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terça-feira, 28 de julho de 2009

Ateísmo

Negação de Deus. Se diferencia do Agnosticismo.

O vocábulo se aplica a muitas diferentes filosofias e crenças. Os primeiros cristãos foram acusados de serem ateus por se negarem a dar culto aos deuses.

O nome de ateísmo engloba fenômenos muito diversos. Uma forma freqüente do mesmo é o materialismo prático, que limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o homem é "o fim de si mesmo, o artíficie e demiurgo único de sua prórpia história". Outra forma de ateísmo contemporâneo aguarda a liberação do homem de uma lilberação econômica e social para que "a religião, por sua própria natureza, constituiria um obstáculo, porque, ao orientar a esperança do homem até uma vida futura ilusória, o afastaria da construção da cidade terrena". -Catecismo #2124

O ateísmo pode ser prático ou teórico.

Século XVIII. A negação total da existência de Deus é um fenômeno do ateísmo moderno que surgiu na civilização ocidental com o Iluminismo (Movimento filosófico e literário do séc. XVIII caracterizado por extrema confiaça na capacidade da razão natural para resolver, sem a ajuda de Deus, todos os problemas da vida humana). O homem, deslumbrado pelos avanços da ciência e saber, pensou que não havia outra realidade senão a material.

Mudanças massivas na política e na sociedade originados pela Revolução Francesa (1789) levaram a uma sentido de emancipação que nega a religião. A Igreja era percebida como "reacionária". Os movimentos independentistas do continente americano neste século foram profundamente influenciados por esta mentalidade.

Século XX. O ateísmo filosófico produz o "ateísmo humanista" (crença na capacidade e valor do homem sem Deus).
-Ludwig Fuerbach (m.1872): A consciência humana é auto-consciência e Deus não é mais que a projeção da espécie humana.
-Karl Marx (m. 1883): A atividade fundamental do homem é a sensual e esta floresce na prática revolucionária. A religião é o resultado de contradições no mundo econômico e social que devem ser destruídas pela revolução. Desse modo se eliminará a Deus que é uma alienação.
A filosofia de Marx inspirou as revoluções comunistas que, começando na Rússia, tem produzido regimes de terror em diversas partes do mundo.
-Friedrich Nietzche (m.1900): A realidade central do homem é a ambição do poder. Deus é um fator que limita que o homem se desenvolva no Uber-mensch (super-homem). Anunciou a realidade cultural da morte de Deus: "A crença no Deus dos cristãos já não é mais crível".
-Sigmund Freud (m.1939): Ainda que tecnicamente se considerava agnóstico, também percebia ao Deus providencial como uma "projeção de Édipo" da debilidade humana que busca a figura do pai protetor e amoroso.
Complexo de Édipo: Na psicanálise, inclinação sexual do filho ao progenitor do sexo contrário, acompanhado de hostildade até o do mesmo sexo. Referindo-se às meninas pode-se chamar complexo de Electra.
Freud negou tudo o que não pudesse se submeter ao laboratório. No entanto nunca teve interesse de investigar os milagres, por exemplo, das curas acontecidas no santuário de Lourdes. Preferiu negá-los a admitir que estes haviam sido declarados por respeitáveis médicos. Quis estabelecer sua teorias contra Deus e, infelizmente, este prejuízo tem tido grande influência nas ciências sociais do século XX.

No final do século XIX, o ateísmo definia a Deus como "anti-humano".

Século XX. Os filósofos existencialistas como -Jean-Paul Sartre (m.1980) percebem a Deus como uma contradição e uma limitação intolerável a autêntica liberdade humana. Os positivistas dizem que tudo o que se diz sobre Deus é tolice.

Nos últimos 300 anos do milênio, tem crescido vertiginosamente o número dos que se denominam ateus ou agnósticos. Muitos outros, levados por uma total indiferença, nem sequer tomam uma posição diante de Deus. Esta tendência tem tido profundo impacto na cultura e tem levado ao que João Paulo II chama de "a cultura da morte": a negação do valor intríseco da vida humana.

"Muitos de nossos contemporâneos não percegem de nenhuma maneira esta união íntima e vital com Deus ou o negam explicitamente, até ao ponto que o ateísmo deve ser considerado entre os problemas mais graves desta época".-Catecismo # 2123

Posição da Igreja

O ateísmo, enquanto nega a existência de Deus é um pecado contra o Primeiro Mandamento. (Catecismo #2123).

São Paulo encontra culpa na posição atéia:

Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si; pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
Romanos 1:18-25

Catecismo da Igreja Católica sobre o ateísmo:

2125 Enquanto nega a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A imputabilidade desta falta pode mudar ampliamente em virtude das intenções e das circunstãncias. Na gênesis e difusão do ateísmo "pode corrsponder aos crentes uma parte não pequena; enquanto que, por descuido na educação da fé, por uma falsa exposição de doutrina e os defeitos da vida religiosa, moral e social, pode se dizer que ocultado o verdadeiro rosto de Deus e da religião, mais que revelá-lo".
2126 Com freqüência o ateísmo se baseia em uma concepção falsa da autonomia humana, levada até a negação de toda a dependência a Deus. No entanto, "o reconhecimento de Deus não se opõe de nenhum modo a dignidade do homem, já que esta dignidade se funda e aperfeiçoa no mesmo Deus". A Igreja sabe muito bem que sua mensagem liga-se com os desejos mais profundos do coração humano".

Os crentes também são culpados se derem mal exemplo ou falsificar a doutrina.

As encíclicas sobre justiça social condenaram o ateísmo prático da exploração econômica e a injustiça social. Este ensino se incorporou ao Catecismo:

2424 Uma teoria que faz do lucro a norma exclusiva e fim útlimo da atividade econômica é moralmente inaceitavel. O apetite desordenado do dinheiro não deixa de produzir efetios perniciosos. É uma das causas dos numerosos conflitos que pertubam a ordem social. Um sistema que "sacrifica os direitos fundamentais da pessoa e dos grupos nas áreas de organização coletiva da produção" é contrário à dignidade do homem. Toda prática que reduz as pessoas a não ser mais que pessoas com vistas ao lucro escraviza do hoemem, conduz a idolatria do dinheiro e contribui a difundir o ateísmo."Não podeis servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6, 24; Lc 16, 13).

2425 A Igreja tem negado as ideologias totalitárias e atéias asociadas nos tempos do "comunismo"ou "socialismo". Por outras parte, tem negado na prática do "capitalismo" o individualismo e a primazia absoluta da lei do mercado sobre o trabalho humano.A regulagem da economia pela planificação centralizada perverte em sua base os vínculos sociais; sua regulação unicamente pela lei do mercado quebrara a justiça social, porque "existem numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado"(16). É preciso promover uma regulação razoável do mercado e das iniciativas econômicas. Segundo uma justa hierarquia de valores e com vistas ao bem comum.

O Concílio Vaticano II trata do ateísmo na Constituição Dogmática; em A Igreja no Mundo Moderno #19-21.

Fonte:
www.corazones.org

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