O Decreto eterno de Deus tem como certo TODAS AS COISAS que Deus DECRETOU. Elas não acontecem porque Ele as anteviu por sua presciência, mas porque decidiu que fossem assim. A PROVIDÊNCIA de Deus cuida para que Seus DECRETOS ocorram no tempo.
O Decreto de Deus contempla também a liberdade do
homem, que decide CONTINGENCIALMENTE de acordo com suas próprias
inclinações. Deus, através de sua Providência, EM ALGUNS CASOS,
não age positivamente para modificar a VONTADE e decisão do homem para
fazer cumprir o seu decreto, posto que a escolha CONTINGENCIAL que o
homem fez livremente (o que significa que podia ter decidido de outra
forma) já
CONTEMPLA o que fora decretado na eternidade, como o que ocorreu com
Judas. Havia um decreto que Cristo morreria na cruz. As escolhas LIVRES e
RESPONSÁVEIS de Judas, motivadas simplesmente por sua ganância e
avareza, sem nenhuma intervenção propositiva da providência e sem que
houvesse nenhuma inclinação sobrenatural do seu coração, mas apenas por
sua livre vontade de obter lucro, se encarregaram de conduzir o processo
COMO ESTAVA DECRETADO ANTECIPADAMENTE.
Em OUTROS CASOS, porém, quando a
escolha CONTINGENCIAL do homem vai de encontro ao que foi decretado por
Deus, Sua providência age positivamente para corrigir os rumos da
história e assegurar o cumprimento do decreto de Deus. Nesse caso, temos
uma ação divina que contraria e intervém na VONTADE EXTERNA do homem,
assim como um pai que proíbe um filho de executar seu querer, sem,
contudo, mover seu coração para deixar de querer o que queria antes.
Um
exemplo desse segundo caso é o que aconteceu com Jonas. Havia um
decreto que os moradores de Nínive se converteriam a Deus. Jonas, porém,
agiu de forma contrária ao que estava decretado. Se não houvesse a
intervenção da providência, de forma assertiva e até contrária à vontade
de Jonas, esse decreto não poderia ter sido executado como previsto
para aquele momento histórico. Porém, como não há possibilidade de não
ocorrer o que foi decretado, a providência de Deus utilizou-se até mesmo
de meios não convencionais, fazendo até um grande peixe cuspir gente,
para assegurar que seu decreto eterno fosse finalmente executado no
tempo e na história.
Resumindo: Deus é soberano e o homem é responsável. Deus decreta absolutamente tudo que acontece, mas isso não exime o homem da culpa que lhe cabe.
Resumindo: Deus é soberano e o homem é responsável. Deus decreta absolutamente tudo que acontece, mas isso não exime o homem da culpa que lhe cabe.
Fonte: https://filosofiacalvinista.blogspot.com
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