MENSAGEM DE NATAL: Que bebê é esse? - O Peregrino

O Peregrino

Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade? Gálatas 4:16

test banner

Breaking

Post Top Ad

Minha Rádio

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL: Que bebê é esse?

Introdução


Fim de ano é sempre uma correria. Imagino quantos de vocês têm agendado para a próxima semana algumas visitas. Quantos familiares para visitar, quantas pessoas para acertar num encontro de família que vai acontecer para comemorar um feriado. Dentre muitos que nós temos durante o ano é um feriado que parece ser um feriado familiar. Talvez você já tenha há cerca de duas semanas, participado de amigo secreto da empresa e da escola, de festas das crianças na escola, já viu o papai Noel em tudo quanto é lugar. Você que tem filho pequeno deve tê-lo levado para falar com o papai Noel no shopping. É uma alegria no final do ano. Você já deve ter pegado seu décimo terceiro na mão e já sabe que tem que gastá-lo com todos os seus sobrinhos, tios, avós, amigos e assim por diante.

Tudo coisa de fim de ano. Fim de ano é uma correria. Tudo parece ser feito para comprarmos, há novos lançamentos e uma porção de promoções. Aquele dinheiro extra recebido no final do ano quase acaba saindo todo nessas oportunidades. E acontece que no final de ano também existem os enfeites. Estive visitando outras cidades nos últimos dias e por onde passei, no centro das cidades, vi alguma alusão ao natal. O centro comercial fica aberto até tarde e há aquela porção de luzinhas acesas. Tudo é enfeite; tem gente que gasta fortunas para iluminar a sua própria casa.

Parece que Natal, esse feriado familiar, tem a ver com essa correria de fim de ano, fechar metas no trabalho, reunir pessoas para trocar presentes e passar alguns momentos com uma árvore que fica brilhando ou algo assim. Parece que fim de ano nem mais o espírito natalino tem passado perto de nós. Até aquelas famosas figuras religiosas do natal estão ficando raras. Talvez eu tenha andado pouco ou não o suficiente, mas é difícil andar por Campinas e encontrar alguma alusão à religião. Talvez um presépio, um anjo reluzente, mas parece que as ênfases a cada dia que passa não têm mais nada a ver ou com a religião ou com o que realmente importa. Não que esta data tenha alguma coisa em especial ou que ela seja de fato o dia em que Jesus nasceu, mas tradicionalmente este é o dia em que, pelo menos os cristãos, usam para pensar nisso. As figuras que têm ficado proeminentes no natal são as que vêm da mitologia, do imaginário, talvez o bom velhinho.

É interessante que com novas figuras vêm novas ênfases. Por melhor que seja o bom velhinho, ele só nos ensina a gastar. Enquanto contamos a história do papai Noel para as crianças, gastamos nosso décimo terceiro para fazê-las acreditar que ele passou nas suas casas. Em inglês, até a parte que falava sobre Cristo no Natal foi substituída por um “X”, para que novas ênfases sejam colocadas. E com novas figuras vêm novas ênfases, isto é normal. Começa a deixar de ser normal quando nós cristãos perdemos o foco daquilo que está diante de nós. Quando entramos nesta correria e fazemos desse feriado mais uma oportunidade de exercermos o nosso consumismo, de abraçarmos o nosso capitalismo, trabalharmos com o imaginário das crianças e só.

Por isso eu gostaria de levá-los através de um texto das Escrituras que fala um pouco sobre aquilo que eu entendo ser a figura central desse feriado. Acredito que as Escrituras não defendem que 25 de dezembro seja o dia do nascimento de Jesus. Nela existem vários indicativos de que provavelmente não foi nesta data. Mas como disse um pensador cristão antigo, não há nada que comprove que Jesus nasceu no dia que lhe é atribuído, mas pelo menos é tradicional. Pelo menos esse é o dia em que nós podemos usar para lembrar aquela ocasião em que Deus resolveu intervir na história da humanidade e dividi-la entre antes Dele e depois Dele e focarmos na figura que realmente interessa neste feriado.

Há um texto nas Escrituras que me chama muito a atenção que é Lucas 2, onde vemos alguns acontecimentos referentes ao nascimento de Jesus Cristo. Em Lc 2.8-9 temos uma declaração interessante: “Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles e ficaram aterrorizados.” Talvez um dos grandes indicativos de que Jesus não tenha nascido nesse período do ano esteja neste verso, por que pastores estavam durante a noite cuidando de suas ovelhas, o que sugere que não era inverno nessa região, nessa época, entre os meses de novembro a março aproximadamente.

Mas, mais importante do que essa referência à época em que eles poderiam estar ali, há um fato acontecendo que marca esta narrativa: um mensageiro do Senhor aparece a esses pastores durante a noite e lhes dá um recado ( Lc 2.10): “Mas o anjo lhes disse: Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo.” Havia uma novidade acontecendo ali. Perto deles ou num campo próximo como dizem as Escrituras, algum fenômeno diferente estava acontecendo e era uma notícia boa e uma notícia nova. Essa mensagem era de grande alegria para todo o povo, conforme diz em Lc 2.11: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é o Cristo, o Senhor.” Diante desta afirmação, considerando Jesus Cristo como aquele que está nascendo ou acabara de nascer ou nasceria a pouco tempo a partir deste recado, quem nós podemos entender que é Jesus Cristo? Considerando que Jesus Cristo é a figura central desse feriado familiar, quem é este bebê?

1. Ele é o Cristo

Lc 2.11; Sl 105.15; 1Sm 26.9; Is 45.1; Jo 1.41; Jo 1.45; Gn 3.15; Dt 18.15; 2 Sm 7.12-17; Is.9.6; Lc.1.68-70; Mt 2.2; Mt 2.4

Eu chamo a sua atenção para o fato de que o texto diz que “Ele é o Cristo”. Normalmente olhamos para um texto como este: “hoje vos nasceu na cidade de Davi” e entendemos isso como parte de uma cantata ou vemos isto, como já estamos acostumados, como mais um versículo que fala sobre Jesus Cristo. Mas pare por um momento e se coloque no lugar daqueles pastores, durante a noite e um anjo aparece e fala: “existe um bebê que acabou de nascer na cidade de Davi. Ele é o Cristo”.

Para os judeus que estavam atentos, existia uma promessa feita por todo o Velho Testamento que falava sobre o Cristo, aquele que viria. Na verdade a palavra em si, Cristo, não é uma palavra muito diferente. Ela vem do grego “Christós” e é basicamente uma transliteração que por sua vez é a tradução da palavra “mashiach” que nós conhecemos como Messias. Em si esta palavra não tinha lá uma força muito especial e de modo genérico significava o ungido, ou alguém separado por Deus para realizar uma tarefa especial. No Velho Testamento essa palavra tinha sido usada para descrever os patriarcas. Salmos quando fala sobre eles, diz “não toqueis nos meus ungidos”, uma referência a Abraão, a Isaque e a Jacó. Também foi usada em referência aos reis de Israel; inclusive na ocasião em que Davi estava naquela gruta escondido, fugindo de Saul e ele tem a oportunidade de matar Saul, mas ele disse que não colocaria as mãos no ungido do Senhor. A mesma palavra sendo usada ali para um rei que nós sabemos que nem era “grande coisa”. Em outros lugares essa palavra foi usada para descrever Ciro. Em Isaías 45.1, diz: “Assim diz o Senhor ao seu ungido: a Ciro, cuja mão direita eu seguro com firmeza para subjugar as nações diante dele e arrancar a armadura de seus reis, para abrir portas diante dele, de modo que as portas não estejam trancadas.” A mesma palavra é usada aqui no sentido de alguém separado por Deus para realizar uma tarefa especial, e neste caso nem se tratava de alguém do povo de Israel. A palavra em si não era algo especial, ela tinha sido usada para várias coisas. Mas, agora o que significaria um anjo falando para pastores que Cristo havia nascido?

André quando encontrou Jesus Cristo adulto, vai até seu irmão e diz: Achamos o Messias, isto é, o Cristo. Quando ele encontrou Jesus pela primeira vez ele viu em Jesus Cristo o título, ou digno de ter o título de Messias ou o ungido pelo Senhor. Mais para frente vemos Felipe encontrando Natanael e dizendo: “Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na lei a respeito de quem os profetas também escreveram, Jesus de Nazaré, filho de José.

Existia também na lei a esperança e a expectativa de que um dia Deus levantaria um ungido de modo especial, alguém separado de maneira diferente para ser o seu representante.  Vemos isso em Gn 3.15, falando daquele que seria o descendente da mulher que viria e pisaria na cabeça da serpente. Em Gn.12 falando que a sua benção seria benção para todas as nações. Em Dt 18.15 falando sobre um profeta que seria comparado a Moisés e que falaria as palavras do Senhor. Em 2Sm 7.12-17 vemos um rei prometido que teria o reino de Davi, o qual seria eterno. Ele teria um trono estabelecido por toda eternidade. Vimos também que Ele teria um relacionamento com Deus como de pai e filho. Em Dn 9  vemos um messias também chamado de príncipe, como alguém chamado especialmente para cumprir uma missão. Vemos Isaias 53 falando que Ele viria para morrer e sofrer por causa das transgressões dos homens. Vemos também que Ele ressuscitaria entre os mortos e veria o fruto do seu trabalho. Fala de um menino que seria chamado Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. É interessante observar que não são poucas as vezes que descrições parecidas com esta acontecem nos Evangelhos: Jesus Cristo como aquele que Moisés falou na lei, a quem os profetas descreveram.

Em Lc 1.68-70 vemos mais uma destas declarações: “Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi,(como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade)”. Existe um Messias esperado. Os Judeus aguardavam ansiosamente por aquele que seria separado por Deus, escolhido por Deus, para ser o seu representante. E na expectativa dos Judeus, aquele que viria para estabelecer eternamente o trono de Davi, o Messias. Essa figura de um messias que é rei, que vem para cumprir as expectativas, também é observada na visão daqueles que talvez não tivessem em suas mãos as Escrituras como os magos que vieram do oriente. Estes vêem uma revelação da parte de Deus, têm alguma informação sobre Ele que provavelmente nós não temos como saber de onde eles tiveram. Mas eles chegam até Herodes e dizem: “Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Vimos sua estrela no oriente e viemos adorá-Lo”. Ouvindo isso Herodes fica cheio de temores e chama as pessoas que são entendidas e conhecidas: o chefe dos sacerdotes do povo e os mestres da lei. Pergunta-lhes onde deveria nascer o Cristo, o Esperado, o Messias.

Jesus Cristo como a figura central deste feriado é chamado por aqueles anjos de O Cristo, aquele ungido por Deus para uma missão especial. Quem é esse Bebê? Ele é o Messias prometido em todo Antigo Testamento. Ele é quem os piedosos de Jerusalém aguardavam ansiosamente. Esse era aquele ungido do Senhor, preparado para uma missão especial, como Deus tinha apresentado em toda a Sua Lei por meio dos seus profetas. Esse bebê é o Cristo. Ele é o ungido de Deus. Ele é aquele separado por Deus para uma missão e aquele anjo está diante daqueles pastores e fala “na cidade de Davi”, que significa como diziam as Escrituras: na cidade de Davi o Messias nasceu. Aquele que é a sua esperança e salvação nasceu. Aquele que é o separado do Senhor para estabelecer o Seu Reino, Ele nasceu. Ele nasceu bem perto de vocês. Quem é esse Bebê? Ele é o Cristo.

2. Ele é Senhor

Lc 2.11; Lc 1.28; Lc 1.30; Lc 1.32; Lc 1.68; Lc 1.76; Mt 1.23; Jo 20.28; Rm 9.5; Lc 1.80; Lc 2.52; Jo 1.1; 2Pe 1.1

Mas o texto também diz que Ele é Senhor. Observe em Lc 2.11: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.” Pare por um momento e reflita nesta informação. Quais são as implicações de um anjo dizer que nasceu aquele que é Senhor? Como é que nós podemos entender considerando aquele recém-nascido, chamado por um ser angélico de Senhor?

Na verdade a palavra Senhor é usada no Novo Testamento de diversas formas, inclusive para descrever aquele que é dono de escravos. Também é usado para descrever aquele que é mestre – Ele é um senhor e tem os seus alunos – e é usado para descrever pessoas que possuíam terras, tinham posses; eles eram senhores. Mas agora considere um anjo chamando um recém-nascido de Senhor. Vamos supor que o sentido mais simples desta palavra tenha sido empregado aqui. Como é que poderíamos entender um recém-nascido como o Senhor, no sentido de: aquele que tem posses, ou que é mestre, ou até que é dono de escravos ou que tenha seus súditos. Um recém-nascido?

Mais surpreendente ainda é quando olhamos para o Antigo Testamento e vemos que essa palavra Senhor “kyrios” também é usada para traduzir o Nome de Deus – “YHWH” no Antigo Testamento – e que também é usada para descrever o nome de Deus em diversas ocasiões. Como é que podemos entender um anjo falando que aquele recém-nascido é Senhor?

Observe que Lucas quando usa esta palavra, sempre a usa em referência a Deus. Em Lc 1.28 diz: “O anjo, aproximando-se dela, disse: ‘Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!’”No recado que o anjo dá para Maria vemos a palavra Senhor aqui sendo empregada para descrever Deus. Um pouco à frente este anjo esclarece (Lc 1.30): “Mas o anjo lhe disse: ‘Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!’”. Eventualmente estas duas palavras andam juntas como em Lc 1.32: “Ele será grande, Ele será chamado Filho do Altíssimo, Deus o Senhor lhe dará o trono de seu pai Davi.” Aqui as palavras Senhor e Deus são usadas como sinônimo. Várias vezes nos capítulos 1 e 2, a palavra Senhor é usada para descrever Deus. Em Lc 1.76 há um uso interessante que aparece pela primeira vez em referência a Jesus, quando Zacarias fala sobre João Batista: “E você menino será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor.

É bem verdade que esse uso das palavras Deus e Senhor em referência a Deus nos faz refletir sobre quem é essa criança. Os anjos estão comunicando que Deus havia nascido bem próximo daqueles pastores. Deve ser por isso que Mateus quando escreve seu Evangelho usa da profecia dizendo (Mt 1.23): “A virgem engravidará e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel” que significa “Deus conosco”. Esse recém-nascido é Deus entre nós; é Deus conosco. É interessante que a construção grega deste versículo significa “o Deus conosco”. Normalmente o grego não precisa usar artigos. No grego podem-se escrever sentenças inteiras sem usar um único artigo (cf. 1Pe.1.1-3). Aliás, o texto que estamos abordando de Lc 2.9-11 não tem nenhum artigo. Mas, quando o artigo é usado alguma coisa especial está se demonstrando: Esse é “o Deus” entre nós. Esse é Deus feito carne entre nós.

É interessante que este versículo diz que Ele seria chamado Emanuel, e quando você vira algumas páginas no Evangelho de João e vai lá pelo capítulo 20, versículo 28, o cético Tomé se coloca de joelhos diante Dele e diz: Senhor meu e Deus meu… E a construção ali também leva um artigo “o Senhor meu”, ou “o meu Senhor” e “o Deus meu”. Quando entramos com esta informação de Deus encarnado entre nós, como aquele que seria o mediador entre Deus e os homens, até conseguimos entender. Mas pense naquele recém-nascido – Deus entre nós – Aquele que ainda não sabia falar.  Deus entre nós – Aquele que não andava. Deus entre nós – Aquele que precisava ser carregado, que não tinha aprendido a ler, escrever. A idéia que começamos a perceber é que desde cedo no seu Evangelho, Lucas começa a deixar claro quem é Jesus.

E agora começamos a entender um pouco melhor o que Paulo quis dizer em Fp 2 quando diz que Jesus Cristo sendo igual a Deus não julgou com usurpação, mas Ele se esvaziou e foi encontrado em forma humana, como servo, obediente até a morte e morte de cruz. Essa auto-humilhação de Jesus Cristo significou que Ele estaria sendo carregado como um bebê, sem conseguir falar, que precisa ser trocado de tempo em tempo, que precisava ser ninado, que precisava ser colocado para dormir. Deus entre nós. Parece muito mais fácil entendermos essas verdades quando olhamos para o Messias, aquele com 33 anos de idade andando entre os judeus, proclamando o Reino de Deus, curando. Ou como Paulo diz em Rm 9.5: “Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de tudo, bendito para sempre!” Mas a figura central desse feriado familiar é um bebê que é Deus feito carne.

As Escrituras falam sobre isto em diversos lugares. João 1.1 fala sobre o verbo de Deus que estava com Deus e que era Deus. Em 2 Pe vemos, no início da sua carta, Pedro dizendo: “Servo e apóstolo de Jesus Cristo àqueles que mediante justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo receberam conosco uma fé igualmente valiosa.

3. Ele é o Salvador

Lc 2.11; Lc 1.47; Sl 65.5; Is 43.11; At 4.12; Lc 19.10; 1Jo 4.14; Jo 14.6

Quem é esse Bebê? – Salvador e nosso Deus. Ele é o verbo que se fez carne e habitou entre nós. Ele é o dono da vida. Ele é o doador da vida. Ele é aquele que é o Criador de todas as coisas. Ele é aquele que por meio Dele e para Ele, são todas as coisas. Ele é o mediador entre Deus e os homens. Ele é descendente de Davi. Ser humano completo e ideal. Modelo para mim e para você. Ele é Deus conosco. Quem é a figura central desse feriado? – Deus feito carne. E agora nós podemos entender melhor essa idéia de um Ungido por Deus que tem uma missão específica e que como Deus pode cumpri-la porque as Escrituras também dizem que Ele é Salvador.

Naquele Bebê repousa toda expectativa dos judeus – o Messias. Naquele Bebê habita corporalmente a plenitude da Divindade – Deus homem. Aquele que é Salvador e em quem repousa a minha e a sua esperança; em quem nós depositamos a nossa fé como Salvador.

O texto nos diz (Lc 2.11): “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é o Cristo, o Senhor”. Esse tema também é usado nas Escrituras para descrever a Deus. Maria, por exemplo, um pouco antes, em Lc 1.46-47 canta: “… minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”. Diversas vezes nas Escrituras Deus é chamado de Salvador ou aquele que é capaz de salvar e redimir o seu povo. Aquele que é capaz de comprar de volta aquilo que é seu como um resgatador do seu povo.

Sl 65.5, diz: “Com tremendos feitos nos respondem a tua justiça, ó Deus e Salvador nosso; esperança de todos os confins da terra…”. Deus é chamado de Salvador em todas as Escrituras. E Ele promete um Salvador por todas as Escrituras. Ele também diz em Is 43.11: “Eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador”. Aqui Deus chama para si mesmo essa missão de Salvador como o único capaz de redimir o seu povo. Is 45.15 diz “Verdadeiramente Tu és misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador”, e no versículo 21: “Declarai e apresentai as vossas razões que tomem conselhos uns com os outros. Q,uem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anunciou? Por ventura não fiz eu, o Senhor? Não há outro senão Eu, Deus justo e Salvador. Não há outro além de mim”. Deus é Salvador.
E agora aqueles pastores estão diante de um ser angélico que diz que o Messias nasceu; aquele que é Deus feito carne é chamado de Salvador, em quem eles poderiam colocar a sua esperança. Essa é a mensagem central do Cristianismo e Pedro testemunha muito bem essa verdade em At 4.12 quando ele precisa defender a sua fé e diz: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu, não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. Jesus Cristo, aquele que foi rejeitado, é o único salvador. Ele é o único que pode resolver o dilema da humanidade. Ele é o único que pode aproximar o homem caído em pecado de um Deus santo e puro. É muito interessante essa relação entre quem Deus é, como único Salvador, e Jesus Cristo como o único capaz de salvar. Essa identidade entre Eles reforça que aquele bebê é o Messias, o ungido, Deus encarnado cuja missão é salvar, vir como salvador como já diziam as profecias a respeito Dele.

Isaías 53 tinha deixado isso claro, e Jesus Cristo tinha plena consciência de sua missão. Não é à toa que em determinado momento do seu ministério Ele diz (Lc 19.10): “O Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. Essa é Sua missão. Ele foi ungido e separado para isso: para ser salvador. E só pode haver um salvador que seja suficiente se ele for um Deus capaz de morrer por todos os seres humanos, para redimi-los de todos os seus pecados, fazendo do seu sacrifício suficiente, para que qualquer que venha a crer, tenha a vida eterna. Ungido, Deus, Salvador, Jesus Cristo a figura central desse feriado familiar é a nossa esperança, é o centro da nossa mensagem.

Também não é à toa que João em sua carta diz (1Jo 4.14): “E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo”. Ele é o único capaz de salvar. Ele é o único que pode ser uma oferta suficiente pelo pecado de toda humanidade. Ele é o único que tem poder através do seu sacrifício, de limpar os pecados de toda a humanidade. Separado por Deus para uma missão, ungido, messias, esperado. Deus encarnado entre nós – Salvador em quem nós colocamos toda nossa esperança.

Ele é o único como Ele mesmo diz (Jo 14.6): “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. Quem é esse bebê? O único caminho até Deus, mediador entre Deus e os homens. Salvador, em quem nós temos a redenção dos nossos pecados e em quem nós depositamos a nossa fé. Ele é o nosso resgatador, Ele é o pagamento adequado pelas nossas falhas e as nossas faltas. Ele é aquele que veio a esta terra, se fez homem, se encarnou para assumir as deficiências minhas e suas para que pagasse o preço pelo nosso pecado e pudéssemos chegar até Deus.
Quem é esse bebê? Ungido, Cristo, Deus- Homem, Salvador, em quem nós depositamos a nossa fé, em quem nós aguardamos o Seu retorno, o centro da nossa mensagem, o foco da nossa fé, a nossa esperança, Deus Salvador.

Conclusão: O que posso fazer com isso?

Lc 2.10; Tt 2.11; 1Jo 2.2

Mas o que você pode fazer com uma declaração tão bela? O que você pode fazer uma vez que você entende que a figura central desse feriado familiar, longe de ser o consumismo, a troca de presentes, a correria, longe de ser só mais um feriado que para muitos só atrapalha o desenvolvimento de um trabalho. O que você pode fazer com isso? A minha intenção com você, ao olhar para esta declaração angélica, é tentar restaurar o foco desse feriado. As Escrituras não defendem essa data, mas porque não usá-la em benefício do Reino de Deus? Por que não usar dessa oportunidade como um benefício para a proclamação da verdade? A minha intenção é focalizar o motivo central desse feriado, para que, quem sabe, novas ênfases aconteçam na sua casa.

Talvez você tenha os seus enfeites de natal e já tenha dito para os seus filhos que o papai Noel vai trazer uma porção de coisas para ele. Mas essa é uma oportunidade de aproveitarmos o exemplo daquele mensageiro enviado do Senhor, o anjo que apareceu àqueles pastores, dizendo: “Não tenham medo eu estou lhes trazendo boas novas”. A palavra “boas novas” é relativamente conhecida de nós, “evangelizo”, de onde veio a nossa palavra evangelizar que nada mais é do que levar as boas novas. Quem sabe no seu feriado familiar você aproveite desse tempo para levar boas novas para as pessoas que estão com você. Que muito mais do que troca de presentes, muito mais do que uma festa, esse feriado tenha um significado especial para nós por que fala do ungido do Senhor, Deus encarnado, nosso Salvador. Aquele que veio a este mundo como uma boa notícia, de grande alegria.

Quem sabe se focássemos na verdadeira figura desse natal, pudéssemos dar novas ênfases para o nosso feriado com familiares. Quantos de vocês vão estar cercados de pessoas que não conhecem ou que ainda não tomaram uma posição a respeito de quem é Jesus Cristo? Aproveite esta oportunidade, leve essa boa notícia de alegria para todo o povo.

Sabemos pelas Escrituras que Deus tem interesse em salvar a todos os homens. Tito 2.11, diz: “Por que a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”. Nós sabemos que Jesus Cristo deu a sua vida por todos os homens. 1 Jo 2.2, diz: “Ele é propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo todo”. Aproveite esta oportunidade para transmitir o real sentido do natal. Aquele pequeno bebê que veio para dividir a história e dividiu a história da sua vida.  Você que já conhece a Jesus Cristo, é uma nova criatura. Antes de Cristo: pecador miserável. Depois de Cristo: pecador redimido, amado de modo especial por Deus. Vida transformada por Jesus Cristo, numa história que começa com aquele pequeno bebê e que em poucos dias vamos comemorar.

Mas como você pode fazer isto? Tenho algumas sugestões para você:

1.       Dê presentes. Não tem porque não presentear. Afinal de contas é para isto que serve o seu décimo terceiro salário. Use-o para alguma coisa boa, por exemplo, dê um livro como o “É hora de investir” de Ari Veloso; tenho certeza que você conhece pessoas com dificuldades financeiras, ou endividadas. Também, um livro simples e agradável de ler como “Um estranho à mesa de jantar” que fala sobre Jesus Cristo, é uma opção para se aproveitar a oportunidade de seguir o modelo daquele anjo para proclamar.

2.       Aproveite essa oportunidade também para dar o seu próprio testemunho pessoal. Talvez você vá estar em um ambiente tão hostil que não vai ser possível tomar a frente neste encontro para testemunhar para todas as pessoas. Mas sobre o que você vai conversar no natal? Vai falar que o flamengo só tem 5 títulos? Ou sobre problemas de economia? Sobre as dificuldades do seu trabalho? Você já faz isto quase todo dia. Aproveite essa oportunidade que ainda existe de espírito natalino em que as pessoas estão mais sensíveis. Dê o seu testemunho. Conte para as pessoas como é que Deus transformou a sua vida. Como a sua vida foi mudada pela presença Dele. Talvez você seja o dono da festa e talvez seja na sua casa que tudo isto vai acontecer. Aproveite. Tenha um momento de contar o que significa para você esse feriado e o que significa comemorar o natal para quem é cristão e teve a sua vida transformada por Jesus Cristo. Aproveite desta oportunidade e leve estas boas novas para as outras pessoas.

Mas eu gostaria de deixar outras sugestões também. É interessante que o relato de Mateus quando conta sobre os magos que vieram do oriente, diz que ao entrarem na casa viram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o adoraram. Eu sei que este feriado é cheio de compromissos, mas eventualmente entre aquele compromisso da véspera à noite e o almoço em que todos vão se encontrar para comer o que sobrou, você tenha um tempo de café da manhã com sua família. Talvez esta seja a hora de você colocar os seus filhos à mesa e dividir com eles, em adoração a Deus, sobre o presente que foi dado por Ele para a nossa salvação e o que isto significou. Talvez você possa estar junto ali à mesa com seus filhos, com a sua família e dividir com eles o que significa mesmo o natal.

Lc 2.29: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo…”. Este é um versículo que me chama muito atenção. É a história de um ancião que tinha recebido de Deus a promessa de que ele não morreria até encontrar o ungido do Senhor.  As Escrituras dizem que assim que este menino chega no oitavo dia da sua vida, esse ancião pega essa criança no colo, olha para ela e fala: Senhor! O Senhor já pode me levar embora. Os meus olhos já estão vendo a sua salvação. Já pensou em dividir esse sentimento com seus filhos à mesa? Já pensou colocar em prática Dt 6 numa ocasião tão importante fazendo um tempo de reflexão sobre quem é esse menino? Você pode fazer isto com seus filhos e com os seus familiares. Você pode fazer isto durante as festividades. E quem sabe para você que não tem familiares por perto, possa reunir sua koinonia, seu grupo de irmãos.  Você pode fazer daquele encontro um encontro de devoção e adoração, agradecendo a Deus pelo presente que recebemos em Jesus Cristo, nosso salvador, em quem depositamos a nossa esperança. Não deixe que esse feriado perca o sentido para você.

Não permita que as ênfases que nós estamos recebendo diariamente pela televisão, onde diariamente são bombardeadas na nossa cabeça que a ênfase é a alegria e a confraternização; não perca o foco. Se o natal fala a respeito do nascimento de Jesus Cristo lembre-se daquele nenê que é o ungido do Senhor com uma missão especial. Deus entre nós, Mediador entre Deus e os homens, nosso Salvador. Leve as boas novas e agradeça a Deus pelo presente que Ele nos dá em Jesus Cristo.


Vamos orar: Senhor Deus nós lhe agradecemos pela forma como as Escrituras nos ensinam a respeito de Jesus Cristo. Muito obrigado Deus pela forma como ela é clara em nos conduzir à verdade. Nós agradecemos Deus por Jesus Cristo nosso Salvador, o único capaz de pagar o preço pelos nossos pecados. Somos gratos por tudo que o Senhor já fez por nós, mas nós pedimos por coragem para enfrentarmos este feriado entre familiares e amigos como testemunhos do Senhor, como pessoas dispostas a transmitir essa notícia que é boa, que é agradável, que é da parte do Senhor, que é para a alegria das pessoas. Que seja uma oportunidade Deus, de sermos suas testemunhas, agradecidos pelo seu presente. Muito obrigado Deus por tudo o que o Senhor fez por nós e nos ajude. Nós oramos no nome de Jesus. Amém.

Fonte: http://marceloberti.wordpress.com/2011/12/19/mensagem-de-natal-que-bebe-e-esse/

Nenhum comentário:


Campanha:

Leia um livro!

Ad Bottom