O título desse estudo pode parecer estranho para os
maçons e para muitas pessoas, uma vez que elas consideram a maçonaria como
sociedade secreta e não religião. Esse trabalho tem como finalidade alertar os
cristãos sobre a maçonaria e mostrar aos maçons a situação da maçonaria à luz
da Palavra de Deus, ressaltando a incompatibilidade do Cristianismo com a
maçonaria. Daí o título desse artigo.
Como já afirmamos, a maioria das pessoas considera
a maçonaria como apenas uma sociedade secreta e não uma religião. No entanto,
trata-se, de fato, de uma religião: O maçom, dentro do templo maçônico,
através da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo (“Breviário
Maçônico” – Rizzardo da Camino. 2 a Edição – São Paulo.
Editora Madras – 1997, p. 194).
Observe as referências bibliográficas maçônica
abaixo:
Prestar culto a uma divindade é definição de
religião e não de sociedade secreta. Ainda em outras declarações, afirma
Rizzardo da Camino: A maçonaria pode ser uma religião no sentido
estrito do vocábulo, isto é, na harmonização da criatura com o criador. É a
religião maior e universal; o contato com a parte divina; é a comunhão com o
grande arquiteto do universo, é o culto diante do altar dentro de uma loja ou
no templo interior de cada maçom (“Breviário Maçônico”, p. 337).
Neste mundo tão materializado, se faz necessário e
com muita urgência, apresentar a Ordem maçônica sob uma ótica mais sutil e mais
esotérica, porque não basta que o adepto frequente a sua Loja como se fosse um
Clube de Serviço. Ele necessita de uma renovação ‘espiritual’ porque a
Sociedade e a Humanidade estão clamando por socorro e só os homens de formação
espiritual poderão atender aos sucessivos apelos (“Maçonaria Mística.” São Paulo. Editora Madras – 1996, p. 9).
Henry Wilson Coil, importante autor maçônico
declara: A maçonaria certamente exige a crença na
existência de um Ser Supremo, a quem o homem tem de prestar contas à de quem
depende. O que a igreja pode acrescentar a isso, exceto levar o indivíduo à comunhão
com aqueles que tenham os mesmos sentimentos? … É exatamente isso que a Loja
faz (“Coil’s Masonic Encyclopedia.” Henry Wilson Coil. New York (USA)
– Macoy Publishing – 1961, p. 512).
Cal H. Claudy declara: Quando tudo o mais
falha para com o espírito de um homem, ele ainda tem sua loja- mãe e seu altar
para os quais recorrer; sejam quais forem suas enfermidades espirituais – sim,
sejam quais forem suas enfermidades espirituais – ele pode reunir-se com seus
irmãos em torno daquele Altar sacro e achar consolo no amor de sua loja-mãe,
consolo esse que não encontrará de nenhuma outra forma (“Foreign
Coutries: A Gateway to the Interpretation and Development of Certain Symbols of
Freemasonry.” Carl H. Claudy Macoy Publishing. Richmond (USA) – 1971 – p. 124).
Outro escritor maçom, Charles W. Leadbeater, assim
declara : Ainda que hoje em dia os maçons não dêem à sua Ordem o nome
de religião, tem ela origem religiosa, e faz obra religiosa ao auxiliar seus
iniciados e, por meio deles, o resto do mundo.Para muitos Irmãos, a maçonaria é
a única religião que têm professado (“A Vida Oculta na Maçonaria.”
“The Hidden Life in Feemasonry” Charles Webster Leadbeater. Editora Pensamento.
SP – 1995, p.177).
Albert Mackey em sua obra “Enciclopédia Mackey
Revisada da Maçonaria” declara: A Franco-Maçonaria pode
justificadamente reivindicar o título de instituição religiosa. Abrimos e
fechamos as nossas Lojas com oração; invocamos a benção do Altíssimo sobre
todos os nossos trabalhos; exigimos de nossos neófitos uma profissão de crença
confiante na existência e no cuidado superintendente de Deus. E impossível que
um franco-maçom seja ‘leal a fiel’ à Ordem sem que seja um respeitador
da religião e um cumpridor do princípio religioso (“Mackeys Revised
Encyclopedia of Freemasonry.”Albert Mackey. Macoy Publishing. USA – 1966, Vol.
II, p. 847).
Na obra “A Águia Bicéfala Sobre o Altar”, José
Ebram declara: A Sagração é a primeira cerimônia litúrgica realizada
num templo maçônico recém-construído, ou adaptado, e não deve ser confundida
com inauguração da Loja, que é praticada em lugar já sagrado (Editora
Madras, 1996 – p. 17).
Albert Pike, chamado de ‘o Platão da Maçonaria’,
declara: Toda loja maçônica é um templo religioso e seus ensinos são
instruções religiosas. É a religião universal, eterna, imutável (“Maçonaria,
do Outro Lado da Luz.” William Schoebelen. 2 a Edição. Curitiba.
Editora Luz e Vida – 1997, p. 33).
O pastor Haroldo Reimer em seu livro “Maçonaria, a
Resposta de Uma Carta” (p. 7) declara: Não sei o que falta para ser
religião. Tem templo, tem membros, tem doutrinas, tem batismo, tem um deus e
tem reuniões.
Não podemos esquecer que a maçonaria possui ainda
altar, juramentos, rituais, cerimônias, uso de incenso, velas, ritos fúnebres,
catecismo e chega a praticar a Santa Ceia, fazem cadeias de orações (Cadeias de
União) e invocações de espíritos (Egrégoras). A maçonaria não é uma mera
sociedade secreta, ela é também potencialmente uma religião ocultista.
Diante de tantas referências e bibliografias da
maçonaria, é impossível contestar que se trata de uma religião. Então, cai por
terra todo argumento dos maçons dizendo que se trata apenas de uma sociedade.
Pode o cristão professar outra religião se não o
cristianismo? Podemos ter duas religiões?
Pode o cristão ser maçom?
Obviamente, NÃO!
Fonte:
APOLOGÉTICA, série – ICP (Instituto Cristão de Pesquisas), edição 2002, vol. VI
FONTE: CACP
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