quarta-feira, 2 de março de 2022

DESCONSTRUINDO OS MITOS SOBRE CONVERSÃO À BEIRA DA MORTE


Tornou-se comum vermos os evangélicos ao receberem a noticia de que uma pessoa incrédula morreu afirmar: " Talvez ele tenha se convertido nos instantes finais de sua vida." 


Pois é, o principal texto usado para justificar a conversão de um pecador na hora da morte é o que trata da morte do ladrão na cruz.  (Lucas 23:32-43). As Escrituras relatam que antes de sua própria morte, este criminoso tinha sido um incrédulo escarnecedor de Cristo  se arrependeu e reconheceu Jesus como o àquele que poderia salvá-lo. 


"E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com ele. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. Igualmente os soldados o escarneciam e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. Também sobre ele estava esta epígrafe [em letras gregas, romanas e hebraicas]: Este é o Rei dos Judeus. Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23-32-43)


Agora, será que o episódio do ladrão na cruz dá base para que entendamos que toda pessoa antes da morte se converta? Penso que não. Aliás, permita-me explicá-lo porque:


1. Observe que o ladrão da cruz teve TEMPO para pensar, refletir e decidir, o que não acontece com boa parte dos que morrem. Eu já vi pessoas dizendo: Há ele morreu de parada cardíaca, vai que antes se converteu? Ou  mesmo: Ele teve uma morte rápida num terrível acidente, será que naquele momento ele não foi salvo? Penso que não, visto que em ambos os casos não teve tempo para isso, visto que a morte chegou instantaneamente. 


2. Em segundo lugar, vale a pena ressaltar que conversão implica em confissão, se não há tempo para arrependimento e confissão, não há salvação, mesmo porque, sem entendimento de que Cristo é quem salva, não há conversão.


3. Conversão implica no entendimento que Cristo é o Senhor e Salvador, fruto da regeneração pelo Espírito Santo. Portanto, se não houve regeneração, não há confissão e muito menos conversão. Ademais, tenho dificuldade em acreditar que pessoas se convertam por causa do medo do inferno e da vida vindoura. Na verdade, não existe base bíblica para afirmar que o desejo de fugir do inferno converta alguém. Veja que o criminoso entendeu ele era culpado e que Cristo era inocente. O criminoso não queria meramente estar em um lugar melhor. Ele queria estar com Cristo em um lugar melhor, o que é bem diferente, não é verdade?


Caro leitor, o céu é um lugar maravilhoso porque é onde Cristo está. A questão é que muitos querem ir para o céu, sem, contudo, antes ir a Cristo. Não foi o caso desse criminoso: ele foi convencido pelo Espírito Santo dos seus pecados e entendeu que Cristo era tudo o que ele precisava, por isso herdou a vida eterna.


Pense nisso!


Renato Vargens 


Fonte: http://renatovargens.blogspot.com

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Política de moderação de comentários:

1 - Poste somente o necessário.

2 - A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Comentários com conteúdo ofensivo não serão publicados, pois debatemos idéias, não pessoas. Discordar não é problema, visto que na maioria das vezes redunda em edificação e aprendizado. Contudo, discorde com educação e respeito.

3 - Comentários de "anônimos" não serão necessariamente postados. Procure sempre colocar seu nome no final de seus comentários (caso não tenha uma conta Google com o seu nome) para que seja garantido o seu direito democrático neste blog. Lembre-se: você é responsável direto pelo que escreve.

4 - A aprovação de seu comentário seguirá o meu critério. O Blog O Peregrino tem por objetivo à edificação e instrução. Comentários que não seguirem as regras acima e estiver fora do contexto do blog, não serão publicados.

O Peregrino.