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terça-feira, 19 de junho de 2012

Domingo: um dia de lazer?

O jornal A TRIBUNA de 26 de outubro de 2010 traz um artigo sobre o modo como as pessoas passam o domingo. Diz a notícia: “Tem algum restaurante aberto por aqui? Depois de perguntas sobre antigos prédios e personagens, este é o questionamento que mais os monitores e motorneiros do bonde turístico ouvem aos domingos, antes ou depois do embarque, de famílias que visitam aos domingos o Centro Histórico de Santos e procuram um lugar para almoçar. E a indagação deve aumentar a partir de novembro com o céu mais aberto e com a chegada da temporada de cruzeiros. Afinal não é todo o mundo que quer curtir apenas a praia.”

PR. NATANAEL: Como o irmão vê a forma como hoje a sociedade se porta em relação ao domingo, mais preocupada com o lazer e o comer?


Entendemos que há duas maneiras de se passar o domingo: devocionalmente ou secularmente.

O que se deu no domingo de tão especial, antes indicado pela expressão “primeiro dia da semana”, visse a assumir tal como se esse dia se devesse passar devocionalmente?

Nesse dia se deu a ressurreição corporal de Jesus. (Marcos 16:9) – “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.” Esse primeiro dia da semana corresponde ao nosso domingo. E a ressurreição de Jesus é acontecimento tão fundamental para o cristianismo a ponto de o apóstolo Paulo assim escrever sobre a ressurreição (I Corintios 15:14) –“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. (I Corintios 15:15) - E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. (I Corintios 15:16) - Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. (I Corintios 15:17) - E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” Nos textos lidos, por duas vezes, Paulo declara que uma fé, mesmo que se diga cristã, mas que negue a ressurreição corporal de Jesus, seja tida como uma fé vaga, inútil, sem valor. E pior, diz mais o apóstolo Paulo sobre pessoas que pregam o evangelho negando a ressurreição corporal de Jesus, que tais pessoas devem ser tidas como falsas testemunhas de Deus, mesmo que tenham esse título para identifica-las.

Onde aparece a palavra domingo na Bíblia?

Em Apocalipse 1.10 enquanto na tradução Corrigida de João Ferreira de Almeida, apresenta a expressão “dia do Senhor” registrando “Eu fui arrebatado no dia do Senhor”, outras traduções da Bíblia apresenta o mesmo texto dizendo: “Eu fui arrebatado em espírito num dia de Domingo...(Tradução de Antônio Pereira de Figueiredo) “Num Domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...”(Edições Paulinas) “Um dia de Domingo, fui arrebatado em espírito.” (tradução de Mattos Soares) “No dia do Senhor: No Domingo.”(anotação no rodapé da TLH).

Como então passar o domingo devocionalmente?

É se lembrar que Deus deve ser cultuado por toda a família. E colocar Deus em primeiro lugar, como o mesmo Jesus ensinou em (Mateus 22:37) – “ Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” Nos domingos devemos estar cultuando a Deus em espírito e em verdade, ainda como ensinou de Jesus em (João 4:24) – “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” Para isso devemos estar na casa de Deus pelas manhãs de domingo com toda a família (esposa e filhos) adorando a Deus. Nesse dia toda a família se dirige para a casa de Deus para cultuá-lo e procura conhecer mais a sua Palavra, que é a Bíblia. Quando isso acontece, se dá o que o mesmo Paulo fala com respeito a Timóteo (II Timóteo 1:5) – “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.” Aconselhou mais Paulo: (II Timóteo 2:15) – “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” A noite ainda do domingo, voltamos à casa de Deus para o culto do final do dia, quando, mais uma vez agradecemos a Deus pelas suas bênçãos em nossas vidas.

E o que é passar o domingo secularmente?

É gastar o domingo em passeios, como os turistas que estão todos os domingos em nossas praias; pessoas que gostam do Interior em casas de campo e não tem qualquer atividade ligada à vida religiosa.

E o que dizer do sábado? Não era um dia considerado sagrado pelos judeus?

Sim, mas era um preceito cerimonial que findou na cruz, como escreve o apóstolo Paulo: (Colossenses 2:16) – “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, (Colossenses 2:17) - Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Paulo está indicando uma relação de dias sagrados para os judeus e que não obrigam mais os cristãos: Começam esses dias sagrados pelos chamados “dias de festa”, expressão que se aplicava aos dias de festas anuais, tais como; Festa dos Asmos, Festa da Páscoa, Festa das Primícias também chamada Festa de Pentecostes, Festa das Trombeta, Festa da Expiação e finalmente Festa dos Tabernáculos celebrada em duas ocasiões: primeiro dia e último dia da festa. Vinham ainda os dias sagrados mensais conhecidos como “Luas Novas”e por fim, os dias sagrados semanais indicados pela palavra “sábados.” Todos esses dias, diz o versículo 17, eram sombras de acontecimentos históricos de Israel e que não implicam na guarda pelos cristãos. Do domingo foi profetizado no (Salmos 118:24) – “Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.”

A palavra domingo é uma palavra de origem latina “domínus dies” que passou para o português com o sentido de “Dia do Senhor”. No grego, língua do Novo Testamento, é kuriake emera.

Os ASD afirmam que a instituição do primeiro dia da semana (domingo) como dia do Senhor é espúria. Algumas vezes atribuem ao Imperador Constantino a autoria para guardá-lo e outras vezes atribuem ao Papa a sua instituição. Nem ao Imperador Constantino e nem ao Papa pode ser atribuída a instituição do domingo como Dia do Senhor (Ap 1.10) Mas, que diz a Bíblia?

No Sl 118:22-24 lemos: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Foi o Senhor que isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.”

Essa passagem foi aplicada por Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?”

Não é algo difícil darmos a interpretação correta dessa referência bíblica. A pedra rejeitada é Jesus Cristo (At 4.11,12). Iniciou seu ministério reivindicando ser Filho de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33); e sendo acusado de quebrar o sábado (Jo 5.16-18), foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira (Mc 15.42-47). A morte não pode retê-lo e ao terceiro dia ressurgiu dos mortos. Isso se deu no primeiro dia da semana, “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.” (Mc 16.9). Outras referências são Jo 20.1,19,20; Mt 28.18. Diz a Bíblia do dia da ressurreição de Jesus, “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez Deus essa coisa maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.


Autor : Pr. Natanael Rinaldi

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