Aparentemente, essa é uma pergunta que os ateus
fazem questão de fazer. Há até mesmo um site dedicado a ela. O site afirma que
“esta é uma das questões mais importantes que podemos perguntar sobre Deus.”
Para prosseguir em nossa resposta, deve-se fazer
uma pergunta esclarecedora: “Qual a conclusão que o seu amigo ateu tira dela?”
Provavelmente a resposta vai ser algo como “Bem, se Deus não cura amputados
quando nós oramos por eles, então Ele não existe.”
O ateu diz que supostas curas, como o
desaparecimento de um tumor canceroso ou doença diagnosticada, parecem ser
ambíguos. Será que Deus cura sobrenaturalmente a pessoa ou a medicina
moderna é a responsável? Ambas as causas poderiam ser defendidas ou
contestadas. Mas de acordo com o ateu, se um membro de um amputado voltasse a
crescer após uma oração intercessora oferecida em seu nome, este seria um caso
claro de um milagre e, portanto, da existência de Deus. Por outro lado, se não
há nenhum membro reconstruído não significa que não haja Deus. Um teste que não
pode ser falseado, certo? Errado!
O argumento ateísta apresenta uma falácia lógica
chamada de non sequitur. A falácia é cometida quando uma conclusão ou não segue
diretamente a partir de um argumento ou declaração anterior. Se amputados não
tem seus membros de volta quando oramos por eles, segue-se que Deus não existe?
Claro que não! Sua existência é independente de quais ações ele iria ou não
iria tomar.
Mas por que nos limitarmos a milagres de amputação?
Qualquer milagre serve. Um milhão de dólares na minha conta bancária hoje. A
paz mundial a partir de amanhã. Se esses milagres não acontecem, então Deus não
existe. Bem, eu acho que você pode ver a irracionalidade de tais alegações! A
não ocorrência de um milagre a meu pedido não diz nada sobre existência de Deus.
Na verdade, ainda que fosse certa a suposição do ateu de que amputados não são
curados, no máximo só podemos concluir que Deus não cura amputados, mais nada.
E essa não é uma conclusão muito profunda.
Em segundo lugar, o ateu simplesmente assume que
não há amputados que foram curados. Mas só porque um ateu diz que nunca houve
uma cura em milhares de anos da história humana, não significa que seja
verdade. Eu, particularmente nunca pesquisei nada a respeito, mas sempre que
essas pessoas jogarem suposições como fatos, isso deve ser apontado.
É necessário também testar a honestidade
intelectual do ateu que faz esta pergunta. Se nós produzirmos um relatório de
credibilidade de um membro amputado de um amputado ser curado e substituído, o
ateu estará disposto aceitar essa evidência? Há relatos de credibilidade de
curas milagrosas em nosso próprio tempo e na Bíblia, mas ele sempre os descarta
querendo mais uma prova de um determinado tipo de milagre. Portanto, esta é uma
pergunta honesta ou um pedido insincero de provas quando nenhuma evidência será
suficiente o bastante?
Em terceiro lugar, até mesmo ser testemunha ocular
de um milagre não é garantia de que alguém vá acreditar. Este foi o caso dos
fariseus do tempo de Jesus. Eles testemunharam Seus milagres, mas sua resposta
foi a conspiração para crucificá-lo. Jesus disse-lhes: “Se não ouvem a Moisés e
aos profetas, tampouco serão persuadidos mesmo que ressuscite alguém dentre os
mortos” (Lucas 16:31).
Perceba, nosso problema essencial é da ordem moral,
uma rebelião contra Deus. Pedir evidência é autêntico, mas evidências não
garantem crença alguma porque os pecadores não querem dobrar seus joelhos ao
Senhor. Portanto, a questão surge a partir de uma compreensão errada do
problema fundamental do ateu. Não é falta de provas, é pecado e rebelião à
Verdade.
Em quarto lugar, mesmo que Deus nunca fizesse um
milagre isso não aniquilaria todas as evidências positivas que já temos de que
Ele existe.
Deus não promete que Ele vai responder a cada
pedido com um “sim”. Muitas vezes ele diz “não” ou “mais tarde.” E pode ser que
para alguns pedidos, ele diz sempre vai dizer “não”. Deus pode ter uma razão
moral o suficiente para fazer isso? Com certeza, mesmo que Ele nunca revela as
razões para nós nesta vida. Assim como um pai, que faz coisas para o bem de
seus filhos, como levá-los ao médico, puni-los por um comportamento errado, ou
forçá-los a comer seus legumes que eles não entendem agora. O mesmo acontece
entre Deus e nós.
Este último comentário requer um pouco de
maturidade para entender. E francamente, muitos argumentos ateístas são
infantis. “Se Deus não faz o que eu peço agora, eu não tenho que acreditar
nele.” Bem, eu não acho que Deus está muito interessado em se tornar um gênio
da lâmpada. Ele está interessado em algo muito mais profundo. De fato, Jesus
sugere uma “amputação voluntária” para o início de um relacionamento com Ele, e
portanto de desenvolvimento do caráter: “Se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a e lança-a de ti, pois é melhor perder uma das partes do seu corpo, do
que todo o seu corpo ir para o inferno “(Mateus 5:30). É melhor perder uma mão
do que fazer suas escolhas morais te arrastarem para longe de Deus, para
sempre.
Imagem: Google
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