INTRODUÇÃO
A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse
grupo religioso ficou conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de
mesmo nome. O Pastor e vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus
shows, um CD cujo título é O Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor
faz apologia das doutrinas unicistas, que sustenta haver uma única pessoa que
se manifestou ora como Pai, ora como o Filho e como Espírito Santo cujo nome
seria Jesus. Prega ainda o batismo somente em nome de Jesus.
I – História da Igreja Voz da Verdade
Dados do site oficial diz que esta igreja foi
fundada oficialmente em 1978 em Santo André – São Paulo – por Fued Moysés. Ele
se converteu no cinema, durante uma sessão do filme Quo Vadis. Fued
conta que Jesus lhe tocou a face, saindo da tela de projeção em carne e osso,
e, naquele momento, ter-lhe-ia dado a incumbência de pregar o Evangelho, mas
infelizmente o pastor de origem árabe, recebeu a influência de missionários
unicistas americanos, que fundaram a Igreja Pentecostal Unida no Brasil. Conta
o pastor Carlos Moysés, que quando seu pai começou a pregar a doutrina
unicista, perdeu metade dos membros da igreja.
Os jovens gostam ou gostavam muito desse conjunto,
por causa de seu estilo, que se ajusta ou ajustava bem ao espírito juvenil.
Há três grupos religiosos que com muita facilidade
ainda têm acesso a púlpitos de muitas igrejas genuinamente evangélicas e
conseguem se camuflar no meio do povo de Deus. Eles não são ortodoxos, ou seja,
são contra o Cristianismo histórico, revelado na Bíblia e, por isso,
representam uma ameaça à unidade e a doutrina da Igreja. São eles: a Igreja
Local de Witness Lee, a Igreja Voz da Verdade e a Igreja Adventista.
1 – onde está o problema?
Antes de tudo é preciso escoimar a acusação por
vezes perpetuada de que nós estamos perseguindo o tal conjunto e sua igreja.
Longe disso, tão somente queremos alertar aqueles que buscam com sinceridade a
verdade do evangelho a discernir melhor entre heresia e ortodoxia. Mas há quem
afirme que se trata de uma questão meramente secundária, isso de ambas as
partes. Outros entendem que o problema não é grave, dizendo que o Espírito
Santo não está preocupado com sistemas teológicos como trinitarismo, nem com o
unicismo. Respeitamos tais opiniões, todavia afirmar tal coisa é o mesmo que
dizer que o Espírito Santo não está preocupado com a verdade, sendo que ambas
as correntes: trinitarismo e unicismo se excluem mutuamente. Por isso,
apresentaremos a raiz do problema, para que cada cristão possa discernir e
compreender a questão. Antes, porém, convém analisar as raízes históricas da
teologia unicista.
II –Antecedentes histórico
1 – Desenvolvimento Histórico da Heresia
No segundo século da era cristã, a Igreja saiu
ilesa contra o gnosticismo (doutrina que negava o Jesus homem). Diziam que Ele
teve um corpo docético – fantasma – e por isso não sofreu.
Perguntas que surgiram:
Se Jesus é Deus absoluto como fica o monoteísmo
judaico—cristão?
Se o Logos é subordinado ao Pai, isso não
compromete a divindade de Jesus?
Para tentar responder a estas questões surgiram
algumas tendências heréticas, tais como:
Monarquianismo – expressão
derivada da exclamação: “Monarchiam tenemus. “conservamos a monarquia” (
Tertuliano, Adv. Praxeam 3). Apresentava duas correntes: os dinâmicos e os
modais.
Dinâmicos – diziam
que Deus deu força e poder (dynamis ) a Jesus, adotando-o como Filho. Negando
assim a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade – era o prenúncio do
arianismo, que negava a eternidade de Jesus.
Modais – ensinavam que as três Pessoas da divindade se manifestavam por vários
modos, daí o nome modalista.
Desenvolveram a ideia de que o Pai
nasceu e o Pai sofreu, sendo eles jocosamente classificados por Cipriano de
patripassionistas..
2 – história do unicismo moderno (o retorno da
velha heresia sabeliana)
Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das
igrejas Assembléias de Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos
arredores de Los Angeles, na Califórnia, numa cerimônia de batismo. O preletor,
R. E. McAlister, disse que os apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus e não
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e quando as pessoas ouviram isso
ficaram atônitas. McAlister foi notificado que seu ensino possuía elementos
heréticos. Ele tentou esclarecer sua prédica, mas ela já havia produzido
efeito. Um de seus ouvintes era John Sheppe que após aquela mensagem, passou
uma noite em oração, refletindo a mensagem de McAlister e concluiu que Deus
havia revelado o batismo verdadeiro que seria somente em nome de Jesus. Também
Franck J. Ewart, australiano, adotou essa doutrina e em 15 de abril de 1914
levantou uma tenda em Belvedere, ainda nos arredores de Los Angeles, e passou a
pregar sobre a fórmula batismal de Atos 2.38. Comparando com Mt 28.19, chegou à
conclusão de que o nome de Deus seria então somente o nome Jesus.
É verdade que o batismo somente no nome de Jesus
era praticado por pastores pentecostais como Howard Goss e Andrew Urshan, mas
foi somente com Franck J. Ewart que o batismo em nome de Jesus desenvolveu teor
teológico próprio. Assim, em 15 de abril de 1914, Franck J. Ewart e Glenn Cook
se batizaram mutuamente com a nova fórmula. Esse movimento começou então a
crescer em cima dessa polêmica e ficou conhecido por vários nomes como: Nova
Questão, movimento Somente Jesus, o Nome de Jesus, Apostólico, ou
Pentecostalismo Unicista.
A essência da doutrina unicista é a centralização
no nome de Jesus. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de
Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e Espírito Santo são apenas nomes
singulares de Jesus. Assim, o que parecia ser apenas uma polêmica referente à
fórmula batismal resultou na negação da doutrina da Trindade. Os unicistas não
aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à idéia
de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de Deus ou de
Jesus. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não crer que Jesus seja Deus,
mas ironicamente pelo fato de crer que Deus é só Jesus.
3 – Principais grupos unicistas modernos
-Igreja Evangélica Voz da Verdade (IEVV);
-Igreja Só Jesus;
-Igreja Local (Witness Lee)
-Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes;
-Tabernáculo da Fé.
-A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
-Ministério Internacional Creciendo en Gracia
-Igreja Cristo Vive (do apostolo Miguel Ângelo)
-Pentecostal Novo Nascimento em Cristo e outras…
4 – Os Quatro Erros
São basicamente quatro os erros principais que polemiza a teologia da igreja ivv, são eles:
1
– A natureza de Deus (A Doutrina da Trindade);
2 – A natureza de Cristo;
3 – A fórmula batismal e;
4 – O significado do batismo.
iii – a natureza de deus (a doutrina da trindade)
1 – o que o ministério voz da verdade prega e crê
(ivv)
O Ministério Voz da Verdade crê que existe UM SÓ
DEUS,e não TRÊS DEUSES. Um só Deus ,se manifestando de várias formas: como
PAI,criador do mundo,como FILHO,veio resgatar o homem do pecado e como ESPÍRITO
SANTO está atuando hoje em nossas vidas.(site oficial)
2- Análise das Crenças Unicistas da Igreja Voz da
Verdade
Para nós, trinitaristas, Jesus é uma pessoa muito
amada a quem tributamos honra, glória e louvor (Ap 5.11-13). Nestes versículos
bíblicos, Jesus, o Cordeiro, recebe com Deus, o Pai, adoração de todos os anjos
do céu.
Demais disso, não cremos tampouco em três deuses,
isto se chama triteísmo. Este falso conceito de Deus divide a substância
divina conseqüentemente em três Seres separados. Por outro lado, a crença
ortodoxa na Trindade nunca admite isso, pois as escrituras falam de um só Deus
e não três.
Inquestionavelmente, aceitamos que Jesus é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, com apoio de Cl 2.9, que diz: Porque
nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Duas naturezas – a
divina …e o Verbo era Deus (Jo 1.1); e a humana …e o Verbo se fez
carne (Jo 1.14) em uma só pessoa.
Paralelamente, afirmamos com 1 João 5.20, que Jesus
é o verdadeiro Deus: E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu
entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro
estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a
vida eterna (destaque nosso). Mas a IVV não crê assim, como lemos na
sua declaração de fé citada: colocam o Pai e o Filho como personificações e não
como personalidades distintas na Trindade.
3 – a bíblia – um livro cristocêntrico
Que a Bíblia fala de uma pessoa central e que a
Bíblia é um livro cristocêntrico, não há dúvidas. Que há um só Deus e que o
primeiro mandamento proíbe a existência de outros deuses, nenhum cristão
genuíno nega Não terás outros deuses diante de mim (Dt 5.7).
No entanto, Deus é uma palavra polissêmica que se
emprega para o Pai (Ef 1.3), para o Filho (1 Jo 5.20) e para o Espírito Santo
(At 5.3-4). Tanto é que Deus em Gn 1.1 se aplica à Trindade, pluralidade em
unidade. No princípio criou Deus (Elohim) o céu e a terra. A
palavra Elohim aparece cerca de 2.500 vezes nas Escrituras hebraicas. Isso
é repetido em Gn 1.26 quando o verbo façamos e o pronome nossa aparecem
no plural indicando uma pluralidade na unidade.
Pluralidade de pessoas e
unidade de natureza.
Que outra maneira haveria de explicar-se o emprego
dessa palavra senão para indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?
Acresce de importância quando se sabe que existe
uma palavra Eloah para referir-se a Deus de modo singular. O uso de Elohim,
com referência à Trindade, se torna mais acentuado pelo fato de que a
palavra se usa algumas vezes em concordância com verbos e pronomes no plural,
enfatizando-se a forma plural da palavra.
alguns exemplos:
Gênesis 1.26: E disse Deus: Façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança…
Nota: O uso do
verbo façamos e do pronome nossa é revelador do sentido de que Elohim
serve para indicar a pluralidade de pessoas. Sabemos que o nome Elohim por
si só não prova a unidade composta, no entanto o contexto apóia a unidade
composta de Deus (Gn 1.26; 3.22; 11.7).
Gênesis 3.22: Então disse o Senhor Deus: Eis que
o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a
sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
Nota: O uso do
pronome plural nós indica pluralidade de pessoas.
Gênesis 11.7: Eia, desçamos e confundamos ali a
sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Nota: Enquanto o
substantivo Deus está no singular, os verbos desçamos e confundamos flexionam-se
na primeira pessoa do plural indicando pluralidade de pessoas na unidade.
De modo algum podemos dizer que há uma só pessoa na
divindade, os fatos quando claramente analisados não comportam tal ideia.
4 – contra a trindade
O senhor Antonio Carlos Prieto Martins, no
artigo Manifestações de Deus e não de Pessoas Distintas no site
oficial do Conjunto Voz da Verdade declara:
O principal motivo da doutrina romana é confundir
os crentes salvos em Cristo Jesus, os quais possuem um contato íntimo com Deus
e sabe muito bem quem é Deus, e de nada é confundido. Essa doutrina de que
existem 3 Pessoas distintas é tão contraditória, que quem tenta explicá-la,
acaba se confundindo e diminuindo o poder de Deus.
Vocês não creem na Trindade?
Resposta: “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3 pessoas distintas,separadas,pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.”(site oficial)
Resposta Apologética:
Se estas palavras partissem de uma Testemunha de
Jeová entenderíamos a falta de critério usado na abordagem da questão, mas
partindo do site de um conjunto que se diz comungar com as igrejas evangélicas,
isto é tanto inadmissível como perigoso.
A doutrina da Trindade já existia muito antes de
aparecer a Igreja Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em
sua forma grega, primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por
Tertuliano.O Concílio de Nicéia em 325 a.D. reconheceu a deidade absoluta de
Jesus, contestando a doutrina de Ário, que ensinava ser Jesus uma criatura de
Deus.
É preciso ainda diferenciar tecnicamente entre
Trindade Ontológica e Trindade Econômica para não cairmos no mesmo erro da
citação acima de que Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo
lugar,tirando a glória Dele.
Por Trindade Ontológica queremos dizer que a
divindade co-existiu por toda a eternidade tendo a mesma substância, poder e
glória iguais. Já a Trindade Econômica é como esse mesmo Deus Triúno se
manifestou na história do mundo, em específico na salvação do homem. Há como
uma divisão de tarefas para cada membro da Trindade: primeiro o Pai planejou,
segundo o Filho executou esse plano de redenção deixando a última parte ao
Espírito Santo, o qual aplica a regeneração e a santificação desta obra no
coração do salvo. Daí a seqüência: 1º – Pai, 2º – Filho e 3º – Espírito Santo.
Erra barbaramente quem pensa que esta seqüência prova algum tipo de
desigualdade entre os membros da Trindade. É puramente uma questão funcional e
não de natureza.
5 – Uso de Palavras Não-bíblicas
Freqüentemente os unicistas desafiam para provar
que se mostre na Bíblia a palavra Trindade, alegando que essa palavra não se
encontra na Bíblia.
Resposta Apologética:
Primeiramente, a argumentação de que a palavra
Trindade não é encontrada na Bíblia é algo de pouca monta, já que a doutrina da
Trindade é evidente através das Escrituras Sagradas. Não devemos supor, que
pelo fato de o nome do senhor Carlos Moysés não estar escrito em sua casa, que
não deve morar lá nenhum Carlos Moysés. Mas é justamente isso que fazem os
unicistas da IVV. A esse respeito declarou Myer Pearlman: É verdade que a
palavra Trindade não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que
surgiu no segundo século para descrever a divindade. Mas o planeta Júpiter
existiu antes de receber este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na
Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada Trindade (“Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia.” Myer Pearlmen. Ed. Vida,1977, p. 51). Essa analogia de
Myer Pearlmen é suficiente para refutarmos a argumentação de que a palavra
Trindade não aparece na Bíblia, já que o fato da palavra não aparecer na Bíblia
não significa que essa doutrina não seja bíblica.
Em segundo lugar, é importante lembrar que os
unicistas também utilizam palavras que não se encontram na Bíblia. Palavras
como manifestações, modos do Pai, Filho e Espírito Santo, não se
encontram na Bíblia. Seus livros estão cheios de expressões como Paternidade
de Cristo, o Deus homem etc. Inclusive a expressão A Voz da Verdade
não se encontra na Bíblia.
6 – O Significado de Pai e Filho na Divindade
Os unicistas afirmam que se a doutrina da Trindade
for aceita isto conduz a uma absurda conclusão de Jesus ter dois pais divinos,
pois a Bíblia afirma que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35) e
ainda foi chamado Filho de Deus. Como poderia Jesus ser chamado Filho de Deus e
ao mesmo tempo ser gerado pelo Espírito Santo?
…se o Pai fosse uma pessoa distinta e o Espírito
Santo outra pessoa,quem seria o Pai do homem Jesus? (site oficial)
Como poderia, perguntam, a segunda pessoa da
Trindade ser gerada pela terceira Pessoa da Trindade?
Resposta Apologética:
Esse argumento é igual ao usado pelos mórmons
quando falam da Trindade. No entanto, os mórmons admitem uma mãe celestial e
que o Pai celestial desceu do céu com um corpo de carne e ossos e gerou de
Maria a Jesus, retornando ao céu. Quando a Bíblia fala sobre o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo (Ef 1.2-3) e Jesus como Filho de Deus não está
expressando que Deus foi literalmente o progenitor de Jesus, ou de Jesus como
sendo de literal progênie de Deus Pai. Tal conceito leva a admitir que
Deus tem características sexuais humanas. Essa admissão é encontrada em
mitologias pagãs, mas completamente estranha à revelação bíblica.
Quando nós, com base nas Escrituras, chamamos a
Deus de Pai e Jesus de o Filho estamos falando simbolicamente e não
literalmente. Estamos dizendo que o relacionamento amoroso que existe entre
Deus Pai e Jesus é semelhante ao amor de um pai para com o seu filho, mas sem
as características que existem no relacionamento entre pai e filho, fisicamente
falando. Quando entendemos isso, não vemos problemas em afirmar que aquele que
criou o corpo humano de Jesus foi o Espírito Santo (Jo 1.14), muito embora o
Pai e o Espírito Santo sejam pessoas distintas na divindade.
7 – a questão das expressões: sociedade, sócios ou
semelhantes
O Conjunto Voz da Verdade declara: Observação: A
Bíblia nos alerta quanto à quantidade variada de deuses. Portanto, é na própria
Bíblia onde encontramos a afirmação que não há trindade ou variedade de deuses…
pois jamais o Senhor permitiria sociedade em sua divindade.
Resposta Apologética:
Cremos na existência de um só Deus eternamente
subsistente em três Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Gn 1.26
comparado com Mt 28.19). Não somos triteístas. Somos monoteístas (Is 43.10;
44.6 comparado com Ap 1.17; 48.12).
Outra observação importante que devemos fazer é que
estranhamente este argumento utilizado pela Igreja Voz da Verdade é o
mesmo usado no islamismo. Assim como o Pr. Carlos Alberto Moysés declara várias
vezes que Deus não tem sócios, sociedade ou semelhantes, Maomé no sétimo século
declarava também. Ambos confundem a unidade composta de Deus, e por não
entenderem a pluralidade de pessoas na unidade divina, concluem
precipitadamente que se trata de uma sociedade ou sócios.
A Igreja Voz da Verdade declara:
Dizemos que são manifestações de UM DEUS SÓ,somente
não cremos que sejam 3 Pessoas distintas (separadas) cada um com a sua
personalidade,como é pregado, pois sendo assim seriam 3 Deuses e não UM.E
sabemos que DEUS É UM. Vou escrever novamente para que não haja dúvidas: Deus é
o PAI,O MESMO DEUS É O FILHO,O MESMO DEUS ESTÁ HOJE CONOSCO COMO ESPÍRITO
SANTO.( Site oficial – Suely Moysés Cufone)
Resposta Apologética:
Primeiramente, o Espírito Santo procede do Pai e
não é o Pai. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei
de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele
testificará de mim (Jo 15.26). Se Jesus é tanto o Pai como é o Filho então
porque Jesus apelou para o Pai como sua testemunha: E, se na verdade julgo,
o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E
na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro.
Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me
enviou (Jo 8.16-18)?
Essa defesa de Jesus perante seus adversários só
teria validade se o Pai fosse uma pessoa diferente da do Filho e não o próprio
Filho. Será que as palavras perderam o sentido? Se não perderam vemos então
duas pessoas: o Pai, dando testemunho de Jesus. Não podemos perder de vista
também o fato de que em João 5.32 está escrito: “Há outro que testifica de
mim…” Aqui o termo empregado para outro foi allos que denota, mais
uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Segundo o Greek English
Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, significa outro
da mesma raça (citado na Teologia Sistemática, Stanley M. Orton – CPAD Pág.
682) . O “Dicionário Vine” declara O termo allos denota uma diferença
numérica e denota “outro do mesmo tipo”(pág. 839). Este termo é o mesmo que
aparece em João 5.7-43 para falar de outra pessoa distinta e não de meras manifestações.(conf.
Concordância Fiel do Novo Testamento Vol. I, Grego-Português, pág. 35).
Segundo, Jesus não é o Pai, pois ensinou a orar: Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt
6.9). Jesus estava na terra e o Pai estava no céu. E, sendo Jesus batizado, saiu
logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16-17). Perguntamos: quem
falava do céu, enquanto Jesus saía das águas?
7 – Pode deus ser mais de uma pessoa?
Observemos a confissão de fé judaica que reza: “Shema,Israel:Adonai
Elohenu Adonai Echad”
Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4), diga que Jeová é
“único” ou “um”, esta unidade, entretanto, não é absoluta. A palavra único no
original “echad” está no construto, revelando uma unidade composta.
Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com a mesma idéia de
pluralidade em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva …serão ambos uma
só carne (cf. 11.1-6; Ez. 37.17I Co. 6.16-17). Ninguém jamais pensou em
fabricar uma imagem de Adão com duas máscaras! A IVV deveria saber que a
palavra com idéia de unidade absoluta é yachid, usada em Gênesis 22.2
onde diz “Toma agora o teu filho o teu único filho…” e também Provérbios
4:3 Jeremias 6;26, e não yachad usada no texto em lide.
Ainda levando em consideração o fato de os judeus
em seus confrontos com os cristãos não saberem responder a estes sobre a
Trindade, resolveram em seu “Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por
“yachid”, mostrando uma flagrante contradição com o texto hebraico original.
(As Seitas Perante a Bíblia – pág. 59-61, César Vidal Manzanares, ed. São Paulo
– 1994)
Junta-se a este testemunho uma citação de Zoar, um
dos clássicos da literatura judaica:
“Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno.
Porque haverá de mencionar o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Javé é o
pai de cima, o segundo é a descendência de Jessé, o messias que virá da família
de Jessé passando por David. O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o
Espírito Santo que nos mostra o caminho, e estes três são um”. (ibdem)
ELOHIM
A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gn
1:1, 16,26 e em muitos outros é a forma plural de Eloah. Muitos têm alegado que
essa palavra expressa apenas um plural majestático, mas não há um consenso
entre os estudiosos e mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não entendendo
perfeitamente essa palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico, deram o
nome de plural de majestade, entretanto um dos maiores rabinos de Israel,
Shimeon Ben Joachi pronunciou a respeito dessa palavra o seguinte:
“ Observai o mistério da palavra Eloim;encerra três
graus,três partes;cada uma destas partes é distinta,e é uma por si
mesma, e não obstante são inseparáveis uma da outra; estão unidas juntamente e
formam um só todo ” (“Como Responder às Testemunhas de Jeová” Vol. I,
Esequias Soares da Silva, editora Candeia)
IV –Natureza x Personalidade
Que uma pessoa sem muito conhecimento bíblico
confunda natureza com personalidade é desculpável. Mas é lamentável que um
pastor que sai em defesa de suas convicções doutrinárias ignore esses
princípios elementares do significado dessas palavras. Tal circunstância leva
confusão aos grupos evangélicos de todo o Brasil, onde o Conjunto Voz da
Verdade é muito apreciado.
Qual a diferença entre natureza e personalidade?
Natureza: é a essência
ou condição própria de um ser. O Pai é uma pessoa espiritual e sua natureza é
absolutamente divina. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1 Pe 1.3).
Personalidade: é
individualidade consciente. Personalidade indica um ser que tem inteligência,
vontade própria e sensibilidade, tal é a Persona Deitatis. O Pai é uma pessoa espiritual, com vontade própria (1 Co
12.11), inteligência (1 Co 2.10); e sensibilidade (Ef 4.30), assim também é
o Filho e o Espírito Santo.
1 – Pai – Personalidade ou Natureza Divina?
O Voz da Verdade Declara:
Quando falamos Pai é a divindade e quando falamos
Jesus é o Filho?
Sim,quando Filipe perguntou a Jesus mostra-nos o Pai,é o que nos basta.Jesus falou:
HÁ TANTO TEMPO ESTOU CONVOSCO E NÃO ME TENDES CONHECIDO,AS OBRAS QUE EU FAÇO NÃO FAÇO POR MIM MESMO MAS O” PAI QUE ESTÁ EM MIM “É QUEM AS FAZ.
Resposta Apologética:
Em nenhum momento a Bíblia aponta esta sutil
diferença criada pelos unicistas da IVV. Aliás, quando são pressionados a
responderem para quem Jesus orava, saem pela tangente com a resposta de que a
carne estava orando ao espírito, o que é absolutamente irracional do ponto de
vista bíblico. A Bíblia nunca faz confusão quanto a identidade e natureza do
Pai e do Filho. O nome Jesus não tem anda a ver com a natureza de Filho.
Raciocinemos: Se o nome de Deus Pai é Jesus, então por que o próprio Jesus
disse que teria um novo nome. Demais disso diz ainda que escreveria o nome do
seu Deus na nova Jerusalém. Então Deus e Jesus tem nomes diferentes,
conseqüentemente duas pessoas distintas.
2 – Filho – Personalidade ou Natureza Humana?
A Natureza de Jesus Vista pela IVV
É lógico a parte humana chamava-se “FILHO” “O anjo
disse a Maria: …o ente santo que há de nascer “SERÁ “chamado FILHO DE DEUS.
Será chamado , não era Filho antes. O ministério de “Filho”veio com o seu
nascimento aqui na Terra.” (site
oficial)
Resposta Apologética:
Como é possível que pessoas tão despreparadas venham
argumentar sobre aquilo que desconhecem? O nome Jesus foi dado quando o Filho
de Deus se fez carne. E dará à luz um filho e chamará o seu nome Jesus;
porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1.21) Jesus é o nome
humano do Filho de Deus dado pelo anjo Gabriel a Maria: E eis que em teu
ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus (Lc
1.31).
Para eles, o Filho, como pessoa espiritual, nunca
existiu. Jesus, como Filho de Deus, passou a existir só depois do seu nascimento
em Belém de Judá, pois Filho é apenas a natureza humana de Jesus.
Esse ensinamento é tão grave, tão herético que em 1
João 2.22 lemos: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
3 – Espírito Santo – Pessoa Própria ou O Pai?
“Deus que é Espírito,foi chamado de Pai e veio ao
mundo como homem morrer pelos nossos pecados. Foi revelado seu nome aos homens:
JESUS.” “Não existem 2 Espíritos,ou seja o Espírito do Pai que é Deus e o
Espírito Santo. A Bíblia é bem clara UM SÓ ESPÍRITO.É este Espírito Santo que
está atuando no nosso meio,hoje. (site
oficial)
Resposta Apologética:
A Bíblia mostra a personalidade do Espírito Santo e
não que o Espírito Santo é o Pai. Sua personalidade é demonstrada pelos
atributos de pessoa que possui: a) inteligência (1 Co 2.10); vontade própria (1
Co 12.11) e sensibilidade ou emoção (Ef 4.30). Pode-se afirmar que uma pessoa é
alguém que, quando fala, diz: EU; quando alguém se dirige a ela, diz: TU; e
quando se fala dela se diz: ELA. Isso se vê do Espírito Santo em:
E eu (Jesus) rogarei
ao Pai, e ele vos dará outro[allos] Consolador (o Espírito Santo), para
que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o
Pai (Ele) enviará em meu nome (Eu), esse vos ensinará todas as
coisas, e vos fará (Ele) lembrar de tudo quanto (eu, Jesus) vos
tenho dito (Jo 14.16-26).
E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o
Espírito: Eis que três homens te buscam. Levanta-te pois, desce, e vai com
eles, não duvidando; porque eu vos enviei (At
10.19-20). Além disso, o Espírito Santo exerce atividades pessoais, tais como:
b) Ele ensina e faz lembrar os crentes (Jo 14.26); c) Ele testifica de Cristo
(Jo 15.26); d) Ele guia em toda a verdade (Jo 16.13); e) Ele glorifica a Jesus
(Jo 16.14); f) Ele intercede pelos santos (Rm 8.26).
4 – A Quem Foi Paga a Nossa Redenção
A quem Cristo pagou o resgate? Se for negada a
doutrina ortodoxa da Trindade (negando-se uma distinção entre as Pessoas da
Deidade, conforme quer o modalismo), Cristo teria de pagar o resgate ou à raça
humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em transgressões e em
pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que o Cristo lhe
pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás. Nós, porém, nada devemos a
Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia, por
causa das implicações. Ao contrário: o resgate foi pago ao Deus Trino e Uno
para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o pecador
caído: E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si
mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2)
(destaque nosso).
Embora mereçamos o castigo decorrente da justiça de
Deus (Rm 6.23), somos justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo,
somente: E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido
santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo
Espírito do nosso Deus (1 Co 6.11). Fica claro que a doutrina essencial
da expiação vicária, na qual Cristo carregou nossos pecados na sua morte,
depende do conceito trinitariano. O unicismo subverte o conceito bíblico da
morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última
análise, anula a obra da cruz (“Teologia Sistemática”, Stanley M. Horton.
CPAD, 1999, p. 180).
5 – Argumentos de fácil refutação
Basicamente os textos bíblicos utilizados pelos
grupos que defendem a idéia de que Jesus Cristo é o Pai e o Espírito Santo ao
mesmo tempo, são:
1 – Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
2 – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?
3 -Quem me – vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9)
4 – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
5 – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
1. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
Resposta Apologética:
O artigo “Um” no grego, nesse versículo, está no
neutro, hen, e não no masculino, heis, e mostra assim duas
pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no
singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma pessoa.
Jesus não está dizendo que é a mesma pessoa do Pai,
mas que Ele e o Pai, são duas pessoas distintas, em unidade divina. Portanto,
João 10.30 deve ser entendido como uma declaração de Jesus da sua unicidade de
natureza essencial com Deus, isto é, que Ele é essencialmente igual a Deus.
2. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes
conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o
Pai? (Jo 14.9).
Resposta Apologética:
Encontramos aqui uma reiteração da mesma substância
da declaração do versículo 7 deste capítulo: Se vós me conhecêsseis a mim,
também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Ver
o Pai não consiste em meramente contemplar a sua presença corporal, mas em conhecê-lo.
Fica subentendido que não ver o Pai, na pessoa de Jesus, é o mesmo que não
conhecê-lo. O Filho é o único expositor do Pai aos homens (Mt 11.27; Jo
12.44-45; Cl 1.15; Hb 1.3; 1 Tm 6.16). O versículo seguinte destrói
completamente os argumentos modalistas: “As palavras que eu vos digo, não as
digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. Por
ventura se eu orasse: “Senhor, permita que as pessoas te vejam em mim”, iria
você pensar que eu e Deus somos a mesma pessoa? Claro que não!. Jesus tampouco
estava tentando incutir em Filipe que Ele e o Pai eram a mesma pessoa, mas que
tão somente Deus poderia ser visto mais facilmente em Jesus pelas obras
realizadas através Dele.
4. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo (Jo 20.22).
Resposta Apologética:
O Senhor Jesus faz aqui uma doação preliminar do
Espírito Santo, que era o símbolo da promessa e a garantia de que seria
concretizada a vinda do Espírito Santo, quando o Senhor Jesus fosse glorificado
(Jo 7.39). Essa vinda, em seu total poder, não poderia anteceder de forma
alguma a ascensão de Jesus e a sua glorificação (Jo 16.7). Porém o Senhor Jesus
quis mostrar que essa pessoa divina viria (Jo 14.16-26), por isso concedeu aos
seus discípulos algo simbólico do poder que haveriam de receber mais tarde em
plena medida (Atos 2).
5. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há
liberdade (2 Co 3.17).
Resposta Apologética:
Neste versículo, a expressão Senhor se refere a
Cristo, identificando o Espírito Santo com a mesma natureza e divindade de
Jesus, e não que Ele seja a mesma pessoa. Basta observar que no versículo
seguinte, o apóstolo separa as pessoas: Mas todos nós, com rosto descoberto,
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2 Co 3.18).
6 – Algumas Provas Bíblicas de Que Jesus Não é o
Pai:
Em todo o tempo em que Jesus esteve na terra, o Pai
esteve no céu: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mt
5.16). Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos
céus (Mt 5.48).
Jesus disse que confessaria os homens que O
confessassem, diante do Pai: Portanto, qualquer que me confessar diante dos
homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que
me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos
céus (Mt 10.32-33).
O Senhor Jesus Cristo está hoje à destra do Pai: E,
ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra
ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a
glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os
céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus (At
7.54-56).
Deus Pai é Pai de Jesus e não Jesus é Pai de si
mesmo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor, Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef
1.3). Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus
Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor (2 Jo 3).
Jesus entregou o seu espírito a seu Pai e não a si
próprio: E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego
o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou (Lc 23.46).
Jesus conhecia o Pai, mas não era o Pai: Assim
como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas
ovelhas (Jo 10.15).
7 – Algumas Provas Bíblicas de Que o Espírito Santo
Não É Jesus:
O Espírito Santo é um outro Consolador,
procedente do Pai e do Filho: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Mas, quando
vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de
verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26).
O Filho pode ser blasfemado e o pecador culpado
disso encontra perdão. Mas, se o Espírito Santo for blasfemado, essa pessoa não
encontra perdão. Isto prova haver duas Pessoas: Portanto, eu vos digo: Todo
o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito
não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o
Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito
Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro (Mt 12.31-32).
O Espírito Santo não veio falar de si mesmo ou
glorificar a si mesmo, mas sim para glorificar a Jesus: Mas, quando vier aquele,
o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de
si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar (Jo
16.13-14).
A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes
foi a prova de que Jesus havia chegado ao céu, onde se assentou à destra de
Deus Pai: E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter
sido glorificado (Jo 7.39). De sorte que, exaltado pela destra de Deus,
e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós
agora vedes e ouvis (At 2.33).
Jesus afirmou, mesmo depois da ressurreição, que
Ele não era espírito. Portanto, Ele não podia ser nem o Pai (Jo 4.24)
nem o Espírito Santo (Jo 14.16-17-26; 15.26;16.7-15), pois esses são seres
espirituais: Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me
e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho (Lc
24.39).
Distinção muito clara é feita entre as três Pessoas
da Trindade: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizandoas
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19). A graça do
Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com
todos vós. Amém (2 Co 13.14).
vi – considerações finais
As igrejas evangélicas unicistas são
antitrinitaristas. No entanto, devemos apontar que seu antitrinitarismo não é
igual à posição adotada pelos unitaristas (Testemunhas de Jeová). Pois os
unicistas não nutrem idéias preconceituosas contra a divindade de Jesus, como é
o caso do unitarismo. Ironicamente os unicistas são antitrinitaristas pelo fato
de acharem que a divindade é exclusivamente a pessoa de Jesus, não compreende a
unidade composta de Deus.
Outra observação que devemos fazer é que os
antitrinitaristas, na maioria das vezes, rejeitam a doutrina bíblica da
Trindade, por não compreenderem a pluralidade de pessoas na deidade, já que
para eles é impossível conceber a pluralidade de pessoas com o monoteísmo de
Deuteronômio 6.4. Assim, acreditam eles que a doutrina da Trindade não
passa de um triteísmo mascarado, logo politeísmo, contrário ao monoteísmo.
Entendemos a dedicação e os muitos esforços humanos
dos unicistas, em especial seu raciocínio para descrever e explicar Aquele que
é essencialmente inexplicável ou como dizem os trinitarianos: A doutrina da
Trindade é mistério – Verdadeiramente tu és o Deus misterioso, o Deus de
Israel, o Salvador (Is 45.17 – Versão Atualizada).
Finalmente, o autor evangélico Robert
M. Browman Jr., declara com muita propriedade e profundo senso de
responsabilidade: Existe a escolha, portanto, entre crer no Deus verdadeiro
conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou crer num Deus que é
relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca semelhança com o
Deus verdadeiro, Os trinitários estão dispostos a conviver com um Deus a quem
não conseguem compreender plenamente, já que adoramos a Deus conforme Ele
se tem revelado.
Dados
colhidos do site oficial do Conjunto Voz da Verdade http://www.vozdaverdade.com.br,
do ministério Voz da Verdade.
Um comentário:
Mulher de DEUS, cala a boquinha em nome de Jesus. Respeita a religião de cada um.
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