INTRODUÇÃO
Se
há algo que aprendemos nesse texto é que Deus
não está preso ao tempo. Não está limitado as consequências
naturais de nossas vidas. Aquilo que para nós se tornou impossível,
para Deus não é e nunca será. A prova está aqui na vida de
Zacarias e Isabel. Ambos justos, da descendência de Arão, mas que
não tinham filhos. Os anos foram se passando e por fim os sonhos
morreram também, mas Deus tinha algo a realizar na vida deles.
Zacarias
era um sacerdote da descendência de Abias (1Cr 24.10). Todo
descendente direto do Arão era automaticamente sacerdote. Eles
estavam divididos em vinte e quatro seções (1Cr 24.1-6). Só na
Páscoa, no Pentecostes, e na Festa dos Tabernáculos serviam todos.
Durante o resto do ano cada grupo servia duas semanas. Os sacerdotes
que amavam seu trabalho esperavam ansiosos essa semana de serviço;
era a tarefa suprema de suas vidas. Havia
cerca de vinte mil sacerdotes e portanto havia quase mil em cada
seção.
De modo que dentro delas as tarefas se realizavam em grupos.
Era
muito possível que muitos sacerdotes não tiveram o privilégio de
queimar incenso em toda sua vida;
mas se a qualquer um deles lhes tocasse a sorte fazê-lo, esse dia
seria o mais grandioso de todos, o dia tão desejado e sonhado. Havia
muitos sacerdotes, mas um só templo, por isso esses turnos de
trabalho eram necessários para que todos os sacerdotes pudessem ter
o privilégio de queimar incenso no templo, ou pelo menos, ter a
oportunidade de ser sorteado para esse fim.
Zacarias
estava em Jerusalém para seu período anual de duas semanas de
serviço como sacerdote. Naquele ano, recebeu a maior de todas as
honras: foi escolhido para oferecer o incenso, sozinho no Templo. Foi
nesse dia que o anjo Gabriel aparece a Zacarias com um recado do céu
para ele e sua esposa Isabel.
Quais
as lições que podemos tirar desse texto que estamos analisando?
1
– A PIEDADE DELES NÃO OS ISENTARAM DAS ADVERSIDADES (Lc 1.5-7).
Zacarias
(o Senhor se lembrou) e Isabel (Deus é meu juramento) eram um casal
piedoso. Ambos pertenciam a linhagem sacerdotal, no entanto, não
tinham filhos. Isso
só revela uma verdade que muitos tentam não ver ou discordam: “Que
ninguém está livre de passar por lutas e provações nesta terra,
ainda que seja uma pessoa boa”.
O céu não é aqui. Só lá teremos a eterna paz. Só lá será
enxugada as nossas lágrimas para sempre. Só no céu a morte será
vencida para todo o sempre (Ap 21.4).
“E
Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras
coisas são passadas”
Em
outras palavras, além de nós não estarmos blindados contra as
adversidades, elas virão em maior ou menor proporção para cada um
de nós sempre. Mas a palavra de Deus nos diz que “Não
veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não
vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará
também o escape, para que a possais suportar”
(1 Co 10.13).
Um
sacerdote só podia casar-se com uma mulher de linhagem judaica
absolutamente pura, não necessariamente da tribo de Levi.
Considerava-se um mérito especial o casar-se com uma mulher que
também era descendente de Arão, como o era Isabel, a mulher de
Zacarias. A Bíblia nos fala que tanto Zacarias como Isabel eram
pessoas boas (piedosas), de famílias sacerdotais, mas que sofriam a
muito tempo com a dor e o estigma de não terem filhos, apesar de
suas orações. E havia outro agravante sobre a vida de Zacarias, os
rabinos judeus diziam que havia sete pessoas que não podiam
comunicar-se com Deus, e a lista começava assim: “um
judeu que não tem esposa, ou um judeu que tem esposa, mas não tem
filhos”.
Podemos
tirar duas lições aqui:
1o
– Zacarias
foi um exemplo de marido.
A
esterilidade era uma causa válida de divórcio, mas
Zacarias não abandonou a sua esposa e nem se casou com outra como
era costume da época.
Não
ter filhos era um grande infortúnio para um casal em idade avançada,
e até mesmo era percebido, com extremo sofrimento, como um sinal do
desfavor divino e como vergonha perante as pessoas, como um sinal da
destituição da bênção prometida em Gn 1.28. Veja Lc 1.25. Os
filhos eram responsáveis por cuidar de seus pais na velhice, e um
casal sem filhos corriam o risco de sofrerem grandes dificuldades
quando a idade avançada chegasse.
Durante
os anos de casamento de Zacarias e Isabel quantas vezes eles devem
ter ouvido palavras que julgavam a conduta deles ainda que de forma
velada. Quantas pessoas os olhavam e os julgavam como se eles não
tivessem nenhuma vida com Deus. Principalmente numa época em que a
esterilidade era considerada como um sinal de reprovação e juízo
de Deus. Era uma vergonha para a família quando isso acontecia. O
pesadelo da esterilidade era tão grande que Raquel disse a Jacó,
seu marido: “Dá-me
filhos, se não morrerei”
(Gn 30.1). No entanto, o próprio Deus testifica da vida piedosa
desses irmãos. Isso serve de grande exemplo para todos nós.
Apesar
de a esterilidade ser uma causa válida de divórcio, Zacarias não
abandonou sua esposa.
Zacarias é um exemplo para todos nós maridos, este homem, apesar de
poder deixar a sua esposa por não gerar filhos ele não fez isso.
Por muito menos os casais de hoje estão se divorciando e, no
entanto, Zacarias não fez tal loucura. Zacarias seguiu o exemplo de
Elcana, esposo de Ana, mãe de Samuel, que a amava e não a deixou,
apesar dela não gerar filhos também.
2o
– Apesar das adversidades que enfrentavam eram pessoas justas e
serviam ao Senhor (Lc 1.6,7).
Lucas dá a entender que a causa da ausência de filhos se deve a
Isabel, a qual chama de “justa”. Não se trata de coincidência,
mas de sabedoria do educador celestial permitir que justamente
aquelas pessoas que ele honra com graças especiais passem por graves
provações. Ambos andavam (viviam), isto é, não apenas conduziam
temporariamente uma vida agradável a Deus, mas se empenhavam em
praticar continuamente, com santa seriedade, aquilo que era correto
perante Deus. Ninguém podia acusá-los de nada.
Apesar
de todo esse opróbrio, eles não
se revoltaram contra Deus por não terem seus sonhos realizados. Não
quero dizer com isso que não estivessem tristes por não terem
alcançado o sonho desejado. O que vemos através desse texto é que
eles continuavam servindo ao Senhor com a vida no altar, com o
coração rendido a Deus apesar de não terem sido atendidos em suas
orações. Diferentemente de muitos hoje que abandonam as suas
igrejas porque não tiveram seus desejos alcançados, como se
quisessem fazer greve de culto contra Deus.
O
que temos visto em muitos lugares são crentes que servem ao Senhor
só se forem beneficiados, com a realização de seus desejos; não O
servem pelo prazer de estar em Sua companhia. Creio que essas pessoas
deveriam meditar melhor em 2
Co 11.23-33 a 12.1-10.
2
– O TEMPO DA RESPOSTA AS SUAS ORAÇÕES CHEGOU (Lc 1.8-14).
A
ordem mais repetida em toda a Bíblia é: “Não
temas”.
O Senhor sempre vem para acalmar o nosso coração temeroso. Zacarias
antes de receber a resposta de Deus as suas orações, o Senhor se
manifestou a ele para lhe acalmar o coração. Afinal, a sua causa,
humanamente falando, era perdida. Orou por longos anos e o Senhor não
lhe atendeu, não vai ser agora que responderá. Ledo engano! O
Senhor não mudou em poder e graça!
Quando
Zacarias e Isabel haviam desistido da realização de seu sonho foi
que veio a resposta de Deus para os seus servos. Gabriel diz para
Zacarias que Deus nunca havia deixado de ouvi-los, mas que ainda não
havia chegado o tempo de Deus agir. Que o Senhor se importava com os
seus sonhos e que iria realizá-los pois era algo que edificaria
muitas outras pessoas, não só a deles.
Gabriel
não só anuncia que Zacarias e Isabel seriam pais, mas que eles
seriam pais de um menino e que iria se chamar João a forma grega do
nome hebraico “Joanã”
(Deus
é gracioso).
A escolha desse nome para o precursor do Messias simbolizava o ponto
de mudança na história da redenção. Deus estava prestes a
derramar sua graça, mediante o dom de Seu Filho, o Senhor Jesus
Cristo (cf. Jo 1.14,17).
Podemos
tirar três lições nessa passagem:
1o
– O Senhor tem o controle do tempo e de nossos destinos (Lc
1.8-10).
Como já falamos, havia cerca de vinte mil sacerdotes e portanto
havia quase mil em cada seção, que eram divididos em vinte e quatro
seções. De modo que dentro delas as tarefas se realizavam em
grupos. Era
muito possível que muitos sacerdotes não tiveram o privilégio de
queimar incenso em toda sua vida;
mas se a qualquer um deles lhes tocasse a sorte fazê-lo, esse dia
seria o mais grandioso de todos, o dia tão desejado e sonhado. Havia
muitos sacerdotes, mas um só templo, por isso esses turnos de
trabalho eram necessários para que todos os sacerdotes pudessem ter
o privilégio de queimar incenso no templo, ou pelo menos, ter a
oportunidade de ser sorteado para esse fim.
Durante
esse tempo, toda a multidão do povo permanecia da parte de fora,
orando.
Depois de Zacarias ter derramado o incenso sobre as brasas
incandescentes do altar, ele se prostrara, conforme prescrito, para a
adoração. Nessa hora da queima do incenso, em todo o país os
rostos do povo se voltavam para Jerusalém, e as pessoas oravam. No
instante em que o sacerdote se posta diante de Deus, ele resume, como
representante do povo, as orações de todos, trazendo-as à face de
Deus. Nessa hora ele também pode expressar sua intenção mais
íntima e sagrada diante de Deus. A subida do incenso é uma imagem
da ascensão da oração, agradável a Deus. Veja Sl 141.2 e Ap 5.8;
8.3,4.
Era
natural então que Zacarias, em seu grande dia, pensasse e orasse a
respeito de sua tragédia pessoal e doméstica. Então apareceu a
assombrosa visão com sua alegre mensagem de que, apesar de suas
esperanças estarem mortas, nascer-lhe-ia um filho, pois assim o
Senhor o determinou. Como nos fala Jesus em Lucas: “Porventura
Deus não fará plena justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam
de dia e de noite, ainda que lhes pareça demorado em atendê-los?”
(Lc 18.7).
Naquele
dia, naquela hora e dentro do templo o Senhor envia Gabriel para dar
um recado para o seu servo Zacarias.
Deus tem o controle da história. Da minha história e da sua
história. Ele controla o tempo e as estações, mas também controla
as nossas vidas de acordo com a Sua vontade. Assim como aconteceu com
Zacarias, o Senhor também nos envia respostas as nossas orações. O
Senhor não mudou. Mas essas respostas virão no tempo dele, na hora
dele e do jeito dele.
2o
– O tempo de Deus contradiz o nosso tempo (Lc 1.11-13).
“Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito
debaixo do céu”
(Ec 3.1).“Tudo
tem o seu Chronos
determinado, e há um Kairós
para todo propósito debaixo do céu”
– existe um tempo cronológico dentro do qual vivemos, e dentro
dele um momento oportuno para que se cumpram propósitos de Deus.
Chronos
– “Tempo”, “período de tempo”, “espaço de tempo, longo
ou breve”. Chronos serve, inicialmente, para a designação formal
de um espaço de tempo, ou ponto de tempo, refere-se ao tempo
cronológico ou sequencial que pode ser medido.
Kairós
– “Tempo”, especialmente um “ponto no tempo”, “momento”,
“tempo oportuno”. Na teologia passou a ser usado para descrever a
forma qualitativa do tempo ou “o tempo de Deus”, o tempo que não
pode ser medido, é o tempo da oportunidade (Lc 19.41-44 – “…POIS
QUE NÃO CONHECESTE O TEMPO DA TUA VISITAÇÃO”.
Aion
– Indicava o tempo de longo prazo, na verdade, de longuíssimo
prazo, que o apóstolo usa quando diz que Jesus é Senhor não apenas
neste século, ou era, isto é, aion, como também no vindouro (Gl
1.5).
O
tempo de Deus é completamente o oposto do nosso tempo.
Deus não está preso a ele como nós estamos. Ele age com poder e
graça no tempo determinado por Ele (Gl 4.4,5). O anjo Gabriel vai
visitar Zacarias e Maria levando uma mensagem do céu a um velho e a
uma jovem virgem. O que temos aqui são tempos opostos. Cada um em
uma extremidade.
O
anjo parece chegar atrasado para um e adiantado para outro.
Na perspectiva humana, Gabriel chegou atrasado à vida de Zacarias e
Isabel, pois já eram avançados em idade e Isabel ainda era estéril
e chegou adiantado à vida de Maria, pois ela era ainda jovem, virgem
e noiva de um carpinteiro. No entanto, o Senhor enviou o seu anjo na
plenitude dos tempos na vida de todos eles.
Observe
a vida de algumas mulheres na Bíblia e você verá que o tempo,
apesar de longo, foi um tempo de amadurecimento e de bênção para
todos ao redor. Veja a vida de Sara, Rebeca, Raquel, Ana. Sara gerou
Isaque, Rebeca gerou Esaú e Jacó, Raquel gerou José e Ana gerou
Samuel. Não estamos fazendo dessas histórias uma doutrina. Estamos
tentando lhes mostrar que o tempo para Deus não existe e quando ele
age em nossas vidas, ainda que pareça tardio em agir, Ele age no
tempo certo e nos abençoa.
3o
– Para recebermos a resposta de Deus, no tempo de Deus, devemos
estar na presença de Deus (Lc 1.10,11).
Quando Deus começa uma nova obra ele não joga fora a antiga, mas
estabelece uma conexão com ela! No seio de Israel, em Jerusalém, no
templo (o centro da vida cultual de Israel), Deus engendra o
surgimento da nova aliança. Observe que no
templo
começa a história narrada pelo evangelista Lucas a cerca do
nascimento de João. A vida religiosa do povo de Israel estava
centrada no templo.
Observe
que Lucas começa o seu Evangelho nos mostrando que Zacarias tem uma
visão de um anjo dentro do templo. Veja como essas frases no começo
do evangelho relacionam-se com as últimas frases do seu
evangelho:“Então,
eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;
e estavam sempre no
templo,
louvando a Deus”
(Lc 24.52,53). É “no
templo”
de Jerusalém, que é a continuação do tabernáculo, que Deus
estabelece a conexão com o novo. Somente depois que Jerusalém
rejeitou definitivamente ao Salvador que o templo também foi
entregue à destruição (cf. Lc 13.35; 19.46 e 21.6).
O
templo era o ponto central da adoração para os judeus. Agora no
período da graça, o templo continua sendo o ponto central da
adoração para cristão, só que o templo somos nós, como nos fala
Paulo escrevendo aos Coríntios: “Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o
destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo”
(1 Co 3.16,17).
Em
outras palavras, as pessoas querem ter respostas de Deus em suas
vidas mas não estão na presença de Deus para obter as respostas
dele. O Templo
que somos nós hoje não tem sido lugar de adoração ao Senhor. Na
hora da crise, infelizmente, muitas pessoas preferem se afastar de
Deus do que se aproximar dele. Zacarias
por ser um homem justo permaneceu na presença do Senhor e foi no
templo, no seu turno, no momento da oração que o Senhor se revelou
a ele.
Meu irmão você só encontrará as respostas de Deus para sua vida
na presença de Deus e não longe dele. Temos que ser iguais a Jacó:
“Não
te deixarei ir, a não ser que me abençoes!” (Gn
32.26).
Podemos
resumir este ponto da seguinte forma: “A extrema incapacidade do
homem é a oportunidade de Deus”, pois Ele é o Senhor do tempo.
CONCLUSÃO
Assim
como o Senhor se manifestou de forma graciosa perante o seu servo
Zacarias, o Senhor também tem feito o mesmo com cada um de nós
hoje. Talvez nós estejamos nos questionando o porque da demora das
respostas das nossas orações, mas saiba que todas elas têm chegado
aos seus ouvidos.
No
entanto, o tempo de Deus para respondê-las é diferente do nosso
tempo. E pode ser que Ele não responderá de forma positiva ao que
temos pedido a Ele. Mas independentemente de termos as nossas orações
respondidas ou não, de forma alguma devemos nos afastar dele como
crianças pirracentas. Devemos olhar para a vida de Zacarias e Isabel
e tomar como exemplo de fidelidade ao Senhor ainda que as nossas
orações não sejam atendidas.
Pense
nisso!
Por Pr. Silas Figueira
Bibliografia:
1
– Barclay, William. Comentário do Novo Testamento, Lucas.
2
– Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por
versículo, volume 2, Lucas e João. Editora Candeia, São Paulo, SP,
1995.
3
– Davidson, F. O Novo Comentário da Bíblia, volume 2. Edições
Vida Nova, São Paulo, SP, 1987.
4
– Fee, Gordon D. e Stuart, Douglas. Entendes o Que Lês? Edições
Vida Nova, São Paulo, SP, 1986.
5
– Keener, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, Novo
Testamento. Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 2017.
6
– Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus, o homem perfeito. Comentário
Expositivo Hagnos. Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017.
7
– MacArthur, John. Comentário do Novo Testamento, Lucas.
8
– Manual Bíblico SBB. Barueri, SP, 3a edição, 2018.
9
– Mears, Henriqueta C. Estudo Panorâmico da Bíblia. Editora Vida,
São Paulo, SP, 15a impressão, 2003.
10
– Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário. Edições Vida
Nova e Mundo Cristão, São Paulo, SP, 1986.
11
– Rienecker, Fritz. Evangelho de Lucas, Comentário Esperança.
Editora Esperança, Curitiba, PR, 2005.
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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