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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Adorador todo mundo é

As Ciências Humanas tais como a Sociologia e a Antropologia definem o homem com um ser político e social. Mas, essa definição é apenas um pequeno detalhe da constituição humana. Podemos definir o homem também como um ser moral, ético e religioso. Quero me deter neste último e pensar um pouco sobre o que significa ser “um ser religioso”.

Não há cultura na face da terra, seja esta primitiva ou civilizada em que o elemento religião não esteja presente. Cultuar algo ou alguém considerado superior é essencial do ser humano. Mas, longe de fazer uma abordagem sociológica ou antropológica do assunto, eu quero fazer uma avaliação bíblica do que é ser adorador, até mesmo porque a Sociologia ou a Antropologia partem do homem para entender o homem, enquanto que a Bíblia parte do Deus revelado para entender e enxergar o homem.

É um equívoco pensarmos que somente quem foi convertido a Cristo pela mensagem do Evangelho que é um adorador. Todo ser humano é um adorador. Uns adoram imagens feitas pelas suas próprias mãos; outros adoram seus bens materiais; outros adoram a si mesmos; e outros adoram a Deus. Agora avalie isso que acabo de afirmar sob o ponto de vista do Salmo 115. 3-8: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.  Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam”.

Se você é daqueles que adoram imagens feitas pelas mãos dos homens deveria ler também o que o apóstolo Paulo fala em Rm 1. 18-32 onde ele mostra a que ponto chegou a idolatria do ser humano, pois,mesmo Deus tendo Se revelado de forma tão clara, os homens “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (v.22 e 23). O homem viu-se sábio, mas, sua sabedoria revelou-se loucura pelo fato de ter trocado a glória do Deus Criador pela aparência de criaturas. Saia desse caminho. Ele é loucura!

Porém, se você é do grupo daqueles que fazem de tudo para aumentarem seus bens materiais e neles colocam a confiança (quantos nós conhecemos que apesar de serem donos de fortunas, essas fortunas nada puderam fazer por eles na hora de uma enfermidade que lhes ceifou a vida), novamente é muito importante que você preste atenção ao que a Bíblia diz no Salmo 62.10: “…se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração”. Além disso, veja o que disse o Senhor Jesus sobre o assunto em Lucas 12.15: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”.

Se você faz parte do grupo daqueles que confiam em si mesmos, vendo-se como “o senhor do seu destino”, como alguém que não precisa prestar contas a ninguém porque afinal de contas ninguém é melhor do você, ninguém é mais correto que você, leia Lucas 18.9-14: “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”. Estes que foram os destinatários originais dessa parábola, foram confrontados por Jesus porque “confiavam em si mesmos”. A autoconfiança tão incentivada em nossos dias, é companheira inseparável da “autodesgraça”.

Mas, se você rendeu sua vida a Cristo, abriu mão dos seus valores pessoais e adotou como regra para sua vida os Valores do Reino de Deus, e seu coração não está preso a coisas, nem se satisfaz com bens materiais e não vive para agradar às pessoas (e isto inclui agradar-se a si mesmo), mas, somente em Deus você encontra a alegria,a satisfação e a paz, então você faz parte de um grupo seleto: o grupo dos verdadeiros adoradores.

Estes verdadeiros adoradores adoram ao Pai “em espírito e em verdade” (João 4.23,24). Suas vidas são livres do medo, das incertezas, da escravidão do pecado. Não se curvam diante de coisas inventadas e esculpidas pelas mãos humanas; não confiam na instabilidade das riquezas, pois, estas de nada valem; não vivem tentando agradar as pessoas e especialmente a si mesmos, porque não amam a própria vida (Apocalipse 12.11), mas, amam somente Aquele que é o Doador da vida (Mateus 10.37).

Voltemos ainda para o Salmo 115.8: “Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam”. O que este verso está nos dizendo é que nos assemelharemos a quem ou ao quê adoramos. Se você adora ou presta alguma reverência às imagens, não se admire de eu lhe dizer que você será tão vazio e morto quanto essas imagens. Você terá uma boca, mas que não comunicará vida; você terá olhos que serão incapazes de ver as maravilhas de Deus; suas mãos ainda que vierem a mexer não produzirão nada de útil; seus pés se tornarão quais raízes imóveis limitando-o em si mesmo.

Se você adora (age com avareza) em relação aos bens materiais, em tão pouco tempo você se tornará tão frio quanto seu ouro. Avaliará as pessoas pelo que elas puderem lhe render. E no momento em que seus bens acabarem, experimentará das pessoas a mesma frieza que um dia o seu coração mostrou a elas.

Se o deus do seu coração é o seu próprio “eu” e tudo o que você faz é para o seu próprio prazer, você nunca passará disso, afinal, você é a medida para você mesmo.

Porém, se Deus é o alvo da sua adoração, se é para Ele tudo o que você pensa, fala e faz, se Deus tem a primazia em seu coração, obviamente você não se tornará um ser divino como Ele (isso não tem qualquer respaldo bíblico), mas, você terá o alvo mais sublime que alguém pode ter nesta vida. Um “alvo” que aperfeiçoa o seu coração pecador na medida em que você se aproxima cada vez mais Dele. E assim você verá acontecer em sua vida a vontade Dele que diz: Sede santos porque eu sou Santo” (1Pedro 1.16).

Adorador todo mundo é. A questão é: a quem ou ao quê estamos adorando. Do fundo do meu coração desejo que Deus seja a razão do seu respirar e o alvo do seu louvor. Os motivos para isso já lhe expus.

Rev. Olivar Alves Pereira


Fonte:http://www.noutesia.com.br
Imagem: Google

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