domingo, 24 de outubro de 2021

Domingo como dia do Senhor


Quero deixar claro que no cristianismo não existe nenhuma legalidade com relação à guarda de um dia ou outro. Se caso isso ocorresse seríamos tão legalistas como os Adventistas e sabatistas em geral. Entretanto o Novo Testamento fala de um dia chamado “O Dia Do Senhor” (Ap 1.10). “Dia do Senhor” está expresso no caso dativo: “té kyriaké hémerà”. Não existe base válida para que se questione se se trata de fato do Domingo. ATÉ HOJE ESSA É A EXPRESSÃO REGULAR PARA “DOMINGO” NO GREGO MODERNO. ”(Archer)

 

O DOMINGO FOI UMA PROFECIA QUE SE CUMPRIU

PROFETIZADO – Sl 118.22-24 – CUMPRIDO – Mt 21.38,42, At 4.11; Jo 20.1,19,20.

Pelos fatos ocorridos no NT vemos claramente que a Igreja Primitiva tinha algumas reuniões especiais no Domingo, o Dia do Senhor. Segue abaixo fatos Bíblicos e históricos que comprovam esta afirmação:

 

O DOMINGO, PRIMEIRO DIA DA SEMANA, É O DIA DA RESSURREIÇÃO E DA NOSSA VITÓRIA. 

Qual seria o dia que comemoraríamos hoje? Sexta feira ou o Sábado? Nestes dias o Senhor jazia frio na morte, na tumba. Naqueles dias os discípulos não tinham esperança. Com muito sofrimento, eles lamentavam atrás de portas fechadas. Eles diziam que pensavam que era Ele quem iria redimir Israel. Somente o dia da ressurreição mudaria este triste momento.

 

– Este dia ocorreu na manhã do primeiro dia da semana que é o Domingo e a nossa redenção foi completa. Leiamos:

 

“Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana (no Domingo)” (Mc 16.9). {Grifo meu}

 

– No Domingo Jesus apareceu para os seus discípulos (Mc 16.14).

 

– No Domingo, Ele os encontrou em diferentes lugares e em repetidas vezes (Mc 16.1-11; Mt 28.8-10; Lc 24.34; Mc 16.12-13; Jo 20.19-23).

 

– No Domingo Jesus os abençoou (Jo 20.19).

 

– No Domingo Jesus repartiu sobre eles o Espírito Santo (Jo 20.22)

 

– Aqui Ele primeiro comissionou para pregarem o evangelho a todo o mundo (Jo 20.21 e Mc 16.9-15).

 

– O Domingo tornou-se o dia de alegria e regozijo para os discípulos (Jo 20.20).

 

– Os discípulos se reuniam no Domingo (At 20.6-7).

 

– As coletas eram feitas no Domingo (ICo 16.1-2).

 

– Justino, o Mártir: 100-167d.C. Eis aqui como Justino, o Mártir, descreveu o culto primitivo dos cristãos: “No Domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade”(Manual Bíblico, Halley)

 

– Inácio, 100d.C., disse: “Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor”.

 

– Tertuliano: 160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: “Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor… (On indolatry 14). Em “De oratione”(23). Tertuliano insiste na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o povo de Deus.

 

– O ensino dos Apóstolos, obra siríaca: Encontramos um testemunho muito interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia da semana como dia do culto cristão: “Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente com os anjos celestes” (Ante-necene fathers, 8668).(Enciclopédia Vida, autor judeu: Archer)

 

– Eusébio de Cesaréia: 264-340 d.C., bispo de Cesaréia, historiador da Igreja, viveu e foi preso durante a perseguição de Diocleciano contra os cristãos, a qual foi o último e desesperado esforço de Roma por varrer da terra o cristianismo. Um dos seus objetivos (objetivos de Roma) especiais foi destruir todas as escrituras cristãs… Eusébio viveu até o reinado de Constantino,… Um dos primeiros atos de Constantino, ao ascender ao trono, foi mandar preparar, sob a direção de Eusébio… Cinqüenta BÍBLIAS para as Igrejas de Constantinopla.(Halley). (os manuscritos que temos, provavelmente, saíram do trabalho de Eusébio). Agora vejamos o que Eusébio pensava a respeito da guarda do Sábado: “Eles (os patriarcas), portanto, não consideravam a circuncisão, nem observavam o Sábado, como também nós; nem nos abstemos de certos alimentos, nem consideramos outras imposições que Moisés subsequentemente entregou para serem observadas em tipos e símbolos, porque tais coisas não dizem respeito aos cristãos… (Os Ebionitas)… Observavam o sábado como os judeus… Também celebravam os dias do Senhor como nós” (Livro: História da Igreja, Eusébio, século III, P.27, 106, Ed. CPAD, ed.1999).

 

O PENTECOSTES OCORREU NO DOMINGO 

 

(transcrito do Livro: “Fatos Sobre o Sétimo Dia”)

 

Contareis sete semanas completas, a partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida, sete semanas inteiras serão. Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cin­qüenta dias… (Lv 23.15,1 6).

 

Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar (At.2.1)

 

O maravilhoso evento do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes teve lugar no Domingo! O dia de Pentecostes ocorreu no dia que vinha após o sétimo Sábado — o quinquagésimo dia. É claro, o dia após o Sábado é o primeiro dia da semana ou Domingo.

 

É impossível superestimar a importância do derrama­mento do Espírito Santo para iniciar a dispensação cristã. Era para os discípulos permanecerem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder do alto. João vos batizou com água, disse Jesus, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias. Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo (At 1.5,8). A Igreja nasceu no dia de Pentecostes, e era um Domingo! Como resultado de sua experiência naquele dia, os discí­pulos saíram para evangelizar o mundo. Deus honrou aquele sétimo Domingo da dispensação do Novo Testa­mento com 3.000 conversões, que se seguiram ao sermão de Pedro.

 

FOI O DOMINGO INSTITUÍDO PELO PAPA? 

 

É claro que o papa não poderia mudar algo que já era praticado pela Igreja primitiva. Entretanto, é assegurado pelos mestres do sétimo dia que o papa de Roma trocou o descanso do Sábado para o Domingo e que os que guardam o Domingo recebem a marca da besta (cf. Primeiros Escritos de EG White, pág.267). Eles fazem esta afirmação com base no catecismo católico. Contudo, os católicos também afirmam que Deus é Trino, que Jesus é divino, que a Bíblia é a Palavra de Deus… Lógico, que com isso todos os adventistas corroboram sem que estejam vinculados com o papa. Os evangélicos negam terminantemente os dogmas católicos antibíblicos, como: a infalibilidade papal, a adoração às imagens de esculturas, a mariolatria, a intercessão pelos mortos, etc… Agora, a afirmativa de que o papa mudou o dia de descanso é obtusa e sem fundamentação eclesiológica. Também afirmamos que não há qualquer prova histórica encontrada que mostre a troca do Sábado pelo Domingo pela igreja Romana ou por Constantino. Em vez disso, seu catecismo diz assim: “O Domingo, ou dia do Senhor, que observamos por tradição dos apóstolos em lugar do Sábado”. Assim, pode ser visto que os católicos realmente ensinam que a observância do dia do Senhor começou no tempo dos apóstolos, não séculos mais tarde, nos dias dos papas.
Pecam os adventistas por fazerem uma abordagem simplista sobre uma tão séria questão!

 

SUNDAY E SATURDAY

 

Dizem os sabatistas: “Roma teve um imperador que adorava o sol. Daí Sunday (dia do sol – do Inglês, Domingo). Por essa questão pagã, a tradição chegou até nossos dias”. Quando lemos estas afirmações devemos saber que são oriundas ou originadas dos livros da Editora dos Adventistas a Casa Publicadora. É um argumento sem fundamento teológico concreto, freqüentemente citado pelos sabatistas para imprimir a idéia de que a guarda de outro dia que não seja o Sábado é de origem pagã. Tão pagã quanto a palavra Sunday é Saturday ( que quer dizer dia de Saturno), Sábado, em Inglês. Este dia, Saturday ou Sábado, era dedicado ao deus Saturno e prestava-se culto com orgias e muita bebida. Os dias da semana levam nomes pagãos e não só o Domingo. Constantino, por sua vez, foi o primeiro imperador romano a adotar o cristianismo. Quando o fez promulgou vários decretos em favor dos cristãos. Se valer o argumento que Constantino quem firmou o primeiro dia da semana como dia de guarda, então teríamos que reconhecer que muitas outras doutrinas verdadeiramente bíblicas também estivessem erradas, pois por ele foram corroboradas. E seria inadmissível pensarmos assim.

 

O SHABBÃTH 

 

A palavra “shabbãth”, da raiz shabhath, em hebraico significa literalmente “cessar”, “desistir”. No relato da criação não se encontra a palavra “Sábado” mas a raiz de onde se deriva esse vocábulo é encontrado em Gn.2:2. Em Ex.20:11, encontramos a afirmação de que Deus “descansou” no sétimo dia, mas no mesmo livro, no capítulo Êx.31:17, a expressão toma o sentido de Ele “cessar a Sua obra e tomar alento”. A linguagem é figurada, pois Deus não está sujeito a limitações humanas ou físicas, não tendo necessidade de descansar. Leiamos: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento” (Is.40:28; Leia também: Sl.121; Jo.5:17). Na realidade, Deus cessou a sua obra da criação. O seu descanso, portanto, refere-se a esse tipo de trabalho, a criação do universo. Ainda bem que o nosso Deus não é como o deus das religiões, pois o deus das religiões é obrigado parar para descansar, mas o nosso Deus nunca se cansa. Aleluia!!!

 

O SÁBADO É PERPÉTUO?



Argumenta os sabatistas que o Sábado é perpétuo e por isso ainda deve ser guardado. O argumento usado pelos sabatistas, se verdadeiro, significaria que toda lei levítica – circuncisão, páscoa, incenso, sacerdócio, etc. – também deveriam ser perpétua. Por exemplo, em Ex.12:14 está declarado que a páscoa terá de ser observada “por suas gerações” e “para sempre”, exatamente como é dito sobre o Sábado. A oferta de incenso também é dita como perpétua (Ex.29:42). Lavagem de mãos e pés seria perpétuo (Ex.30:21). Os sabatistas concordam que a observância destas coisas cessou. Porém, para serem consistentes, se guardam o Sábado, também têm que guardar as outras ordenanças. Entretanto, isso tudo não é mais perpétuo, pois esse pacto só continuaria e valeria se cumprido por Israel. Ao ser quebrada a Lei o pacto cessou e o pacto da graça começou. Leiamos:

 

“Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniquidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados” (Jr 31.31-34).

 

Fonte: CACP

 

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