O presente estudo tem como objetivo mostrar como a
Bíblia reprova as crenças e práticas da Igreja Evangélica Voz da Verdade, que
patrocina o conjunto musical “Voz da Verdade”, que goza de renomado prestígio
no meio evangélico.
A Igreja Evangélica Voz da Verdade ensina a
doutrina sabeliana, que diz que Jesus apareceu no Antigo Testamento como DEUS
Pai, veio à terra como Filho, e hoje aparece como o Espírito Santo. O batismo
nessa igreja é feito em nome de Jesus, e não conforme Mateus 28.19. Ensinam
também que sem batismo não há salvação e rebatizam os crentes tranitaristas.
Vamos analisar à luz da Bíblia os quatro principais
erros doutrinários dessa denominação, de acordo com o documento “Instruções
Iniciais Pró-Batismo”, editado por eles no formato de perguntas e
respostas, um tipo de catecismo:
OS QUATRO ERROS DOUTRINÁRIOS DA IEVV
1. A natureza de Deus;
2. A natureza de Cristo;
3. A fórmula Batismal e
4. O significado do Batismo.
1. A NATUREZA DE DEUS
Diz a IEVV: “Quando a Bíblia se refere a Deus, está
falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as coisas…
Jesus tanto é o Pai, como é o Filho…, antes da manifestação de Jesus como
homem, não havia Filho de Deus (somente os anjos eram tidos como Filho de
Deus)…, Jesus pode ser Pai e também o Filho. É muito lógico que sim, pois Ele é
Deus…”.
Falando sobre a Trindade, afirmam: “Teoria
religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão
de Satanás, que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade” (o
grifo é nosso).
Refutação Bíblica: Posição ortodoxa da Trindade
“Cremos em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e
o Espírito Santo”. Existem dois tipos de textos que apoiam a doutrina da
Trindade:
1. Textos que apontam as três pessoas juntas: Mateus 3.16-17, 28.19;
1Coríntios 12.4-6; 2Coríntios 13.13; Efésios 4.4-6;
2. Textos que apontam que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é
Deus:
- O Pai é Deus – 2Pedro 1.17;
- O Filho é Deus – João 1.1; 1João 5.20;
- O Espírito é Deus – Atos 5.3-4.
A Trindade não significa três pessoas em uma só pessoa
– Jesus -, mas um só Deus em três pessoas. Somos, portanto monoteístas.
Monoteístas são aqueles que creem na existência de um só Deus: Deuteronômio
4.35; 32.39; Isaías 43.10-11; 44.8.
A Palavra Hebraica Elohim
A pluralidade de pessoas é vista no uso do nome
Elohim, palavra hebraica traduzida cerca de 2.500 vezes como ‘DEUS’. A palavra
Elohim é uma palavra plural empregada para Deus, e constitui uma prova da
pluralidade de pessoas. Que outra maneira haveria para explicar-se o emprego
dessa palavra, senão para indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?
Elohim tem seu correspondente singular Eloah. O uso de Elohim, como uma
referência à Trindade de pessoas, se torna mais acentuado pelo fato de que a
palavra se usa algumas vezes em concordância com pronomes e verbos no plural,
enfatizando a forma plural da palavra.
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme à nossa semelhança” (Gênesis 1.26). O uso do verbo “façamos” e do
pronome “nossa” é revelador. Como pode Deus referir-se a si mesmo usando o
verbo “façamos” e o pronome “nossa”, se fosse uma só pessoa? “Então disse o
Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós” (Gênesis 3.22). Um de “nós”,
plural, indicando pluralidade de pessoas.
“Eia, desçamos, e confundamos ali a sua língua”
(Gênesis 11.7). Os verbos estão na primeira pessoa do plural “desçamos” e
“confundamos”.
“A quem enviarei, e quem há de ir por nós” (Isaías
6.8). Quem há de ir por mim ou por nós? É Deus “Eu” ou “Nós”!
O Salmo 45.6-7 apresenta uma pluralidade de
pessoas, ou seja, o Pai declara a seu Filho: “O teu trono, ó Deus, é eterno e
perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade”. Que estas palavras são
dirigidas pelo Pai ao Filho, fica estabelecido por Hebreus 1.8-12. A
apresentação que a Bíblia nos faz do diálogo entre as pessoas divinas,
constitui outra evidência de que a pluralidade de pessoas na única essência de
Deus é um fato.
Uma das passagens mais importantes da Trindade, no
Antigo Testamento, está no capítulo 7 de Daniel: “Eu continuei olhando, até que
foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era
branco como a neve…, um rio de fogo manava e saía de diante dele: milhares o
serviam…; Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas
nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o
fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que
todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno,
que não passará, e o seu reino o único que não será destruído” (Daniel 7
versículos 9,10,13,14).
O Filho do Homem que se menciona, é o Senhor Jesus
Cristo. Que não se trata de um mero homem é evidenciado pelo fato de que se lhe
atribui eternidade (versículo 14). Ainda se declara que o Filho do Homem veio
até o Ancião de Dias e o fez chegar até ele. Essa expressão é claríssima para
estabelecer uma diferença entre ambos os personagens, pois que um está sentado
no trono e o outro se aproxima dele.
A Pluralidade de Pessoas no Novo Testamento
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis
que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e
vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em
quem me comprazo” (Mateus 3.16-17).
Temos o Filho sendo batizado por João; em seguida o
Espírito Santo descendo como uma pomba sobre Jesus; e, finalmente, o Pai que,
desde os céus, dá o testemunho do Filho. O fato de que três pessoas aparecerem
simultaneamente é uma demonstração concludente de que se trata de pessoas
distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. “E, estando ele ainda a falar, eis que
uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu
amado Filho, em quem me comprazo, escutai-o” (Mateus 17.5). Uma vez mais, as
pessoas da Trindade aparecem simultânea e distintamente: de um lado, o Filho
que está com os discípulos; e de outro, o Pai, que desde o céu dá testemunho do
seu Filho.
Existem duas passagens no Evangelho de João onde
Jesus declara que ele e o Pai servem como testemunhas que autenticam o seu
ministério: “Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é
verdadeiro” (João 5.31-32). Sua declaração de que “há outro (aliás) que dá
testemunho de mim”, prova que Jesus não é o Pai. A palavra “outro” (allos) se
usa aqui para dar a entender que é alguém diferente do sujeito que fala.
Em João 8.16-18 Jesus apresenta o mesmo argumento e
o torna mais claro, citando um princípio do Antigo Testamento que duas
testemunhas e não só uma, se requer para que um juízo seja considerado válido
(Deuteronômio 17.6; 19.15). Poderia alguém num tribunal dizer: “Eu sou duas
testemunhas. Meu corpo é uma testemunha e minha alma é outra testemunha?” A
IEVV confunde natureza com personalidade. Natureza é a essência ou a condição
própria de um ser; personalidade é a individualidade consciente. Pai, Filho e
Espírito são personalidades distintas. Não que Pai seja a natureza divina de
Jesus e o Filho a natureza humana de Jesus. Essa distinção de pessoas se vê em
Atos 7.56: “E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está
em pé à mão direita de Deus”.
Novamente, a Bíblia apresenta de maneira simultânea
as três pessoas divinas claramente diferenciadas e atuando em conjunto:
Primeiro, aparece Estêvão cheio do Espírito Santo; logo em seguida, aparece o
Pai em sua glória celestial; e finalmente, o Filho à destra do Pai.
2. A NATUREZA DE CRISTO
O erro da IEVV é afirmar: “Jesus tanto é o Pai,
como é o Filho… “Antes da manifestação de Jesus como homem, não havia Filho de
Deus (somente anjos eram tidos como filhos de Deus)… “Manifestou-se como Filho,
pelo fato de haver tomado forma humana e nascido como homem” (grifos nossos).
Refutação Bíblica:
A palavra de Deus nos ensina que Jesus existia
antes de sua encarnação, ou melhor dizendo, Jesus sempre existiu co-eternamente
com Deus, o Pai (João 1.1-3; 8.56-58; Hebreus 1.8-10; 7.1-3).
Em João 17.5,24, principalmente, os textos são tão
claros que não conseguimos imaginar como a IEVV pode negar essa evidência
bíblica de duas pessoas:
“E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo,
com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17.5
– o grifo é nosso).
“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu
estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me
deste; porque tu me hás amado antes da criação do mundo” (João 7.24 – o grifo é
nosso).
Jesus sempre foi, é e será Deus. Em um momento da
história humana, Deus o Filho se manifestou em carne ao nascer de uma mulher
(João 1.14). A mensagem central do Novo Testamento é que Deus, o Pai, enviou
Seu Filho unigênito para morrer por nossos pecados a fim de que obtivéssemos a
vida eterna (João 3.16-18; 1João 4.9-10), mas se Filho indica apenas a natureza
humana de Jesus, logo, antes da encarnação, o Filho não existia, passou a
existir quando Jesus nasceu, então ninguém foi enviado do céu.
Em João 17.5, como vimos, Jesus orava a Seu Pai.
Considerando que o Pai é só uma natureza divina, orava Jesus à sua natureza
divina dentro do mesmo corpo (natureza humana)? Como podia a humanidade de
Jesus falar à Sua divindade de “aquela glória que tinha contigo antes que o
mundo existisse?“ Sabendo a IEVV que “Filho” é uma indicação de
personalidade e não natureza humana, faz um grande esforço para minimizar o
sentido que sugere a palavra Filho, para afirmar que Filho é somente o nome do
corpo humano de Jesus.
Da leitura de Hebreus 1.8-10 fica claro que foi o
Filho que no principio fundou a terra, e com suas mãos, fez os céus. Não é
possível que se diga que aquele que se chama Filho só se fez filho quando tomou
a forma humana, embora Jesus não tivesse um corpo de carne quando fez os céus,
e a terra:
“Mas, do filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste
pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amaste
a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo
de alegria, mais do que a teus companheiros. E Tu, Senhor, no princípio
fundaste a terra, e os céus são obras das tuas mãos”.
Jesus era desde a eternidade Filho de Deus.
“E ele é antes de todas as coisas, e todas as
coisas subsistem por ele” (Colossenses 1.17).
Só essa passagem, que fala do Filho “antes de todas
as coisas e que todas as coisas subsistem por meio dele”, seria suficiente para
derrubar os argumentos acerca dos quais se procura provar que o Filho não
existia antes de tomar forma humana. Lendo ainda Apocalipse 13.8 se vê acerca
daqueles “cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo” (o grifo é nosso).
Algumas provas bíblicas de que Jesus não é o Pai:
- Em todo o tempo que Jesus esteve na terra, o
Pai esteve no céu – Mateus 5.16,48;
- Jesus disse que confessaria os homens que O
confessassem, perante seu Pai – Mateus 10.32-33;
- Cristo está hoje à destra do Pai – Atos
7.54-56;
- Deus é Pai de Jesus e não Jesus é Pai de si
mesmo – Efésios 1.3,17;
- Jesus entregou o seu espírito a seu Pai e não a
si próprio – Lucas 23.46;
í) Jesus se fez carne e sangue (Lucas 24.39; João
19.34) enquanto o Pai é Espírito – João 4.24;
- Simeão reconheceu que o Menino Jesus que tomou
nos braços não era o único membro da Trindade – Lucas 2.26-33;
- João Batista conhecia o Pai, mas não conhecia
o Filho – João 1.31-34;
- i) Jesus veio para fazer a vontade do Pai e
não a sua própria (João 5.30; 6.38). Isto implica duas distintas
personalidades;
- Jesus conhecia o Pai, mas não era o Pai – João
10.15;
- Jesus era amado pelo Pai como Pessoa distinta
que era – João 10.17-18;
- Jesus era o único caminho para o Pai – João
14.6;
- A expressão “tanto a mim, como a meu Pai”
prova que eram duas Pessoas – (João 15.24);
- Hebreus 1.1-2 afirma que o Filho é herdeiro de Deus. Logicamente isso requer a existência de duas Pessoas: uma, o testador e outra o herdeiro. As duas posições não podem ser ocupadas por uma única Pessoa.
Algumas provas bíblicas que o Espírito Santo não é Jesus:
- O Espírito Santo é um “outro” Consolador,
procedente do Pai e do Filho – João 5.32; 14.16-17,26; 15.26; 16.7,13.
- Era necessário que Jesus fosse, a fim de que o
Espírito Santo viesse – João 16.5-15;
- O Filho já fora dado antes que o Espírito
Santo fosse dado – João 3.16; Atos 2.1-4;
- O Filho pode ser blasfemado e o pecador culpado
disso encontra perdão. Mas, se o Espírito Santo for blasfemado, essa
pessoa não encontrará perdão. Isto prova haver duas Pessoas – Mateus
12.31-32; Marcos 3.29-30 e Lucas 12.10;
- Os samaritanos haviam recebido Jesus, mas
ainda não o Espírito Santo – Atos 8.5-25;
- O Espírito Santo não veio falar de si mesmo,
ou glorificar a si mesmo, mas sim para glorificar a Jesus – (João
16.7-15);
- A descida do Espírito Santo no dia de
Pentecoste foi a prova que Jesus havia chegado ao céu, onde assentou-se à
destra de Deus Pai. É mais uma prova da Trindade – João 7.39; Atos
2.33-34;
- Jesus afirmou, mesmo depois da ressurreição,
que Ele não era um ser “espírito”. Portanto, ele não podia ser nem o Pai e
nem o Espírito Santo, pois eles são seres espirituais – Lucas 24.39; João 4.24;
14.16-17,26; 15.26; 16.7,15;
- Uma distinção muito clara é feita entre os
nomes de todas as Três Pessoas da Trindade – Mateus 28.19; 2Coríntios
13.13.
3. A FÓRMULA BATISMAL
A IEVV ensina que o batismo com água deve ser
ministrado EM NOME DE JESUS, e qualquer que tenha sido batizado na fórmula
trinitária de Mateus 28.19 deve ser rebatizado, pois tal batismo não tem valor
nenhum. Dizem eles:
“INSTRUÇÃO INICIAL PRÓ-BATISMO
(O Batismo é Uma Aliança Entre Deus e o Homem)
6. Aos que são batizados nas igrejas cujo batismo é na tradição dos
títulos, esses batismos são considerados válidos?
São considerados com valor religioso, mas não tem
valor bíblico algum (Efésios 4.5), pois é um tipo de batismo forjado pelo
homem, muito embora há os que são batizados em outros tantos tipos de
batismos, bem como na própria Bíblia temos exemplos de outros batismos que
não tinham valor bíblico; os que haviam sido batizados por João Batista,
foram depois batizados pelos apóstolos no batismo correto — EM NOME DE JESUS,
Atos 19.3-5 (Ler caps. 18.24-28 e 19.1-5.).
7. Porque o batismo tradicional religioso não tem valor bíblico? Porque o
tal batismo não invoca o nome de Jesus e se o nome de Jesus é omitido, não é
para perdão e remissão de pecados (Lucas 24.47, Colossenses 3.17).
Exemplo: Apolo não conhecia o batismo em nome de
Jesus (Atos 18.25), e recebeu dos discípulos melhores instruções, e quando
Paulo chegou, quis saber se alguns dos que ali estavam encontravam-se nas
mesmas condições que Apolo, os quais foram todos informados sobre o batismo
no Espírito Santo e no batismo bíblico — EM NOME DE JESUS (Atos 19:1-5)”.
|
Resumindo, a IEVV define que o batismo deve ser
ministrado em NOME DE JESUS, e não em NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO
SANTO, conforme Mateus 28.19.
Refutação Bíblica:
Não há conflito entre Atos 2.38 e o mandamento de
Jesus em Mateus 28.19. Em Mateus 28.19 temos a fórmula batismal que deviam
empregar em todas as nações, no cumprimento de Marcos 16.15. Uma fórmula é um
modelo que contém as palavras em que uma coisa dever ser feita. A fórmula deve
ser um modelo invariável que contém as palavras certas para serem pronunciadas
no ato do batismo. Os unicistas se encontram em embaraço para determinar qual
das passagens deve ser usada no ato do batismo. Existem três expressões
diferentes para o batismo em nome de Jesus:
Atos 2.38
|
“…em nome de Jesus Cristo…”
|
Atos 8.16
|
“…em nome do Senhor Jesus” – omitindo a palavra Cristo de Atos 2.38.
|
Atos 10.48
|
“… em nome do Senhor…” – omitindo Jesus Cristo (ARC).
|
Qualquer pessoa que realize um batismo e selecione
uma das expressões, estará sempre em oposição às outras. Isto não ocorre com
Mateus 28.19, que sempre é invariável. O testemunho da Igreja Primitiva sobre o
batismo trinitário se encontra:
No livro muito antigo “Os Ensinos dos Doze Apóstolos”:
“Agora, concernente ao batismo, batizai desta
maneira: depois de ensinar todas as coisas, batizai em nome do Pai, e do Filho
e do Espírito Santo”. Noutra parte do mesmo livro diz que “O bispo ou
presbítero deve batizar desta maneira, conforme o que ordenou o Senhor,
dizendo: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Justino o Mártir – A.D. 165:
“São levados a um lugar onde haja água, e recebem
de nós o batismo com água, em nome do Pai, Senhor de todo o universo, e de
nosso Salvador Jesus Cristo, e do Espírito Santo”.
Cipriano – A.D. 200, falando sobre Atos 2.38:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Espírito Santo”, disse: Pedro menciona aqui o nome de Jesus Cristo, não para o
do Pai, mas para que o Filho não deixe de ser unido com o Pai. Finalmente,
depois da ressurreição, os apóstolos são enviados pelo Senhor às nações, a fim
de batizarem os gentios em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
4. O SIGNIFICADO DO BATISMO
Dizem os mestres da Igreja Voz da Verdade (IEVV):
“7. Porque o
batismo tradicional religioso não tem valor bíblico? Porque o tal batismo não
invoca o nome de Jesus, e se o nome de Jesus é omitido, não é para perdão e
remissão de pecados” (o grifo é nosso).
Como se lê, o batismo por eles ministrado é para
perdão e remissão de pecados, porque é ministrado em nome de Jesus.
Refutação Bíblica:
Quando Jesus deu o brado na cruz “Está consumado”
(João 19.30), dava por encerrada a obra da redenção do homem. Na verdade,
segundo o ensino da IEVV, a salvação do homem não estava consumada, pois
deveria ser acrescentado o batismo para completar a obra da redenção ou da
remissão de pecados. O batismo a que se submete Jesus era para cumprimento da
justiça (Mateus 3.15) e a salvação é pela misericórdia de Deus (Tito 3.5).
Se o batismo fosse necessário à salvação, é curioso
que Jesus mesmo nunca tivesse batizado, e Paulo agradecia a Deus por haver
batizado poucas pessoas entre os coríntios (1Coríntios 1.14-16). As palavras de
Paulo em 1Coríntios 1.17 “Por que Cristo enviou-me, não para batizar, mas para
evangelizar” não teriam efeito, dado que nas águas batismais é que se encontra
o perdão de pecados!
Passagens bíblicas que reprovam esse ensino da
Igreja Evangélica Voz da Verdade:
3. a) “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
Paraíso” (Lucas 23.43).
O ladrão arrependido não foi batizado nas águas.
Não teve perdão e remissão de pecados?
1. b) “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre
todos os que ouviram a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos
quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo
se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviram falar línguas, e
magnificar a Deus. Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a
água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o
Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então
rogaram-lhe que ficassem com eles por alguns dias” (Atos 10.44-48).
Apesar de não batizados nas águas, receberam o
Espírito Santo no mesmo momento da conversão. Este fato vem comprovar que o
perdão de pecados e a salvação se recebem não por meio de águas batismais, mas
sim por aceitar por fé a palavra de Deus.
Fonte:
CACP Pr. Rinaldi
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