sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Espiritismo Parte 4

NÓS E JESUS JÁ FOMOS BICHOS?! SIM OU NÃO?!

Neste capítulo pretendo expor, como já informei no capítulo anterior, mais três contradições kardequianas.

4.1. O Homem Já Foi Bicho?!

Segundo o supracitado livro de kardec intitulado “A GÊNESE”, capítulo III, números 20-24, páginas 81-84, Allan Kardec afirmou que todos os espíritos, ao serem criados são simples e ignorantes, e que cabe a eles se evoluírem até alcançar a perfeição. Nessa trajetória rumo à perfeição os espíritos encarnam, desencarnam e reencarnam em corpos de animais. Kardec registrou que a luta pela sobrevivência entre os animais, onde um come o outro, serve para desenvolver os espíritos que ocupam seus corpos. Tais espíritos, quando atingem um certo grau de evolução, deixam de encarnar nos animais e ingressam no seio da Humanidade, ou seja, passam a encarnar em seres humanos. Fica subtendido no livro em questão (A GÊNESE), que as pessoas perversas são espíritos que deixaram o mundo animal recentemente, e que, portanto, ainda não se despiram da lei do mais forte que vigora entre os irracionais. Senão, vejamos:
“...No homem, há um período de transição em que ele mal se distingue do bruto. Nas primeiras idades, domina o instinto animal e a luta ainda tem por móvel a satisfação das necessidades materiais. Mais tarde, contrabalançam-se o instinto animal e o sentimento moral; luta então o homem, não mais para se alimentar, porém, para satisfazer à sua ambição, ao seu orgulho, à necessidade, que experimenta, de dominar. Para isso, ainda lhe é preciso destruir. Todavia, à medida que o senso moral prepondera, desenvolve-se a sensibilidade, diminui a necessidade de destruir, acaba mesmo por desaparecer, por se tornar odiosa. O homem ganha horror ao sangue.
Contudo, a luta é sempre necessária ao desenvolvimento do Espírito, pois, mesmo chegando a esse ponto, que parece culminante, ele ainda está longe de ser perfeito. Só à custa de muita atividade adquire conhecimento, experiência e se despoja dos últimos vestígios da animalidade. Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes” (A GÊNESE. Federação Espírita Brasileira: Capítulo III, número 24, página 83).

Veja abaixo maiores informações:

“20. — A destruição recíproca dos seres vivos é, dentre as leis da Natureza, uma das que, à primeira vista, menos parecem conciliar-se com a bondade de Deus. Pergunta-se por que lhes criou ele a necessidade de mutuamente se destruírem, para se alimentarem uns à custa dos outros.
Para quem apenas vê a matéria e restringe à vida presente a sua visão, há de isso, com efeito, parecer uma imperfeição na obra divina. É que, em geral, os homens apreciam a perfeição de Deus do ponto de vista humano; medindo-lhe a sabedoria pelo juízo que dela formam, pensam que Deus não poderia fazer coisa melhor do que eles próprios fariam. Não lhes permitindo a curta visão, de que dispõem, apreciar o conjunto, não compreendem que um bem real possa decorrer de um mal aparente. Só o conhecimento do princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência, e o da grande lei de unidade, que constitui a harmonia da criação, pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia, exatamente onde apenas vê uma anomalia e uma contradição.
21. — A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo. Esse princípio necessita do corpo, para se desenvolver pelo trabalho que lhe cumpre realizar sobre a matéria bruta. O corpo se consome nesse trabalho, mas o Espírito não se gasta; ao contrário, sai dele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto. Que importa, pois, que o Espírito mude mais ou menos freqüentemente de envoltório? Não deixa por isso de ser Espírito. É precisamente como se um homem mudasse cem vezes no ano as suas vestes. Não deixaria por isso de ser homem.
Por meio do incessante espetáculo da destruição, ensina Deus aos homens o pouco caso que devem fazer do envoltório material e lhes suscita a idéia da vida espiritual, fazendo que a desejem como uma compensação.
Objetar-se-á: não podia Deus chegar ao mesmo resultado por outros meios, sem constranger os seres vivos a se entredestruírem? Desde que na sua obra tudo é sabedoria, devemos supor que esta não existirá mais num ponto do que noutros; se não o compreendemos assim, devemos atribuí-lo à nossa falta de adiantamento. Contudo, podemos tentar a pesquisa da razão do que nos pareça defeituoso, tomando por bússola este princípio: Deus há de ser infinitamente justo e sábio. Procuremos, portanto, em tudo, a sua justiça e a sua sabedoria e curvemo-nos diante do que ultrapasse o nosso entendimento.
22. — Uma primeira utilidade, que se apresenta de tal destruição, utilidade, sem dúvida, puramente física, é esta: os corpos orgânicos só se conservam com o auxilio das matérias orgânicas, matérias que só elas contém os elementos nutritivos necessários à transformação deles. Como instrumentos de ação para o princípio inteligente, precisando os corpos ser constantemente renovados, a Providência faz que sirvam ao seu mútuo entretenimento. Eis por que os seres se nutrem uns dos outros. Mas, então, é o corpo que se nutre do corpo, sem que o Espírito se aniquile ou altere. Fica apenas despojado do seu envoltório.
23. — Há também considerações morais de ordem elevada.
É necessária a luta para o desenvolvimento do Espírito.
Na luta é que ele exercita suas faculdades. O que ataca em busca do alimento e o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e inteligência, aumentando, em conseqüência, suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe; mas, em realidade, que foi o que o mais forte ou o mais destro tirou ao mais fraco? A veste de carne, nada mais; ulteriormente, o Espírito, que não morreu, tomará outra.
24. — Nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta não pode ter por móvel senão a satisfação de uma necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas necessidades é a da alimentação. Eles, pois, lutam unicamente para viver, isto é, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum móvel mais elevado os poderia estimular. É nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida...” (A Gênese. Federação Espírita Brasileira: Capítulo III, nº 20-24. Grifo meu).
Assim fica claro que, segundo o Kardecismo, o homem já foi boi, cavalo, cachorro, rato, cobra, barata e assim por diante, nas encarnações anteriores. Ora, quem crê nisso, pode ser tudo, menos cristão, já que o Cristianismo nunca pregou isso.

4.2. Jesus Já Foi Bicho?!

Todos os leitores de Kardec, se são sinceros reconhecem que ele admitia a possibilidade de até o nosso Amorável Salvador e Benfeitor _ Jesus Cristo_ ter sido bicho nas encarnações anteriores. Senão, vejamos: Allan Kardec diz em o livro intitulado “Obras Póstumas”, sob o tópico: “Estudo da Natureza de Cristo”, páginas 90 à 118, que Jesus Cristo é um espírito criado por Deus. Diz também, em “O Céu e o Inferno”, 1ª parte, capítulo III, número 6, que os espíritos, ao serem criados, são simples e ignorantes. Agora raciocinemos: Se os espíritos, ao serem criados, são simples e ignorantes; e se na trajetória evolutiva, o encarnar-se em animais faz parte do programa, logo Jesus também já foi cachorro, porco, cobra, mosca, sapo, urso, macaco, barata, etc., nas encarnações anteriores até tornar-se perfeito. Quão contrária ao Cristianismo é essa doutrina! As informações que nos vêm da Bíblia acerca da Pessoa de Jesus, são diametralmente opostas às que procedem de Allan Kardec. De acordo com Miquéias 5:2, Jesus é desde a eternidade; segundo o apóstolo João, Jesus é: Igual a Deus (Jo. 5:18 ); digno de receber as mesmas honras que tributamos a Deus (Jo. 5:23); o verdadeiro Deus (1 Jo. 5:20 ); o Deus Criador dos Céus, da Terra e de tudo quanto neles há (Jo. 1:1–3,10 ). À luz de Jo. 1.1-3, Jesus não é criatura, pois que segundo esta referência Bíblica, “sem” Jesus, “nada do que foi feito se fez”. Ora, se “sem Ele nada do que foi feito se fez”, então Ele fez tudo quanto foi feito. E, se Ele criou tudo quanto foi criado, então Ele não é criatura, pois uma coisa que ainda não existe, não pode fazer-se a si mesma nem tampouco ajudar o seu criador a criá-la.
Sim, o fato de a Bíblia dizer que “sem Ele nada do que foi feito se fez”, se Ele tivesse sido feito, não poderíamos chegar a nenhuma outra conclusão, se não às seguintes: Ou Ele fez-se a si mesmo, ou pelo menos ajudou o seu Criador a criá-lo. Você não acha que esse “raciocínio” é tão ilógico que nem mesmo merece ser reconhecido como tal? Este texto Bíblico sustenta que Jesus é desde a eternidade. Jesus “estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele...” (João 1:1-3,10 ). Vejamos ainda as considerações abaixo:
Segundo Hebreus 13:8, Jesus Cristo é hoje o que foi no passado eterno, e será por toda a eternidade o que hoje Ele é. Isto prova que, segundo o Cristianismo, Ele não evoluiu, não evolui e nem evoluirá jamais;
Hebreus 1:8-12 diz que Jesus é o Jeová Deus cujo trono subsiste pelos séculos dos séculos, ama a justiça, odeia a injustiça, fundou os Céus e a Terra, e é o mesmo;
Em Colossenses 1:14-17, o apóstolo Paulo diz que Jesus é o Criador dos céus, da Terra e de tudo quanto neles há;
Eis aqui o que prega o Cristianismo. Ninguém é obrigado a ser cristão, mas quem se considera cristão tem que crer nisto, sob pena de merecer o título de incoerente que, como uma luva se ajusta aos kardecistas.

4.3. Fomos Bichos ou Não Fomos?

Vimos que Kardec disse que nós já fomos bichos nas encarnações anteriores. Vimos também que isso o descaracteriza como cristão, já que o Cristianismo nunca pregou isso, e que, portanto, essa heresia constitui uma incoerência. Ou seja, ele não era cristão, pois pregava algo contrário ao Cristianismo; e era incoerente, pois se dizia cristão, apesar dessa divergência. Todavia, como se essa discrepância não bastasse, um espírito “superior” (bem sei que espírito é esse), respondendo às indagações de Allan Kardec, assegurou ao seu consulente que os espíritos dos animais jamais encarnarão em seres humanos, e que a recíproca é verdadeira. Disse ainda o espírito consultor, que tanto os espíritos dos animais, quanto os dos homens, evoluem paralelamente, mas a disparidade entre estas duas espécies de espíritos é mantida eternamente. Ambos (os espíritos que encarnam em seres humanos e os que encarnam em animais) chegarão aos mundos superiores (mundos estes habitados pelos espíritos perfeitos); mas, como já afirmei, os espíritos dos animais nunca serão tão perfeitos quanto os dos homens. Os espíritos dos homens serão perfeitos, e os espíritos dos animais serão aperfeiçoados. Estes (refiro-me aos espíritos dos animais) nunca conhecerão a Deus; antes, para eles o homem será um deus. Esse ensino consta de “O Livro dos Espíritos”, de autoria de Allan Kardec. Ora, como associar esse ensino, constante de “O Livro dos Espíritos”, segundo o qual as almas dos animais são e serão eternamente inferiores às almas dos homens, com o que está contido em “A Gênese”, já considerado no primeiro tópico deste capítulo? Para que o leitor veja que de fato as coisas são assim, queira ler o texto abaixo transcrito, o qual é constituído das perguntas que Kardec formulou a um espírito “superior”, assim como das respostas desse espírito. Tais perguntas constam de “O Livro dos Espíritos” e estão enumeradas. Ei-las:

Pergunta 597: “Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio independente da matéria? ”

Resposta: ‘Há e que sobrevive ao corpo’ ”.



Pergunta 605: “[...] a)— Será esse princípio uma alma semelhante à do homem?”

‘É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus’ ”.

Pergunta 598: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma?”

Resposta: ‘Conserva sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece em estado latente’ ”.

Pergunta 599: “À alma dos animais é dado escolher a espécie de animal em que encarne?”

‘Não, pois que lhe falta livre-arbítrio’ ”.

Pergunta 600: “Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem?

‘Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas’.

Pergunta 601: Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva?

‘Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém, inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles o homem servidores inteligentes.
Nada há nisso de extraordinário. Tomemos os nossos mais inteligentes animais, o cão, o elefante, o cavalo, e imaginemo-los dotados de uma conformação apropriada a trabalhos manuais. Que não fariam sob a direção do homem?’

Pergunta 602: Os animais progridem, como o homem, por ato da própria vontade, ou pela força das coisas?

‘Pela força das coisas, razão por que não estão sujeitos à expiação’.

Pergunta 603: “Nos mundos superiores, os animais conhecem a Deus?”

‘Não. Para eles o homem é um deus, como outrora os Espíritos eram deuses para o homem’ ”.

Pergunta 604: “Pois que os animais, mesmo os aperfeiçoados, existentes nos mundos superiores, são sempre inferiores ao homem, segue-se que Deus criou seres intelectuais perpetuamente destinados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que todas as suas obras revelam”.

‘Tudo em a Natureza se encadeia por elos que ainda não podeis apreender. Assim, as coisas aparentemente mais díspares têm pontos de contacto que o homem, no seu estado atual, nunca chegará a compreender....’.

“a) — A inteligência é então uma propriedade comum, um ponto de contacto entre a alma dos animais e a do homem?

“ ‘É, porém os animais só possuem a inteligência da vida material. No homem, a inteligência proporciona a vida moral’ ”.
[...]
a) — De modo que, além de suas próprias imperfeições de que cumpre ao Espírito despojar-se, tem ainda o homem que lutar contra a influencia da matéria?

‘Quanto mais inferior é o Espírito, tanto mais apertados são os laços que o ligam à matéria. Não o vedes? O homem não tem duas almas; a alma é sempre única em cada ser. São distintas uma da outra a alma do animal e a do homem, a tal ponto que a de um não pode animar o corpo criado para o outro....’.

Pergunta 606: “Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados?”

“ ‘Do elemento inteligente universal’ ”.

“a) — Então, emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais? ”

“ ‘Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal [...] ’ ” (O Livro dos Espíritos. Federação Espírita Brasileira. Parte 2ª, capítulo XI, números 597-606, páginas 296-299).
Como se pode ver acima, Kardec perguntava e os demônios respondiam. As respostas são contraditórias e o caos se estabelece.

O “jornal espírita”, órgão oficial da Federação Espírita do Estado de São Paulo, abril de 1996, Ano XXI, Nº 248, publicou um artigo intitulado “Como os animais vivem o processo da evolução através das reencarnações”, de autoria do senhor Durval Ciamponi que, a título de argumento formula algumas perguntas e as responde respectivamente, versando sobre essa doutrina de que o espírito que ora encarna no homem, antes de se habilitar a tanto, ensaiou nos animais. São, ao todo, 8 perguntas, porém, só vou copiar 5, sem me prender à ordem original. Vejamos:

Primeira pergunta:“Os animais têm espíritos?”

Resposta: “A resposta é sim”,

Segunda pergunta: “Os animais sofrem o processo da evolução através das encarnações? ”

Resposta: “...podemos dizer seguramente que sim...”;

Terceira pergunta: ”Eles serão sempre espíritos de animais? ”

Resposta: “’...a alma do animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada no desenvolvimento gradativo’. A resposta é, portanto, não”;

Quarta pergunta: “Uma cobra poderá vir, em outra encarnação como outro animal, por exemplo: um animal doméstico?

Resposta: “...A natureza não dá saltos... Logo não é concebível que uma cobra venenosa...venha a animar o corpo de um cão, mas poderá vir, em outra encarnação, animando o corpo de uma jibóia, mais mansa, passível e domesticável...”;

Quinta pergunta: “Assim como acontece aos homens, os animais encarnados têm destinos bem diferentes, quando na Terra. Uns são bem tratados, tendo lar e carinho, outros vivem nas ruas sendo chutados, famintos e sem lar. Pode-se dizer que isso seja dívida de vidas passadas?”

Resposta: “Bela pergunta; resposta difícil. ... Não se pode dizer que ele sofre [1] por causa das dívidas passadas, mas a tendência de seu comportamento anterior deve ser de profundo interesse para a decisão dos espíritos encarregados da missão reencarnatória”.

Como o leitor pode ver, a confusão se estabelece quando se perde o tempo ouvindo os “Espíritos superiores” que se deixavam entrevistar por Allan Kardec. Os demônios, através de seu servo Kardec, pregaram duas doutrinas diametralmente opostas entre si: Ora a Humanidade já foi bicho, ora nunca fomos bichos e nem tampouco havemos de sê-lo um dia. E agora José? O senhor Durval Ciamponi, como se pode ver ao ler a transcrição supra, não se atazana com isso, antes faz de uma dessas heresias, alvo de suas apologias, e dá o assunto por encerrado.
Acabei de exibir, pois, mais duas evidências de que o Kardecismo não é Cristianismo:

1ª) Prega doutrinas estranhas à fé cristã. Sim, dizer que nós e até o Senhor Jesus, já fomos bichos nas encarnações anteriores, não é portar-se como cristão;

2ª) Contradiz-se a si mesmo. Ora, o Cristianismo é um todo harmonioso, e não essa colcha de retalhos que, aos olhos dos incautos, se faz passar por instituição cristã.

* * *
A rigor, o presente capítulo alude a quatro absurdos constantes da literatura Kardecista:

a) Prega doutrinas contrárias à fé cristã;
b) Não fala coisa com coisa;
c) Os kardecistas, fazendo vista grossa a essas contradições, não as denunciam, antes optam por uma das crendices em pauta, e a difunde e defende;
d) E se propaga cristão, apesar desses pesares.


Nota do autor: 1. O original diz “sobre”, e não “sofre”, mas uma análise do texto indica tratar-se de uma errata.

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