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segunda-feira, 16 de abril de 2018

Elysium e a doutrina do ‘Tomo Posse’ na Igreja

Socialistas sempre foram assim: só pensam em distribuir o que existe, nunca em criar riqueza de fato. O resultado acaba sendo apenas miséria para todos, à exceção da cúpula do poder que age em nome do povo oprimido [1]. Esse comentário foi feito por Rodrigo Constantino a respeito do filme Elysium, onde mostra a Terra no ano de 2159, numa total miséria, enquanto os ricos, que vivem fora da Terra, tem acesso a todo tipo de riqueza e tratamento contra as doenças. No entanto, os que estão na Terra, na miséria se revoltam e vão tomar o controle do sistema e tornar as riquezas disponíveis para todos.

Isso me lembra o que tem ocorrido em muitas igrejas neopentecostais por aí. Muitas dessas igrejas ensinam que a riqueza do ímpio pertence ao “povo de Deus”, no caso eles; e que a igreja precisa tomar posse desse tesouro que se encontra em mãos alheias. Quem ensina essa prática de “tomar posse” utiliza textos do Antigo Testamento, principalmente os que narram a tomada da terra de Canaã pelos Hebreus. Esses líderes dizem que da mesma forma como o Senhor deu a terra de Canaã para os judeus, a igreja precisa ter essa mesma visão e tomar posse das riquezas que se encontram nas mãos dos ímpios. Realmente é um belo discurso, só que fora de contexto. E texto fora de contexto é pretexto para heresia. E haja heresia nisso!

Eu conheço uma pessoa que foi doutrinada dessa forma na igreja que frequentava. Esse indivíduo toda vez que via alguém com alguma coisa nova logo dizia para a outra pessoa: “Eu tomo posse!” Muitas vezes essa palavra foi dirigida a mim, e eu confesso que essas palavras me irritavam profundamente. Tanto que uma vez eu lhe disse: “Porque você não toma posse do que é seu?”

Observando a vida dessa pessoa, eu via que ela realmente tinha muita coisa que “tomava posse”; ela tinha máquina de lavar usada, televisão usada, geladeira usada, muitos brinquedos dos filhos usados… Ela nunca teve o prazer de entrar em uma loja e comprar algo novo. Algo que não havia pertencido a alguém – não que eu tenha alguma coisa contra ter coisas usadas – não é isso. Mas essa pessoa vivia de migalhas, de coisas que ela havia “tomado posse”. E pior, de coisas velhas e muitas vezes quebradas. Que coisa triste! A meu ver, essa pessoa vivia de esmola e não se dava conta disso.

Essa história que estou contando tem sido uma triste realidade em muitas igrejas por aí. Pessoas que têm sido doutrinadas a ter e não a ser. A tomar posse, e não lutar para conseguir o precisam através do trabalho e, principalmente, na direção de Deus. Muitos têm sido ensinados que as bênçãos do Senhor sobre a vida de uma pessoa, são medidas pelo o que a ela possui e não pelo que ela é, ou seja, uma pessoa consagrada a Deus, tendo uma vida santa e irrepreensível.

E o que tem gerado nessas pessoas que recebem essa doutrina do “tomar posse”? Elas ficam cada vez mais gananciosas. Querem mais e mais. Ocorre com essas pessoas aquela velha frase que diz: “Tem gente que é muito engraçada, gastam um dinheiro que não tem, para comprar o que não precisa para impressionar quem não gostam”.

Tais pessoas não conhecem o verdadeiro sentido do ter e ser. Essas pessoas desconhecem o Senhor que nos garante que de tudo que tivermos necessidade Ele nos supriria. Veja o que Jesus nos falou em Mateus 6.31-33:

“Portanto, não se preocupem, dizendo: Que vamos comer?  ou que vamos beber? ou ‘que vamos vestir? Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”.

Isso sim é a verdadeira riqueza e a verdadeira posse que o Senhor tem para nós.

Mais uma vez citando Rodrigo Constantino quando disse a respeito do Socialismo: “O resultado acaba sendo apenas miséria para todos, à exceção da cúpula do poder que age em nome do povo oprimido”. Quem ensina essa doutrina está cada vez mais rico – líderes gananciosos. Enquanto os seus seguidores estão na total miséria, principalmente espiritual.

Pense nisso!

Nota

Fonte: www.napec.org

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