A Igreja Adventista do Sétimo Dia se considera a
Igreja Remanescente de Ap 12.17. A teologia e os pregadores adventistas, da TV
Novo Tempo, afirmam que a IASD é a única igreja visível verdadeira. Por mais
que tentem maquiar isso, dizendo que ‘apesar de crerem assim, afirmam que Deus
seus filhos em todas as denominações religiosas’. E é até possível você ver os
marqueteiros da TV Novo Tempo chamando religiosos, de vários segmentos, de “irmãos”...
Se você perguntar a um Adventista quando surgiu
a igreja remanescente da Crença Fundamental 13, e se ele possuir
consciência de que a igreja teve, e tem, sério problema com a doutrina da
trindade, bem como teve com a doutrina da justificação, ele sabiamente hesitará
em responder objetivamente a essa pergunta. Portanto, a pretensão de ser a
igreja remanescente – nos moldes por eles defendido - está comprometida por
esses, e outros, fatos.
Mas o reconhecimento de que a IASD foi uma seita,
é algo impressionante de ler quando vindo de seus autores. Veja o que o Dr.
Alberto Timm, líder dos Adventistas no Brasil, já escreveu:
“Se durante as quatro primeiras
décadas de existência do movimento adventista do sétimo dia muitos de seus
pregadores enfatizavam mais as doutrinas adventistas distintivas do que
as doutrinas evangélicas, a partir de 1888 essa
tendência sectária e legalista passou a ser reequilibrada para uma maior
ênfase na salvação pela graça mediante a fé...”
“A natureza do adventismo- Uma das indagações mais
frequentes sobre os adventistas diz respeito à própria natureza do adventismo:
São os adventistas do sétimo dia uma igreja ou uma seita? A resposta a esta
indagação depende de como se define uma seita. O termo “seita” é geralmente um
rótulo apologético e pejorativo usado por líderes religiosos como um mecanismo
de autodefesa destinado a inibir as pessoas a se relacionar com os pretensos
hereges. Alguns apologetas consideram como seita todo grupo que ensina
doutrinas não contempladas pelos evangélicos, ou que aceita qualquer
manifestação pós apostólica do dom profético. Cremos, no entanto que o
referido termo deveria ser usado especificamente em relação a grupos religiosos
que restringem a salvação exclusivamente aos adeptos de seu próprio
movimento religioso, e cuja ênfase nos componentes distintivos de sua fé acaba
obliterando verdades básicas da
fé cristã como a trindade e a salvação pela graça mediante a fé. À
semelhança de outros movimentos religiosos, os adventistas do sétimo dia
surgiram com características sectárias. Na tentativa de justificar sua
existência, grande ênfase era colocada sobre os elementos distintivos da
fé adventista, relegando os componentes básicos da fé evangélica a um plano
secundário. Além disso os primeiros adventistas sabatistas criam até o início
da década de 1850, na teoria da “porta fechada”(Mat 25.10), que restringia a
salvação quase que exclusivamente aos mileritas. Como já mencionado, foi
apenas a partir de 1888 que os
adventistas conseguiram superar sua ênfase sectária, reequilibrando os
elementos distintivos da fé adventista com os componentes básicos da fé
evangélica.” (Alberto R.
Timm; Revista Novo Membro pp. 7, 8 ; Publicação especial da Igreja
Adventista do Sétimo Dia; União Brasileira da IASD, Editor: Leônidas Verneque
Guedes.)
Gostaria de acrescentar algo a mais que o Dr. Timm
não mencionou. Segundo é admitido pelos teólogos da seita, “[os
adventistas] nem sempre, porém, aceitaram a doutrina cristã histórica da
Trindade. Nas primeiras
décadas eles rejeitaram como antibíblica, católica romana, contrária à
razão, a qual impunha uma cristologia de dupla natureza que parecia negar a
expiação divina. Por terem sido no passado membros da Conexão Cristã, Tiago
White (1821-1881) e José Bates (1791-1872) entre outros, seguiam uma forma de
arianismo quanto à origem pré-encarnacional de Cristo. Alguns consideravam
Cristo um ser criado; a maioria uma emanação do Pai. Não lhe negavam o direito,
porém, a divindade nem o direito de ser chamado de Deus e ser adorado como
tal.” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 223,224.)
Quando alguém erroneamente atribui a falsa profecia
de 1844 aos Adventistas do Sétimo Dia, ainda que Ellen White tenha validado
profeticamente o movimento da “Grande Decepção”, eles respondem que a IASD
foi “organizada em 1863”, portanto não pode ser responsabilizada pela falsa
profecia de 1844. Porém, quando o tema Trindade, e/ ou justificação pela fé,
vem à baila, essa justificativa é esquecida. Mesmo depois de organizada, e por
muitas décadas, a “igreja remanescente” continuou sendo uma seita herética.
Perguntamos, onde está a igreja remanescente
afirmada na seguinte Crença Adventista: “O Remanescente e Sua Missão - A
Igreja universal se compõe de todos os que verdadeiramente crêem em Cristo; mas,
nos últimos dias, um tempo de ampla apostasia, um remanescente tem sido chamado
para fora, a fim de guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Este
remanescente anuncia a chegada da hora do Juízo, proclama a salvação por meio
de Cristo e prediz a aproximação de Seu segundo advento. Esta proclamação é
simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14; coincide com a obra de
julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e reforma na Terra.
Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho mundial”
Temos provado abundantemente e exaustivamente aqui
no Blog, que esses temas não mudaram muito. A IASD ainda não crê na doutrina
Ortodoxa da Trindade, já que essa doutrina pertence ao cristianismo
clássico com seus Credos. E também, é sempre ‘confuso’ - diante da salvação
pela graça por meio da fé, o que querem dizer que o Sábado será um selo
salvífico no período escatológico.
A IASD não pode ser a Igreja Remanescente, conforme
definida por eles, pois ela surgiu atolada em “ampla
apostasia” e ainda continua. A não ser que os últimos dias começaram depois da
década de 40, quando a inventada doutrina da trindade adventista,
começou a ganhar força oficial, bem como o ensino da justificação pela fé (aí
sim, ensinada claramente por Ellen White) foi de fato assimilada pela liderança
majoritária da seita... mas essa confusão, pertence a eles. Isso é Babel.
Fonte: MCA
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