o ecumenismo depende da mentira para existir. Mas, quem está sendo usado para introduzi-lo e difundi-lo no mundo? Quem são os mordomos de Satanás que cuidam de seus interesses com relação a esse assunto?

 

Para chegarmos à resposta a isto, precisamos antes desmitificar a ideia de que existe mais de um tipo de ecumenismo, ou o lado “bom” e o lado “ruim”. Ele é único, e é todo ruim. Ele não nasceu com este nome e é difícil datar seu nascimento. No entanto, fica claro, historicamente, que desde a Grande Reforma Protestante de 1517, não faltaram episódios que demonstrassem interesses em uma aproximação entre o catolicismo e seus dissidentes diretos (anglicanismo, luteranismo e ortodoxos).

 

Entre os evangélicos, em 1846 surgiu em Londres um movimento chamado Aliança Evangélica. Já em 1908 várias igrejas protestantes tentaram uma aproximação em torno de uma organização com fins sociais, abrindo mão de posições doutrinarias. Organizaram, então, o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América. Com o clima sombrio que antecedia a primeira Guerra Mundial, esta organização uniu-se a igrejas protestantes europeias, fundando assim, em agosto de 1914, a Aliança Mundial para Promover a Amizade Internacional através das igrejas.

 

Após a Guerra, em 1919, esta organização interdenominacional voltou a se reunir e mudou seu nome para Confederação Mundial Cristã de Vida e Ação. Já em 1937, quando voltaram a se reunir em Oxford, na Inglaterra, participavam dela a igreja anglicana e ortodoxa (católicos dissidentes). Um outro movimento surgido em 1910 na Escócia, chamado Fé e Constituição, que visava unidade doutrinaria, uniu-se em 1938 ao Vida e Ação, e em 1948 deram origem ao Concílio Mundial de Igrejas com sede em Amsterdã na Holanda.

 

Antes mesmo que se reunissem em sua III Assembleia em Nova Délhi na Índia (1961), ao observar a facilidade e rapidez com que se uniram igrejas em um ideal unicionista, o Vaticano adotou a ideia, e em junho de 1959 o papa João XXIII (1958–1963) na sua encíclica “Ad Petri Cathedram”, lançou as bases do movimento ecumênico, convidando todos os “irmãos separados” a unirem-se à “Igreja Mãe”. Durante seu reinado, o papa Paulo VI (1963-1978) visou amplamente este ideal, fortemente demonstrado no Concílio Ecumênico Vaticano II, em seu decreto “Unitatis Redintegratio“, cujo 1º capítulo intitula-se: “Os princípios Católicos do Ecumenismo”.

 

Assim, a partir da década de 1960, vimos o monstro ganhar nome. E o seu nome é ecumenismo (que como o termo católico, vindo do latim, quer dizer universal). Desde então, quem tomou as rédeas do movimento foi o Vaticano, o seu maior interessado, como “mãe de todas as prostituições”, contando ainda com a colaboração de muitas organizações, como o Concílio Mundial de igrejas e as Sociedades Bíblicas.

 

A RAZÃO DE SER DO ECUMENISMO

 

Uma igreja acostumada a prevalecer não pela razão, mas pela imposição de uma religião estatal, desde o tempo de Constantino em 313, nunca pode ver com bons olhos a perda da influência e de poder, o que a levou a terríveis perseguições como a “Santa Inquisição” na Idade Média (ou a “idade das trevas” como melhor lhe convém), onde quem não era Católico Apostólico Romano, não era cristão; quem não era cristão deveria ser morto; e ainda, quem os matasse, receberia recompensa em indulgências (perdão de pecados).

 

Após os horrores da II Guerra Mundial, era preciso uma outra reforma, não pela força, para conter a constante e grande perda de adeptos. Eram anos de forte impulso missionário por parte das igrejas evangélicas, e o próprio movimento Anabatista (ou Batista) retomava grande força após terem sido expulsos da Europa catolicizada, e revigorados na América do Norte, de onde partiam muitas missões.

 

O movimento unicionista tornou-se o melhor meio de enfraquecer e derrubar o inimigo ou trazer de volta para si os católicos, que por motivos não dogmáticos haviam se separado. Não se pode dizer que o movimento foi um sucesso completo, pois trouxe apenas parte dos resultados ambicionados. O enfraquecimento de algumas outras denominações tradicionais é um fato inquestionável, e a desaceleração da perda de adeptos também ocorreu.

 

O papa João Paulo II propiciou uma sequência ao Concílio Vaticano II com um excelente trabalho, a ponto de ser chamado por alguns como a resposta de Deus ao Vaticano II. Apesar de ser tido como extremamente conservador, ele permitiu uma abertura à liberdade de ação para o clero, de forma que a “multifacetada igreja una” possa atuar da maneira que mais se aproxima do povo, com grupos de linhas muito diferentes como os da Teologia da Libertação, os Carismáticos, os Tradicionais etc. Com isto, consegue-se manter o católico tradicional, o católico que entende que a igreja precisa atuar mais nas áreas sociais e na política, e os que querem uma modernização da missa, chegando mais perto do que o povo tem buscado naqueles que mais tem proselitado o povo católico, que são os pentecostais.

 

SEUS MÉTODOS

 

Nos anos que se seguiram ao Concílio Ecumênico Vaticano II, o padre Aníbal Pereira Reis converteu-se ao evangelho, desvinculando-se definitivamente da igreja romana em 1965, e em exame criterioso e imparcial, sem influências externas, pessoalmente encontrou na Igreja Batista aquela que defendia e praticava os ensinamentos neotestamentários, e nela pediu batismo e serviu até o fim de seus dias. Porém, antes de abandonar a batina, este padre teve a oportunidade de ser “treinado” sobre como agir em suas relações com outras denominações e pode ver mudanças dentro das estratégias de trabalho da igreja, visando atender as diretrizes do Vaticano II. Num brado de alerta, o irmão Aníbal desnudou estas coisas em alguns de seus livros: O Ecumenismo; O Ecumenismo e os Batistas; e o Papa Escravizará os Cristãos? Vamos resumi-los como segue:

 

  1. Antigamente o Vaticano muito investia em escolas, por serem elas formadoras de pensamentos, podendo assim, influenciar fortemente a sociedade na base da formação de jovens. No entanto, a tendência mundial (e no Brasil não foi diferente) do Estado assumir o ensino, e ainda a consolidação dos meios de comunicação de massa (jornal, rádio e TV) fizeram com que se investisse em emissoras de rádio e TV, e também em jornais e revistas, para ter acesso direto à sociedade e poder vender seu peixe.
  2. A atitude de oposição e conflito com os evangélicos e seus líderes, antigamente uma regra, foi mudada por orientação de Roma. A partir do treinamento dado aos padres nos anos 60, a atitude passou a ser de afabilidade, para conquistar a simpatia do povo e do pastor. Com essa mudança, conseguiu-se confundir a cabeça de muitos. Afinal, o “seu padre” agora é “amigo” do pastor?!
  3. Os clérigos foram também orientados a cativar especialmente os pastores, pessoas geralmente simples, prestigiando-os na sociedade, se possível, até com cargos em entidades sociais, para o que os padres poderiam indicá-los. Isto surtiria grandes efeitos, especialmente nas pequenas cidades do interior.
  4. Com um terreno devidamente preparado, seria muito conveniente buscar ocasiões para trabalhos em conjunto na sociedade e, principalmente, com ajuntamentos de cunho religioso, o que configurou os cultos ecumênicos. Um detalhe que constava nas orientações e no treinamento é que, embora devesse dar-se a palavra a cada um dos líderes religiosos presentes, o representante católico se colocasse de forma a transparecer sua superioridade sobre os demais, como representante da “igreja mãe”.
  5. A pregação da ideia de que todos os cristãos são irmãos, filhos de um mesmo Deus, e que apenas estavam alguns separados da igreja mãe (Católica Romana) por divergências a respeito de pontos de menos importância, deveria levar a intimidar aqueles que antes eram combativos. Tornou-se então, ultrapassado, fora de moda, resistir a um unicionismo (o outro nome do ecumenismo). Criou-se a ideia de que não se deve dividir, polarizar, separar, combater, contestar, mas sim, unir, ajuntar, misturar, acomodar, evitar os pontos de discórdia. “TUDO PELO AMOR” – que mentira.
  6. A tática ecumenista sabia que nem todos aceitariam facilmente e abertamente este ajuntamento. Mas existem bons disfarces e meio-termos que poderiam satisfazer, quebrando o gelo para passos maiores no futuro. Se, por exemplo, o batista não aceitasse uma atividade conjunta com o católico, talvez o presbiteriano o fizesse (já que “são muito parecidos”). Como o presbiteriano se mostrasse mais aberto ao diálogo ecumênico, com o tempo, por meio deste intermediário menos radical, alcançar-se-ia o objetivo final. As reuniões interdenominacionais são uma abertura que funciona como intermediação do Ecumenismo Pleno.

 

OS TIPOS DE PRÁTICA ECUMENISTA

 

Basicamente encontramos dois tipos de prática:

 

  1. Ampla, geral e irrestrita
  2. Interdenominacional (às vezes restrita só a um grupo como “tradicionais”, “fundamentalistas”, “pentecostais/carismáticos” etc.).

 

Mesmo que restrita a sua prática entre um destes grupos, ou mesmo entre os evangélicos em geral, entende-se que, quando se mistura povos de doutrinas diferentes, isto é uma “generalização” ou “universalização”, o que vem a ser ecumenismo. Muitos pensam que, quando os evangélicos se reúnem, mostram sua força “contra” o catolicismo. Isto não é verdade, porque estão abrindo mão de suas posições doutrinárias, e embora se mostrem com pujança no tamanho, número e muitas vezes no “barulho”, mostram também fraqueza em conteúdo. Se abrem mão de suas crenças para se ajuntar entre si, até quando não abrirão mão delas para juntar-se ao Romanismo? Aliás, se o fazem com um, por que não com o outro?

 

Os seminários, acampamentos, passeatas, congressos e cultos interdenominacionais, assim como os shows e consertos e os barzinhos e boates “Gospel” (evangélicos) grandemente contribuem para tais coisas. Não se iluda: “interdenominacional” também quer dizer e é – ECUMENISMO –!!!

 

PORQUE O ECUMENISMO É PERIGOSO

 

Ele é perigoso porque não é bíblico nem cristão. É afronta a Deus, Sua Palavra, Seu Filho e Sua Igreja e ao Espírito Santo também. Por isso não devemos entrar na onda e termos medo ou vergonha de sermos considerados sectaristas ou separatistas!

 

O ecumenismo não é bíblico, pois não podemos concordar com as denominações sem discordar da Bíblia. É HIPOCRISIA não dar importância às diferenças doutrinarias, ou dizer “ele crê errado, mas isso não tem importância. Está bem para mim desse jeito”, se sabemos que Deus não pensa assim. Se ele o fizesse, não haveria necessidade da Bíblia e Deus aceitaria a todos de qualquer maneira (espírita, budista, macumbeiro, católico, evangélico) e desta forma Cristo teria morrido em vão. Se de qualquer jeito está bom, para que Cristo e para que Bíblia?

 

O Ecumenismo não é cristão, pois seu promotor não é cristão e seus parceiros também não o são. Ser CRISTÃO é crer que SÓ CRISTO SALVA. Ele é o único Deus, Salvador, Senhor do universo, O Todo-Poderoso (Is. 43.11; At. 4.12; Rm. 3.24; Gl. 1.6-10; I Jo. 5.10-13 e 20).

 

Se o promotor do ecumenismo e seus parceiros creem na salvação por Jesus, mas com a necessidade de complementar com obras boas, cumprimento de sacramentos, auxílio de santos, etc. não creem em Cristo como único e exclusivo SALVADOR, e portanto não são CRISTÃOS! Como partilhar um culto a Deus com um povo que nem confia nEle? O Ecumenismo não é Cristão!

 

O Ecumenismo é afronta a Deus, porque prega o ajuntamento igual de todas as pessoas diante de Deus, indistintamente de suas crenças e práticas. Já que todos nós bem sabemos que dentro do chamado cristianismo há todo o tipo de crença, e “cristãos” que nada sabem e nada fazem do que Cristo ordenou, logo, podemos concluir, que isto seria afrontar a Deus, que quer e tem “um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt. 2.14) e “uma geração eleita… nação santa, um povo adquirido (comprado pelo sangue) para anunciar as Suas Virtudes”(I Pe. 2.9). O Ecumenismo afronta a Deus porque Deus não quer todo mundo de qualquer jeito, Ele quer o Seu povo comprado por Ele com seu próprio sangue (At. 20.28) e separado (santo).

 

O Ecumenismo é afronta à Palavra de Deus, porque, se doutrina não é importante, a Bíblia (Palavra de Deus) cai em descrédito. Se doutrina não é importante, logo a Bíblia não é importante. Nossos irmãos no passado não pensavam assim. Os apóstolos, e muitos depois deles, foram presos, torturados e mortos porque insistiam em pregar a verdade (não parcial, mas total). Se tivessem cedido, hoje não teríamos mais nada do que chamamos BÍBLIA. Não se trata de meros detalhes, mas sim de pontos de suma importância que geram e justificam uma separação (II Co. 10.5; Jd. 3). Não é uma guerra ou um conflito entre pessoas e igrejas que pregamos, mas a separação entre o falso e o verdadeiro, o que vem de Deus e o que vem do homem. Aliás, o apóstolo Pedro já disse: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At. 5.29). O jeito de obedecer a Deus é guardar o que ele diz em sua palavra, e atender aos apelos ecumenistas é deixar isto de lado, portanto é obedecer aos homens. O Ecumenismo é afronta à Bíblia!

 

O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus, porque Ele perde a sua posição de Cabeça (chefe/dono/governante) da Igreja (Ef. 5.23; Cl. 1.18), pois o Vaticano diz que a mãe de todas as igrejas cristãs é a Católica Romana, e que o seu cabeça (como chefe e detentor da prerrogativa da infalibilidade) é o Papa. Ele pode mudar até o que Jesus e seus apóstolos ensinaram (e como tem mudado!). O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus, também porque o depõe de sua posição de única fonte de salvação. Se uma igreja que crê e prega que só a fé em Cristo é que salva, misturar-se a outra que crê e prega que algo mais é necessário para “completar, assegurar ou garantir” a salvação, como poderão conciliar as duas posições? Só há duas alternativas: ou a Segunda reconhece a Cristo como o bastante pela Sua Graça (Jo 5.24 e 14.6; Ef. 2.8-9; Rm. 3.23-24; I Tm. 2.5-6) ou a primeira deixa esta verdade fundamental do evangelho de lado. O que você acha que vai acontecer neste caso? O Ecumenismo é uma afronta total ao Senhor Jesus!

 

O Ecumenismo é uma afronta à Igreja de Jesus Cristo, porque ela perde a sua identidade de anunciadora do Evangelho de Arrependimento e Fé, missão esta que Jesus destinou a ela na grande comissão (Mt. 28.18-20), e de defensora da verdade como “coluna e firmeza” dela (I Tm. 3.15). Jesus comprou e resgatou a sua igreja do pecado com seu sangue, mas será que Ele comprou todas? Há igrejas geradas por homens rebeldes e insatisfeitos, que se desviaram da verdade, ou que protestaram contra sabe-se lá o que. A Igreja de Jesus Cristo pode ser reconhecida porque tem a “Sua Cara” como dizemos. Não é “protestante” e nem precisou se “renovar”, porque é a mesma com a mesma doutrina desde que Ele a gerou quando chamou seus primeiros discípulos e começou seu ministério na terra.

 

O Ecumenismo é uma afronta ao Espírito Santo, porque embora tanto se fale nele neste meio, seu papel é inconcebível no meio do ecumenismo. Basta olharmos rapidamente para o discurso de Jesus aos seus discípulos, feito para explicar-lhes sobre a vinda do Espírito e o que Ele faria na Igreja e no mundo. Este discurso encontra-se em João 16. Vamos ver algumas coisas:

 

O Espírito convence do pecado (v.8). Num encontro ecumênico, como o pecado pode ser combatido se o que é pecado para uns não é para outros? Uns têm seu santo de devoção, mas outros veem nisto a idolatria; uns praticam a poligamia, mas outros veem nisto adultério; uns creem que é pecado a mulher se vestir vulgarmente, mas outros nada veem nisto. O que ocorre então nos encontros ecumênicos é que o pecado não é atacado (pelo contrário, muitas vezes é incentivado). Portanto, o Espírito não vai convencer ninguém ali. O servo de Deus prega e o Espírito convence o pecador.

 

O Espírito guia em toda verdade (v.13). Num aglomerado de 

igrejas com doutrinas diferentes, onde cada um tem a sua verdade, é ilusão pensar que através de debates e convivência todos vão chegar à verdade divina. Na verdade, nos encontros ecumênicos já não se tenta fazer isto, pois isto os afastaria. Então fica cada um na sua própria mentira e tudo bem. O Espírito não está lá, pois ele está onde possa estar guiando os servos de Deus em toda verdade e não somente em algumas verdades.

 

Ainda no capítulo 14 do mesmo evangelho, quando Jesus prometeu a vinda do Seu Espírito Consolador, ele diz que o que O ama guarda e cumpre a Sua Palavra e que o mesmo Espírito os ensinaria (fazer entender) e faria lembrar de tudo o que Ele ensinou. (v. 21-26). Mesmo que alguém queira restringir esta obra do Espirito Santo como dirigida somente aos apóstolos, não se pode negar que seria uma bobagem enviá-lo com esta finalidade, caso não fosse importante que a Igreja de Jesus Cristo guardasse tudo o que Ele ensinou. Obviamente, no ecumenismo não se pode falar de tudo que Jesus ensinou, pois isto causaria facção entre as partes. Os ecumenistas não se lembram, se é que algum dia aprenderam, o que o Senhor ensinou. Portanto, o Espírito não esta no meio deles, e se alguém que está lá tem o Espírito, logo entenderá que não é possível continuar com aquela farsa, e sairá de lá para servir fielmente ao Senhor. O Ecumenismo é uma afronta ao Espírito Santo.

 

O SINCRETISMO

 

Em se tratando do panorama nacional, pode-se dizer que desde cedo, ao passo em que se construía uma sociedade genuinamente brasileira – um povo resultante de uma série de misturas étnicas, culturais e religiosas –, a fé cristã (especificamente a católico romana) teve de duelar com crenças de diversas culturas.

 

Conquanto a cristianização do Brasil tenha sido inicialmente agressiva, solapando a cultura e as crenças dos índios, e logo depois dos negros trazidos para trabalharem como escravos, não se pode falar em vencedor neste duelo. Basta olhar para o cenário religioso brasileiro para perceber a existência de dois tipos de catolicismo. O catolicismo clerical, teologicamente elaborado e dogmatizado, e o catolicismo popular, eivado de superstições e elementos originários dos cultos afroameríndios.

 

Sem dúvida, houve uma absorção dos elementos das crenças indígenas e africanas, fundindo-se com o catolicismo português (que já veio com sua parcela de sincretismo). Para verificar tal afirmação, vale a pena dar atenção às celebrações religiosas dos povos do norte e nordeste – não que nas outras regiões também não ocorra o sincretismo, contudo nos Estados que compõem essas regiões nota-se mais fortemente a mistura religiosa gerada.

 

Na Umbanda, Cristo é Oxalá; Satanás é Exu; o santo católico São Jorge é Ogum; Iemanjá é “nossa senhora”. Todos compartilham o mesmo altar com uma série de divindades. Ao olhar fervoroso desses fieis, não há nenhuma incompatibilidade entre tais personagens.

 

Do lado evangélico, o seguimento que mais se abriu ao sincretismo foi o movimento neopentecostal. Propagando-se entre as camadas mais pobres da população, assim como o Catolicismo, absorveu certos elementos das religiões anteriormente seguidas pelos seus adeptos convertidos. Manteve forte ênfase em operações miraculosas e crença na intervenção sobrenatural, por meio dos próprios membros da comunidade de fé, busca por revestimentos sobrenaturais, adoração e louvor com gestos extravagantes e incrível liberdade para gritar, pular e saltar nas reuniões da igreja, etc. Certamente, representa a manifestação mais latina do cristianismo, também chamado de Protestantismo Emocional.

 

Neste processo de sincretismo, um novo fenômeno tem ocorrido, e especialmente no seio evangélico. Se outrora havia a absorção de elementos de outras religiões, agora nota-se claramente uma retenção destes. O primeiro significava uma capitulação, uma rendição à força da cultura religiosa que o converso cultivara anteriormente; já a segunda refere-se a uma postura intencional visando angariar o maior número de fiéis atraindo-os por meio de códigos e símbolos já assimilados por estes em suas crenças precedentes.

 

O seguimento evangélico que hoje mais cresce no Brasil é chamado de neopentecostalismo, seguimento que, procurando adequar-se ao mundo globalizado e plural, até onde se pode perceber, tem decidido investir em uma gama de ingredientes encontrados nas esferas mais populares da espiritualidade latino-americana.

 

Amuletos, objetos sagrados, flores, água benzida (orada ou ungida, na terminologia neopentecostal), a concepção dualista do bem e do mal, e a elaboração de uma teologia superficial sem muitas implicações no âmbito social, mas que na dimensão individual funda-se na relação de troca com o divino. De forma que, contribuindo financeiramente com a Igreja, a bênção será concedida. Comparecendo sete sextas-feiras em determinada campanha, o sonho será realizado.

 

Tal direcionamento é tão notório que nem mesmo carece de exemplos. Uma olhada nos programas neopentecostais na mídia televisiva basta para se ter uma noção de como tem-se desenvolvido essa nova manifestação religiosa.

 

É curioso que os estudiosos ainda o considerem como sendo parte do cristianismo. Embora possam, de fato, ainda ser chamados de evangélicos, tem-se tornado incabível creditar a eles qualquer ligação essencial com o cristianismo verdadeiro, uma vez que as suas ênfases teológicas colidem em tudo aquilo defendido pelos reformadores.

 

As novas liturgias, em tons de encenações profundamente simbólicas e a mistificação de palavras, gestos e objetos, destoam por completo do caráter das igrejas que realmente pregam a verdade. Em outras palavras, a igreja primitiva posicionou-se radicalmente em relação a qualquer prática que supostamente oferecesse ao crente qualquer vantagem diante de Deus ou servisse de moeda de troca para fins de recebimento de bênçãos.

 

Com base na carta de Paulo aos Romanos, na qual o apóstolo declara que “o justo viverá pela fé”, seus sucessores defenderam que a salvação se dá por meio da fé, manifestada pela Graça de Deus, procedendo dela mesma todo e qualquer presente divino.

 

No que tange exclusivamente ao fenômeno religioso em questão e seu sincretismo, é importante ressaltar a visível rota de ruptura que o neopentecostalismo tem realizado em relação à sua raiz originária. Não fazendo juízo de valor bíblico neste ensaio, apenas sugiro atenção à direção tomada pelo neopentecostalismo. O surgimento de novas denominações desta linha, e sua formulação de uma estrutura teológica e organizacional completamente nova (e constantemente mutante), certamente pode suscitar aos menos informados uma ideia confusa, até mesmo viciada, do que seja o cristianismo; sem contar, que não havendo um refortalecimento do cristianismo verdadeiro, corre-se o risco de que todo ele capitule à força atrativa e poderosa das igrejas neopentecostais.

 

As consequências da igreja

 

envolver-se no sincretismo e ecumenismo

 

Precisamos pensar seriamente e medir as consequências, o custo de nos deixarmos ser envolvidos e engolidos por este estratagema de Satanás. O que acontece quando uma igreja adere ao movimento ecumenista e ao sincretismo?

 

  1. Somos colocados em IGUALDADE COM OS DEMAIS, fazendo parecer que TUDO É A MESMA COISA, quando não é e não deve ser. Somos colocados como “mais uma igreja crente, evangélica”. Colocados como “cristãos separados da una e verdadeira igreja mãe – Católica Apostólica Romana”. Não, não podemos deixar parecer isto, se sabemos que a Igreja de Cristo é a verdadeira Igreja de Jesus, identificada histórica e doutrinariamente com a igreja primitiva, sobre a qual as portas do inferno não prevalecem jamais, a qual prega o verdadeiro Evangelho da Graça e tem em Jesus o seu ÚNICO SENHOR!
  2. Perdemos a força evangelística, acomodando o nosso próprio povo à idéia de que toda essa gente que se diz cristã já é salva e nós não temos a necessidade ou tanta urgência de evangelizar (afinal, todo mundo é crente). Esta é a maior causa de nosso atual estado de acomodação. Satanás tem vencido esta batalha, enganando-nos e causando-nos este relaxamento. O crente verdadeiramente precisa ver que a grossa maioria dos que se dizem cristãos ao nosso redor, precisam ainda ouvir o verdadeiro evangelho do arrependimento e fé na graça de Deus em Jesus Cristo.
  3. Trazemos indiferença e confusão doutrinária para a Igreja, quando deveríamos promover a firmeza e zelo dela. Isto porque é em torno da fidelidade à doutrina (os ensinos) de Jesus Cristo que a igreja é fortalecida, não em encontros sociais e espetáculos em aglomerações. Uma Igreja que começa a se misturar com outras denominações acaba por não saber em que crer, e começa a confundir tudo o que diz a “multidão de vozes” com que Jesus ensinou. O ecumenismo traz confusão. É confusão de línguas diferentes… lembra muito bem o episódio da Torre de Babel. Não esqueça que BABEL (ou Babilônia) quer dizer confusão.

 

Fonte:

“Os Perigos do Ecumenismo”, Pr. Waldir Ferro, http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiast Fundament /Perigos DoEcumenismo-Ferro.htm

Texto adaptado e compilado pelo Pb. Washington dos Santos Gonçalves.

 

Fonte: CACP

 

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