“Que é reencarnação? Etimologicamente,
“reencarnação” vem do composto latino “re” que quer dizer “outra vez” e
“incarnere”, isto é, “em carne”. Religiosamente, falando, é a crença em que
alma ou o espírito, muda após a morte para outro corpo. Transmigração,
metempsicose, palingenésia e renascimento são sinônimos da palavra
reencarnação.
A reencarnação é parte essencial do panteísmo
oriental. Hinduísmo e Budismo, os mais antigos sistemas religiosos do oriente
pregam a reencarnação. O espiritismo de Alain Kardec, o movimento Rosa-Cruz e a
Sociedade Teosófica promovem a doutrina da reencarnação. É uma das crenças mais
divulgadas no mundo, através da literatura e do cinema.
A reencarnação é a essência do panteísmo. Segundo o
panteísmo, não há diferença entre Deus e o mundo, pois “tudo é Deus e Deus é
tudo”. Normam Geisler afirma que embora haja várias formas de reencarnação
dentro das religiões panteísta, a maioria delas têm varias cousas em comum: (1)
Um objetivo de perfeição final para a raça humana. (2) Processo evolutivo na
direção da perfeição, que não poderá ser atingida instantaneamente, mas,
mediante reencarnações. (3) Rejeição da doutrina tradicional do inferno e
defesa da “doutrina da segunda oportunidade”, depois desta vida. (4) Defesa da
“doutrina do carma” que defende que a conduta da pessoa em vidas anteriores
influenciará o tipo de vida que tal pessoa supostamente terá em futuras encarnações.
O que a pessoa semeia nesta vida vai colher na próxima. (5) A sobrevivência do
eu em sucessivas vidas posteriores. O eu persiste ao longo do processo de
reencarnações. (6) São perecíveis e múltiplos os corpos onde ocorrerão as
reencarnações. (7) As reencarnações não precisam ocorrer exclusivamente no
planeta terra, mas em outros planetas. Há outros sistemas além do solar.
Os reencarnacionistas frequentemente se voltam para
a Bíblia, à procura de sustentação para suas doutrinas. Os textos mais usados,
equivocadamente, são: Jó 1.20,21; Jr 1.4,5; Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13; Jo
3.3; Tg 3.6. As ideias deles, porém, são contrárias ao ensino bíblico. Vejamos
os principais pontos.
Primeiro, o reencarnacionista tem um conceito de
Deus contrário à bíblia.
O Deus
da Bíblia não é uma força impessoal que se mistura com a criação. Deus é
transcendente e imanente, ou seja, Deus está tanto além do mundo como dentro
dele (Is 66.1-2; At 17.24-28). Deus criou o mundo não usando a si mesmo como
matéria(ex. Deo), nem dalguma matéria preexistente, mas, sim, do nada ((Ex.
Nihilo). O mundo depende de Deus para a sua própria existência (Gn1.1; Sl 33.9;
103.19). Deus a qualquer momento pode intervir no mundo, de forma sobrenatural.
Ele é soberano em suas ações (Sl 104 e 115).
Segundo, o reencarnacionista tem uma visão do homem
contrario a bíblia.
Contrariamente às Escrituras, eles negam a origem
do homem na concepção (Sl.139); Negam a unidade entre alma e corpo, vendo o
corpo apenas como uma prisão da alma, o que contraria o ensino bíblico que vê o
ser humano como unidade alma/corpo (Gn .2.7). A certeza da ressurreição final
do corpo é a prova de que o homem possuirá corpo imortal, evento único, final e
perfeito. (1 Co 15)
Terceiro, o reencarnacionista é antibíblico quanto
ao conceito da morte.
Ele ensina que morremos e prosseguimos
morrendo incontavelmente, contudo a Bíblia afirma que está ordenado por Deus
apenas uma existência neste mundo, seguida de uma única morte. (Hb 9.27)
Quarto, o reencarnacionista se opõe ao ensino
bíblico acerca da salvação.
Ele
concebe a salvação mediante esforços humanos. A lei do carma é a salvação pelas
obras. Jesus Cristo, através da obra vicária e substitutiva, pagou todo o nosso
“débito cármico”. Ele morreu pelos nossos pecados. (Is 53.2; 2 Co 5.21; 1 Pe
2.24). Deus é o autor da salvação (Rm 3.23-25). Além do mais, conforme a
doutrina da reencarnação não existe salvação neste mundo, mas “deste mundo”.
Entretanto, Jesus afirma que a salvação começa agora (Jo 5.24; 1 Jo 5.13) e
será desfrutada plenamente na eternidade.
Quinto, o reencarnacionista é contrário a bíblia
quanto a doutrina do julgamento divino.
Com a
possibilidade da reencarnação, a morte não é o ponto final e os julgamentos e
sofrimentos que o homem enfrenta são temporais. O inferno não existe, mas é
apenas uma ameaça hipotética que ajuda as pessoas a receberem o evangelho.
Entretanto, a bíblia confirma que o julgamento divino é certo para todos
quantos rejeitam a Deus, e a única maneira de escaparmos do inferno, é
aceitarmos a salvação que nos é oferecida em Jesus Cristo (Jo 3.16; Jo 5.24).”
Autor:
Rev. Arival Dias
Extraído do blog mcapologetico.blogspot.com.br
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