Antes de tudo quero deixar bem claro que o título desse artigo é para chamar a sua atenção. E você verá que eu penso justamente o contrário.
Há uma música fazendo muito sucesso nas paradas eclesiásticas, na qual um trecho diz o seguinte: “És Deus de perto, e não de longe…”. Quando ouvi essa música pela primeira vez algo me deixou em desconforto. Fui buscar essa passagem na Bíblia e entendi o porque do meu desconforto. Em Jeremias 23.23 Deus faz a seguinte pergunta por boca do profeta: “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe?” (RA).
Conversei com os músicos da minha igreja sobre isso e decidimos em vez de execrar o tal cântico banindo-o para o “rol dos cânticos heréticos”, resolvemos torná-lo concordante com a Bíblia e deixamos ele assim: “És Deus de perto, e também de longe”. Louvo a Deus pelos músicos da minha igreja que além de humildes procuram ser bíblicos também. O mesmo não constatei num outro lugar.
Um dia desses participando de um congresso na cidade de Belo Horizonte, um grupo musical que “dirigiu o louvor” (ato este que prefiro chamar de momento musical para o louvor a Deus, para não reduzir o louvor a Deus somente a canções gemidas, exprimidas, etc) essa música foi cantada como originalmente foi composta. Num momento oportuno procurei aquele grupo e comentei com o líder do mesmo sobre a heresia dessa música. De pronto o que ouvi foi: “Pastor, você não compreendeu o que o poeta quis dizer. Ele quis dizer que Deus é um Deus que está sempre perto de nós”. Eu então respondi: “Então que dissesse somente isso na música. Mas, a partir do momento em que ele fez questão de completar a frase, fez de forma totalmente contrária ao que a Bíblia diz”. Então comentei com ele sobre a mudança que fiz na letra para poder cantar a música sem qualquer problema. Ele com um jeito de quem queria me ver longe dele, mostrando certa impaciência, mas, contendo-se em suas palavras me disse: “Mas, o senhor pediu licença para o poeta? Onde ficou a licença poética, pastor?”. Não acreditando no que eu ouvia retruquei: “Mas, o poeta pediu licença ao profeta para dizer justamente o contrário?”.
E assim, constato que o que importa para muitos é o embalo das canções, é a melodia chorosa e apelativa, o sair tocado nas emoções, mas, não ter suas emoções transformadas e tocadas pelo Espírito Santo. Dessa forma, não importa o que diz o profeta (mesmo falando com autoridade dada por Deus), pois, o que conta para esses tais é o que diz o poeta (endossado pelo fã clube desvairado).
Rev. Olivar Alves Pereira
Fonte: http://www.noutesia.com.br
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