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quinta-feira, 1 de junho de 2017

A demoníaca prática de consultar horóscopo

O horóscopo não é uma brincadeira inocente, como parece à primeira vista nos jornais e revistas. “Qual é o teu signo”? Geralmente é o que se pergunta nos primeiros contatos pessoais. Desde há muito tempo isso tornou-se um hábito social. Se é um hábito social, em que isso afeta a fé cristã? Quais as implicações bíblicas? Talvez essas sejam as suas perguntas sobre o assunto.

A astrologia é o estudo da suposta influência dos astros sobre a sorte dos seres humanos, crença ou superstição em que os astros pressagiam ou determinam o destino das pessoas e das nações. É uma das formas de adivinhação vinculada ao ocultismo, que por se parecer com uma diversão inofensiva é o ramo do ocultismo que mais atrai as pessoas. Sua origem foi na Babilônia. Esteve presente em todas as religiões pagãs da Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma e no Extremo Oriente. Com o surgimento do Cristianismo, a astrologia apresentou declínio vertiginoso, vindo a se fortalecer na Idade Média, através dos árabes, vindo em seguida sua decadência e novamente ressurgindo no Renascimento.

Essa prática é uma consulta aos deuses pagãos. Apenas cinco planetas eram conhecidos na antiguidade: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. O nome de cada um desses planetas era também o nome de falsas divindades. Mercúrio era divindade de Roma, tido pelos romanos como porta-voz de Júpiter, que para eles era o pai do deuses. Veja que o apóstolo Paulo foi chamado de Mercúrio e Barnabé de Júpiter. Isso porque Paulo era quem falava para o povo e era o porta-voz de Barnabé (Atos 14.11-12). Marte era o deus da guerra, Vênus a deusa do amor e Saturno o deus da agricultura. As consultas astrológicas são de fato a esses deuses.

A palavra “horóscopo” vem do grego hora, “hora”, e scopos, “observação”. Horóscopo é a observação do estado do céu no momento do nascimento de uma criança. As predições astrológicas se baseiam nas posições do sol, da lua e dos planetas no momento do nascimento de alguém, ou de qualquer acontecimento, observando-se o local e a data. Muitas constelações vistas da terra lembram a forma de bichos, por isso os antigos astrólogos da Grécia chamaram de Zodíaco, “círculo de animais”.

Os astrólogos mapearam o céu dividindo em doze partes iguais, que são os signos do Zodíaco. Os quatro elementos da natureza são: água, ar, fogo e terra. Cada um se relaciona a três signos. Os signos da água são: Peixes, Câncer e Escorpião; os do ar Aquário, Gêmeos e Libras; os de fogo Áries, Leão e Sagitário; e os de terra Capricórnio, Touro e Virgem.

A Bíblia faz menção das constelações do Sete-Estrelo ou Plêiade, do Órion e da Ursa Maior (Jó 9.9). “Ou poderás tu ajuntar as cadeias do Sete-Estrelo ou soltar os atilhos do Órion? Ou produzir as constelações a seu tempo e guiar a Ursa com seus filhos?” (Jó 38.31-32). Em outras palavras, Deus está perguntando a Jó se ele pode ter domínio sobre as grandiosidades do universo que Deus criou, em particular sobre as constelações e determinar o curso deles. São perguntas que Jó não podia responder.

A palavra “constelações”, em Jó 38.32, no hebraico é mazzaroth, a mesma coisa que mazaloth, traduzida por “planetas” em 2Reis 23.5 e por “constelações” na Nova Versão Internacional (NVI). A Vulgata Latina traduziu a primeira por signus, e a segunda por lúcifer. De mazaloth vem a nossa expressão “desmazelado”, de mazal, “sorte, destino, estrela” em hebraico. Segundo Gesenius, os antigos hebreus usavam essas palavras para se referir às constelações do Zodíaco.
O Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento acrescenta ainda que em 2Reis 23.5 “emprega-se a palavra para indicar a adoração pagã das estrelas com todo esse significado astrológico de adoração”. Consultar horóscopos é trocar Deus pelos demônios, é substituir a Bíblia pelos prognósticos dos astrólogos.
Visto que mazzaroth ou mazaloth se aplicam também aos signos do Zodíaco tem levado alguns a associar essas palavras com o termo “sinais”, que aparece em Gênesis 1.14, para dar sustentação bíblica a essas crenças astrológicas. Muitos sabem do valor e da grandeza da Bíblia e do seu impacto e influência na vida humana, buscam usá-la, mesmo fora de seu contexto, para tornar essas crenças e práticas errôneas e condenadas pela própria Bíblia, porém atrativas, e dessa forma conquistarem adeptos. Essa tentativa de fazer o povo pensar que os astros foram criados para “signos” é fraudulenta. A palavra “sinais”, aqui é othoth, plural de oth, que tem o sentido de marca distintiva, etiqueta, rótulo (Gênesis 4.15, 9.12-17). Usada também para insígnia, estandarte (Números 2.2 e Salmo 74.4-9). Os astros, portanto, foram criados para separar os dias e as noites e “para sinais e para tempos determinados e para dias e anos” (Gênesis 1.14) e não para serem consultados sobre as coisas do futuro.

Além disso, os prognósticos astrológicos são tão vagos e genéricos que quase se aplicam a todo mundo. E mesmo assim, nem sempre dão certo. Jacó e Esaú eram irmãos gêmeos, portanto nasceram numa mesma data, praticamente na mesma hora e num mesmo lugar (Gênesis 25.24-26). Como eram diferentes! Como foi diferente o destino de cada um! É difícil entender como muitos vivem e trabalham em função do cumprimento desses prognósticos. São pessoas que já estão predispostas ao que ouvem de seus astrólogos.

As alegadas profecias de Nostradamus, por exemplo, são tão amplas que podem ser aplicadas a mais de 10 eventos. Em uma de suas obras, Centúrias, afirma que os marcianos invadiriam a terra em 1999. Pesquisas aeroespaciais já confirmaram que em Marte não há habitantes. Situação semelhante pode ser mostrada na Bíblia com relação aos astrólogos da Babilônia. Eles não puderam interpretar os sonhos de Nabucodonosor (Daniel 2.2-10), mas Daniel contou o sonho do rei e deu a interpretação (Daniel 2.27-28).

As profecias bíblicas são bem definidas, e não apenas uma previsão genérica sobre os fatos. Como exemplo temos as profecias de Ezequiel contra Tiro e Sidom, antigas e importantes cidades da Fenícia. O profeta Ezequiel profetizou contra Tiro, anunciando sua ruína para sempre. A grande cidade tornar-se-ia “…uma penha descalvada” e “um enxugadouro das redes”, após servir de “despojo para as nações” (Ezequiel 26.2-5). Hoje vemos o cumprimento desta profecia. Tiro é exatamente isto que falou de antemão o profeta. O mesmo profeta anunciou o castigo sobre Sidom, mas não disse que a cidade seria destruída e desabitada. Por isso, Sidom existe ainda hoje, no atual Líbano (Ezequiel 28.22-23).

A astrologia está classificada entre as religiões ocultistas, a Bíblia proíbe e condena essas práticas (Levítico 19.31; Deuteronômio 18.10-14; Isaías 47.10 e Jeremias 10.2). Confiar em Jesus e esperar nas suas promessas são o segredo da vitória e do sucesso (João 6.68-69).

Pr. Esequias Soares, Teólogo Apologista da CPAD, Assembleia de Deus Jundiaí/SP


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