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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Uso de Palavras não Bíblica



Frequentemente os unicistas desafiam para provar que se mostre na Bíblia a palavra Trindade, alegando que essa palavra não se encontra na Bíblia.

Resposta Apologética:

Primeiramente, a argumentação de que a palavra Trindade não é encontrada na Bíblia é algo de pouca monta, já que a doutrina da Trindade é evidente através das Escrituras Sagradas. Não devemos supor, que pelo fato de o nome do senhor Carlos Moysés não estar escrito em sua casa, que não deve morar lá nenhum Carlos Moysés. Mas é justamente isso que fazem os unicistas da IVV. A esse respeito declarou Myer Pearlman: É verdade que a palavra Trindade não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber este nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada Trindade (“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.” Myer Pearlmen. Ed. Vida,1977, p. 51). Essa analogia de Myer Pearlmen é suficiente para refutarmos a argumentação de que a palavra Trindade não aparece na Bíblia, já que o fato da palavra não aparecer na Bíblia não significa que essa doutrina não seja bíblica.
Em segundo lugar, é importante lembrar que os unicistas também utilizam palavras que não se encontram na Bíblia. Palavras como manifestações, modos do Pai, Filho e Espírito Santo, não se encontram na Bíblia. Seus livros estão cheios de expressões como Paternidade de Cristo, o Deus homem etc. Inclusive a expressão A Voz da Verdade não se encontra na Bíblia.

  O Significado de Pai e Filho na Divindade

Os unicistas afirmam que se a doutrina da Trindade for aceita isto conduz a uma absurda conclusão de Jesus ter dois pais divinos, pois a Bíblia afirma que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35) e ainda foi chamado Filho de Deus. Como poderia Jesus ser chamado Filho de Deus e ao mesmo tempo ser gerado pelo Espírito Santo?
…se o Pai fosse uma pessoa distinta e o Espírito Santo outra pessoa, quem seria o Pai do homem Jesus? (site oficial)
Como poderia, perguntam, a segunda pessoa da Trindade ser gerada pela terceira Pessoa da Trindade?

Resposta Apologética:

Esse argumento é igual ao usado pelos mórmons quando falam da Trindade. No entanto, os mórmons admitem uma mãe celestial e que o Pai celestial desceu do céu com um corpo de carne e ossos e gerou de Maria a Jesus, retornando ao céu. Quando a Bíblia fala sobre o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 1.2-3) e Jesus como Filho de Deus não está expressando que Deus foi literalmente o progenitor de Jesus, ou de Jesus como sendo de literal progênie de Deus Pai. Tal conceito leva a admitir que Deus tem características sexuais humanas. Essa admissão é encontrada em mitologias pagãs, mas completamente estranha à revelação bíblica.
Quando nós, com base nas Escrituras, chamamos a Deus de Pai e Jesus de o Filho estamos falando simbolicamente e não literalmente. Estamos dizendo que o relacionamento amoroso que existe entre Deus Pai e Jesus é semelhante ao amor de um pai para com o seu filho, mas sem as características que existem no relacionamento entre pai e filho, fisicamente falando. Quando entendemos isso, não vemos problemas em afirmar que aquele que criou o corpo humano de Jesus foi o Espírito Santo (Jo 1.14), muito embora o Pai e o Espírito Santo sejam pessoas distintas na divindade.

  A questão das expressões: sociedade, sócios ou semelhantes

O Conjunto Voz da Verdade declara: Observação: A Bíblia nos alerta quanto à quantidade variada de deuses. Portanto, é na própria Bíblia onde encontramos a afirmação que não há trindade ou variedade de deuses… pois jamais o Senhor permitiria sociedade em sua divindade.

Resposta Apologética:

Cremos na existência de um só Deus eternamente subsistente em três Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Gn 1.26 comparado com Mt 28.19). Não somos triteístas. Somos monoteístas (Is 43.10; 44.6 comparado com Ap 1.17; 48.12).
Outra observação importante que devemos fazer é que estranhamente este argumento utilizado pela Igreja Voz da Verdade é o mesmo usado no islamismo. Assim como o Pr. Carlos Alberto Moysés declara várias vezes que Deus não tem sócios, sociedade ou semelhantes, Maomé no sétimo século declarava também. Ambos confundem a unidade composta de Deus, e por não entenderem a pluralidade de pessoas na unidade divina, concluem precipitadamente que se trata de uma sociedade ou sócios.

A Igreja Voz da Verdade declara:

Dizemos que são manifestações de UM DEUS SÓ, somente não cremos que sejam 3 Pessoas distintas (separadas) cada um com a sua personalidade, como é pregado, pois sendo assim seriam 3 Deuses e não UM.E sabemos que DEUS É UM. Vou escrever novamente para que não haja dúvidas: Deus é o PAI,O MESMO DEUS É O FILHO,O MESMO DEUS ESTÁ HOJE CONOSCO COMO ESPÍRITO SANTO.( Site oficial – Suely Moysés Cufone)

Resposta Apologética:

Primeiramente, o Espírito Santo procede do Pai e não é o Pai. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26). Se Jesus é tanto o Pai como é o Filho então porque Jesus apelou para o Pai como sua testemunha: E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou (Jo 8.16-18)?
Essa defesa de Jesus perante seus adversários só teria validade se o Pai fosse uma pessoa diferente da do Filho e não o próprio Filho. Será que as palavras perderam o sentido? Se não perderam vemos então duas pessoas: o Pai, dando testemunho de Jesus. Não podemos perder de vista também o fato de que em João 5.32 está escrito: “Há outro que testifica de mim…” Aqui o termo empregado para outro foi allos que denota, mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Segundo o Greek English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, significa outro da mesma raça (citado na Teologia Sistemática, Stanley M. Orton – CPAD Pág. 682) . O “Dicionário Vine” declara O termo allos denota uma diferença numérica e denota “outro do mesmo tipo”(pág. 839). Este termo é o mesmo que aparece em João 5.7-43 para falar de outra pessoa distinta e não de meras manifestações.(conf. Concordância Fiel do Novo Testamento Vol. I, Grego-Português, pág. 35).
Segundo, Jesus não é o Pai, pois ensinou a orar: Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6.9). Jesus estava na terra e o Pai estava no céu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16-17). Perguntamos: quem falava do céu, enquanto Jesus saía das águas?

Pode deus ser mais de uma pessoa?

Observemos a confissão de fé judaica que reza: “Shema, Israel: Adonai Elohenu Adonai Echad”
Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4), diga que Jeová é “único” ou “um”, esta unidade, entretanto, não é absoluta. A palavra único no original “echad” está no construto, revelando uma unidade composta. Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com a mesma idéia de pluralidade em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva …serão ambos uma só carne (cf. 11.1-6; Ez. 37.17I Co. 6.16-17). Ninguém jamais pensou em fabricar uma imagem de Adão com duas máscaras! A IVV deveria saber que a palavra com ideia de unidade absoluta é yachid, usada em Gênesis 22.2 onde diz “Toma agora o teu filho o teu único filho…” e também Provérbios 4:3 Jeremias 6;26, e não yachad usada no texto em lide.
Ainda levando em consideração o fato de os judeus em seus confrontos com os cristãos não saberem responder a estes sobre a Trindade, resolveram em seu “Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por “yachid”, mostrando uma flagrante contradição com o texto hebraico original. (As Seitas Perante a Bíblia – pág. 59-61, César Vidal Manzanares, ed. São Paulo – 1994)
Junta-se a este testemunho uma citação de Zoar, um dos clássicos da literatura judaica:
“Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno. Porque haverá de mencionar o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Javé é o pai de cima, o segundo é a descendência de Jessé, o messias que virá da família de Jessé passando por David. O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o Espírito Santo que nos mostra o caminho, e estes três são um”. (ibdem )

ELOHIM

A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gn 1:1, 16,26 e em muitos outros é a forma plural de Eloah. Muitos têm alegado que essa palavra expressa apenas um plural majestático, mas não há um consenso entre os estudiosos e mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não entendendo perfeitamente essa palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico, deram o nome de plural de majestade, entretanto um dos maiores rabinos de Israel, Shimeon Ben Joachi pronunciou a respeito dessa palavra o seguinte:
“ Observai o mistério da palavra Eloim; encerra três graus, três partes; cada uma destas partes é distinta, e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis uma da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo ” (“Como Responder às Testemunhas de Jeová” Vol. I, Esequias Soares da Silva, editora Candeia)

Natureza x Personalidade
Que uma pessoa sem muito conhecimento bíblico confunda natureza com personalidade é desculpável. Mas é lamentável que um pastor que sai em defesa de suas convicções doutrinárias ignore esses princípios elementares do significado dessas palavras. Tal circunstância leva confusão aos grupos evangélicos de todo o Brasil, onde o Conjunto Voz da Verdade é muito apreciado.
Qual a diferença entre natureza e personalidade?
Natureza: é a essência ou condição própria de um ser. O Pai é uma pessoa espiritual e sua natureza é absolutamente divina. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1 Pe 1.3).
Personalidade: é individualidade consciente. Personalidade indica um ser que tem inteligência, vontade própria e sensibilidade, tal é a Persona Deitatis. O Pai é
uma pessoa espiritual, com vontade própria (1 Co 12.11), inteligência (1 Co 2.10); e sensibilidade (Ef 4.30), assim também é o Filho e o Espírito Santo.

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