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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

CONTESTAÇÃO AOS PAPAS EVANGÉLICOS

Reflexões de repúdio aos abusos, autoritarismos e desvios dos preceitos Bíblicos, cometidos por líderes evangélicos que se apossaram de cargos eclesiásticos, denominações ou convenção de igrejas.

ANTES PORÉM, HONRA AOS QUE PRESIDEM COM JUSTIÇA E EQUIDADE

“Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. [...] Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hebreus 13.7 e 17)

O PAPADO EVANGÉLICO
Aqueles que se tornaram como papas evangélicos têm o poder de escolher o que querem ou não para suas igrejas, pois se apossaram de um trono de poder e soberania dentro de suas denominações, enquanto almas perecem por falta de atenção, cuidado e zelo pastoral. Proíbem grupos de dança, mas aceitam políticos corruptos profanarem os locais de culto. Não aceitam bater palmas durante os cultos, nem adornos nas mulheres, mas toleram nepotismo, políticagem dentro dos templos e mau uso dos dízimos e ofertas. “Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.” (Mateus 23.24)

Mas graças a Deus que o Senhor Jesus não constituiu autoridades religiosas para um reinado terrenal. Ele comissionou servos para propagar o Reino Celestial. Não fundou um império religioso, para ter catedrais suntuosas e pompa eclesiástica. Ele ensinou o caminho da vida eterna por meio da porta da simplicidade: JESUS CRISTO.

A MISSÃO DA IGREJA E A POLITICAGEM PAPAL
A politica brasileira não precisa de pastores e nem do seu poderio papal, mas sim de muita oração e de intercessão da Igreja. Precisa também de cristãos comprometidos com o Reino de Deus, que realmente façam a diferença como luz em meio a tanta corrupção entre os políticos.

Não se deve entregar o rebanho do Senhor Jesus aos políticos, como tentam fazer alguns líderes evangélicos, "dando a César" o que é de Deus. Não podem também “dar a Deus” o que é de César, colocando políticos nos púlpitos, profanando os locais de culto.

A igreja do Senhor Jesus Cristo foi chamada para pregar o Evangelho a toda criatura, não para se embaraçar com negócios desta vida. Por outro lado, os servos de Deus devem ter compromisso com a cidadania, buscando a direção do Espírito Santo ao cumprir com as suas obrigações eleitorais.

Precisam fazer também o que nos ensinam as Escrituras: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (I Timóteo 2.1-4)

POLÍTICA FORA DOS TEMPLOS E PAZ NA IGREJA
Se fosse para a Igreja se envolver com política, o Senhor Jesus teria criado um partido de oposição ao Império Romano, que dominava a Nação de Israel naquele tempo, ou ainda, teria feito como os hipócritas da atualidade, que apoiam quem está no poder, qualquer que seja o partido ou a ideologia política.

Jesus cuidou exclusivamente do Reino de Deus, assim como deve fazer a sua Igreja. Tanto é que ao ser avisado de que Herodes queria mata-lO, Jesus assim respondeu aos mensageiros: “Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia sou consumado.” (Lucas 13.31-32). E atualmente, quais são os líderes que seguem esse exemplo de Jesus Cristo? Quem é que tem a coragem de apontar as raposas que estão no poder? 

A Igreja do Senhor Jesus Cristo não foi mesmo chamada para conduzir homens ao poder político, mas para levar o Poder de Deus aos homens. Se as portas do inferno não podem prevalecer contra a Igreja, porque temer as portas do poder legislativo? “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” (Atos 9.31)

LEI DE DEUS OU LEI DOS HOMENS
A Lei de Deus é a Bíblia Sagrada e visa transformar o interior do ser humano, para que exteriorize as melhores atitudes para com o próximo. A lei dos homens é o ordenamento jurídico vigente e impõe limites ao comportamento das pessoas. A legislação humana não tem eficácia para modificar o íntimo das pessoas, nem a conduta da sociedade por mais amplamente aceita é capaz de alterar a Lei de Deus.

Por isso, a Igreja foi chamada para divulgar e defender a Lei de Deus, não para lutar por homens que prometem criar leis a favor da Igreja. Não é possível banir o pecado por meio da lei humana, pois somente a Lei de Deus é que pode aniquilar a natureza pecaminosa.

Não podemos abrandar a Lei Divina para acomodar interesses materialistas e carnais das leis humanas. A Lei de Deus perde força na Igreja qando os interesses políticos e corporativistas prevalecem, mas recupera sua soberania quando é ensinada, proclamada e praticada acima de qualquer lei humana.

O PODER DO PAPADO EVANGÉLICO
Os papas evangélicos da atualidade podem até mandar riscar, de uma folhinha de papel, o nome daqueles que protestam contra os erros e desvios de finalidade por eles cometidos, no entanto jamais serão capazes de tirar o nome de alguém do LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO (Apocalipse 21.27).

O poder eclesiástico corrompe e permite até abusos, mas o Poder de Deus conduz à vida eterna. “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salva-las.” (Lucas 9.56)

NINGUÉM PODE SER PUNIDO SEM ANTES SER OUVIDO
É Bíblico: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;” (Mateus 18.15)

É ético: Demonstra o mínimo de respeito e consideração para com a dignidade do ser humano, por maior que seja o seu erro.

É direito fundamental da democracia: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” (artigo 5º, inciso LV, da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988).
Diante disso, não se compreende porque certos líderes ainda insistem em desrespeitar esses princípios, agindo com autoritarismo, prepotência e arrogância, e isso contra os seus próprios irmãos...

AUTORITARISMO PAPAL  
O autoritarismo de certos líderes religiosos não faz discípulos convertidos a Cristo, e sim cativos da religiosidade que usurpa o nome de Deus. Não produz fruto pacífico de justiça, antes gera reféns do temor humano.

Porque exigir obediência impondo o medo com ameaças espirituais é relativamente fácil. Difícil é conquistar a submissão do rebanho de Deus, pastoreando “não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho.” (I Pedro 5.2-3)

TRANSPARÊNCIA E MORALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Ninguém está acima dos princípios da Palavra de Deus, nem mesmo os papas evangélicos. Por essa razão:

Os líderes evangélicos devem zelar pela TRANSPARÊNCIA na administração financeira e patrimonial, para fugir de toda a aparência do mal. “Abstende-vos de toda a aparência do mal.” (I Tessalonicenses 5.22)

Devem cumprir as suas FINALIDADES BÍBLICAS E ESTATUTÁRIAS, a fim de servir exclusivamente ao Reino de Deus. “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” (II Timóteo 2.4).

Devem abominar toda forma de NEPOTISMO, dentro e fora das portas dos templos, zelando pela moralidade, ética e boa reputação diante de Deus e dos homens.  “E disse-lhes: vós sois os que vos justificais a vós mesmos dainte dos homens, ma Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16.15). 

FIDELIDADE DENOMINACIONAL

Seja fiel à sua denominação enquanto ela for fiel a Deus. Fuja da sua denominação quando ela fugir dos preceitos da Palavra de Deus. “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apocalipse 18.4)

 

Por Adiel Teófilo.

 

Fonte: http://adielteofilo.blogspot.com

 

 

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