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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Igreja para quê?


Por David Feddes


É possível ficar de fora da igreja e continuar a ser um bom crente? Muitos dizem que sim a essa pergunta e pode ser que até você concorde com isso. Você crê em Deus, ora de vez em quando, se considera um crente, mas acha que pode passar muito bem sem uma igreja. O que importa é como você se relaciona com Deus, e não, com a igreja, certo? Errado.

É possível ficar de fora da igreja e continuar a ser um bom crente? Não, se Deus sabe do que está falando. A Palavra de Deus, a Bíblia, mostra sempre e sempre que se alguém pertence a Cristo, também pertence à Sua igreja e está profundamente envolvido com a vida dela. Portanto, se acha que pode ser um bom crente sem uma igreja, está dizendo que sabe das coisas melhor do que Deus, e fazer isso não é uma coisa muito inteligente.

Por que ficar de fora?

Topei com um monte de razões diferentes que as pessoas usam para ficarem longe de uma igreja. Alguns acham que não têm escolha; acham que devem trabalhar no domingo, senão podem perder o emprego. Ir à igreja para adorar a Deus pode ser muito bom, mas ir trabalhar e deixar o patrão satisfeito é o que paga as contas. Deus vai entender, não é?

Outros não passam o domingo trabalhando, mas acham que precisam de sono extra na manhã daquele dia, ou talvez queiram cortar a grama e lavar o carro, ou fazer as compras. Talvez tenham planejado uma viajem de fim de semana todo na praia ou, participar de um torneio de futebol ou de outro acontecimento esportivo. Separar tempo para ir à igreja poderia atrapalhar os planos para o fim de semana.

Há ainda quem fique fora de uma igreja porque algum de seus membros ou algum de seus líderes lhe desagradaram. Você acha que “se isso é a igreja, quem é que precisa dela?”. Você não tem nada a ver com a sua velha igreja nem sequer está procurando por uma nova. Para que ficar por aí entre um monte de hipócritas, quando pode seguir a Deus do seu modo?

Talvez mantenha-se distante de uma igreja por se sentir muito desconfortável lá. Quando decide dar as caras num domingo fica como um peixe fora d'água. Parece que todos prestam atenção quando você se senta ou se levanta; parece que todo mundo lá se conhece, mas você não conhece ninguém; quase ninguém fala com você ou lhe faz se sentir bem-vindo. Para que repetir uma situação que lhe incomoda?

Talvez tenha uma razão bem diferente para se sentir mal e ficar de longe. Você pertenceu à igreja por muitos anos, conhece a maioria das pessoas e elas lhe conhecem, mas enfrentou problemas no seu casamento, se divorciou, ou passou por alguma outra situação pela qual se sente culpado e encabulado, e, por isso não consegue olhar a cara daquela gente. Então, é melhor ficar longe da igreja.
Essas são apenas algumas das razões que as pessoas usam para ficarem longe da igreja. Mas isso não tem nada a ver com o caso, não importa qual seja a sua razão para ficar de fora, a primeira pergunta que tem de responder é: quais são os bons motivos para que eu vá à igreja? Se nada acontece de importante na igreja, então, fazer qualquer outra coisa é melhor do que perder o seu tempo lá. Se não existir nenhuma razão forte para ir, então qualquer desculpa, a menor que seja, é suficiente para se manter à distância. Por outro lado, se as razões a favor da igreja forem mais fortes, então você não terá outra escolha senão se envolver, não importa quais sejam os seus motivos para ficar de fora.

O que Deus diz a respeito

Se você acha que a fé é um assunto meramente particular, uma negócio entre “eu e Jesus”, está enganado. Você pode perguntar: “Quem foi que disse que eu preciso de igreja para ser um bom crente? Quem foi?”. Bem, foi Deus quem disse. Dê só uma olhada em algumas das formas como Deus, na Bíblia, descreve a igreja.

A Bíblia chama a igreja de a família de Deus (Ef 2.19). Família “tanto no céu como sobre a terra” ( Ef 3.14-15 ). É o lar de todos os que pertencem a Deus. Portanto, se você está do lado de fora da igreja, ou está fugindo de casa ou não faz parte da família de Deus de jeito nenhum.

A Bíblia fala da igreja como a noiva de Cristo. O Senhor enxerga nela uma beleza cada vez mais radiante; partilha com ela de amor e intimidade profundos. A igreja é mais preciosa para Cristo do que a esposa para seu esposo. Se você despreza a igreja e não quer nada com ela, a sua atitude conflita com a de Jesus.

A Bíblia também denomina a igreja de o corpo de Cristo. Cada crente é parte desse corpo. É obvio que qualquer membro do corpo só poderá estar vivo e ativo se estiver ligado ao corpo; é indispensável estar conectado ao corpo. Por isso todo crente tem que está ligado à igreja. A igreja, como corpo de Cristo, está viva com o Espírito de Cristo e realiza no mundo a obra de Jesus.

O próprio Deus nos chama para fazer parte da Sua igreja, não apenas para vislumbrar a beleza de Jesus, a encarnação Deus em homem, mas também para ver e tomar parte na beleza da igreja, onde pessoas de carne-e-osso vivem no poder do Espírito Santo. Por que a igreja? Porque é a família de Deus, a noiva de Cristo, o corpo de Cristo. Mesmo na sua maior feiura, mesmo quando é menos atraente, qualquer igreja genuína tem em si mesma uma beleza e um poder que não se pode achar fora dela. Por que a igreja? Porque é Deus que o diz. Por que a igreja? Porque você e eu precisamos dela.

A Bíblia deixa claro que quando as pessoas depositam a sua fé em Jesus e são cheias com o Espírito Santo, elas simplesmente não saem por aí a fora cuidando das suas coisas. Não, elas se tornam parte da igreja através do batismo. O batismo é o sinal e o selo de quem foi lavado no sangue de Jesus e de quem ressurgiu para uma vida nova. O batismo também marca as pessoas como novos membros da igreja. É através do batismo que são acrescentadas à comunidade dos crentes.

A Bíblia narra em Atos 2.42 que pouco depois da ressurreição de Jesus e do derramar do Espírito Santo, as pessoas recém-batizadas “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Em uma única e simples frase temos uma quádrupla e grandiosa resposta à pergunta: “Por que a igreja?” Primeira resposta, para o ensino; segunda, para a comunhão; terceira, para o partir do pão; quarta, para a oração.

A doutrina dos apóstolos

Por que a igreja? Primeira resposta, porque é na igreja que podemos nos aplicar ao ensinamento dos apóstolos, à sua doutrina. Nos dias no Novo Testamento os apóstolos estavam presentes ensinando pessoalmente aos novos crentes. Embora hoje os apóstolos já tenham morrido e ido para o céu, ainda assim continuam a nos ensinar através de seus escritos inspirados por Deus e registrados na Bíblia.

Os apóstolos nos ensinam a respeito de Jesus — quem é Ele, o que fez e ensinou. Nos ensinam sobre os grande planos e propósitos de Deus conforme o desvelaram na história da salvação. Nos ensinam o que significa seguir a Cristo em nossas próprias vidas e situações. Toda igreja verdadeiramente cristã está cheia da doutrina apostólica. Toda igreja verdadeiramente cristã firma-se sobre a Bíblia. A igreja não pode se alicerçar numas poucas e belas idéias ou sugestões eruditas. O fundamento da igreja é a doutrina dos apóstolos que procede de e revela a Cristo.

A Bíblia diz que somos “da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef 2.19-20). Para que possamos construir as nossas vidas sobre a verdade precisamos da“casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15).

Você pode estar pensando: “Tudo bem, pode ser que eu precise do ensinamento dos apóstolos. Mas, por que na igreja? Não me basta somente ler a Bíblia sozinho, ou assistir, no rádio e na TV, programas bíblicos?”. Bem, com certeza eu sou a favor da leitura da Bíblia; até mesmo lhe enviaria gratuitamente um livreto para lhe ajudar a fazer isso todo dia, se você quiser. E é óbvio que não sou contra o uso da mídia no ministério, senão não estaria lhe dizendo isso agora pelo rádio.

Mas para se obter o benefício total do ensino apostólico apenas ouvir às transmissões não basta. Envolva-se com uma congregação da sua comunidade. O só estar congregado com o povo de Deus num lugar de adoração dá, de algum modo, uma sensação especial da Sua presença. As pessoas louvam a Deus em conjunto, e em conjunto confessam que precisam do Seu perdão para as suas vidas. O pregador fala com uma autoridade especial, e o povo ouve com uma especial abertura. Numa igreja local o ministro pode aplicar o ensinamento bíblico às necessidades da comunidade e congregação particulares de uma forma que um ministro de mídia não pode.

Ainda mais, quando você tem dúvidas sobre a Palavra de Deus, ou, problemas pessoas contra os quais está lutando, o seu pastor, ou um outro irmão na fé, pode conversar com você cara a cara sobre essas necessidades. Numa congregação local você tem a oportunidade de participar de grupos de estudo bíblico e de conversar especificamente sobre como o ensino apostólico deveria afetar a sua vida. Você não pode ter isso apenas estudando a Bíblia sozinho ou ouvindo a alguém como eu, mas precisa ser parte ativa da sua igreja local.

Comunhão

Consideremos agora o segundo aspecto vital da igreja: a comunhão. A igreja é uma comunidade especial onde gozamos da comunhão dos crentes.

Lembro-me de ter conversado com um homem que deixou de ir à igreja porque estava aborrecido com a sua congregação local. Ele ficava em casa aos domingos e assistia a um pregador na televisão. Quando instei para que não se apartasse da sua igreja, disse-me: “Eu tenho o que preciso ao assistir o ministro da TV”.

Depois disso tivemos uma outra conversa. O seu filho tinha morrido num acidente trágico. O pai amargurado descobriu que existem algumas coisas que você não pode ter somente assistindo televisão. O pregador da TV não estava na casa dele para o abraçar e orar com ele, e lhe trazer palavras de esperança e de consolação. A tela da TV não chora com os que choram. Os únicos que puderam dar àquele homem o apoio de que precisava foram o pastor e as pessoas da sua igreja.

Aqui no programa “Back to God Hour”, ouvimos muitas pessoas que enfrentam dificuldades. É triste que muitas delas não tenham uma igreja. Ficamos felizes por nos contatarem e tentamos ajudá-las tanto na conversa ao telefone quanto quando lhes respondermos por carta. Mas sabemos que isso é tudo o podemos fazer. Não temos como substituir a comunhão de uma igreja local, por isso sempre as encorajamos a que se filiem a uma igreja. Quando você enfrenta uma doença séria, ou a perda de um ente querido, ou problemas financeiros, ou uma crise familiar, não precisa dos bons conselhos que estão por aí nas ondas de rádio, precisa de pessoas que estejam bem ao seu lado, irmãos e irmãs crentes que lhe apoiem nos momentos difíceis.

Sei que a igreja tem os seus defeitos, que a comunhão está longe de ser perfeita. Afinal, a igreja é uma comunidade de pecadores que ainda têm muito o que mudar. As pessoas nem sempre se dão tão bem juntas, mas sei também que quando as coisas ficam difíceis, todas se juntam para ajudar àquele que necessita. Tenho sempre ouvido de pessoas em crise que me dizem: “Agora sei realmente o que é a comunhão dos santos. Não sei como teria passado sem as orações e o apoio das pessoas da minha igreja”.

A comunhão da igreja faz muito mais que somente nos ajudar a superar os tempos de crise. Os cristãos se dedicam à comunhão porque na igreja o todo é maior que as partes. Como um corpo, a igreja tem muitas partes, cada uma delas com uma função singular.

Pode ser que você pense que os seus dons não sejam tão importantes para a igreja quanto os dons de outros. Mas, segundo a Bíblia, esse não é modo de ver as coisas. Não seria loucura se o pé dissesse, “porque não sou mão, não pertenço ao corpo”; ou se o ouvido dissesse, “porque não sou olho, não pertenço ao corpo”? E se corpo fosse um imenso globo ocular? Seria grotesco, e como é que ele iria poder escutar? E se fosse uma enorme orelha? Como é que poderia sentir o cheiro? É muito bom que Deus tenha dado ao corpo muitas partes diferentes e as tenha organizado do modo que quis.

O mesmo se aplica à igreja. Deus coloca juntos muitos indivíduos singulares e diferentes, que são dotados dos mais diferentes modos. Se você é um crente que pensa que a igreja pode passar muito bem sem você, pense novamente. Cada parte é importante.

A igreja precisa de você e você precisa dela. Como diz a Bíblia: “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós”. Seria a maior loucura uma parte dizer ao corpo inteiro: “não preciso de você”. O que é que acontece quando uma parte é amputada do corpo? Ela logo morre e degenera. Se você disser ao corpo de Cristo: “Não preciso de você, posso passar muito bem sozinho”. Logo sua alma se degenera. Para poder viver e crescer, você precisa ser uma parte integrada ao corpo.

Você precisa da igreja e a igreja precisa de você. Cada uma das partes precisa das outras; se uma delas sofre, todas as outras sofrem; se uma delas prospera, todas as outras se beneficiam. Foi assim que Deus projetou o nosso corpo físico, e assim também projetou o corpo de Cristo (veja I Coríntios 12). Não é somente “eu e Jesus”. É “nós e Jesus”. Quando os crentes se aplicam à comunhão, todos se beneficiam dos dons que Deus concedeu a cada um deles, e, como grupo, realizam muitas coisas que individualmente não seriam capazes de realizar.

Também precisamos da comunhão para sermos responsáveis uns pelos outros. Se quiser pode chamar isso de pressão positiva do grupo social. O mundo está cheio dessa pressão negativa, mas a igreja pode proporcionar uma pressão positiva, como diz a Bíblia: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.24-25). Quando nos sentimos cansados e desencorajados de tentar seguir a Cristo, precisamos da força dos outros. Quando caímos em pecado e em maus hábitos, precisamos ser confrontados pelos outros. É claro que isso envolve mais do que só aparecer nos cultos de domingo. Significa conhecer realmente um ao outro, o mais das vezes em pequenos grupos de amizades íntimas. Significa colocarmo-nos debaixo da autoridade da igreja, em vez de fazer simplesmente o que queremos.

A igreja é o palco para o amor da comunhão, onde podemos deixar de pensar em nós mesmos para começar a amar os outros assim como Cristo nos amou. Disse Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35).

O partir do pão

Por que a igreja? Já falamos sobre dar ouvidos ao ensino dos apóstolos e experimentar o amor da comunhão do povo de Deus. Agora, vamos dar uma olhada numa terceira razão: o partir do pão. O povo de Deus se congrega na igreja em torno da mesa do Senhor para a Santa Ceia. Quando comemos do pão que foi partido, participamos do corpo do Senhor Jesus Cristo, partido para a nossa salvação. Quando bebemos do vinho, bebemos do sangue de Cristo, derramado para nos dar vida.

Uma fé viva não é apenas questão de pensar em Jesus. Uma fé viva banqueteia-se em Jesus, sempre, sempre e sempre. Disse Jesus: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (Jo 6.54-56). A Ceia do Senhor é muito mais que um auxílio visual ou que um mero ritual sem significado, é uma banquete espiritual que não podemos perder.

Por que a igreja? Porque é lá que, congregados em torno da mesa do Senhor, nos encontramos com Jesus que vem até nós para nos dar do Seu corpo e sangue e nutrir as nossas almas para a vida eterna. Ele não vem fisicamente, mas vem, verdadeiramente, pelo Seu Espírito Santo. Quando em nossas bocas recebemos do pão e do vinho, as nossas almas recebem do Cristo vivo e dos benefícios do Seu corpo e sangue dados por nós.

A oração

A quarta e última atividade citada em Atos 2:42 é a oração. Os cristãos da igreja do Novo Testamento ajuntavam-se para orar. Você pode pensar: “Para que ir à igreja para orar? Posso orar sozinho muito bem”. Bem, é verdade que a oração pessoal é importante e que se pode orar em qualquer hora e lugar, mas também é importante orar junto com os outros. Quando o povo de Deus se ajunta, seja numa grande congregação, seja numa pequena reunião de oração, as suas orações agregam poder. Disse Jesus: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por que a igreja? Porque lá as pessoas oram juntas com um só coração e louvam a Deus com uma só voz.

Ouça novamente Atos 2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Era isso que os cristãos primitivos faziam juntos como igreja, e é, uma boa síntese da razão por que eu e você precisamos nos envolver na igreja ainda hoje.

Atos 2 prossegue falando do dinamismo daquela igreja. Havia grandes milagres acontecendo; os crentes vendiam os seus bens, partilhando deles com os coirmãos que não tinham o suficiente, louvando ao Senhor diariamente no templo e gozando da companhia uns dos outros em seus lares. E o Senhor acrescentava ao número deles aqueles que iam sendo salvos.

Ainda hoje, sejam quais forem as suas falhas — e há muitas delas — uma legítima congregação cristã é um ambiente onde o poder de Deus atua de formas surpreendentes, onde o povo de Deus dá de si mesmo para ajudar os outros, e onde dão alegria aos corações uns dos outros e a Deus. Por que a igreja? Por que é dinâmica; é onde acontecem coisas sobrenaturais e esplêndidas.

Quando se lê sobre a igreja do Novo Testamento pode-se ser tentado a dizer: “Ah, eu adoraria ir a uma igreja assim como esta, mas as igrejas de hoje... bem, elas não têm o que ela tinha”. Mas não engane a si mesmo. Se você ler a Bíblia, vai descobrir que aquela igreja lá de trás lutou com os seus próprios problemas e escândalos, e se olhar honestamente para a igreja de hoje, não vai achá-la tão ruim quanto gostaria de achar quando está procurando desculpas para não se envolver. Existem algumas igrejas que são tão corruptas e anti-bíblicas que é melhor mesmo ficar bem longe, mas não significa que você não pode encontrar uma igreja autêntica.

Cada igreja, é claro, tem os seus próprios problemas, até mesmo naquelas em que Deus está operando ativamente. Mas veja de outra forma: se as pessoas da igreja fossem todas perfeitas, elas poderiam não querer que pecadores como eu e você nos ajuntássemos à igreja para não a contaminar. Alegre-se porque a igreja não é boa demais para lhe receber, e não aja como se fosse bom demais para se ajuntar aos pecadores salvos que existem na igreja.

Não finja que tem coisas melhores a fazer. Não existe nada mais importante do que aplicar-se ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e à oração. Tente. Procure uma igreja fiel que creia na Bíblia e honre a Cristo e filie-se a ela. Você vai se maravilhar com o que acontece.

Sobre o autor: O autor é radialista do programa “Back to God Hour” do qual transmitiu esta mensagem em 26/11/2000. — Artigo coligido da revista “New Horizons” (julho de 2003). — The Back of God Hour of The Christian Reformed Church in North America, 6555 West College Drive, Palos Height, IL 60463.

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Traduzido por: Marcos Vasconcelos
Fonte: Monergismo

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