O
que passo a dizer aqui não tenho como objetivo agredir ninguém que se diga ateu,
mas, sim apresentar os reais motivos de alguém que se encontra nessa situação.
Antes de responder à pergunta/título deste texto quero fazer algumas considerações que constato naqueles que se dizem ateus, pelo menos na maioria deles.
Primeira consideração: falta de
honestidade do ateísmo. O ateísmo vivido em nossos dias não é algo
honesto consigo mesmo. Digo isso por duas razões:
1)
este ateísmo não é uma “não crença em nada”, mas, sim, um ódio contra o Deus
pregado pelo Cristianismo. Ser ateu no sentido honesto e pleno da palavra
significa não crer absolutamente em nada para lhe dar sentido à vida. Mas, isso
não acontece com nenhum ateu. O simples fato de abraçarem o ateísmo prova que
estão buscando algo para si a fim de encontrarem algum sentido à vida. Em se
tratando de “religião” não existem a-religiosos, mas, sim quem crê nisso ou
naquilo. Para um hindu com seus vários deuses eu sou um ateu. Então, pelo
menos no Ocidente o ateísmo não é a-religioso, mas, sim, não-cristão.
2)
os ateus acusam os cristãos de anti-intelectualismo, e por isso zombam deles
pois, a fé é inimiga da ciência, e ser cristão é trazer um ódio mortal
contra tudo que possa colocar a fé em descrédito, dizem os ateus. Eles ainda alegam
que no momento em que o homem deu às costas a Deus e à religião ele expandiu
seu conhecimento, evoluiu-se e hoje não precisa mais de Deus para curar suas
dores e enfermidades, pois inventa remédios o tempo todo, e nem mesmo precisa
de Deus para lhe dar sentido à vida porque ele (o homem) é a “medida de
si mesmo”. Ser religioso é ser criança e inocente (entenda-se imbecil). Mas
seria mesmo a fé contrária à ciência? Não. Basta uma pesquisa rápida na
internet e nas enciclopédias que se constatará muitos nomes de cientistas
importantes tanto no passado quanto no presente que eram cristãos (católicos ou
protestantes) os quais lançaram as bases para toda a ciência em nossos dias.
Cito alguns aqui só para ilustrar o que digo, e sugiro que os interessados façam
uma pesquisa sobre a fé desses homens e o legado que cada um deixou para a
Ciência Moderna: Roger Bacon (1214-1294); Robert Boyle (1627-1691); Isaac
Newton (1642-1727); John Flamsteed (1646-1719); Stephen Hales (1677-1761); John
Bartram (1699-1777); John Mitchell (1724-1793); William Herschel (1738-1822);
Georges Cuvier (1769-1832); Michael Faraday (1791-1867); Samuel Morse
(1791-1872); Charles Babbage (1792-1971); Charles Bells (1774-1842); Louis
Agassiz (1807-1873); George Mendel (1822-1884).
A
fé deles em Deus não os empurrou para a arrogância, mas para a admiração da
grandiosidade do ser de Deus, e isto os fez ainda mais determinados em seu
trabalho.
Segunda consideração: o ateísmo é
inconsistente. Até para ser considerado uma simples filosofia, o ateísmo
precisa de Deus, pois, se Deus não existir, o ateísmo também não existe.
Afinal, contra quem ele falará?
Por
isso mesmo o ateísmo é inconsistente em si mesmo, e assim como tudo o mais
neste universo ele necessita de Deus para existir.
Terceira consideração: o ateísmo é
impotente. Sempre existiram ateístas; sempre bradaram sua voz contra Deus,
porém, jamais conseguiram sequer atrapalhar e muito menos interromper os planos
de Deus na história da humanidade. Aqueles que sempre se opuseram a Deus ou à
“ideia da existência de Deus” também fizeram de tudo para deter o avanço dessa
“ideia”. Recentemente, na década de 1960 um grupo de “teólogos” americanos
propuseram uma “teologia” que ficou conhecida como “O Movimento da Morte de
Deus”. William Hamilton, Paul Van Buren, Thomas Altizer e Gabriel Vahanian
foram os principais proponentes de tal ideia que não passa de um desdobramento
da teologia da secularização. Contudo, na pessoa de Harvey Cox, um pastor
batista, a teologia da secularização ganhou mais destaque. Cox chegou ao
absurdo de dizer que em 10 ou 15 anos o Cristianismo iria perder força, assim
como qualquer outra religião. Para Cox, o homem pós-moderno seria um
“a-religioso”. Essa sua afirmação pode ser encontrada em seu livro “The secular
city” que em português recebe o título de “A cidade do homem”. Pouco mais de 20
anos depois dessa “profecia”, Cox engoliu suas palavras e em seu livro “A
religião na cidade secular” teve de admitir que estava errado em sua
perspectiva. O sentimento religioso é um dos impulsos mais fortes no ser
humano, inclusive nos ateus, pois, em e tratando de crença e fé, até o ateísmo
é uma religião.
Feitas
essas considerações quero voltar-me à pergunta/tema desse texto: Por que os
ateus não creem em Deus?
Os
ateus jactam-se de serem “livres pensadores”, que são dotados de liberdade e
não estão sob o jugo de ninguém. Alegam que não creem em Deus porque não querem
crer, porque são livres para tomarem suas próprias decisões. Mas, a realidade é
bem outra. Os ateus não creem em Deus não por vontade deles, mas, sim, porque Deus não quer, ou pelo
menos ainda não quis que eles cressem Nele.
Sim,
isso mesmo. A vontade que determina a não crença deles em Deus não é a deles,
mas, sim, a de Deus. É Deus quem não quis que eles cressem Nele, e por isso não
os impede de serem iludidos pela mentira de seus próprios corações cegos e
envaidecidos.
Em
2Tessalonicenses 2.1-12, o apóstolo Paulo exorta àqueles irmãos a que
permanecessem firmes na fé em Cristo (v.1 e 2) a despeito das dificuldades que
haveriam de vir próximas ao Dia do Senhor (o dia em que Cristo voltará). Antes
disso, deverá acontecer o surgimento do “homem da iniquidade” (v.3), o qual
será um opositor ferrenho ao Evangelho de Cristo e à adoração a Deus (v.4). Mas
a diante (v.7) Paulo fala que este “homem da iniquidade” se manifestará
terrivelmente, mas, que Cristo apenas com o sopro de Sua boca acabará com ele
(v.8). Este “iníquo” manifestará grande poder, sinais e prodígios “da mentira”
(v.9). Tudo o que o anticristo não fará é pregar o Verdadeiro Evangelho, mas,
sinais e prodígios mentirosos ele fará aos montes. Por isso mesmo os crentes
devem ficar firmes no Evangelho em vez de ficarem correndo atrás de sinais e
prodígios – o anticristo pode imitar sinais, mas, não pode pregar o Verdadeiro Evangelho.
Observe agora os v.10-11, eles são assustadores. As pessoas que serão enganadas
pelo anticristo o serão porque “não acolheram o amor da verdade para serem
salvos”, e por que desprezarem a Deus, o próprio Deus “lhes manda a operação do
erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não
deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça”
(v.11 e 12).
Talvez
você esteja dizendo: “Mas este texto está dizendo que foi porque os homens não
quiseram a Deus, é que Ele os deixou se afundarem num mar de mentiras; logo,
foi a decisão dos homens e não de Deus”. E sou obrigado a concordar com você
que de fato a decisão do homem é sempre não querer Deus. Por sua natureza o
homem não quer Deus, ele odeia a Deus, pois, não quer ninguém interferindo em
sua vida. Contudo, quero chamar a sua atenção para o seguinte fato: o não
querer Deus é uma decisão do homem, mas, o querer a Deus, o querer deixar de
não querer a Deus, não é decisão do homem, mas, de Deus.
Você
ateu pode se jactar de não crer em Deus, mas, jamais poderá dizer: “A partir de
hoje eu quero Deus, eu quero crer Nele, eu quero amá-Lo, honrá-Lo e anuncia-Lo
ao mundo”, se Ele não quiser que você faça isso.
Você
é culpado de sua incredulidade, e só a vencerá no momento em que Deus disser:
“Resplandeça sobre ti a minha luz. Desfeitos sejam os laços do pecado e da
incredulidade” (cf. 2Coríntios 4.6).
Portanto
meu caro ateu jactar-se de não crer em Deus é cumprir exatamente o que Deus
quer para a sua vida. E somente no dia em que Deus quiser (e somente Ele
quiser) você perceberá quão louco e insensato você foi em dizer “Não há Deus”
(cf. Salmo 14.1).
Rev. Olivar Alves Pereira
Fonte: http://www.noutesia.com.br
2 comentários:
"porque Deus não quer, ou pelo menos ainda não quis que eles cressem Nele."
Prove.
A Bíblia diz que ninguém busque a Deus (Romanos 3:11), dê uma lida nesse artigo:
http://www.monergismo.com/textos/apologetica/cientistas_famosos.htm
Postar um comentário