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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Adoração e idolatria: você sabe qual a diferença?

A Bíblia é clara em afirmar que tudo o que existe, existe para a glória de Deus. Todos os seres viventes existem para a glória de Deus. Todos os seres humanos, até mesmo os ímpios, existem para a glória de Deus. Especialmente o livro dos Salmos é riquíssimo em declarações que apontam para essa verdade.

Sl 150.6 “Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!”;

Sl 103.1,20-22 “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome (…) Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade. Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR”;

Sl 66.8 “Bendizei, ó povos, o nosso Deus; fazei ouvir a voz do seu louvor”.

Toda a Criação cumpre o seu propósito de apontar para Aquele que Eterno e Todo Poderoso (cf. Rm 1.20,21).

Porém, somente os redimidos do Senhor, somente aqueles que foram salvos e transformados pelo sacrifício vicário de Cristo compreendem essa verdade e adoram a Deus com um coração voluntário que é capacitado pelo Espírito Santo a reconhecer as grandezas de Deus.
Mas, qual a diferença entre a adoração e a idolatria? Num certo sentido, ambas são a mesma coisa. Elas apontam para o ato de uma pessoa render louvores, prestar um ato de culto. Dizer que a adoração é dirigida a Deus e a idolatria aos ídolos faz sentido, mas, não exclui o fato de que quando uma pessoa idolatra alguma coisa ou outra pessoa, ela está lhe rendendo adoração.

Se recorrermos aos termos usados na Bíblia no texto original também não veremos diferença. Por exemplo: no grego a palavra latreia (de onde vem a nossa palavra latria, de idolatria) quer dizer “culto”. E bem sabemos que existem os que cultuam a Deus e os que cultuam os ídolos.

Por isso, a melhor maneira de distinguirmos adoração de idolatria é através dos efeitos que cada uma tem sobre nós, a saber, você se tornará semelhante (no seu caráter) a quem ou ao quê você adora.
No Sl 115.8 lemos: “Tornem-se semelhantes a eles os que o fazem e quantos neles confiam”. Aqui o salmista está mostrando o que são os ídolos. Eles são “obras das mãos dos homens” (v.4); são totalmente inanimados – eles nem mesmo são mortos, pois, para serem mortos teriam de um dia ser vivos (v.5-7). Daí a conclusão do salmista de que aqueles que os fazem e os adoram ficarão cada vez mais parecidos com eles, isto é, sem vida. Observe alguém que é avarento (a Bíblia diz em Cl 3.5 que a avareza é idolatria). Para essa pessoa tudo se compra com o dinheiro. Tal pessoa comprará relacionamentos e afetos, e, mesmo assim, continuará frio como as notas do papel do dinheiro. Alguém que é glutão ficará tão gordo quanto a comida que tanto ama.

Em Rm 1.18-32 o apóstolo Paulo mostra que a ira de Deus veio como um raio sobre os homens quando estes “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de animais, quadrúpedes e répteis” (v.22,23). E nessa idolatria, cultuando o ser humano, eles se apaixonaram por si mesmos, o que desembocou no homossexualismo.

O mesmo princípio pode ser visto na adoração a Deus, a saber, quanto mais O adoramos, mais teremos o nosso caráter transformado e semelhante ao Dele. Quanto mais o nosso coração se apega a Deus e O adora sinceramente reconhecendo a própria pecaminosidade latente e contemplando a pureza, a beleza e a santidade de Deus, tanto mais seremos transformados de glória em glória. Em 2Co 3.18 lemos: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Conformar-nos à imagem de Cristo é o propósito maior de Deus em todas as circunstâncias da nossa vida quer sejam elas agradáveis ou não (cf. Rm 8.28,29).

Quando adoramos a Deus nossos olhos se fixam Nele, Sua perfeição passa a ser o modelo para o nosso caráter e assim, todas as nossas ações serão moldadas conforme o caráter de Deus. Não estou dizendo com isso que Deus nos salva por Seu “bom exemplo” para nós. Ele não nos salva pelo bom exemplo, mas, sim, pelo Seu amor e poder que nos transforma, e, uma vez que essa transformação acontece em nós, Ele nos impulsiona a buscarmos um modelo de vida perfeito, o qual encontramos somente no Deus Triúno. Uma vez que Ele nos salvou também nos capacitou a andarmos conforme a Sua própria santidade, e por isso mesmo nos ordena: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16).

Dessa forma, a adoração é algo que Deus preparou para que dedicássemos a Ele; a idolatria é algo que o homem inventa e o leva cada vez mais para longe de Deus. 

Rev. Olivar Alves Pereira


Fonte: http://www.noutesia.com.br
Imagem: Google

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