A
constante exploração da mídia nos assuntos que se referem á escândalos
financeiros no meio evangélico tem gerado expressivos comentários por parte da
sociedade em geral principalmente das denominações eclesiásticas. De um lado,
uma parte dos meios de comunicação adere ao sensacionalismo barato, numa
tentativa de banalizar a esfera religiosa generalizando erroneamente o assunto
em destaque, causando na liderança cristã ojeriza e nojo por tal comportamento
antiético, desenfreado. Por outro lado, uma sociedade dividida entre o comum e
o assustador, entre o santo e o profano. É claro que nesse meio se encontra a
mídia séria, competente, propagadora da verdade, sincera em sua divulgação
“investigativa”.
Mas com tudo isso desejo vos
apresentar três boas razões para derrubar os alaridos que tentam ridicularizar
as referidas situações, revelando assim aos mais incautos e aos que desejam
esclarecimentos que, a problemática que ocorre no meio evangélico envolvendo
líderes cristãos e outros, nos assuntos das finanças dos fiéis se torna
possível pelo seguinte:
1º. Cristo contemplou isso no meio de seus
discípulos.
O próprio Jesus conviveu com um ladrão “falso convertido”. No relato de João
12.4-6 diz: “Mas um de seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, que
mais tarde iria traí-lo, objetivou: Por que este bálsamo perfumado não foi
vendido por trezentos denários e dado aos pobres? Ele não disse isso por se
importar com os pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de
dinheiro, frequentemente tirava o que nela era depositado” (Versão King James).
O texto é claro em mostrar que o problema ocorreu até no meio dos discípulos de
Cristo. Como não poderia também acontecer em nossos dias? Mas o que tal
discípulo cometeu não fez dos demais, como se diz no popular “farinha do mesmo
saco”. Significa que não é a igreja evangélica ou católica que é má por causa
da conduta de seus membros, mas sim alguns que nela estão seguindo por outros
caminhos. Temos outros exemplos descritos nos registros da Antiga Aliança
(Antigo Testamento), como a história de Acã – Josué 7, dos Sacerdotes ladrões–
Livro de Malaquias, etc.
2º. O Homem possui uma natureza pecaminosa
independente de sua religiosidade. Essa é a segunda razão para que atos
como esses no meio cristão são possíveis. O homem deve servir a Deus de todo o
seu coração, mas jamais devemos nos esquecer que temos a natureza inclinada
para o pecado. É claro que cabe aqui uma verdade da exposição teológica. Existe
uma grande diferença entre o ímpio pecador e o cristão pecador. O ímpio peca
por ser escravo do pecado, o cristão fiel peca por ter a natureza pecaminosa,
mesmo sendo liberto do pecado pelo sangue de Jesus, o sacrifício da cruz. Foi
por isso que Jesus advertiu em Mateus 26.41: “Vigiai e orai, para não cairdes
em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca”
(KJV). Como dizia filósofo Platão (427-347 a.C) que “o homem se encontra num
estado de akrasia”, ou seja, o agente acrático, que tem a fraqueza da vontade,
ou a vontade quebrada por uma paixão. Alguém que é fraco em suas determinações.
3º. Colhemos apenas o que plantamos. “Não erreis:
Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também
ceifará” Gálatas 6.7. Escândalos financeiros e demais tipos de desvios como da
moralidade podem acontecer em qualquer ambiente, em qualquer esfera, mas
quando as coisas são noticiadas com certeza Deus está cobrando de alguém
justamente o que aquela pessoa plantou. A Bíblia diz que “nada há encoberto que
não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser
descoberto” Marcos 4.22. Muitas pessoas acusadas de tais delitos serão
inocentadas e outras deverão sim pagar o que fizeram. É por isso que o sábio
registrou: “Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra das suas mãos o
homem receberá a recompensa” Provérbios 12.14.
Que
Deus fortaleça a cada cristão fiel aos princípios da Palavra de Deus. E que o
Eterno continue fazendo justiça aqui na terra finalizando com o decreto do
além.
Fonte: www.napec.org
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