por
E. M. Bounds
Dê-me uma centena de pregadores que nada temem a não ser o pecado, nada desejem a não ser Deus, e não me importa se são clérigos ou leigos; somente tais pessoas abalarão os portões do inferno e estabelecerão o reino dos céus sobre a terra. Deus nada fez a não ser em resposta à oração.
— João Wesley
Os apóstolos conheciam a necessidade e o valor da oração para o seu ministério. Reconheceram que a sua nobre missão como apóstolos, em lugar de aliviá-los da necessidade de oração, impelia-os a ela como uma necessidade mais urgente; assim eles foram excessivamente zelosos para que alguma outra tarefa importante não viesse esgotar seu tempo e impedisse a sua oração como deviam fazer; assim, escolheram leigos para cuidar dos deveres delicados e crescentes de ministrar aos pobres, a fim de que eles (os apóstolos) pudessem, sem empecilho, “perseverar na oração e no ministério da palavra” (Atos 6:4). Colocaram a oração em primeiro lugar e derem ênfase à sua posição com respeito à oração, “entregaram-se a ela”, tornando-a uma tarefa, sujeitando-se a ela, dando-lhe fervor, urgência, perseverança e tempo.
Como os santos apóstolos se devotaram a este divino trabalho de oração! “Orando abundantemente dia e noite”, diz Paulo. “Mas nós perseveraremos na oração...” foi a resolução dos dedicados apóstolos.
Como estes pregadores do Novo Testamento se entregaram à oração pelo povo de Deus! Como apresentaram Deus às suas igrejas, com toda plenitude, por suas orações! Estes santos apóstolos não tinham a presunção de que haviam satisfeito seus altos e solenes deveres pela entrega fiel da Palavra de Deus, mas sua pregação, pelo ardor e insistência de suas orações, ficou gravada nas mentes dos ouvintes e produziu efeitos.
A oração apostólica era tão determinante, árdua e imperativa como a pregação. Oravam poderosamente, de dia e de noite para trazer seu povo aos lugares mais altos da fé e santidade. Oravam mais poderosamente para conservá-lo nesta atitude espiritual. O pregador que nunca aprendeu, na escola de Cristo, a nobre e divina arte da intercessão pelo seu povo, nunca aprenderá a arte da pregação, mesmo que conheça muito bem as regras da homilética e seja o mais dotado gênio da confecção do sermão e na transmissão.
As orações dos santos líderes apostólicos fizeram muito para tornar santos aqueles que não eram apóstolos. Se os líderes da Igreja, nos anos posteriores tivessem sido tão cuidadosos e fervorosos em suas orações pelo seu povo, como os apóstolos, os tempos tristes e tenebrosos do mundanismo e apostasia não teriam manchado a história, ofuscado a glória e detido o avanço pela Igreja. A oração apostólica faz santos apostólicos e conserva os tempos apostólicos de pureza e poder da Igreja.
Edward McKendree Bounds, ministro metodita e escritor devocional, nasceu em 15 de Agosto de 1835 (em Shelby County, Missouri) e morreu em 24 de Agosto de 1913. Estudo direito e aos 21 anos de idade já estava praticando a advocacia. Após advogar por três anos, começou a pregar na Igreja Episcopal Metodista do Sul. No tempo de seu pastorado em Brunswick, Misouri, foi declarada uma guerra, e ele foi feito prisioneiro de guerra por rejeitar fazer o juramento de lealdade ao Governo Federal. Depois de solto, ele serviu como capelão do Quinto regimento de Missouri [para o Exército Confederado] até o término da guerra, quando capturado e mantido como prisioneiro em Nashville, Tennessee. Após a guerra terminar, Bounds serviu como pastor de igrejas em Tennessee, Alabama, e St. Louis, Missouri....Gastou os últimos dezessete anos de sua vida com sua família em Washington, Georgia, escrevendo seus “Livros sobre Vida Espiritual”. Seu fervor e profunda devoção à oração são misturados com uma influência da teologia Reformada, que é evidente em suas muitas obras. Títulos: Essentials of Prayer; The Necessity of Prayer; Obtaining Answers to Prayers; The Possibilities of Prayer; Power Through Prayer; Purpose in Prayer; The Reality of Prayer; Winning the Invisible War .
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