Texto base: Lucas 7.18-23
INTRODUÇÃO
No momento em que Jesus começou a ministrar na Galileia, João Batista havia sido preso por Herodes por denunciar casamento adúltero do rei com a mulher do seu irmão (Mt 14.3-4). João já havia anunciado que Jesus era o Messias, se dirigiu a Ele como o Cordeiro de Deus (Jo 1.29), o batizou no rio Jordão, e declarou com humildade que “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). Ele já tinha reconhecido Jesus como o Cristo e confiara nele como seu próprio Senhor e Salvador (Jo 3.36). Mas agora João Batista está preso. O ministério de Jesus cresce, enquanto João Batista é esquecido na prisão. Os milagres de Jesus são notórios, enquanto o seu precursor vive na escuridão lôbrega do cárcere. As multidões fluem a Jesus e recebem seus milagres, enquanto João amarga o ostracismo de uma prisão imunda [1]. João parece estar perplexo diante do que tem ouvido a respeito de Jesus e então ele manda dois de seus discípulos perguntar-lhe: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?”.
Esse é um daqueles textos que têm algumas interpretações.
● Há os que defendem que João Batista teve um momento em seu ministério que duvidou de que Jesus era o Messias. João está preso já acerca de um ano na prisão de Maquerós, a leste do mar Morto, e aquele que ele apresentara como o Noivo e o Messias do Senhor, nada fazia para libertá-lo do cárcere. Nem uma visita havia lhe feito nesse período de encarceramento. Os defensores desse ponto-de-vista argumentam que João passou por uma grande crise pois João esperava que o Messias estivesse agindo com rigorosa justiça no seu ministério contra os gentios, e no entanto, ele havia curado o servo de um centurião romano. Por isso que a resposta que o Senhor manda dar a João era para renovar a sua fé.
● Outros argumentam que a atitude de João fora pedagógica. João não alimentava dúvidas nem decepção alguma em relação a Jesus, não que João não pudesse cair em dúvidas, mas não era essa a questão aqui. Quem defende essa opinião diz que João sabia que seu ministério estava por terminar, então João envia dois de seus discípulos para lhes fortalecer a fé no Messias Jesus. Tanto que a resposta de Jesus aos discípulos de João são citações diretas do livro do profeta Isaías (Is 29.18; 35.5,6; 42.18; 26.19; 61.1).
● O argumento que defendo é que João não duvidou que Jesus era o Messias prometido. Creio que tal pensamento não lhe ocorreu. Quando lemos os Evangelhos e principalmente o Evangelho de João 1.19-34 isso não nos deixa dúvida. Creio que o que estava por trás da pergunta de João era decepção e não dúvida. Creio que as suas expectativas em relação a Jesus foram frustradas na forma como o Senhor estava agindo. Mas ao mesmo tempo João foi pedagógico com seus discípulos, para não permitir que essa mesma decepção os atingisse também. Por isso João envia dois de seus discípulos a Jesus. A resposta de Jesus foi um renovo para João e um fortalecimento na fé dos seus discípulos. João sabia que seu ministério estava por terminar, mas ele não queria deixar os seus discípulos órfãos. Tanto que ele falou em João 3.30,36: “É necessário que ele cresça e que eu diminua. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”.
Eu quero pensar com você a partir dessa perspectiva da decepção de João Batista e como podemos lidar quando essas decepções também nos atingem.
1 – JOÃO ERA HOMEM SEMELHANTE A NÓS (Lc 7.18,19).
João estava na prisão havia alguns meses (Lc 3.19,20), mas seus discípulos o mantinham informado do que Jesus estava fazendo. Deve ter sido difícil a um homem acostumado à vida no deserto ficar confinado à prisão. A pressão física e emocional certamente era enorme, e os longos dias de espera não facilitavam as coisas. Os líderes judeus não tomaram atitude alguma a fim de interceder por João, e, ao que parecia, nem mesmo Jesus se preocupava com ele. Se Cristo veio mesmo para libertar os cativos (Lc 4.18), João Batista era um candidato! [2].
João, embora figura única na história bíblica, não era um super-homem. Estava sujeito, como todos os seres humanos, à depressão e à decepção [3]. Não é incomum grandes líderes espirituais terem seus dias de dúvida e de incredulidade. Moisés quase desistiu certa ocasião (Nm 11.10-15), assim como também Elias (1 Rs 19) e Jeremias (Jr 20.7-9, 14-18); até Paulo sabia o que era sentir desespero (2Co 1.8,9) [4].
Com isso em mente, podemos destacar três coisas:
1º - Ninguém está livre de passar por crises de depressão e decepção em relação a Deus. Quando um crente mantêm-se fiel ao Senhor e procura servi-lo com empenho ao longo dos anos e, de repente, experimenta a tragédia em sua vida, talvez até mesmo uma série de tragédias, é difícil não se perguntar sobre o amor e a justiça de Deus.
No Salmo 73 nós encontramos Asafe passando por essa crise. Veja o que ele fala nos versos 13,14: “Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã”.
Asafe não era apenas um levita, mas era também profeta (2Cr 29.30), no entanto, ele passou por tamanha crise que deixou registrado nas Escrituras em forma de canção.
Quando lemos a carta aos Hebreus, vemos que o autor lembra aos seus leitores das lutas que eles passaram a enfrentar quando foram iluminados pelo Senhor:
“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente” (Hb 10.32-34).
A questão não é passar por esse tipo de crise, a questão é enfrentá-la sem perder a esperança e a fé. Como disse Wiersbe: Há uma diferença entre dúvida e incredulidade. A dúvida diz respeito à mente: não conseguimos entender o que Deus está fazendo nem seus motivos para fazê-lo. A incredulidade diz respeito à vontade: nós nos recusamos a crer na Palavra de Deus e a obedecer ao que nos ordena” [5]. Nisso devemos vigiar.
2º - Passar por esses questionamentos não é pecado. A pergunta de João não era resultado de incredulidade, mas de dúvida alimentada por pressão física e emocional. Questionar o agir de Deus em relação a certas situações que enfrentamos não é pecado. Pecado é negar a fé por estar enfrentado alguma crise.
Jó passou por uma grande crise, no entanto ele não pecou (Jó 1,2). Leia o Salmo 88, nele nós encontramos um homem enfrentando uma grande crise por estar doente e abandonado pelos amigos. Mas este homem está orando: “SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite” (Sl 88.1). Ele não perdeu a fé, apesar da crise que está enfrentando.
Podemos passar por muitas crises e questionarmos a Deus o porquê delas. O que muitas vezes ocorre é que muitas pessoas blasfemam diante da crise. Negam o nome do Senhor. Falam as coisas mais absurdas a Seu respeito. Nisso devemos vigiar.
3º - O Senhor nos ajuda em nossas crises (Lc 7.21-23). O Senhor não deixou João sem uma resposta à sua pergunta. Talvez a resposta não seja a que João gostaria de ter recebido, mas nem por isso Jesus deixou de responde-lo.
Observe que na resposta de Jesus trouxe à tona as obras que estava realizando, obras essas claramente ligadas a ação do Messias no mundo, profetizadas no Antigo Testamento (Por exemplo, em Isaías 35.5-6). O que Jesus quis mostrar a João Batista é que a agenda de Deus estava sendo cumprida. Apesar de não estar sendo feita como João desejava ou esperava, Deus estava agindo conforme Sua vontade soberana. João deveria estar atento a isso!
A resposta de Jesus não tirou João da prisão física, mas com certeza, o libertou da prisão da decepção. Foi isso que ocorreu também com o apóstolo Paulo.
O apóstolo Paulo orou três vezes para ser liberto de um espinho na carne. No entanto, o apóstolo não teve da parte do Senhor o livramento que esperava, mas mesmo assim, ele teve a resposta que precisava ter. Veja o que ele nos fala a esse respeito:
“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (2Co 12.7-10).
Diante da resposta do Senhor o apóstolo se conformou e se alegrou no Senhor, apesar da crise continuar. Creio que com João Batista não tenha sido diferente.
2 – COMO CONCILIAR A GRAÇA E A MISERICÓRDIA DE JESUS COM O SOFRIMENTO (Lc 7.20-23).
Talvez os pensamentos e perguntas de João naquela solidão fossem os seguintes: Se realmente for verdade o que meus discípulos informam sobre ressurreições e maravilhosas curas de enfermos, isso é algo grandioso. Mas então, por que não brilha uma luz na minha cela escura? Se for verdade que o Mestre disse de si: “Vim para apregoar aos cativos a libertação” (Lc 4.18), se isso realmente for verdade, por que o Senhor não liberta o seu servo, que já está há tanto tempo apodrecendo na prisão? O servo espera, mas nada acontece. O Mestre nem mesmo lhe faz uma visita. Parece que Jesus nem se importa com o seu servo e arauto. Para um coração humano isso evidentemente é incompreensível. Aonde isso vai levar? A quem devo me dirigir na minha angústia? Assim o Batista preso talvez esteja cismando e lutando. Não consegue livrar-se das perguntas e dos anseios de seu coração. Um único pensamento o detém sem cessar: Que há com esse Jesus? Não devia ele tomar a pá e fazer uma limpeza, em especial diante da revoltante injustiça desse Herodes, a quem ele (João) havia dito a verdade de modo tão claro e insofismável? [6].
Jesus cura enfermos e ressuscita mortos, mas onde está Jesus que não vem ao encontro do seu profeta para libertá-lo? Esse é, também, o nosso drama. Como conciliar o poder de Jesus com as angústias que sofremos? Como conciliar o poder de Jesus com a inversão de valores da sociedade: Herodes no trono e João Batista na cadeia? Como conciliar o poder de Jesus numa época em que uma jovem fútil, uma mulher adúltera e um rei bêbado podem atentar contra a vida do maior homem, do maior profeta, sem nenhuma intervenção do céu? [7].
Creio que para essas perguntas temos três respostas.
1º - Muitos dos questionamentos que temos é porque criamos falsas expectativa em relação a Jesus. João não teve dúvidas de que Jesus era o Messias, mas ele provavelmente esperava que o Senhor agisse com mais rigor em seu ministério. De acordo com João, Jesus tinha vindo para peneirar a colheita. Ele recolheria os grãos e queimaria a palha com fogo que não se apagava (Lc 3.16,17). Em vez disso, Jesus estava percorrendo os montes da Galileia, pregando o evangelho e curando os enfermos. O machado tinha sido afiado e o fogo estava aceso (Mt 3.10), mas parece que Jesus não se interessara por eles.
Essa é a crise que muitas vezes enfrentamos também. Esperamos o agir de Deus segundo a nossa vontade e não segundo a vontade dele. Sabemos o que queremos e assim colocamos isso na boca de Deus. Deixamos nossos desejos governar nossas expectativas. Por isso ficamos frustrados.
Foi esse mesmo sentimento que enchia o coração dos discípulos no caminho de Emaús quando falavam a respeito das expectativas que tinham a respeito de Jesus, como lemos em Lucas 24.21: “E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram”. Eles esperavam um reino terreno e imediato, mas não foi isso que o Senhor veio realizar. Expectativas erradas traz grandes tristezas ao coração. Mas isso ocorreu por desconhecimento das Escrituras (Lc 24.25-27).
2º - Muitas vezes nossas orações são respondidas segundo a nossa vontade e passamos a crer que será sempre assim. Às vezes os objetivos que determinamos de fato vêm a ser conforme o que Deus pretende fazer. Quando isso acontece, ficamos muito animados, tão entusiasmados que estabelecemos mais objetivos para Deus. Porém, cedo ou tarde – e com muita probabilidade acontecerá mais cedo que mais tarde – o que Deus realiza é tão contrário às nossas expectativas que mal sabemos o que pensar.
- Oramos por cura, e o doente morre.
- O emprego que parece tão perfeito para nós vai para outra pessoa.
- A pessoa que seria a companhia ideal para toda a vida não corresponde aos nossos sentimentos.
Diante disso, ficamos profundamente transtornados não apenas porque Deus não fez o que queríamos que ele fizesse, nem sequer porque não fez o que esperávamos que fizesse. Ficamos assombrados por Deus não ter feito o que sabemos em nosso íntimo que ele devia ter feito [8]. Aí entramos em crise!
3º - Ficamos decepcionados com Jesus porque não vemos o que ele está realmente fazendo (Lc 7.21,22). Observe que a resposta de Jesus aos discípulos de João não consistiu somente em palavras, mas em ação. Ele mostrou várias coisas que Ele estava realizando. Mostrando para os discípulos de João e respondendo ao próprio João que a Palavra de Deus estava se cumprindo, ainda que ele João, não estivesse vendo.
Três verdades devem ser aqui destacadas na resposta de Jesus a João Batista [9]:
1 – Jesus dá provas de que ele é o Messias (7.21). Esses sinais seriam operados pelo Messias que havia de vir (Is 29.18,19; 35.4-6; 42.1-7). Não era, portanto, necessário esperar outro Messias, pois o Jesus histórico é o Messias de Deus!
2 – Jesus prega aos ouvidos e aos olhos (7.22). Jesus fala e faz, prega e demonstra, revela conhecimento e também poder. Jesus prega aos ouvidos e aos olhos. A mensagem de Jesus a João tem três ênfases, como vemos a seguir.
Primeiro, a mensagem de Jesus mostra que o reino de Deus abre as portas para que os rejeitados sejam aceitos. Ninguém era mais discriminado na sociedade do que os cegos, os coxos, os leprosos e os surdos. Eles não tinham valor. Eram feridas cancerosas da sociedade. Eram excesso de bagagem à beira da estrada. Mas a estes que a sociedade chamava de escória, Jesus valorizou, restaurou, reciclou, curou, levantou e devolveu a dignidade da vida. Jesus manda dizer a João que o reino que ele está implantando não tem os mesmos valores dos reinos deste mundo.
Segundo, a mensagem de Jesus mostra que no reino de Deus a sepultura não tem força e a morte não tem a última palavra. O problema do homem não é o tipo de morte que enfrenta agora, mas o tipo de ressurreição que terá no futuro. Se Jesus é o nosso Senhor, então a morte não tem mais poder sobre nós. Seu aguilhão foi arrancado. A morte foi vencida.
Terceiro, a mensagem de Jesus mostra que no reino de Deus há uma oferta gratuita de vida eterna. O reino de Deus é para o pobre, que se considera falido espiritualmente, não importa qual seja sua condição social. Enquanto João está pedindo a solução do temporário, Jesus está cuidando do eterno.
Muitas vezes só achamos que o Senhor está realizando grandes coisas, quando essas “grandes coisas” acontecem conosco. Sabe porque isso acontece? É que partimos de um pressuposto errado. Jesus veio por nós, mas isso não significa que Ele veio para nos agradar. Jesus não veio para fazer os nossos caprichos. Embora essa tem sido a mensagem pregada em muitos púlpitos por aí.
Jesus veio por nossa causa, mas Ele não responde a nós. Jesus veio por nós, mas Ele não se sujeita aos nossos planos, por melhor que eles sejam. Pelo contrário, Jesus exige que nos sujeitemos aos planos dele.
Eu sou barro e Ele o oleiro. O problema é que o barro quer debater com o Oleiro o que Ele está fazendo.
Veja o que a Bíblia nos fala a respeito disso:
“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9.20,21).
“A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.1-6).
Lembrem-se: somos barro e o Oleiro Jesus sabe o que faz!
3 – O SENHOR RECRIMINA JOÃO POR SUA DÚVIDA E DECEPÇÃO (Lc 7.23).
Jesus mostra aqui que João estava caindo em uma armadilha. O termo σκανδαλίζω (escândalo) é a isca numa armadilha ou laço. É o espeque que arma a armadilha; daí, laço, tentação para o pecado, sedução (Mt 18.7; Lc 17.1); também, objeto de repulsa, o escândalo da cruz (1Co 1.23; Gl 5.11). Semelhantemente, o verbo basicamente significa cair no laço, induzir ao pecado, desviar-se (Mt 5.29; 18.6; etc.). No passivo, pode significar ser repelido por (Mt 11.6; Me 6.3; e aqui em Lc 7.23) [10].
O verbo escandalizar se referia originalmente ao graveto usado como pinguela em armadilhas. Por causa de sua preocupação com aquilo que Jesus não estava fazendo, João corria o risco de cair numa armadilha. Estava tropeçando sobre seu Senhor e o ministério dele. Jesus lhe disse gentilmente para ter fé, pois seu Senhor sabia o que estava fazendo.
Hoje em dia, muita gente critica a Igreja por não “mudar o mundo” e resolver os problemas econômicos, políticos e sociais. No entanto, os críticos esquecem que Deus muda seu mundo ao transformar indivíduos. A história mostra que muitas das grandes iniciativas humanitárias partiram da Igreja, mas sua tarefa principal é outra: levar os pecadores ao Salvador. Todo o resto é resultado desse objetivo central. Proclamar o evangelho deve ser sempre a maior prioridade da Igreja [11].
CONCLUSÃO
Assim como João Batista, muitas vezes nós ficamos frustrados com o agir de Deus. Ficamos assim porque esperamos que Ele aja de acordo com a nossa vontade, segundo a nossa interpretação das coisas. Tudo isso ocorre porque olhamos para o efêmero e não para a eternidade. Muitas vezes somos tão egoístas que queremos o agir de Deus em nossas vidas e não nos importamos com os outros. Achamos que por sermos servos do Senhor, Ele irá agir sempre a nosso favor segundo a nossa vontade.
Mas não isso não será sempre assim. Jesus deixou claro aos seus discípulos quando disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (Jo 15.18-20).
O que podemos esperar então neste mundo? Quantos irmãos nossos estão sofrendo perseguições, torturas e mortes. Isso ocorreu no início da Igreja, isso ocorreu durante a história e isso tem ocorrido hoje. Então viva a para Cristo firmado em Suas promessas, mas não se iluda que a vida cristã é uma colônia de férias. Nem todos sofrerão torturas e mortes, mas todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo Jesus sofrerá perseguição. Lembre-se disso. E que Deus o abençoe!
Pense nisso!
Por Pr. Silas Figueira
Bibliografia:
1 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 210.
2 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 254.
3 –Tasker, R. V. G. Mateus, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, 1985, p. 90,91.
4 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 254.
5 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 254.
6 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Mateus, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 123.
7 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 212.
8 – Koessler, John. A Surpreendente Graça nas Decepções, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2019, p. 56.
9 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 214, 215.
10 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 1, São Paulo, SP, Ed. Cultura Cristã, 2003, p. 540.
11 – Wiersbe, Warren W.
Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo
André, SP, 2007, p. 254, 255.
Fonte: http://ministeriobbereia.blogspot.com
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