segunda-feira, 23 de julho de 2018

O Reino dos Céus: o joio e o trigo

Mateus 13.24.43

A parábola do joio e do trigo apresenta muitas verdades sobre o Reino dos céus. É uma parábola de julgamento que, à semelhança da parábola do semeador, é interpretada por Jesus. Se a parábola do semeador era sobre os tipos de solos que recebiam as sementes, a parábola do joio e do trigo é sobre o Semeador. E este semeador é Jesus – o Filho do Homem.

Estamos diante de uma parábola com dois semeadores. Vejamos cada um deles. O primeiro Semeador é o Filho do Homem. Filho do homem é um dos títulos que Jesus usava para mostrar que, além de divino, era, também, humano. Assim quem está semeando a boa semente no mundo é o próprio Jesus. A boa semente são os filhos do Reino ensina a parábola. Ou seja, é Jesus quem transforma pessoas de filhos da ira em filhos do Reino e as coloca no mundo para produzir bons frutos e serem sal e luz no chão da vida.

O Semeador é o dono do campo, isto é, o dono do mundo. Jesus é o Rei e o proprietário do mundo. Exerce sua soberania sobre todas as coisas. Apesar de ser o Rei do mundo, permite ao outro semeador que semeie as suas sementes de maldade. Nada está fora ao controle do Semeador. O Semeador colhe o fruto da sua semente e o da semente do Maligno. Depois que o trigo e o joio crescerem, serão colhidos. Um para o Reino do Pai e outro para a fornalha ardente.

O outro Semeador é o Maligno. É o inimigo. É o diabo. É o que semeia os filhos do maligno. Em Roma era comum semear pragas nos campos. Havia até uma lei que proibia isso. Esse semeador maligno é astuto, esperou todos dormirem e semeou o joio no meio do trigo. É assim que o diabo trabalha. Fica esperando um momento oportuno para fazer as suas diabruras. O propósito desse semeador é destruir o trigo. Pois o joio é uma praga para o trigo. Os dois semeiam as suas sementes em todas as camadas da sociedade. Em todos os lugares onde houver ajuntamento humano.

Temos, além de dois semeadores, no texto, duas sementes. Vejamos quais são. A primeira é a boa semente. Essa semente é a do dono do campo. É a semente que ele desejou. São os filhos do Reino. O trigo é o resultado da semente do coração de Jesus. É a planta verdadeira. Que produz fruto verdadeiro. A outra semente é a do joio. São os filhos do maligno.

O joio era uma erva daninha parecida com o trigo. Era conhecida como pseudo-trigo. Era até parecida como trigo, mas na hora de produzir fruto, a diferença era notada. Mateus 7.20. O joio quando é semeado, entrelaça suas raízes às do trigo e rouba os nutrientes. É para isso que os filhos do maligno estão no mundo, para tirar a espiritualidade dos filhos do Reino e fazer com que percam a capacidade de produzir fruto. Mas, como a parábola diz: no final ambos vão produzir fruto. É possível crescer e produzir fruto diante dos intentos malignos.

Os filhos do maligno fazem tropeças as pessoas e praticam o mal. Onde houver um filho do Reino, o maligno semeia um filho dele. Nosso papel não é arrancar os filhos do maligno, mas produzir frutos de justiça. Não dá para saber quem está no Reino e quem não está. Não podemos arrancar ninguém. Precisamos orar para que o Espírito Santo produza o seu fruto em nós.

Além de dois semeadores e duas sementes, este texto possui duas realidades eternas. A primeira realidade é a fornalha ardente. O joio será colhido e queimado no fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes, literalmente ranger de dentes e gritos. Essa realidade é para os filhos do maligno. Aqueles que não foram transformados em filhos do Reino. Esses serão colhidos e enviados ao inferno.

O inferno existe. É uma realidade eterna sem o Rei e sem o reino. É o que chamamos de tormento eterno. Essa realidade é para aqueles que não têm parte com Jesus. O joio será atado em fardos. Fardo de ateus. Fardo de hipócritas. Fardo de mentirosos. Fardos do mais diversos pecados.

Mathew Henry diz que: “haverá pranto e ranger de dentes; um sofrimento inconsolável e uma indignação incurável em relação a Deus, a si mesmos, e de uns para com os outros”.

A outra realidade é o Reino do Pai. É um lugar onde Deus é conhecido como Pai. É um lugar onde Jesus governa sobre todas as coisas. É um lugar onde os filhos do reino serão justos em plenitude. Ou seja, não haverá mais pecado. É um lugar de plenitude de vida. É o céu, onde não haverá dor.

O fim desta era vai marcar a colheita feita pelos anjos por ordem do Pai e do Filho. Precisamos rogar a Deus que nos faça boas sementes e filhos do Reino por meio de Jesus e, assim, produzir frutos que autenticarão a nossa entrada no Reino do Pai.

Apenas no Evangelho, que discernimos o Reino dos Céus.


Fonte: Napec.org

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