Muitas vezes, quando falamos sobre Teonomia
(Theos=Deus + Nomos=Lei) e sobre a obrigação que todos tem de
obedecê-la, algumas pessoas de pouco conhecimento bíblico e baixa
instrução teológica tiram conclusões equivocadas e fazem ataques
infundados e desnecessários.
Afirmam que somos legalistas,
moralistas, fariseus modernos, judaizantes e radicais, chegando até a
dizer que, ao defendermos a Lei, estamos rejeitando a Graça e pregando a
justificação pelas obras.
Quanta falta de informação!
Eles não percebem que, ao atacarem a Lei, estão destruindo completamente o Evangelho. A lógica é muito simples:
- Se não há lei, não há transgressão;
- Se não há transgressão, não há condenação;
- Se não há condenação, a graça perde o sentido;
- E se a graça perde o sentido, o evangelho desaparece.
Portanto, quem é inimigo da Lei, também é inimigo da Graça.
Lei e Graça não são opostas, não são adversárias, nem se excluem. Elas trabalham em harmonia.
Quando Cristo nos justifica, Ele nos livra da condenação da lei, não da obrigação de obedecê-la. O princípio é "vai-te, e não peques mais".
Feitos novas criaturas por meio da Graça, aí sim estamos capacitados
internamente a obedecer a Lei. Muito embora, nesta presente era, a nossa
obediência seja imperfeita por causa do pecado que ainda habita em
nossa carne, o nosso homem interior tem prazer na Lei e deseja
obedecê-la.
"Porque, segundo o homem interior, tenho prazer
na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a
lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está
nos meus membros." (Romanos 7:22,23)
Há vários aspectos na Lei de Deus, e vários usos legítimos dela. Paulo fala que “...a lei de Deus é boa, se for usada como se deve.” (1 Timóteo 1:8).
Tradicionalmente há três usos legítimos da Lei:
1) O uso político, isto é, a aplicação da Lei de Deus pelo magistrado civil para a restrição do comportamento perverso dos homens ímpios.
2) O uso pedagógico, ao fornecer a convicção do pecado e criar um senso de necessidade espiritual no pecador, conduzindo-o a Cristo.
3) E o uso didático, quando a Lei serve como uma regra de vida para os crentes viverem diariamente de acordo com a vontade de Deus.
Para um estudo mais detalhado sobre o assunto, recomendo a leitura do excelente livreto:
Lei e Evangelho: A Posição Reformada Teonomista.
Fonte: https://www.internautascristaos.com
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